Sabem o que é ter um mês inteiro de ferias? Mais propriamente trinta e um dias inteiros de férias; ou melhor trinta e dois contado com o primeiro de Janeiro?
Duvido que saibam. Eu também não sei. Mas lá para inicio do próximo ano talvez possa saber dizer se é bom, mau ou assim-assim.
Sinceramente parece-me um privilegio incalculável, descabido até, que no actual estado das sociedades um cidadão trabalhador possa estar ausente do seu local de trabalho por tanto, tanto tempo.
Alias, como já devo ter escrito algures, desde tenra idade que algo me faz confusão: como é possível uma pessoa trabalhar onze meses (em bom rigor é bastante menos que isso…) e receber catorze meses de vencimento?
É sem duvida bastante estranho; um mistério.
Resta-me aproveitar tal regalia, de um sistema que assim descrito parece utópico.
Aproveitarei pois para os prazeres: leituras, ondas, viagens, outros locais, outras gastronomias e gentes; um natal que promete no mínimo ser pouco ortodoxo - trocarei o frio, o bacalhau, o bolo rei e os cânticos natalícios, por muito sol, calor, picanha e algum tango.
Muito lazer e rica vida, mas também algum efectivo trabalho académico que francamente, no actual estado da arte, faz mais parte dos prazeres do que das obrigações.
Salvo raras excepções - talvez algumas notas de viagem e pouco mais - deixo assim durante cerca de um mês, o comando desta barca arcadina (ou arcadica ou arcadiana, sei lá) aos Nunos, meus companheiros nesta fabulosa jornada blogosferica.
PSL
quinta-feira, 30 de novembro de 2006
Sabem!
Sabem o que é ter um mês inteiro de ferias? Mais propriamente trinta e um dias inteiros de férias; ou melhor trinta e dois contado com o primeiro de Janeiro?
Duvido que saibam. Eu também não sei. Mas lá para inicio do próximo ano talvez possa saber dizer se é bom, mau ou assim-assim.
Sinceramente parece-me um privilegio incalculável, descabido até, que no actual estado das sociedades um cidadão trabalhador possa estar ausente do seu local de trabalho por tanto, tanto tempo.
Alias, como já devo ter escrito algures, desde tenra idade que algo me faz confusão: como é possível uma pessoa trabalhar onze meses (em bom rigor é bastante menos que isso…) e receber catorze meses de vencimento?
É sem duvida bastante estranho; um mistério.
Resta-me aproveitar tal regalia, de um sistema que assim descrito parece utópico.
Aproveitarei pois para os prazeres: leituras, ondas, viagens, outros locais, outras gastronomias e gentes; um natal que promete no mínimo ser pouco ortodoxo - trocarei o frio, o bacalhau, o bolo rei e os cânticos natalícios, por muito sol, calor, picanha e algum tango.
Muito lazer e rica vida, mas também algum efectivo trabalho académico que francamente, no actual estado da arte, faz mais parte dos prazeres do que das obrigações.
Salvo raras excepções - talvez algumas notas de viagem e pouco mais - deixo assim durante cerca de um mês, o comando desta barca arcadina (ou arcadica ou arcadiana, sei lá) aos Nunos, meus companheiros nesta fabulosa jornada blogosferica.
PSL
Duvido que saibam. Eu também não sei. Mas lá para inicio do próximo ano talvez possa saber dizer se é bom, mau ou assim-assim.
Sinceramente parece-me um privilegio incalculável, descabido até, que no actual estado das sociedades um cidadão trabalhador possa estar ausente do seu local de trabalho por tanto, tanto tempo.
Alias, como já devo ter escrito algures, desde tenra idade que algo me faz confusão: como é possível uma pessoa trabalhar onze meses (em bom rigor é bastante menos que isso…) e receber catorze meses de vencimento?
É sem duvida bastante estranho; um mistério.
Resta-me aproveitar tal regalia, de um sistema que assim descrito parece utópico.
Aproveitarei pois para os prazeres: leituras, ondas, viagens, outros locais, outras gastronomias e gentes; um natal que promete no mínimo ser pouco ortodoxo - trocarei o frio, o bacalhau, o bolo rei e os cânticos natalícios, por muito sol, calor, picanha e algum tango.
Muito lazer e rica vida, mas também algum efectivo trabalho académico que francamente, no actual estado da arte, faz mais parte dos prazeres do que das obrigações.
Salvo raras excepções - talvez algumas notas de viagem e pouco mais - deixo assim durante cerca de um mês, o comando desta barca arcadina (ou arcadica ou arcadiana, sei lá) aos Nunos, meus companheiros nesta fabulosa jornada blogosferica.
PSL
Anda um gajo a conter-se...
Narciso e Valentim, esses grandes ícones da ética republicana, vão espalhando brasas a ver se lume em que está metido o Metro do Porto toca a mais gente e (em consequência) deixe de os queimar: já está Fernando Gomes metido ao barulho.
Narciso diz que o cartão de crédito servia apenas para pagar despesas ao serviço do Metro (transportes, alojamento e refeições), afirmando que terá gasto, em média, 206,40 euros por mês, pagando 40% desse valor em IRS, do seu próprio bolso.
Valentim diz que o seu cartão de crédito tem um plafond de 1250 euros por mês, pagando 40 por cento para IRS, sendo por isso, "o valor real de 750 euros por mês".
3 Questões:
Porquê um cartão para transportes? Não têm "passe" do Metro?
Por que razão querem a nossa simpatia pelo facto de pagarem IRS "do seu próprio bolso"? Todos nós o fazemos! Será que nas outras instituições onde esses senhores também prestam trabalho a 100%, não são eles a pagar o respectivo IRS?
O valor real do vencimento é o bruto, por que razão quer o Sr. Valentim fazer-nos acreditar que só recebe 750 euros por mês através do seu cartão?
Narciso diz que o cartão de crédito servia apenas para pagar despesas ao serviço do Metro (transportes, alojamento e refeições), afirmando que terá gasto, em média, 206,40 euros por mês, pagando 40% desse valor em IRS, do seu próprio bolso.
Valentim diz que o seu cartão de crédito tem um plafond de 1250 euros por mês, pagando 40 por cento para IRS, sendo por isso, "o valor real de 750 euros por mês".
3 Questões:
Porquê um cartão para transportes? Não têm "passe" do Metro?
Por que razão querem a nossa simpatia pelo facto de pagarem IRS "do seu próprio bolso"? Todos nós o fazemos! Será que nas outras instituições onde esses senhores também prestam trabalho a 100%, não são eles a pagar o respectivo IRS?
O valor real do vencimento é o bruto, por que razão quer o Sr. Valentim fazer-nos acreditar que só recebe 750 euros por mês através do seu cartão?
Anda um gajo a conter-se...
Narciso e Valentim, esses grandes ícones da ética republicana, vão espalhando brasas a ver se lume em que está metido o Metro do Porto toca a mais gente e (em consequência) deixe de os queimar: já está Fernando Gomes metido ao barulho.
Narciso diz que o cartão de crédito servia apenas para pagar despesas ao serviço do Metro (transportes, alojamento e refeições), afirmando que terá gasto, em média, 206,40 euros por mês, pagando 40% desse valor em IRS, do seu próprio bolso.
Valentim diz que o seu cartão de crédito tem um plafond de 1250 euros por mês, pagando 40 por cento para IRS, sendo por isso, "o valor real de 750 euros por mês".
3 Questões:
Porquê um cartão para transportes? Não têm "passe" do Metro?
Por que razão querem a nossa simpatia pelo facto de pagarem IRS "do seu próprio bolso"? Todos nós o fazemos! Será que nas outras instituições onde esses senhores também prestam trabalho a 100%, não são eles a pagar o respectivo IRS?
O valor real do vencimento é o bruto, por que razão quer o Sr. Valentim fazer-nos acreditar que só recebe 750 euros por mês através do seu cartão?
Narciso diz que o cartão de crédito servia apenas para pagar despesas ao serviço do Metro (transportes, alojamento e refeições), afirmando que terá gasto, em média, 206,40 euros por mês, pagando 40% desse valor em IRS, do seu próprio bolso.
Valentim diz que o seu cartão de crédito tem um plafond de 1250 euros por mês, pagando 40 por cento para IRS, sendo por isso, "o valor real de 750 euros por mês".
3 Questões:
Porquê um cartão para transportes? Não têm "passe" do Metro?
Por que razão querem a nossa simpatia pelo facto de pagarem IRS "do seu próprio bolso"? Todos nós o fazemos! Será que nas outras instituições onde esses senhores também prestam trabalho a 100%, não são eles a pagar o respectivo IRS?
O valor real do vencimento é o bruto, por que razão quer o Sr. Valentim fazer-nos acreditar que só recebe 750 euros por mês através do seu cartão?
Assim sim
É sintoma de uma democracia evoluída e moderna a comunicação social assumir frontalmente as suas posições.
Assim sim
É sintoma de uma democracia evoluída e moderna a comunicação social assumir frontalmente as suas posições.
Frase(s) do dia
Ainda é cedo para fazer um balanço. Mas, so far so good. A visita papal à magnífica Turquia está a ser um sucesso enorme a todos os níveis maxime no campo político.
Henrique Raposo escreve hoje dois excelentes textos no blogue da Revista Atlântico sobre os trabalhos turcos de Bento XVI. Cito, porque não posso estar mais de acordo.
A entrada da Turquia na UE é uma questão política. O constante enfoque na religião serve para desviar as atenções do essencial: a Turquia, dentro da UE, teria tanto poder como a França. Este é o ponto.
Não deixa de ser curioso observar a incoerência francesa. Quando olham para ocidente, criticam o fanatismo obscuro da religiosidade americana. Quando olham para oriente, afirmam que a Turquia é de outro espaço religioso e que, por isso, não cabe na Europa. Mau Maria. São jacobinos de manhã e católicos à tarde.
As pessoas esquecem-se que o Vaticano tem a escola maquiavélica no sangue político, apesar de ter uma retórica moral anti-maquiavélica, claro.
Henrique Raposo escreve hoje dois excelentes textos no blogue da Revista Atlântico sobre os trabalhos turcos de Bento XVI. Cito, porque não posso estar mais de acordo.
A entrada da Turquia na UE é uma questão política. O constante enfoque na religião serve para desviar as atenções do essencial: a Turquia, dentro da UE, teria tanto poder como a França. Este é o ponto.
Não deixa de ser curioso observar a incoerência francesa. Quando olham para ocidente, criticam o fanatismo obscuro da religiosidade americana. Quando olham para oriente, afirmam que a Turquia é de outro espaço religioso e que, por isso, não cabe na Europa. Mau Maria. São jacobinos de manhã e católicos à tarde.
As pessoas esquecem-se que o Vaticano tem a escola maquiavélica no sangue político, apesar de ter uma retórica moral anti-maquiavélica, claro.
Frase(s) do dia
Ainda é cedo para fazer um balanço. Mas, so far so good. A visita papal à magnífica Turquia está a ser um sucesso enorme a todos os níveis maxime no campo político.
Henrique Raposo escreve hoje dois excelentes textos no blogue da Revista Atlântico sobre os trabalhos turcos de Bento XVI. Cito, porque não posso estar mais de acordo.
A entrada da Turquia na UE é uma questão política. O constante enfoque na religião serve para desviar as atenções do essencial: a Turquia, dentro da UE, teria tanto poder como a França. Este é o ponto.
Não deixa de ser curioso observar a incoerência francesa. Quando olham para ocidente, criticam o fanatismo obscuro da religiosidade americana. Quando olham para oriente, afirmam que a Turquia é de outro espaço religioso e que, por isso, não cabe na Europa. Mau Maria. São jacobinos de manhã e católicos à tarde.
As pessoas esquecem-se que o Vaticano tem a escola maquiavélica no sangue político, apesar de ter uma retórica moral anti-maquiavélica, claro.
Henrique Raposo escreve hoje dois excelentes textos no blogue da Revista Atlântico sobre os trabalhos turcos de Bento XVI. Cito, porque não posso estar mais de acordo.
A entrada da Turquia na UE é uma questão política. O constante enfoque na religião serve para desviar as atenções do essencial: a Turquia, dentro da UE, teria tanto poder como a França. Este é o ponto.
Não deixa de ser curioso observar a incoerência francesa. Quando olham para ocidente, criticam o fanatismo obscuro da religiosidade americana. Quando olham para oriente, afirmam que a Turquia é de outro espaço religioso e que, por isso, não cabe na Europa. Mau Maria. São jacobinos de manhã e católicos à tarde.
As pessoas esquecem-se que o Vaticano tem a escola maquiavélica no sangue político, apesar de ter uma retórica moral anti-maquiavélica, claro.
quarta-feira, 29 de novembro de 2006
Campo Contra Campo (LXVIII)
Do nosso amigo Gonçalo Macieira recebi o seguinte e-mail que por direito próprio ascende a essa condição imortal de post.
Leiam com atenção que no final haverá uma pequena questão de resposta rápida.
Caro Pedro,
Devido à minha total falta de jeito para estas coisas, tentei deixar este comentário no teu post “Campo contra-campo”, mas as enigmáticas instruções que apareceram impediram-me de o fazer (não contes isto a ninguém…).
No entanto, já que escrevi esta tanga, gostava, na mesma, de a partilhar contigo.
James Bond – “Vodka Martini”,
Barman . “Shaken or stirred?
James Bond - Do I look like I give a damn”
Com esta frase Daniel Craig elimina, com a sua belíssima HK9mm, e sem silenciador, todos os seus antecessores. Ganhando, por direito próprio, e contra ventos e marés, a sua licença para matar. Não há concessões, este é, mesmo, um novo Bond. Nem sequer há espaço para as eternas comparações com Connery ou Moore. Não há duvida que Pierce Brosnan tem um enorme carisma, mas limitou-se a compor um personagem que mais não é do que uma fusão entre o engatatão de salão de Moore e o agente implacável e cínico de Connery. Craig estranha o smoking, não hesita em abater um homem desarmado, sangra abundantemente, tem um ataque cardíaco, apaixona-se, e propõe-se, mesmo, a acabar com um requintado jogo de poker no casino de Montenegro matando o seu adversário com uma faca de mesa. Muito longe, portanto, do recurso aos sofisticados e inverosímeis gadgets a que estávamos habituados, e que mais não faziam do que provocar, pelo menos, uma gargalhada no espectador. Não, com Craig a coisa é séria, este Bond é mesmo uma arma mortífera ao serviço de Sua Majestade.
Quanto ao "The Departed",é sem dúvida, um novo clássico. Encheu-me as medidas pela forma habilidosa com que mantém a tensão do princípio ao fim e pela qualidade e equilíbrio das interpertações de Damon, DiCaprio, Walberg, Baldwin e claro do nosso Jack. Adorei a o diálogo, quase sempre demencial, tanto entre polícias ou entre gangsters, mas como diz Nicolson no início "quando tens uma arma apontada à cara qual é a diferença.
Conheço pouquíssimos que saibam tanto de cinema como o Gonçalo. Conheço menos ainda que saibam falar, como sabe o Gonçalo, sobre cinema. Agora fiquei (ficámos) a saber que ele também sabe escrever sobre cinema.
A questão: Não devia o Gonçalo partilhar connosco mais vezes esta sua arte e engenho?
Eu tenho a certeza que sim!
PSL
Leiam com atenção que no final haverá uma pequena questão de resposta rápida.
Caro Pedro,
Devido à minha total falta de jeito para estas coisas, tentei deixar este comentário no teu post “Campo contra-campo”, mas as enigmáticas instruções que apareceram impediram-me de o fazer (não contes isto a ninguém…).
No entanto, já que escrevi esta tanga, gostava, na mesma, de a partilhar contigo.
James Bond – “Vodka Martini”,
Barman . “Shaken or stirred?
James Bond - Do I look like I give a damn”
Com esta frase Daniel Craig elimina, com a sua belíssima HK9mm, e sem silenciador, todos os seus antecessores. Ganhando, por direito próprio, e contra ventos e marés, a sua licença para matar. Não há concessões, este é, mesmo, um novo Bond. Nem sequer há espaço para as eternas comparações com Connery ou Moore. Não há duvida que Pierce Brosnan tem um enorme carisma, mas limitou-se a compor um personagem que mais não é do que uma fusão entre o engatatão de salão de Moore e o agente implacável e cínico de Connery. Craig estranha o smoking, não hesita em abater um homem desarmado, sangra abundantemente, tem um ataque cardíaco, apaixona-se, e propõe-se, mesmo, a acabar com um requintado jogo de poker no casino de Montenegro matando o seu adversário com uma faca de mesa. Muito longe, portanto, do recurso aos sofisticados e inverosímeis gadgets a que estávamos habituados, e que mais não faziam do que provocar, pelo menos, uma gargalhada no espectador. Não, com Craig a coisa é séria, este Bond é mesmo uma arma mortífera ao serviço de Sua Majestade.
Quanto ao "The Departed",é sem dúvida, um novo clássico. Encheu-me as medidas pela forma habilidosa com que mantém a tensão do princípio ao fim e pela qualidade e equilíbrio das interpertações de Damon, DiCaprio, Walberg, Baldwin e claro do nosso Jack. Adorei a o diálogo, quase sempre demencial, tanto entre polícias ou entre gangsters, mas como diz Nicolson no início "quando tens uma arma apontada à cara qual é a diferença.
Conheço pouquíssimos que saibam tanto de cinema como o Gonçalo. Conheço menos ainda que saibam falar, como sabe o Gonçalo, sobre cinema. Agora fiquei (ficámos) a saber que ele também sabe escrever sobre cinema.
A questão: Não devia o Gonçalo partilhar connosco mais vezes esta sua arte e engenho?
Eu tenho a certeza que sim!
PSL
Campo Contra Campo (LXVIII)
Do nosso amigo Gonçalo Macieira recebi o seguinte e-mail que por direito próprio ascende a essa condição imortal de post.
Leiam com atenção que no final haverá uma pequena questão de resposta rápida.
Caro Pedro,
Devido à minha total falta de jeito para estas coisas, tentei deixar este comentário no teu post “Campo contra-campo”, mas as enigmáticas instruções que apareceram impediram-me de o fazer (não contes isto a ninguém…).
No entanto, já que escrevi esta tanga, gostava, na mesma, de a partilhar contigo.
James Bond – “Vodka Martini”,
Barman . “Shaken or stirred?
James Bond - Do I look like I give a damn”
Com esta frase Daniel Craig elimina, com a sua belíssima HK9mm, e sem silenciador, todos os seus antecessores. Ganhando, por direito próprio, e contra ventos e marés, a sua licença para matar. Não há concessões, este é, mesmo, um novo Bond. Nem sequer há espaço para as eternas comparações com Connery ou Moore. Não há duvida que Pierce Brosnan tem um enorme carisma, mas limitou-se a compor um personagem que mais não é do que uma fusão entre o engatatão de salão de Moore e o agente implacável e cínico de Connery. Craig estranha o smoking, não hesita em abater um homem desarmado, sangra abundantemente, tem um ataque cardíaco, apaixona-se, e propõe-se, mesmo, a acabar com um requintado jogo de poker no casino de Montenegro matando o seu adversário com uma faca de mesa. Muito longe, portanto, do recurso aos sofisticados e inverosímeis gadgets a que estávamos habituados, e que mais não faziam do que provocar, pelo menos, uma gargalhada no espectador. Não, com Craig a coisa é séria, este Bond é mesmo uma arma mortífera ao serviço de Sua Majestade.
Quanto ao "The Departed",é sem dúvida, um novo clássico. Encheu-me as medidas pela forma habilidosa com que mantém a tensão do princípio ao fim e pela qualidade e equilíbrio das interpertações de Damon, DiCaprio, Walberg, Baldwin e claro do nosso Jack. Adorei a o diálogo, quase sempre demencial, tanto entre polícias ou entre gangsters, mas como diz Nicolson no início "quando tens uma arma apontada à cara qual é a diferença.
Conheço pouquíssimos que saibam tanto de cinema como o Gonçalo. Conheço menos ainda que saibam falar, como sabe o Gonçalo, sobre cinema. Agora fiquei (ficámos) a saber que ele também sabe escrever sobre cinema.
A questão: Não devia o Gonçalo partilhar connosco mais vezes esta sua arte e engenho?
Eu tenho a certeza que sim!
PSL
Leiam com atenção que no final haverá uma pequena questão de resposta rápida.
Caro Pedro,
Devido à minha total falta de jeito para estas coisas, tentei deixar este comentário no teu post “Campo contra-campo”, mas as enigmáticas instruções que apareceram impediram-me de o fazer (não contes isto a ninguém…).
No entanto, já que escrevi esta tanga, gostava, na mesma, de a partilhar contigo.
James Bond – “Vodka Martini”,
Barman . “Shaken or stirred?
James Bond - Do I look like I give a damn”
Com esta frase Daniel Craig elimina, com a sua belíssima HK9mm, e sem silenciador, todos os seus antecessores. Ganhando, por direito próprio, e contra ventos e marés, a sua licença para matar. Não há concessões, este é, mesmo, um novo Bond. Nem sequer há espaço para as eternas comparações com Connery ou Moore. Não há duvida que Pierce Brosnan tem um enorme carisma, mas limitou-se a compor um personagem que mais não é do que uma fusão entre o engatatão de salão de Moore e o agente implacável e cínico de Connery. Craig estranha o smoking, não hesita em abater um homem desarmado, sangra abundantemente, tem um ataque cardíaco, apaixona-se, e propõe-se, mesmo, a acabar com um requintado jogo de poker no casino de Montenegro matando o seu adversário com uma faca de mesa. Muito longe, portanto, do recurso aos sofisticados e inverosímeis gadgets a que estávamos habituados, e que mais não faziam do que provocar, pelo menos, uma gargalhada no espectador. Não, com Craig a coisa é séria, este Bond é mesmo uma arma mortífera ao serviço de Sua Majestade.
Quanto ao "The Departed",é sem dúvida, um novo clássico. Encheu-me as medidas pela forma habilidosa com que mantém a tensão do princípio ao fim e pela qualidade e equilíbrio das interpertações de Damon, DiCaprio, Walberg, Baldwin e claro do nosso Jack. Adorei a o diálogo, quase sempre demencial, tanto entre polícias ou entre gangsters, mas como diz Nicolson no início "quando tens uma arma apontada à cara qual é a diferença.
Conheço pouquíssimos que saibam tanto de cinema como o Gonçalo. Conheço menos ainda que saibam falar, como sabe o Gonçalo, sobre cinema. Agora fiquei (ficámos) a saber que ele também sabe escrever sobre cinema.
A questão: Não devia o Gonçalo partilhar connosco mais vezes esta sua arte e engenho?
Eu tenho a certeza que sim!
PSL
Gostava de ter escrito isto
Pedro Adão e Silva, no Canhoto escreveu:
p.s.: A este post, reagiu uma pessoa da área da educação, qualificando Pedro Adão e Silva como um ignorante que arrota postas de pescada. Isto porque o que estaria em causa na reportagem do Expresso era um exemplo de contrato de associação entre o Estado e uma Escola Privada, através do qual esta, a expensas daquele, lecciona ensino recorrente.
Bem, lendo a citação do Expresso, não se percebe onde é que está a divergência entre o que diz o post e o respectivo comentário: o que é posto em causa é a aparência de gratuitidade genuína do comportamento do Colégio S. João de Brito, quando o mesmo tem uma natureza contratual com o Estado...
Gostava de ter escrito isto
Pedro Adão e Silva, no Canhoto escreveu:
p.s.: A este post, reagiu uma pessoa da área da educação, qualificando Pedro Adão e Silva como um ignorante que arrota postas de pescada. Isto porque o que estaria em causa na reportagem do Expresso era um exemplo de contrato de associação entre o Estado e uma Escola Privada, através do qual esta, a expensas daquele, lecciona ensino recorrente.
Bem, lendo a citação do Expresso, não se percebe onde é que está a divergência entre o que diz o post e o respectivo comentário: o que é posto em causa é a aparência de gratuitidade genuína do comportamento do Colégio S. João de Brito, quando o mesmo tem uma natureza contratual com o Estado...
Ainda por causa do caso Luisa Mesquita
O Pedro Correia do Corta-fitas gostou de ler o meu post Lenine está vivo e habita em São Bento e concorda com as minhas palvavras.
Mas o Afonso Gregório Campino, de quem não se conhece a morada, já não está de acordo connosco, e fez um corte na caixa de comentários do Corta-fitas: "Eu, e ainda bastantes portugueses, achamos que quem escreve e apoia isto é que não merece o 25 de Abril e a democracia pela qual o PCP tanto lutou e tantos homens e mulheres deram a vida, o conforto e a liberdade".
Caro Afonso. Em primeiro lugar, o PCP nunca lutou, não luta, nem nunca lutará pela democracia nem pela liberdade, mas sim pela SUA ideia de Democracia e pela SUA ideia de liberdade. Se alguém morreu pela liberdade e pela democracia na luta comunista morreu enganado. Mais valia estar quieto. Hoje (e sempre, alias) o PCP é uma aberração num sistema demo-liberal. Repito: devia ser ilegalizado, já!
Em segundo lugar, quem é o senhor para dizer o que eu mereço ou deixo de merecer? Está a ver os tiques totalitários à flor da pele?
Eu não quero nunca viver num sitio onde alguém julga que acha o que eu mereço. Quero ser eu, sempre e nos limites da lei, a decidir o que mereço!
Entende?
PSL
Mas o Afonso Gregório Campino, de quem não se conhece a morada, já não está de acordo connosco, e fez um corte na caixa de comentários do Corta-fitas: "Eu, e ainda bastantes portugueses, achamos que quem escreve e apoia isto é que não merece o 25 de Abril e a democracia pela qual o PCP tanto lutou e tantos homens e mulheres deram a vida, o conforto e a liberdade".
Caro Afonso. Em primeiro lugar, o PCP nunca lutou, não luta, nem nunca lutará pela democracia nem pela liberdade, mas sim pela SUA ideia de Democracia e pela SUA ideia de liberdade. Se alguém morreu pela liberdade e pela democracia na luta comunista morreu enganado. Mais valia estar quieto. Hoje (e sempre, alias) o PCP é uma aberração num sistema demo-liberal. Repito: devia ser ilegalizado, já!
Em segundo lugar, quem é o senhor para dizer o que eu mereço ou deixo de merecer? Está a ver os tiques totalitários à flor da pele?
Eu não quero nunca viver num sitio onde alguém julga que acha o que eu mereço. Quero ser eu, sempre e nos limites da lei, a decidir o que mereço!
Entende?
PSL
Ainda por causa do caso Luisa Mesquita
O Pedro Correia do Corta-fitas gostou de ler o meu post Lenine está vivo e habita em São Bento e concorda com as minhas palvavras.
Mas o Afonso Gregório Campino, de quem não se conhece a morada, já não está de acordo connosco, e fez um corte na caixa de comentários do Corta-fitas: "Eu, e ainda bastantes portugueses, achamos que quem escreve e apoia isto é que não merece o 25 de Abril e a democracia pela qual o PCP tanto lutou e tantos homens e mulheres deram a vida, o conforto e a liberdade".
Caro Afonso. Em primeiro lugar, o PCP nunca lutou, não luta, nem nunca lutará pela democracia nem pela liberdade, mas sim pela SUA ideia de Democracia e pela SUA ideia de liberdade. Se alguém morreu pela liberdade e pela democracia na luta comunista morreu enganado. Mais valia estar quieto. Hoje (e sempre, alias) o PCP é uma aberração num sistema demo-liberal. Repito: devia ser ilegalizado, já!
Em segundo lugar, quem é o senhor para dizer o que eu mereço ou deixo de merecer? Está a ver os tiques totalitários à flor da pele?
Eu não quero nunca viver num sitio onde alguém julga que acha o que eu mereço. Quero ser eu, sempre e nos limites da lei, a decidir o que mereço!
Entende?
PSL
Mas o Afonso Gregório Campino, de quem não se conhece a morada, já não está de acordo connosco, e fez um corte na caixa de comentários do Corta-fitas: "Eu, e ainda bastantes portugueses, achamos que quem escreve e apoia isto é que não merece o 25 de Abril e a democracia pela qual o PCP tanto lutou e tantos homens e mulheres deram a vida, o conforto e a liberdade".
Caro Afonso. Em primeiro lugar, o PCP nunca lutou, não luta, nem nunca lutará pela democracia nem pela liberdade, mas sim pela SUA ideia de Democracia e pela SUA ideia de liberdade. Se alguém morreu pela liberdade e pela democracia na luta comunista morreu enganado. Mais valia estar quieto. Hoje (e sempre, alias) o PCP é uma aberração num sistema demo-liberal. Repito: devia ser ilegalizado, já!
Em segundo lugar, quem é o senhor para dizer o que eu mereço ou deixo de merecer? Está a ver os tiques totalitários à flor da pele?
Eu não quero nunca viver num sitio onde alguém julga que acha o que eu mereço. Quero ser eu, sempre e nos limites da lei, a decidir o que mereço!
Entende?
PSL
terça-feira, 28 de novembro de 2006
Mário Cesariny
Consultório do dr. Pena e do dr. Pluma II
Dr. Pena -- Esperava-o mais cedo, meu caro dr. Pluma.
Dr. Pluma -- Sabe lá, tenho estado ocupadíssimo. Resolvi apurar a minha cultura. Tenho ouvido «O gosto pela música», do dr. Freitas Branco, na Emissora Nacional - 2.
Dr. Pena -- Constou-me que falam muito e que aqueles dois locutores interrompem os trechos, são uns tagarelas... É verdade que falam no meio da música?
Dr. Pluma -- Têm esse defeito, mas dizem coisas interessantes, muito profundas.
Dr. Pena -- Por exemplo?
Dr. Pluma -- Não vai sem resposta. Olhe, no outro dia, a locutora, referindo-se a uma peça de Schubert, disse: É uma verdadeira delícia, uma coisa encantadora. Deixe-me ouvir todo o andamento, apetece-me imenso. E sabe? a locutora faz perguntas muito pertinentes. Quer ouvir esta? As sonatas de Schubert são diferentes das de Beethoven, não são? (sic).
Dr. Pena -- Se me permite, eu direi que é uma pergunta impertinente. Até podia dizer que é uma pergunta que não se faz!
Dr. Pluma -- Quem sabe viver é o dr. Gaspar Simões. Nunca pergunta nada. Para ele, todas as coisas antes de o ser já o eram.
Dr. Pena -- Mais duma pessoa me disse isso, mas não compreendi bem porquê?
Dr. Pluma -- Então não ouviu aquela do «nouveau roman» ter existido antes de existir?
Dr. Pena -- Ah sim?
Dr. Pluma -- Nem foram os franceses que o criaram. Foi um português, muito antes. No século XVI ou XVII.
Dr. Pena -- No século XVII? Não acha exagero?
Dr. Pluma -- Pergunte ao dr. Gaspar Simões.
Dr. Pena -- Talvez apresentasse algumas razões, quem sabe?! De tempos e modos nunca se sabe bem, com estes escritores do passado actuais...
Dr. Pluma -- Disse escritores do passado actuais, dr. Pena?
Dr. Pena -- Disse. Nos meus esforços para acompanhar sigo de tudo um pouco; gosto, sobretudo, de estar atento à manifestação das gerações mais novas, não é bonito ficar para trás sem aviso, compreende...
Dr. Pluma (interessado) -- Diga sempre...
Dr. Pena -- Um jovem ensaísta publicou um artigo no jornal Diário de Lisboa...
Dr. Pluma -- Não diga! E quem é que ele alvejava?
Dr. Pena -- Pois isso é que me faz espécie... Não era só a um ou dois escritores que ele destinava a sua diatribe, era a quase todos os que é costume designar como neo-realistas...
Dr. Pluma -- I see... Admito agora aquela sua expressão «escritores do passado actuais»... Mas, c'os diabos, então um escritor não pode mudar de estilo? Adaptar-se a novos modus faciendis? Barbear, pentear?
Dr. Pena -- Todos ao mesmo tempo, talvez não. Parece mal aos que ainda não estão suficientemente maduros para, por seu turno, mudarem também. Mas reconheço que a acusação é um tanto excessiva.
Dr. Pluma -- Pois é claro que o é; que seria das letras se não as aprimorassem! Se não as fizessem virar do avesso quando o direito deu o que tinha a dar! Até à próxima, insigne rr. Pena! Os meus melhores sentidos ao dr. Pincel!
Dr. Pena -- Serão entregues, meu preclaro amigo! Até para o mês que vem!
in Mário Cesariny, "Primavera Autónoma de Estradas", Lisboa: Assírio & Alvim, 1980, pp. 127-129
Dr. Pena -- Esperava-o mais cedo, meu caro dr. Pluma.
Dr. Pluma -- Sabe lá, tenho estado ocupadíssimo. Resolvi apurar a minha cultura. Tenho ouvido «O gosto pela música», do dr. Freitas Branco, na Emissora Nacional - 2.
Dr. Pena -- Constou-me que falam muito e que aqueles dois locutores interrompem os trechos, são uns tagarelas... É verdade que falam no meio da música?
Dr. Pluma -- Têm esse defeito, mas dizem coisas interessantes, muito profundas.
Dr. Pena -- Por exemplo?
Dr. Pluma -- Não vai sem resposta. Olhe, no outro dia, a locutora, referindo-se a uma peça de Schubert, disse: É uma verdadeira delícia, uma coisa encantadora. Deixe-me ouvir todo o andamento, apetece-me imenso. E sabe? a locutora faz perguntas muito pertinentes. Quer ouvir esta? As sonatas de Schubert são diferentes das de Beethoven, não são? (sic).
Dr. Pena -- Se me permite, eu direi que é uma pergunta impertinente. Até podia dizer que é uma pergunta que não se faz!
Dr. Pluma -- Quem sabe viver é o dr. Gaspar Simões. Nunca pergunta nada. Para ele, todas as coisas antes de o ser já o eram.
Dr. Pena -- Mais duma pessoa me disse isso, mas não compreendi bem porquê?
Dr. Pluma -- Então não ouviu aquela do «nouveau roman» ter existido antes de existir?
Dr. Pena -- Ah sim?
Dr. Pluma -- Nem foram os franceses que o criaram. Foi um português, muito antes. No século XVI ou XVII.
Dr. Pena -- No século XVII? Não acha exagero?
Dr. Pluma -- Pergunte ao dr. Gaspar Simões.
Dr. Pena -- Talvez apresentasse algumas razões, quem sabe?! De tempos e modos nunca se sabe bem, com estes escritores do passado actuais...
Dr. Pluma -- Disse escritores do passado actuais, dr. Pena?
Dr. Pena -- Disse. Nos meus esforços para acompanhar sigo de tudo um pouco; gosto, sobretudo, de estar atento à manifestação das gerações mais novas, não é bonito ficar para trás sem aviso, compreende...
Dr. Pluma (interessado) -- Diga sempre...
Dr. Pena -- Um jovem ensaísta publicou um artigo no jornal Diário de Lisboa...
Dr. Pluma -- Não diga! E quem é que ele alvejava?
Dr. Pena -- Pois isso é que me faz espécie... Não era só a um ou dois escritores que ele destinava a sua diatribe, era a quase todos os que é costume designar como neo-realistas...
Dr. Pluma -- I see... Admito agora aquela sua expressão «escritores do passado actuais»... Mas, c'os diabos, então um escritor não pode mudar de estilo? Adaptar-se a novos modus faciendis? Barbear, pentear?
Dr. Pena -- Todos ao mesmo tempo, talvez não. Parece mal aos que ainda não estão suficientemente maduros para, por seu turno, mudarem também. Mas reconheço que a acusação é um tanto excessiva.
Dr. Pluma -- Pois é claro que o é; que seria das letras se não as aprimorassem! Se não as fizessem virar do avesso quando o direito deu o que tinha a dar! Até à próxima, insigne rr. Pena! Os meus melhores sentidos ao dr. Pincel!
Dr. Pena -- Serão entregues, meu preclaro amigo! Até para o mês que vem!
in Mário Cesariny, "Primavera Autónoma de Estradas", Lisboa: Assírio & Alvim, 1980, pp. 127-129
Mário Cesariny
Consultório do dr. Pena e do dr. Pluma II
Dr. Pena -- Esperava-o mais cedo, meu caro dr. Pluma.
Dr. Pluma -- Sabe lá, tenho estado ocupadíssimo. Resolvi apurar a minha cultura. Tenho ouvido «O gosto pela música», do dr. Freitas Branco, na Emissora Nacional - 2.
Dr. Pena -- Constou-me que falam muito e que aqueles dois locutores interrompem os trechos, são uns tagarelas... É verdade que falam no meio da música?
Dr. Pluma -- Têm esse defeito, mas dizem coisas interessantes, muito profundas.
Dr. Pena -- Por exemplo?
Dr. Pluma -- Não vai sem resposta. Olhe, no outro dia, a locutora, referindo-se a uma peça de Schubert, disse: É uma verdadeira delícia, uma coisa encantadora. Deixe-me ouvir todo o andamento, apetece-me imenso. E sabe? a locutora faz perguntas muito pertinentes. Quer ouvir esta? As sonatas de Schubert são diferentes das de Beethoven, não são? (sic).
Dr. Pena -- Se me permite, eu direi que é uma pergunta impertinente. Até podia dizer que é uma pergunta que não se faz!
Dr. Pluma -- Quem sabe viver é o dr. Gaspar Simões. Nunca pergunta nada. Para ele, todas as coisas antes de o ser já o eram.
Dr. Pena -- Mais duma pessoa me disse isso, mas não compreendi bem porquê?
Dr. Pluma -- Então não ouviu aquela do «nouveau roman» ter existido antes de existir?
Dr. Pena -- Ah sim?
Dr. Pluma -- Nem foram os franceses que o criaram. Foi um português, muito antes. No século XVI ou XVII.
Dr. Pena -- No século XVII? Não acha exagero?
Dr. Pluma -- Pergunte ao dr. Gaspar Simões.
Dr. Pena -- Talvez apresentasse algumas razões, quem sabe?! De tempos e modos nunca se sabe bem, com estes escritores do passado actuais...
Dr. Pluma -- Disse escritores do passado actuais, dr. Pena?
Dr. Pena -- Disse. Nos meus esforços para acompanhar sigo de tudo um pouco; gosto, sobretudo, de estar atento à manifestação das gerações mais novas, não é bonito ficar para trás sem aviso, compreende...
Dr. Pluma (interessado) -- Diga sempre...
Dr. Pena -- Um jovem ensaísta publicou um artigo no jornal Diário de Lisboa...
Dr. Pluma -- Não diga! E quem é que ele alvejava?
Dr. Pena -- Pois isso é que me faz espécie... Não era só a um ou dois escritores que ele destinava a sua diatribe, era a quase todos os que é costume designar como neo-realistas...
Dr. Pluma -- I see... Admito agora aquela sua expressão «escritores do passado actuais»... Mas, c'os diabos, então um escritor não pode mudar de estilo? Adaptar-se a novos modus faciendis? Barbear, pentear?
Dr. Pena -- Todos ao mesmo tempo, talvez não. Parece mal aos que ainda não estão suficientemente maduros para, por seu turno, mudarem também. Mas reconheço que a acusação é um tanto excessiva.
Dr. Pluma -- Pois é claro que o é; que seria das letras se não as aprimorassem! Se não as fizessem virar do avesso quando o direito deu o que tinha a dar! Até à próxima, insigne rr. Pena! Os meus melhores sentidos ao dr. Pincel!
Dr. Pena -- Serão entregues, meu preclaro amigo! Até para o mês que vem!
in Mário Cesariny, "Primavera Autónoma de Estradas", Lisboa: Assírio & Alvim, 1980, pp. 127-129
Dr. Pena -- Esperava-o mais cedo, meu caro dr. Pluma.
Dr. Pluma -- Sabe lá, tenho estado ocupadíssimo. Resolvi apurar a minha cultura. Tenho ouvido «O gosto pela música», do dr. Freitas Branco, na Emissora Nacional - 2.
Dr. Pena -- Constou-me que falam muito e que aqueles dois locutores interrompem os trechos, são uns tagarelas... É verdade que falam no meio da música?
Dr. Pluma -- Têm esse defeito, mas dizem coisas interessantes, muito profundas.
Dr. Pena -- Por exemplo?
Dr. Pluma -- Não vai sem resposta. Olhe, no outro dia, a locutora, referindo-se a uma peça de Schubert, disse: É uma verdadeira delícia, uma coisa encantadora. Deixe-me ouvir todo o andamento, apetece-me imenso. E sabe? a locutora faz perguntas muito pertinentes. Quer ouvir esta? As sonatas de Schubert são diferentes das de Beethoven, não são? (sic).
Dr. Pena -- Se me permite, eu direi que é uma pergunta impertinente. Até podia dizer que é uma pergunta que não se faz!
Dr. Pluma -- Quem sabe viver é o dr. Gaspar Simões. Nunca pergunta nada. Para ele, todas as coisas antes de o ser já o eram.
Dr. Pena -- Mais duma pessoa me disse isso, mas não compreendi bem porquê?
Dr. Pluma -- Então não ouviu aquela do «nouveau roman» ter existido antes de existir?
Dr. Pena -- Ah sim?
Dr. Pluma -- Nem foram os franceses que o criaram. Foi um português, muito antes. No século XVI ou XVII.
Dr. Pena -- No século XVII? Não acha exagero?
Dr. Pluma -- Pergunte ao dr. Gaspar Simões.
Dr. Pena -- Talvez apresentasse algumas razões, quem sabe?! De tempos e modos nunca se sabe bem, com estes escritores do passado actuais...
Dr. Pluma -- Disse escritores do passado actuais, dr. Pena?
Dr. Pena -- Disse. Nos meus esforços para acompanhar sigo de tudo um pouco; gosto, sobretudo, de estar atento à manifestação das gerações mais novas, não é bonito ficar para trás sem aviso, compreende...
Dr. Pluma (interessado) -- Diga sempre...
Dr. Pena -- Um jovem ensaísta publicou um artigo no jornal Diário de Lisboa...
Dr. Pluma -- Não diga! E quem é que ele alvejava?
Dr. Pena -- Pois isso é que me faz espécie... Não era só a um ou dois escritores que ele destinava a sua diatribe, era a quase todos os que é costume designar como neo-realistas...
Dr. Pluma -- I see... Admito agora aquela sua expressão «escritores do passado actuais»... Mas, c'os diabos, então um escritor não pode mudar de estilo? Adaptar-se a novos modus faciendis? Barbear, pentear?
Dr. Pena -- Todos ao mesmo tempo, talvez não. Parece mal aos que ainda não estão suficientemente maduros para, por seu turno, mudarem também. Mas reconheço que a acusação é um tanto excessiva.
Dr. Pluma -- Pois é claro que o é; que seria das letras se não as aprimorassem! Se não as fizessem virar do avesso quando o direito deu o que tinha a dar! Até à próxima, insigne rr. Pena! Os meus melhores sentidos ao dr. Pincel!
Dr. Pena -- Serão entregues, meu preclaro amigo! Até para o mês que vem!
in Mário Cesariny, "Primavera Autónoma de Estradas", Lisboa: Assírio & Alvim, 1980, pp. 127-129
A frase do dia
Alguém (que mora fora de Portas salvo seja…) muito conhecido nas esferas da comunicação portuguesa, a falar com o seu espelho:
No fundo, sou um Chico Esperto; um Chico Esperto que só tem poder num país onde tudo passa pelos mesmos canais há décadas.
Henrique Raposo no Blogue da Revista Atlântico.
PSL
No fundo, sou um Chico Esperto; um Chico Esperto que só tem poder num país onde tudo passa pelos mesmos canais há décadas.
Henrique Raposo no Blogue da Revista Atlântico.
PSL
A frase do dia
Alguém (que mora fora de Portas salvo seja…) muito conhecido nas esferas da comunicação portuguesa, a falar com o seu espelho:
No fundo, sou um Chico Esperto; um Chico Esperto que só tem poder num país onde tudo passa pelos mesmos canais há décadas.
Henrique Raposo no Blogue da Revista Atlântico.
PSL
No fundo, sou um Chico Esperto; um Chico Esperto que só tem poder num país onde tudo passa pelos mesmos canais há décadas.
Henrique Raposo no Blogue da Revista Atlântico.
PSL
Campo Contra Campo (LXVII)
Três pequenas notas sobre três grandes filmes
A Prairie Home Companion - Bastidores da Radio, ****
Agora contento-me em sentar-me na praia e ver as ondas em vez de mergulhar nelas. As palavras (difíceis de ler e duras de entender) são de Robert Altman ao suplemento Y do Publico do passado dia 27 de Outubro.
São filmes como este que nos demonstram como é grande o cinema e como sabemos tão pouco sobre essa arte. A derradeira obra de Robert Altman é um estranho e divertido bailado com a morte. Um filme de estúdio, filmado com classe e harmonia impares, sempre em pequenos espaços paradoxalmente atravancados de memórias e alegria de viver. Foi assim, com um meigo sorriso que Altman decidiu abandonar este local. Encenação quase perfeita. Meryl Strip fora de serie…, e tão bem acompanhada. Estranha-se a falta de inteligência dos nossos exibidores: o filme teve uma carreira discreta nas nossas salas e em Lisboa só pode ser visto no decano Quarteto. Imprescindível!
The Departed - Entre Inimigos, ****
Regresso em grande de outro clássico. Martin Scorsese encontra neste remake um argumento poderoso, brutal mesmo. Filmado com a mestria dos grandes, arejado por um casting de luxo onde o destaque vai totalmente para Jack Nickolson - com liberdadde para quase tudo - esta é uma historia suja, de policias (eternamente…) infiltrados nos bandidos e ratazanas infiltradas na policia. Violento mas não de forma gratuita, temperado com o clima próprio de uma comunidade Irlandesa em solo americano este é um dos grandes filmes da temporada que vale a pena saborear até ao ultimo fôlego.
007 - Casino Royale, ****
Excelente surpresa. Muito mais do que a eficaz realização de Martin Campbell o destaque tem de ir todo para Daniel Craig. O actor britânico monta um Bond clássico (uma personagem à antiga - frio, duro, mau, violento…) que se aproxima do melhor Bond de sempre: Sean Connery. Também aqui o argumento faz toda a diferença; e dando o desconto às inverosimilhanças típicas de um filme de acção, estamos perante uma obra nobre. Quase duas horas e meia que prendem o espectador à cadeira com momentos de verdadeira catarse. Curiosa é a forma como uma historia com quase cinquenta anos (este foi o primeiro livro de Ian Fleming) se adapta aos nossos dias. Aqui reside talvez o maior trunfo da realização. Veja-se, por exemplo, a primeira verdadeira cena de acção (após um genérico épico) que leva aos limites o desporto urbano da moda.
Há muito cinema neste 007. Consistência num filme rodado em meia dúzia de locais diferentes; do estúdio à Praça de São Marcos, das margens do Como, àos luxuosos resorts das Bahamas sempre num verdadeiro bailado de amor e morte.
PSL
A Prairie Home Companion - Bastidores da Radio, ****
Agora contento-me em sentar-me na praia e ver as ondas em vez de mergulhar nelas. As palavras (difíceis de ler e duras de entender) são de Robert Altman ao suplemento Y do Publico do passado dia 27 de Outubro.
São filmes como este que nos demonstram como é grande o cinema e como sabemos tão pouco sobre essa arte. A derradeira obra de Robert Altman é um estranho e divertido bailado com a morte. Um filme de estúdio, filmado com classe e harmonia impares, sempre em pequenos espaços paradoxalmente atravancados de memórias e alegria de viver. Foi assim, com um meigo sorriso que Altman decidiu abandonar este local. Encenação quase perfeita. Meryl Strip fora de serie…, e tão bem acompanhada. Estranha-se a falta de inteligência dos nossos exibidores: o filme teve uma carreira discreta nas nossas salas e em Lisboa só pode ser visto no decano Quarteto. Imprescindível!
The Departed - Entre Inimigos, ****
Regresso em grande de outro clássico. Martin Scorsese encontra neste remake um argumento poderoso, brutal mesmo. Filmado com a mestria dos grandes, arejado por um casting de luxo onde o destaque vai totalmente para Jack Nickolson - com liberdadde para quase tudo - esta é uma historia suja, de policias (eternamente…) infiltrados nos bandidos e ratazanas infiltradas na policia. Violento mas não de forma gratuita, temperado com o clima próprio de uma comunidade Irlandesa em solo americano este é um dos grandes filmes da temporada que vale a pena saborear até ao ultimo fôlego.
007 - Casino Royale, ****
Excelente surpresa. Muito mais do que a eficaz realização de Martin Campbell o destaque tem de ir todo para Daniel Craig. O actor britânico monta um Bond clássico (uma personagem à antiga - frio, duro, mau, violento…) que se aproxima do melhor Bond de sempre: Sean Connery. Também aqui o argumento faz toda a diferença; e dando o desconto às inverosimilhanças típicas de um filme de acção, estamos perante uma obra nobre. Quase duas horas e meia que prendem o espectador à cadeira com momentos de verdadeira catarse. Curiosa é a forma como uma historia com quase cinquenta anos (este foi o primeiro livro de Ian Fleming) se adapta aos nossos dias. Aqui reside talvez o maior trunfo da realização. Veja-se, por exemplo, a primeira verdadeira cena de acção (após um genérico épico) que leva aos limites o desporto urbano da moda.
Há muito cinema neste 007. Consistência num filme rodado em meia dúzia de locais diferentes; do estúdio à Praça de São Marcos, das margens do Como, àos luxuosos resorts das Bahamas sempre num verdadeiro bailado de amor e morte.
PSL
Campo Contra Campo (LXVII)
Três pequenas notas sobre três grandes filmes
A Prairie Home Companion - Bastidores da Radio, ****
Agora contento-me em sentar-me na praia e ver as ondas em vez de mergulhar nelas. As palavras (difíceis de ler e duras de entender) são de Robert Altman ao suplemento Y do Publico do passado dia 27 de Outubro.
São filmes como este que nos demonstram como é grande o cinema e como sabemos tão pouco sobre essa arte. A derradeira obra de Robert Altman é um estranho e divertido bailado com a morte. Um filme de estúdio, filmado com classe e harmonia impares, sempre em pequenos espaços paradoxalmente atravancados de memórias e alegria de viver. Foi assim, com um meigo sorriso que Altman decidiu abandonar este local. Encenação quase perfeita. Meryl Strip fora de serie…, e tão bem acompanhada. Estranha-se a falta de inteligência dos nossos exibidores: o filme teve uma carreira discreta nas nossas salas e em Lisboa só pode ser visto no decano Quarteto. Imprescindível!
The Departed - Entre Inimigos, ****
Regresso em grande de outro clássico. Martin Scorsese encontra neste remake um argumento poderoso, brutal mesmo. Filmado com a mestria dos grandes, arejado por um casting de luxo onde o destaque vai totalmente para Jack Nickolson - com liberdadde para quase tudo - esta é uma historia suja, de policias (eternamente…) infiltrados nos bandidos e ratazanas infiltradas na policia. Violento mas não de forma gratuita, temperado com o clima próprio de uma comunidade Irlandesa em solo americano este é um dos grandes filmes da temporada que vale a pena saborear até ao ultimo fôlego.
007 - Casino Royale, ****
Excelente surpresa. Muito mais do que a eficaz realização de Martin Campbell o destaque tem de ir todo para Daniel Craig. O actor britânico monta um Bond clássico (uma personagem à antiga - frio, duro, mau, violento…) que se aproxima do melhor Bond de sempre: Sean Connery. Também aqui o argumento faz toda a diferença; e dando o desconto às inverosimilhanças típicas de um filme de acção, estamos perante uma obra nobre. Quase duas horas e meia que prendem o espectador à cadeira com momentos de verdadeira catarse. Curiosa é a forma como uma historia com quase cinquenta anos (este foi o primeiro livro de Ian Fleming) se adapta aos nossos dias. Aqui reside talvez o maior trunfo da realização. Veja-se, por exemplo, a primeira verdadeira cena de acção (após um genérico épico) que leva aos limites o desporto urbano da moda.
Há muito cinema neste 007. Consistência num filme rodado em meia dúzia de locais diferentes; do estúdio à Praça de São Marcos, das margens do Como, àos luxuosos resorts das Bahamas sempre num verdadeiro bailado de amor e morte.
PSL
A Prairie Home Companion - Bastidores da Radio, ****
Agora contento-me em sentar-me na praia e ver as ondas em vez de mergulhar nelas. As palavras (difíceis de ler e duras de entender) são de Robert Altman ao suplemento Y do Publico do passado dia 27 de Outubro.
São filmes como este que nos demonstram como é grande o cinema e como sabemos tão pouco sobre essa arte. A derradeira obra de Robert Altman é um estranho e divertido bailado com a morte. Um filme de estúdio, filmado com classe e harmonia impares, sempre em pequenos espaços paradoxalmente atravancados de memórias e alegria de viver. Foi assim, com um meigo sorriso que Altman decidiu abandonar este local. Encenação quase perfeita. Meryl Strip fora de serie…, e tão bem acompanhada. Estranha-se a falta de inteligência dos nossos exibidores: o filme teve uma carreira discreta nas nossas salas e em Lisboa só pode ser visto no decano Quarteto. Imprescindível!
The Departed - Entre Inimigos, ****
Regresso em grande de outro clássico. Martin Scorsese encontra neste remake um argumento poderoso, brutal mesmo. Filmado com a mestria dos grandes, arejado por um casting de luxo onde o destaque vai totalmente para Jack Nickolson - com liberdadde para quase tudo - esta é uma historia suja, de policias (eternamente…) infiltrados nos bandidos e ratazanas infiltradas na policia. Violento mas não de forma gratuita, temperado com o clima próprio de uma comunidade Irlandesa em solo americano este é um dos grandes filmes da temporada que vale a pena saborear até ao ultimo fôlego.
007 - Casino Royale, ****
Excelente surpresa. Muito mais do que a eficaz realização de Martin Campbell o destaque tem de ir todo para Daniel Craig. O actor britânico monta um Bond clássico (uma personagem à antiga - frio, duro, mau, violento…) que se aproxima do melhor Bond de sempre: Sean Connery. Também aqui o argumento faz toda a diferença; e dando o desconto às inverosimilhanças típicas de um filme de acção, estamos perante uma obra nobre. Quase duas horas e meia que prendem o espectador à cadeira com momentos de verdadeira catarse. Curiosa é a forma como uma historia com quase cinquenta anos (este foi o primeiro livro de Ian Fleming) se adapta aos nossos dias. Aqui reside talvez o maior trunfo da realização. Veja-se, por exemplo, a primeira verdadeira cena de acção (após um genérico épico) que leva aos limites o desporto urbano da moda.
Há muito cinema neste 007. Consistência num filme rodado em meia dúzia de locais diferentes; do estúdio à Praça de São Marcos, das margens do Como, àos luxuosos resorts das Bahamas sempre num verdadeiro bailado de amor e morte.
PSL
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
JPP igual a JPP
Não faz sentido nenhum falar de JPP num blogue apenas para o citar, pois toda a gente lê o que JPP escreve no Abrupto. Ou não.
Vale pois a pena ler os “…átomos e bits” de hoje. É um agente provocador de classe, este Pacheco Pereira. Bem espalha veneno quem lhe conhece o sabor. Como ele existem poucos. É uma pena…
PSL
Vale pois a pena ler os “…átomos e bits” de hoje. É um agente provocador de classe, este Pacheco Pereira. Bem espalha veneno quem lhe conhece o sabor. Como ele existem poucos. É uma pena…
PSL
JPP igual a JPP
Não faz sentido nenhum falar de JPP num blogue apenas para o citar, pois toda a gente lê o que JPP escreve no Abrupto. Ou não.
Vale pois a pena ler os “…átomos e bits” de hoje. É um agente provocador de classe, este Pacheco Pereira. Bem espalha veneno quem lhe conhece o sabor. Como ele existem poucos. É uma pena…
PSL
Vale pois a pena ler os “…átomos e bits” de hoje. É um agente provocador de classe, este Pacheco Pereira. Bem espalha veneno quem lhe conhece o sabor. Como ele existem poucos. É uma pena…
PSL
E você, já escolheu o seu 25 de Novembro?
Saúda-se o nascimento do 31 da Armada; de tal maneira que até me fez descer as escadas do Stones na passada sexta.
Muito mais que um blogue, o 31 da Armada está fadado ao sucesso. Para já veja-se esta excelente montagem que cruza duas visões do que se passou no 25 de Novembro. Não neste, no outro, de 1975.
Felicidades para um blogue que sem receio ou rodeio se compromete com o lado direito da força!
PSL
Muito mais que um blogue, o 31 da Armada está fadado ao sucesso. Para já veja-se esta excelente montagem que cruza duas visões do que se passou no 25 de Novembro. Não neste, no outro, de 1975.
Felicidades para um blogue que sem receio ou rodeio se compromete com o lado direito da força!
PSL
E você, já escolheu o seu 25 de Novembro?
Saúda-se o nascimento do 31 da Armada; de tal maneira que até me fez descer as escadas do Stones na passada sexta.
Muito mais que um blogue, o 31 da Armada está fadado ao sucesso. Para já veja-se esta excelente montagem que cruza duas visões do que se passou no 25 de Novembro. Não neste, no outro, de 1975.
Felicidades para um blogue que sem receio ou rodeio se compromete com o lado direito da força!
PSL
Muito mais que um blogue, o 31 da Armada está fadado ao sucesso. Para já veja-se esta excelente montagem que cruza duas visões do que se passou no 25 de Novembro. Não neste, no outro, de 1975.
Felicidades para um blogue que sem receio ou rodeio se compromete com o lado direito da força!
PSL
domingo, 26 de novembro de 2006
N MÚSICAS II
Fui ver o filme ao cinema e vim de lá com esta música de Chris Cornell, aliás, já esperada. E também com Eva Green, lembrando-me da sua densa e intensa interpretação de Os Sonhadores. Daniel Craig convenceu-me.
N MÚSICAS II
Fui ver o filme ao cinema e vim de lá com esta música de Chris Cornell, aliás, já esperada. E também com Eva Green, lembrando-me da sua densa e intensa interpretação de Os Sonhadores. Daniel Craig convenceu-me.
sábado, 25 de novembro de 2006
sexta-feira, 24 de novembro de 2006
Entretanto na Republica da parodia (II)…
…uma notícia de hoje passou praticamente despercebida.
O Governo, em coordenação com o grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) recuaram e, afinal, os estádios de futebol já não vão pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 2007 caso, como se espera, as sugestões de alteração à proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2007 entregues pelo PS sejam aprovadas.
Alguém falou ultimamente na Companhia Santana e os seus amigos trapalhões?
Por este andar ainda havemos de ter muitas saudades deles.
PSL
O Governo, em coordenação com o grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) recuaram e, afinal, os estádios de futebol já não vão pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 2007 caso, como se espera, as sugestões de alteração à proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2007 entregues pelo PS sejam aprovadas.
Alguém falou ultimamente na Companhia Santana e os seus amigos trapalhões?
Por este andar ainda havemos de ter muitas saudades deles.
PSL
Entretanto na Republica da parodia (II)…
…uma notícia de hoje passou praticamente despercebida.
O Governo, em coordenação com o grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) recuaram e, afinal, os estádios de futebol já não vão pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 2007 caso, como se espera, as sugestões de alteração à proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2007 entregues pelo PS sejam aprovadas.
Alguém falou ultimamente na Companhia Santana e os seus amigos trapalhões?
Por este andar ainda havemos de ter muitas saudades deles.
PSL
O Governo, em coordenação com o grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) recuaram e, afinal, os estádios de futebol já não vão pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 2007 caso, como se espera, as sugestões de alteração à proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2007 entregues pelo PS sejam aprovadas.
Alguém falou ultimamente na Companhia Santana e os seus amigos trapalhões?
Por este andar ainda havemos de ter muitas saudades deles.
PSL
Entretanto na Republica da parodia…
…o pessoal vai lendo o livro de Pedro Santana Lopes, que parece já ir na terceira edição. Resta saber de quantos exemplares é cada uma delas!
O pessoal vai lendo o livro (coisa que duvido algum dia farei, pois o tempo é um bem demasiadamente escasso para que o percamos inutilmente) de Santana e como bons colegas blogosfericos que são, partilham connosco alguns detalhes: p. 40, Durão Barroso "tornou-se um dos Portugueses mais influentes no Mundo, depois de D. João II".
Depois da gargalhada e pensando bem…, infelizmente Santana tem razão. Acontece que Durão Barroso não está em Bruxelas para servir o interesse de Portugal mas tão só e apenas os interesses da União.
Como nunca é tarde para aprender, Santana ainda vai a tempo de conhecer um bocadinho de direito institucional comunitário.
Bolas, afinal ele já foi Primeiro-ministro de Portugal.
O pessoal vai lendo o livro (coisa que duvido algum dia farei, pois o tempo é um bem demasiadamente escasso para que o percamos inutilmente) de Santana e como bons colegas blogosfericos que são, partilham connosco alguns detalhes: p. 40, Durão Barroso "tornou-se um dos Portugueses mais influentes no Mundo, depois de D. João II".
Depois da gargalhada e pensando bem…, infelizmente Santana tem razão. Acontece que Durão Barroso não está em Bruxelas para servir o interesse de Portugal mas tão só e apenas os interesses da União.
Como nunca é tarde para aprender, Santana ainda vai a tempo de conhecer um bocadinho de direito institucional comunitário.
Bolas, afinal ele já foi Primeiro-ministro de Portugal.
Entretanto na Republica da parodia…
…o pessoal vai lendo o livro de Pedro Santana Lopes, que parece já ir na terceira edição. Resta saber de quantos exemplares é cada uma delas!
O pessoal vai lendo o livro (coisa que duvido algum dia farei, pois o tempo é um bem demasiadamente escasso para que o percamos inutilmente) de Santana e como bons colegas blogosfericos que são, partilham connosco alguns detalhes: p. 40, Durão Barroso "tornou-se um dos Portugueses mais influentes no Mundo, depois de D. João II".
Depois da gargalhada e pensando bem…, infelizmente Santana tem razão. Acontece que Durão Barroso não está em Bruxelas para servir o interesse de Portugal mas tão só e apenas os interesses da União.
Como nunca é tarde para aprender, Santana ainda vai a tempo de conhecer um bocadinho de direito institucional comunitário.
Bolas, afinal ele já foi Primeiro-ministro de Portugal.
O pessoal vai lendo o livro (coisa que duvido algum dia farei, pois o tempo é um bem demasiadamente escasso para que o percamos inutilmente) de Santana e como bons colegas blogosfericos que são, partilham connosco alguns detalhes: p. 40, Durão Barroso "tornou-se um dos Portugueses mais influentes no Mundo, depois de D. João II".
Depois da gargalhada e pensando bem…, infelizmente Santana tem razão. Acontece que Durão Barroso não está em Bruxelas para servir o interesse de Portugal mas tão só e apenas os interesses da União.
Como nunca é tarde para aprender, Santana ainda vai a tempo de conhecer um bocadinho de direito institucional comunitário.
Bolas, afinal ele já foi Primeiro-ministro de Portugal.
N PERGUNTAS XXIX
Quando iremos ver, outra vez, o director da informação da SIC a correr atrás de Durão Barroso?
Ontem, vimos um bom indício da fragilidade do comportamento profissional e humano... e ninguém está livre disso.
Ontem, vimos um bom indício da fragilidade do comportamento profissional e humano... e ninguém está livre disso.
N PERGUNTAS XXIX
Quando iremos ver, outra vez, o director da informação da SIC a correr atrás de Durão Barroso?
Ontem, vimos um bom indício da fragilidade do comportamento profissional e humano... e ninguém está livre disso.
Ontem, vimos um bom indício da fragilidade do comportamento profissional e humano... e ninguém está livre disso.
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
Lenine está vivo e habita em São Bento
O episódio com a deputada do PCP Luisa Mesquita, é inconcebível, infame e ultrajante.
É inconcebível porque num Estado de Direito dito Democrático um partido político não pode em jeito de directório, de forma absolutamente discricionária, quebrar o vinculo que se estabelece entre os eleitores e aqueles que de forma livre foram eleitos como seus representantes.
É infame porque um Estado da Europa Ocidental não pode viver paredes meias com formas ditatoriais e despóticas de conceber o processo democrático na sua mais pura forma de eleição livre e universal de um parlamento.
É ultrajante pois todos os cultores da liberdade não podem deixar de se cobrir com uma burqa de vergonha numa República que permite tal atentado aos seus princípios basilares.
O PCP tem dado claríssimos sinais de ser um anacronismo. Não parece estar nem neste tempo nem sequer neste espaço. Parece mais uma invenção de ficção cientifica que por qualquer azedume dos deuses partilha o éter com a realidade.
Depois do que se passou na Câmara de Setúbal, este episódio, vem recordar a todos que numa República matura, evoluída e civilizada não há espaço para tal aberração. No limite, qualquer democracia decente já teria ilegalizado o Partido Comunista Português. Ele não faz parte do sociedade democrática que tanto amamos.
Infelizmente para todos nós, parece que Lenine afinal está vivo, tem morada certa e espaço nas esferas de comunicação.
PSL
É inconcebível porque num Estado de Direito dito Democrático um partido político não pode em jeito de directório, de forma absolutamente discricionária, quebrar o vinculo que se estabelece entre os eleitores e aqueles que de forma livre foram eleitos como seus representantes.
É infame porque um Estado da Europa Ocidental não pode viver paredes meias com formas ditatoriais e despóticas de conceber o processo democrático na sua mais pura forma de eleição livre e universal de um parlamento.
É ultrajante pois todos os cultores da liberdade não podem deixar de se cobrir com uma burqa de vergonha numa República que permite tal atentado aos seus princípios basilares.
O PCP tem dado claríssimos sinais de ser um anacronismo. Não parece estar nem neste tempo nem sequer neste espaço. Parece mais uma invenção de ficção cientifica que por qualquer azedume dos deuses partilha o éter com a realidade.
Depois do que se passou na Câmara de Setúbal, este episódio, vem recordar a todos que numa República matura, evoluída e civilizada não há espaço para tal aberração. No limite, qualquer democracia decente já teria ilegalizado o Partido Comunista Português. Ele não faz parte do sociedade democrática que tanto amamos.
Infelizmente para todos nós, parece que Lenine afinal está vivo, tem morada certa e espaço nas esferas de comunicação.
PSL
Lenine está vivo e habita em São Bento
O episódio com a deputada do PCP Luisa Mesquita, é inconcebível, infame e ultrajante.
É inconcebível porque num Estado de Direito dito Democrático um partido político não pode em jeito de directório, de forma absolutamente discricionária, quebrar o vinculo que se estabelece entre os eleitores e aqueles que de forma livre foram eleitos como seus representantes.
É infame porque um Estado da Europa Ocidental não pode viver paredes meias com formas ditatoriais e despóticas de conceber o processo democrático na sua mais pura forma de eleição livre e universal de um parlamento.
É ultrajante pois todos os cultores da liberdade não podem deixar de se cobrir com uma burqa de vergonha numa República que permite tal atentado aos seus princípios basilares.
O PCP tem dado claríssimos sinais de ser um anacronismo. Não parece estar nem neste tempo nem sequer neste espaço. Parece mais uma invenção de ficção cientifica que por qualquer azedume dos deuses partilha o éter com a realidade.
Depois do que se passou na Câmara de Setúbal, este episódio, vem recordar a todos que numa República matura, evoluída e civilizada não há espaço para tal aberração. No limite, qualquer democracia decente já teria ilegalizado o Partido Comunista Português. Ele não faz parte do sociedade democrática que tanto amamos.
Infelizmente para todos nós, parece que Lenine afinal está vivo, tem morada certa e espaço nas esferas de comunicação.
PSL
É inconcebível porque num Estado de Direito dito Democrático um partido político não pode em jeito de directório, de forma absolutamente discricionária, quebrar o vinculo que se estabelece entre os eleitores e aqueles que de forma livre foram eleitos como seus representantes.
É infame porque um Estado da Europa Ocidental não pode viver paredes meias com formas ditatoriais e despóticas de conceber o processo democrático na sua mais pura forma de eleição livre e universal de um parlamento.
É ultrajante pois todos os cultores da liberdade não podem deixar de se cobrir com uma burqa de vergonha numa República que permite tal atentado aos seus princípios basilares.
O PCP tem dado claríssimos sinais de ser um anacronismo. Não parece estar nem neste tempo nem sequer neste espaço. Parece mais uma invenção de ficção cientifica que por qualquer azedume dos deuses partilha o éter com a realidade.
Depois do que se passou na Câmara de Setúbal, este episódio, vem recordar a todos que numa República matura, evoluída e civilizada não há espaço para tal aberração. No limite, qualquer democracia decente já teria ilegalizado o Partido Comunista Português. Ele não faz parte do sociedade democrática que tanto amamos.
Infelizmente para todos nós, parece que Lenine afinal está vivo, tem morada certa e espaço nas esferas de comunicação.
PSL
Muito mentiroso
Hoje é dia 23 de Novembro.
No passado dia 12 de Setembro foi escrito aqui (link) o seguinte post:
No dia 5 de Julho deste ano aqui (link), neste blogue, questionava-se:
Foi você que encontrou a nova Lei Orgânica da PJ?
No dia 4 do mês de Abril, ou seja há mais de três meses, podíamos ler no Portugal Diário: O ministro da Justiça, Alberto Costa disse esta terça-feira, em Aveiro, que até Junho a Polícia Judiciária (PJ) terá uma nova lei orgânica (…)
Passaram mais uns mesitos e de repente:
O clima de aparente tranquilidade que se vive na Polícia Judiciária pode acabar nos próximos dias, quando for conhecida a proposta do Governo para a nova Lei Orgânica desta Polícia de investigação.
Era para Junho, estamos (quase) a meio de Setembro…
Passaram-se quase oito meses desde a promessa de Alberto Costa. Como está amplamente documentado supra o ministro Alberto Costa é um grande mentiroso, porque disse em Abril que a Policia Judiciaria teria uma nova Lei Orgânica até Junho e estamos quase em Dezembro. Quase, quase a por o sapatinho na chaminé e nem vê-la. A Lei organica, claro.
Por muito menos que isto já vi a blogosfera fazer muito barulho!
Os mentirosos não podem ser políticos!
Alheios às mentiras e incompetências governativas, lá para as bandas da Rua Gomes Freire, o pesoal continua a trabalhar. E muito bem.
PSL
No passado dia 12 de Setembro foi escrito aqui (link) o seguinte post:
No dia 5 de Julho deste ano aqui (link), neste blogue, questionava-se:
Foi você que encontrou a nova Lei Orgânica da PJ?
No dia 4 do mês de Abril, ou seja há mais de três meses, podíamos ler no Portugal Diário: O ministro da Justiça, Alberto Costa disse esta terça-feira, em Aveiro, que até Junho a Polícia Judiciária (PJ) terá uma nova lei orgânica (…)
Passaram mais uns mesitos e de repente:
O clima de aparente tranquilidade que se vive na Polícia Judiciária pode acabar nos próximos dias, quando for conhecida a proposta do Governo para a nova Lei Orgânica desta Polícia de investigação.
Era para Junho, estamos (quase) a meio de Setembro…
Passaram-se quase oito meses desde a promessa de Alberto Costa. Como está amplamente documentado supra o ministro Alberto Costa é um grande mentiroso, porque disse em Abril que a Policia Judiciaria teria uma nova Lei Orgânica até Junho e estamos quase em Dezembro. Quase, quase a por o sapatinho na chaminé e nem vê-la. A Lei organica, claro.
Por muito menos que isto já vi a blogosfera fazer muito barulho!
Os mentirosos não podem ser políticos!
Alheios às mentiras e incompetências governativas, lá para as bandas da Rua Gomes Freire, o pesoal continua a trabalhar. E muito bem.
PSL
Etiquetas:
alberto costa,
pj,
ps,
sócrates
Muito mentiroso
Hoje é dia 23 de Novembro.
No passado dia 12 de Setembro foi escrito aqui (link) o seguinte post:
No dia 5 de Julho deste ano aqui (link), neste blogue, questionava-se:
Foi você que encontrou a nova Lei Orgânica da PJ?
No dia 4 do mês de Abril, ou seja há mais de três meses, podíamos ler no Portugal Diário: O ministro da Justiça, Alberto Costa disse esta terça-feira, em Aveiro, que até Junho a Polícia Judiciária (PJ) terá uma nova lei orgânica (…)
Passaram mais uns mesitos e de repente:
O clima de aparente tranquilidade que se vive na Polícia Judiciária pode acabar nos próximos dias, quando for conhecida a proposta do Governo para a nova Lei Orgânica desta Polícia de investigação.
Era para Junho, estamos (quase) a meio de Setembro…
Passaram-se quase oito meses desde a promessa de Alberto Costa. Como está amplamente documentado supra o ministro Alberto Costa é um grande mentiroso, porque disse em Abril que a Policia Judiciaria teria uma nova Lei Orgânica até Junho e estamos quase em Dezembro. Quase, quase a por o sapatinho na chaminé e nem vê-la. A Lei organica, claro.
Por muito menos que isto já vi a blogosfera fazer muito barulho!
Os mentirosos não podem ser políticos!
Alheios às mentiras e incompetências governativas, lá para as bandas da Rua Gomes Freire, o pesoal continua a trabalhar. E muito bem.
PSL
No passado dia 12 de Setembro foi escrito aqui (link) o seguinte post:
No dia 5 de Julho deste ano aqui (link), neste blogue, questionava-se:
Foi você que encontrou a nova Lei Orgânica da PJ?
No dia 4 do mês de Abril, ou seja há mais de três meses, podíamos ler no Portugal Diário: O ministro da Justiça, Alberto Costa disse esta terça-feira, em Aveiro, que até Junho a Polícia Judiciária (PJ) terá uma nova lei orgânica (…)
Passaram mais uns mesitos e de repente:
O clima de aparente tranquilidade que se vive na Polícia Judiciária pode acabar nos próximos dias, quando for conhecida a proposta do Governo para a nova Lei Orgânica desta Polícia de investigação.
Era para Junho, estamos (quase) a meio de Setembro…
Passaram-se quase oito meses desde a promessa de Alberto Costa. Como está amplamente documentado supra o ministro Alberto Costa é um grande mentiroso, porque disse em Abril que a Policia Judiciaria teria uma nova Lei Orgânica até Junho e estamos quase em Dezembro. Quase, quase a por o sapatinho na chaminé e nem vê-la. A Lei organica, claro.
Por muito menos que isto já vi a blogosfera fazer muito barulho!
Os mentirosos não podem ser políticos!
Alheios às mentiras e incompetências governativas, lá para as bandas da Rua Gomes Freire, o pesoal continua a trabalhar. E muito bem.
PSL
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alberto costa,
pj,
ps,
sócrates
Queremos tipo coisas fixes
A fotografia que ilustra a primeira página do DN de hoje é sublime. Um quase-adolescente emerge de um mar de adolescentes em protesto, empunhando um cartaz onde se pode ler a inscrição “Queremos tipo coisas fixes”.
Imberbe, de sorriso tão apatetado quanto espertalhão, o puto do cartaz, caso tivesse tido a sorte de nascer num pais civilizado, arriscava-se a ser um ícone de uma vaga de protestos.
“Queremos tipo coisas fixes” é alias o slogan exacto para os manifestantes filhos da sociedade dos lazeres. Numa linguagem (e língua…) vaga, mais perto de um registo humorístico do tipo Gato Fedorento do que de alguém que quer ser levado a sério, “queremos tipo coisas fixes” não significa nada, mas significa tudo. Significa sobretudo que os protestos devem ter alguma razão de ser, pois a escola que temos não ensina sequer a criar um slogan de protesto que respeite a gramática portuguesa.
PSL
Queremos tipo coisas fixes
A fotografia que ilustra a primeira página do DN de hoje é sublime. Um quase-adolescente emerge de um mar de adolescentes em protesto, empunhando um cartaz onde se pode ler a inscrição “Queremos tipo coisas fixes”.
Imberbe, de sorriso tão apatetado quanto espertalhão, o puto do cartaz, caso tivesse tido a sorte de nascer num pais civilizado, arriscava-se a ser um ícone de uma vaga de protestos.
“Queremos tipo coisas fixes” é alias o slogan exacto para os manifestantes filhos da sociedade dos lazeres. Numa linguagem (e língua…) vaga, mais perto de um registo humorístico do tipo Gato Fedorento do que de alguém que quer ser levado a sério, “queremos tipo coisas fixes” não significa nada, mas significa tudo. Significa sobretudo que os protestos devem ter alguma razão de ser, pois a escola que temos não ensina sequer a criar um slogan de protesto que respeite a gramática portuguesa.
PSL
quarta-feira, 22 de novembro de 2006
A frase do dia
“(…)Eis os políticos que temos. Não formam, de facto, uma classe política democrática, mas uma "camarilha" digna de qualquer corte absolutista do século XVIII. Têm muitos sonhos. Mas nós - os eleitores - não fazemos parte desses sonhos”.
Rui Ramos no Publico de hoje (link indisponível).
Rui Ramos no Publico de hoje (link indisponível).
A frase do dia
“(…)Eis os políticos que temos. Não formam, de facto, uma classe política democrática, mas uma "camarilha" digna de qualquer corte absolutista do século XVIII. Têm muitos sonhos. Mas nós - os eleitores - não fazemos parte desses sonhos”.
Rui Ramos no Publico de hoje (link indisponível).
Rui Ramos no Publico de hoje (link indisponível).
Inventar novas liberdades e o discurso das pequenas coisas
Que é como quem diz o vácuo ao Eliseu, já!
Durante estes últimos dias tenho me mantido calado mas atento ao novo fenómeno da política Europeia. A vitória de Ségolène Royal nas primárias do Partido Socialista Francês inundou as esferas de comunicação de simpáticas reacções. Pesquisei, li, vi e na realidade apenas encontro o vazio.
O triunfo de Madame Royal vem acompanhado um pouco por toda a parte de lisonjas. Mas o que fica para alem de tanta poeira?
O que se conhece do pensamento de Royal sobre o futuro da Europa? Sobre o actual estado das relações Euro-atlânticas? Sobre os graves problemas internos franceses? Sobre as tensões no Médio Oriente? Sobre a escalada nuclear? Sobre o terrorismo florescente? Sobre a fulgurante ascensão da China e da Índia?
Nada vezes nada! Sobre isto ou coisa alguma não se conhece, em bom rigor, nada do pensamento da senhora.
Então porquê tanto alarido? - vg como a blogosfera lusa, quer à esquerda, quer à direita aplaude em uníssono ensurdecedor a neófita candidata.
Entrámos claramente num tempo novo em que todos (ou quase) baixam os braços perante a ascensão do vazio. Basta um vestido branco, um sorriso pepsodente, umas larachas no lugar de ideias, uma citação avulsa de J. F. Kennedy que qualquer aluno do secundário conhece e reconhece para ser transportado em ombros pela porta grande do abismo do nada.
É de facto um tempo de neo-pos-modernidade. Depois do elogio do pequeno, da desconstrução como doutrina de tudo, abraçamos o amor pelo vácuo, pelo vazio, pelo imaculado branco de um traje ou sorriso
As liberdades não se inventam, reconhecem-se. Um discurso não é feito de pequenos nadas, mas sim de ideias. Pois ambas não nascem nem morrem, apenas se transformam.
PSL
Inventar novas liberdades e o discurso das pequenas coisas
Que é como quem diz o vácuo ao Eliseu, já!
Durante estes últimos dias tenho me mantido calado mas atento ao novo fenómeno da política Europeia. A vitória de Ségolène Royal nas primárias do Partido Socialista Francês inundou as esferas de comunicação de simpáticas reacções. Pesquisei, li, vi e na realidade apenas encontro o vazio.
O triunfo de Madame Royal vem acompanhado um pouco por toda a parte de lisonjas. Mas o que fica para alem de tanta poeira?
O que se conhece do pensamento de Royal sobre o futuro da Europa? Sobre o actual estado das relações Euro-atlânticas? Sobre os graves problemas internos franceses? Sobre as tensões no Médio Oriente? Sobre a escalada nuclear? Sobre o terrorismo florescente? Sobre a fulgurante ascensão da China e da Índia?
Nada vezes nada! Sobre isto ou coisa alguma não se conhece, em bom rigor, nada do pensamento da senhora.
Então porquê tanto alarido? - vg como a blogosfera lusa, quer à esquerda, quer à direita aplaude em uníssono ensurdecedor a neófita candidata.
Entrámos claramente num tempo novo em que todos (ou quase) baixam os braços perante a ascensão do vazio. Basta um vestido branco, um sorriso pepsodente, umas larachas no lugar de ideias, uma citação avulsa de J. F. Kennedy que qualquer aluno do secundário conhece e reconhece para ser transportado em ombros pela porta grande do abismo do nada.
É de facto um tempo de neo-pos-modernidade. Depois do elogio do pequeno, da desconstrução como doutrina de tudo, abraçamos o amor pelo vácuo, pelo vazio, pelo imaculado branco de um traje ou sorriso
As liberdades não se inventam, reconhecem-se. Um discurso não é feito de pequenos nadas, mas sim de ideias. Pois ambas não nascem nem morrem, apenas se transformam.
PSL
terça-feira, 21 de novembro de 2006
Não são horas para estar a trabalhar
A duas semanas fora do serviço por estar em formação, adicione-se um processo urgente entregue à hora do almoço. Com uma pausa para ir à bola, e voilá: cá ando às voltas com o Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho...E ainda se diz que na Administração Pública não se trabalha...
Não são horas para estar a trabalhar
A duas semanas fora do serviço por estar em formação, adicione-se um processo urgente entregue à hora do almoço. Com uma pausa para ir à bola, e voilá: cá ando às voltas com o Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho...E ainda se diz que na Administração Pública não se trabalha...
N MÚSICAS I
Escusava de o dizer, pois é uma N Música, mas é uma das minhas músicas (e letras) preferidas, dos Lamb.
If I should die this very moment
I wouldn`t fear
for I`ve never known completeness
like being here
wrapped in the warmth of you
loving every breath of you
still my heart this moment
oh it might burst
could we stay right here
till the end of time until the earth stops turning
wanna love you until the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
all this time I`ve loved you
and never known your face
all this time I`ve missed you
and searched this human race
here is true peace
here my heart knows calm
safe in your soul
bathed in your sighs
wanna stay right here
till the end of time
till the earth stops turning
gonna love you until the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
all I`ve known
all I`ve done
all I`ve felt was leading to this
all I`ve known
all I`ve done
all I`ve felt was leading to this
wanna stay right here
till the end of time till the earth stops turning
gonna love you till the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
wanna stay right here
till the end of time `till the earth stops turning
gonna love you till the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
Aqui, podem ver o videoclip.
If I should die this very moment
I wouldn`t fear
for I`ve never known completeness
like being here
wrapped in the warmth of you
loving every breath of you
still my heart this moment
oh it might burst
could we stay right here
till the end of time until the earth stops turning
wanna love you until the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
all this time I`ve loved you
and never known your face
all this time I`ve missed you
and searched this human race
here is true peace
here my heart knows calm
safe in your soul
bathed in your sighs
wanna stay right here
till the end of time
till the earth stops turning
gonna love you until the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
all I`ve known
all I`ve done
all I`ve felt was leading to this
all I`ve known
all I`ve done
all I`ve felt was leading to this
wanna stay right here
till the end of time till the earth stops turning
gonna love you till the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
wanna stay right here
till the end of time `till the earth stops turning
gonna love you till the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
Aqui, podem ver o videoclip.
N MÚSICAS I
Escusava de o dizer, pois é uma N Música, mas é uma das minhas músicas (e letras) preferidas, dos Lamb.
If I should die this very moment
I wouldn`t fear
for I`ve never known completeness
like being here
wrapped in the warmth of you
loving every breath of you
still my heart this moment
oh it might burst
could we stay right here
till the end of time until the earth stops turning
wanna love you until the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
all this time I`ve loved you
and never known your face
all this time I`ve missed you
and searched this human race
here is true peace
here my heart knows calm
safe in your soul
bathed in your sighs
wanna stay right here
till the end of time
till the earth stops turning
gonna love you until the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
all I`ve known
all I`ve done
all I`ve felt was leading to this
all I`ve known
all I`ve done
all I`ve felt was leading to this
wanna stay right here
till the end of time till the earth stops turning
gonna love you till the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
wanna stay right here
till the end of time `till the earth stops turning
gonna love you till the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
Aqui, podem ver o videoclip.
If I should die this very moment
I wouldn`t fear
for I`ve never known completeness
like being here
wrapped in the warmth of you
loving every breath of you
still my heart this moment
oh it might burst
could we stay right here
till the end of time until the earth stops turning
wanna love you until the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
all this time I`ve loved you
and never known your face
all this time I`ve missed you
and searched this human race
here is true peace
here my heart knows calm
safe in your soul
bathed in your sighs
wanna stay right here
till the end of time
till the earth stops turning
gonna love you until the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
all I`ve known
all I`ve done
all I`ve felt was leading to this
all I`ve known
all I`ve done
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wanna stay right here
till the end of time till the earth stops turning
gonna love you till the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
wanna stay right here
till the end of time `till the earth stops turning
gonna love you till the seas run dry
I`ve found the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
the one I`ve waited for
Aqui, podem ver o videoclip.
Maquiavel em Democracia
Oportuna e excelente a leitura deste pequeno mas sagaz livro de Edouard Balladur, antigo Primeiro-ministro francês e candidato presidencial derrotado por Jacques Chirac.
É impossível ler Balladur e não estabelecer um paradoxo paralelo com a mediocridade dos que actualmente nos governam, com claro destaque para Sócrates e o seu (cada vez mais patético) governo.
Pois, “(…) para dirigir o Estado são necessários outros atributos: ser capaz de se impor através das suas ideias, do seu discurso, da sua imagem de um carácter forte, da sua capacidade de síntese, da sua visão de futuro (…)”.
É na verdade uma pequena tragédia sermos governados por analfabetos funcionais. Mas nos seus 77 anos Balladur sabe bem que assim tem de ser e não se rala muito com o facto: “Os políticos representam uma comédia cujo tema eles próprios escolhem. Para alguns a tarefa é fácil porque se contentam com o que são, isto é, com a mediocridade (…)”.
A mediocridade é uma coisa péssima, mas Sócrates sabe que em terra de cegos quem tem olho é Rei. Ainda assim espero que não ignore (pelo menos) um ensinamento do velho Nicolau, relembrado por Balladur: “Os homens não perdoam a que os engana”.
PSL
Maquiavel em Democracia
Oportuna e excelente a leitura deste pequeno mas sagaz livro de Edouard Balladur, antigo Primeiro-ministro francês e candidato presidencial derrotado por Jacques Chirac.
É impossível ler Balladur e não estabelecer um paradoxo paralelo com a mediocridade dos que actualmente nos governam, com claro destaque para Sócrates e o seu (cada vez mais patético) governo.
Pois, “(…) para dirigir o Estado são necessários outros atributos: ser capaz de se impor através das suas ideias, do seu discurso, da sua imagem de um carácter forte, da sua capacidade de síntese, da sua visão de futuro (…)”.
É na verdade uma pequena tragédia sermos governados por analfabetos funcionais. Mas nos seus 77 anos Balladur sabe bem que assim tem de ser e não se rala muito com o facto: “Os políticos representam uma comédia cujo tema eles próprios escolhem. Para alguns a tarefa é fácil porque se contentam com o que são, isto é, com a mediocridade (…)”.
A mediocridade é uma coisa péssima, mas Sócrates sabe que em terra de cegos quem tem olho é Rei. Ainda assim espero que não ignore (pelo menos) um ensinamento do velho Nicolau, relembrado por Balladur: “Os homens não perdoam a que os engana”.
PSL
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
O caso João Pinto
Parece que José Veiga, ex-dirigente do FC Porto e do Benfica, foi constituído arguido num processo por burla e fraude fiscal desencadeado por um facto ocorrido em 2000: a inscrição de João Vieira Pinto como jogador do Sporting.
Bem, não conhecendo o caso (afinal, está em segredo de justiça), apenas posso formular uma questão cuja resposta ajudará de forma determinante o Ministério Público e as Finanças:
- Se o Sporting Clube de Portugal pagou 3 milhões de euros a José Veiga, onde é que está o recibo?
- Se o Sporting Clube de Portugal não pediu recibo do pagamento, não será (no mínimo) conivente com o crime de Veiga?
- Se o Sporting Clube de Portugal pagou 3 milhões de euros e não pediu recibo, como é reportou o dinheiro na sua contabilidade?
- Se foi o Sporting Clube de Portugal a fazer o pagamento, que tal perguntar a quem é o fez?
O caso João Pinto
Parece que José Veiga, ex-dirigente do FC Porto e do Benfica, foi constituído arguido num processo por burla e fraude fiscal desencadeado por um facto ocorrido em 2000: a inscrição de João Vieira Pinto como jogador do Sporting.
Bem, não conhecendo o caso (afinal, está em segredo de justiça), apenas posso formular uma questão cuja resposta ajudará de forma determinante o Ministério Público e as Finanças:
- Se o Sporting Clube de Portugal pagou 3 milhões de euros a José Veiga, onde é que está o recibo?
- Se o Sporting Clube de Portugal não pediu recibo do pagamento, não será (no mínimo) conivente com o crime de Veiga?
- Se o Sporting Clube de Portugal pagou 3 milhões de euros e não pediu recibo, como é reportou o dinheiro na sua contabilidade?
- Se foi o Sporting Clube de Portugal a fazer o pagamento, que tal perguntar a quem é o fez?
Em que ficamos?
A exposição encontra-se muitíssimo bem organizada e apresentada, permitindo que o público não se atropele e que as obras sejam vistas à distância conveniente. Bernardo Calheiros n’ O Futuro Presente.
Vencida a barreira do ingresso, centenas de pessoas atropelam-se como se estivessem a regatear besugo no mercado. Os quadros estão misturados. Digamos que o diálogo de vanguardas foi levado à letra. As obras muito conhecidas, ainda vá, a gente identifica com facilidade. As outras é uma trapalhada, russos que passam por Amadeo e vice-versa. Eduardo Pitta no Da Literatura.
Cada um sabe de si Amadeo sabe de todos.
A única coisa que eu sei é que não quero perder este momento único em Lisboa.
Vencida a barreira do ingresso, centenas de pessoas atropelam-se como se estivessem a regatear besugo no mercado. Os quadros estão misturados. Digamos que o diálogo de vanguardas foi levado à letra. As obras muito conhecidas, ainda vá, a gente identifica com facilidade. As outras é uma trapalhada, russos que passam por Amadeo e vice-versa. Eduardo Pitta no Da Literatura.
Cada um sabe de si Amadeo sabe de todos.
A única coisa que eu sei é que não quero perder este momento único em Lisboa.
Em que ficamos?
A exposição encontra-se muitíssimo bem organizada e apresentada, permitindo que o público não se atropele e que as obras sejam vistas à distância conveniente. Bernardo Calheiros n’ O Futuro Presente.
Vencida a barreira do ingresso, centenas de pessoas atropelam-se como se estivessem a regatear besugo no mercado. Os quadros estão misturados. Digamos que o diálogo de vanguardas foi levado à letra. As obras muito conhecidas, ainda vá, a gente identifica com facilidade. As outras é uma trapalhada, russos que passam por Amadeo e vice-versa. Eduardo Pitta no Da Literatura.
Cada um sabe de si Amadeo sabe de todos.
A única coisa que eu sei é que não quero perder este momento único em Lisboa.
Vencida a barreira do ingresso, centenas de pessoas atropelam-se como se estivessem a regatear besugo no mercado. Os quadros estão misturados. Digamos que o diálogo de vanguardas foi levado à letra. As obras muito conhecidas, ainda vá, a gente identifica com facilidade. As outras é uma trapalhada, russos que passam por Amadeo e vice-versa. Eduardo Pitta no Da Literatura.
Cada um sabe de si Amadeo sabe de todos.
A única coisa que eu sei é que não quero perder este momento único em Lisboa.
domingo, 19 de novembro de 2006
a língua
Qualquer definição de língua conduz-nos para um corpo harmonioso, com regras de utilização, de pronúncia, de ortografia e de gramática. Qualquer pessoa de bom senso (e sem sentido paroquial de "nós é que sabemos falar") reconhecerá, por exemplo que a pronúncia brasileira e coimbrã das vogais e de muitas consoantes é a correcta e que, aqui em Lisboa se fala mal como o diabo. Melhor dizendo: em Lejboa... Claro que o brasileiros (não confundir com brasilãiros) também (tambãi) têm (taãim) o problema de não conseguirem pronunciar os "LL" finais (pronunciam Brásiu...) e de dizerem um "J" após alguns "DD", como em "de desenvolvimento" (dji djisenvouvimento). Dito isto, assumido urbe et orbi que a pronúncia brasileira da língua é a que mais se aproxima do português clássico, surge perante nós o novo problema dos "sms", ou melhor, da linguagem utilizada nos sms que, paulatinamente, vai invadindo qual erva daninha os domínios do "bem escrever". Não tenho nada contra a utilização de uma forma que sirva de código abreviado, mas fervo cada vez que alguém me envia um e-mail escrito em "ésséméssêz": é que num computador, ao contrário do que sucede nos telemóveis, a cada letra corresponde uma tecla, logo não se justifica o "axo k ta xeio" em substituição de "acho que está cheio".
A praga é de tal forma demolidora que, na Nova Zelândia (que eu até tinha por um país civilizado), o Governo autorizou a utilização da escrita de telemóvel nas provas escolares. Será interessante observar daqui a uns anos, a dificuldade que existirá na Nova Zelândia em escrever um contrato, uma fórmula química, um problema matemático, uma norma de segurança arquitectónica...
Em conclusão, julgo que a melhor forma de defendermos a língua escrita (já que a falada está tão abstardada) passa por um juízo de censura face à linguagem dos sms fora do seu habitat natural. Mas nada como ler o Público de hoje, onde o assunto é abordado.
A praga é de tal forma demolidora que, na Nova Zelândia (que eu até tinha por um país civilizado), o Governo autorizou a utilização da escrita de telemóvel nas provas escolares. Será interessante observar daqui a uns anos, a dificuldade que existirá na Nova Zelândia em escrever um contrato, uma fórmula química, um problema matemático, uma norma de segurança arquitectónica...
Em conclusão, julgo que a melhor forma de defendermos a língua escrita (já que a falada está tão abstardada) passa por um juízo de censura face à linguagem dos sms fora do seu habitat natural. Mas nada como ler o Público de hoje, onde o assunto é abordado.
a língua
Qualquer definição de língua conduz-nos para um corpo harmonioso, com regras de utilização, de pronúncia, de ortografia e de gramática. Qualquer pessoa de bom senso (e sem sentido paroquial de "nós é que sabemos falar") reconhecerá, por exemplo que a pronúncia brasileira e coimbrã das vogais e de muitas consoantes é a correcta e que, aqui em Lisboa se fala mal como o diabo. Melhor dizendo: em Lejboa... Claro que o brasileiros (não confundir com brasilãiros) também (tambãi) têm (taãim) o problema de não conseguirem pronunciar os "LL" finais (pronunciam Brásiu...) e de dizerem um "J" após alguns "DD", como em "de desenvolvimento" (dji djisenvouvimento). Dito isto, assumido urbe et orbi que a pronúncia brasileira da língua é a que mais se aproxima do português clássico, surge perante nós o novo problema dos "sms", ou melhor, da linguagem utilizada nos sms que, paulatinamente, vai invadindo qual erva daninha os domínios do "bem escrever". Não tenho nada contra a utilização de uma forma que sirva de código abreviado, mas fervo cada vez que alguém me envia um e-mail escrito em "ésséméssêz": é que num computador, ao contrário do que sucede nos telemóveis, a cada letra corresponde uma tecla, logo não se justifica o "axo k ta xeio" em substituição de "acho que está cheio".
A praga é de tal forma demolidora que, na Nova Zelândia (que eu até tinha por um país civilizado), o Governo autorizou a utilização da escrita de telemóvel nas provas escolares. Será interessante observar daqui a uns anos, a dificuldade que existirá na Nova Zelândia em escrever um contrato, uma fórmula química, um problema matemático, uma norma de segurança arquitectónica...
Em conclusão, julgo que a melhor forma de defendermos a língua escrita (já que a falada está tão abstardada) passa por um juízo de censura face à linguagem dos sms fora do seu habitat natural. Mas nada como ler o Público de hoje, onde o assunto é abordado.
A praga é de tal forma demolidora que, na Nova Zelândia (que eu até tinha por um país civilizado), o Governo autorizou a utilização da escrita de telemóvel nas provas escolares. Será interessante observar daqui a uns anos, a dificuldade que existirá na Nova Zelândia em escrever um contrato, uma fórmula química, um problema matemático, uma norma de segurança arquitectónica...
Em conclusão, julgo que a melhor forma de defendermos a língua escrita (já que a falada está tão abstardada) passa por um juízo de censura face à linguagem dos sms fora do seu habitat natural. Mas nada como ler o Público de hoje, onde o assunto é abordado.
sábado, 18 de novembro de 2006
Para ouvir...
...até cansar. Mas até cansar, mesmo. O som da bomba: cover de Crazy, dos Gnarls Barkley, por Nelly Furtado (unplugged.
Para ouvir...
...até cansar. Mas até cansar, mesmo. O som da bomba: cover de Crazy, dos Gnarls Barkley, por Nelly Furtado (unplugged.
Isso mesmo homem, avance! Antes tarde que nunca!
"Acho que temos de seguir e ver os exemplos dos outros países da Europa e saber quais são aqueles que têm melhores chefes de Estado. Se são os presidente europeus actuais, alguns dos quais até poderiam estar presos, ou se são os reis actuais. Este é que deveria ser o nosso critério de escolha e não as fantasias que temos sobre o passado medieval, sobre o século XIX ou sobre os heróicos republicanos de 1910. Foram épocas que já passaram e o problema tem de ser posto nos dias de hoje e, portanto, Portugal teve 18 Governos em 30 anos de democracia."
D. Duarte de Bragança em entrevista ao Primeiro de Janeiro (Via Combustões).
D. Duarte de Bragança em entrevista ao Primeiro de Janeiro (Via Combustões).
Isso mesmo homem, avance! Antes tarde que nunca!
"Acho que temos de seguir e ver os exemplos dos outros países da Europa e saber quais são aqueles que têm melhores chefes de Estado. Se são os presidente europeus actuais, alguns dos quais até poderiam estar presos, ou se são os reis actuais. Este é que deveria ser o nosso critério de escolha e não as fantasias que temos sobre o passado medieval, sobre o século XIX ou sobre os heróicos republicanos de 1910. Foram épocas que já passaram e o problema tem de ser posto nos dias de hoje e, portanto, Portugal teve 18 Governos em 30 anos de democracia."
D. Duarte de Bragança em entrevista ao Primeiro de Janeiro (Via Combustões).
D. Duarte de Bragança em entrevista ao Primeiro de Janeiro (Via Combustões).
Como o tempo passa…
No Encarnado e Branco, o João Gonçalves relembra (link) um dos grandes momento do falecido Estádio da Luz. Foi há 23 anos (fez na passada segunda feira) que Portugal bateu a então toda-poderosa União Soviética com um golo marcado por Jordão na sequência de uma grande penalidade muito bem cavada (como se diz agora) pelo genial Chalana.
Foi há 23 anos, eu teria onze anos, mas lembro-me claramente dessa tarde fria, húmida, muito cinzenta e algo chuvosa de Novembro.
Como sempre nas grandes ocasiões o Estádio estava à pinha. Um frenesim no ar, algo ridículo, por receber em nossa casa esses seres estranhos vindos do Leste, que nos tinham espetado, poucos meses antes, cinco secos em Moscovo.
O povão delirou com essa vitória e consequente apuramento para o Euro 84 que como se sabe, foi de glorioso terceiro lugar para a geração de Chalana, Bento, Jordão, Jaime Pacheco.
Mas o post do João teve o condão de me recordar uma frase típica da época à porta da Luz - algo impossível nos dias de hoje.
Era recorrente naquela altura haver muita miudagem à porta do estádio a pedir aos mais velhos “Oh senhor, deixe-me entrar consigo!!!”.
Quase em todos os jogos, algum do adultos com quem ia à bola, “adoptava” por breves segundos um puto que assim que passava os portões de ferro da Rampa 1 corria desalmadamente escadas acima em busca dos seus companheiros de aventura que tinham entrado antes.
Portugal mudou tanto neste quarto de século.
PSL
Foi há 23 anos, eu teria onze anos, mas lembro-me claramente dessa tarde fria, húmida, muito cinzenta e algo chuvosa de Novembro.
Como sempre nas grandes ocasiões o Estádio estava à pinha. Um frenesim no ar, algo ridículo, por receber em nossa casa esses seres estranhos vindos do Leste, que nos tinham espetado, poucos meses antes, cinco secos em Moscovo.
O povão delirou com essa vitória e consequente apuramento para o Euro 84 que como se sabe, foi de glorioso terceiro lugar para a geração de Chalana, Bento, Jordão, Jaime Pacheco.
Mas o post do João teve o condão de me recordar uma frase típica da época à porta da Luz - algo impossível nos dias de hoje.
Era recorrente naquela altura haver muita miudagem à porta do estádio a pedir aos mais velhos “Oh senhor, deixe-me entrar consigo!!!”.
Quase em todos os jogos, algum do adultos com quem ia à bola, “adoptava” por breves segundos um puto que assim que passava os portões de ferro da Rampa 1 corria desalmadamente escadas acima em busca dos seus companheiros de aventura que tinham entrado antes.
Portugal mudou tanto neste quarto de século.
PSL
Como o tempo passa…
No Encarnado e Branco, o João Gonçalves relembra (link) um dos grandes momento do falecido Estádio da Luz. Foi há 23 anos (fez na passada segunda feira) que Portugal bateu a então toda-poderosa União Soviética com um golo marcado por Jordão na sequência de uma grande penalidade muito bem cavada (como se diz agora) pelo genial Chalana.
Foi há 23 anos, eu teria onze anos, mas lembro-me claramente dessa tarde fria, húmida, muito cinzenta e algo chuvosa de Novembro.
Como sempre nas grandes ocasiões o Estádio estava à pinha. Um frenesim no ar, algo ridículo, por receber em nossa casa esses seres estranhos vindos do Leste, que nos tinham espetado, poucos meses antes, cinco secos em Moscovo.
O povão delirou com essa vitória e consequente apuramento para o Euro 84 que como se sabe, foi de glorioso terceiro lugar para a geração de Chalana, Bento, Jordão, Jaime Pacheco.
Mas o post do João teve o condão de me recordar uma frase típica da época à porta da Luz - algo impossível nos dias de hoje.
Era recorrente naquela altura haver muita miudagem à porta do estádio a pedir aos mais velhos “Oh senhor, deixe-me entrar consigo!!!”.
Quase em todos os jogos, algum do adultos com quem ia à bola, “adoptava” por breves segundos um puto que assim que passava os portões de ferro da Rampa 1 corria desalmadamente escadas acima em busca dos seus companheiros de aventura que tinham entrado antes.
Portugal mudou tanto neste quarto de século.
PSL
Foi há 23 anos, eu teria onze anos, mas lembro-me claramente dessa tarde fria, húmida, muito cinzenta e algo chuvosa de Novembro.
Como sempre nas grandes ocasiões o Estádio estava à pinha. Um frenesim no ar, algo ridículo, por receber em nossa casa esses seres estranhos vindos do Leste, que nos tinham espetado, poucos meses antes, cinco secos em Moscovo.
O povão delirou com essa vitória e consequente apuramento para o Euro 84 que como se sabe, foi de glorioso terceiro lugar para a geração de Chalana, Bento, Jordão, Jaime Pacheco.
Mas o post do João teve o condão de me recordar uma frase típica da época à porta da Luz - algo impossível nos dias de hoje.
Era recorrente naquela altura haver muita miudagem à porta do estádio a pedir aos mais velhos “Oh senhor, deixe-me entrar consigo!!!”.
Quase em todos os jogos, algum do adultos com quem ia à bola, “adoptava” por breves segundos um puto que assim que passava os portões de ferro da Rampa 1 corria desalmadamente escadas acima em busca dos seus companheiros de aventura que tinham entrado antes.
Portugal mudou tanto neste quarto de século.
PSL
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
Doentia e estupidamente alienados
É assim que o portuguesito médio tem andado toda a santa semana com o Euromilhões.
Apatetados e hipnotizados, discutem durante longos minutos, de preferência durante o horário de trabalho, a melhor estratégia para tentar o grande prémio, derrotando, enfim, a falta de sorte que – dizem eles – os tem apoquentado ao longo da vida
Já perdi a conta a quantas sociedades me propuseram esta semana. Já perdi a conta a quantas vaquinhas disse não esta semana. Já perdi a conta ao dinheiro que não vou gastar em tamanha palermice.
E assim rola a bola da vida no tal cantinho à beira-mar.
Um país inteiro a perder uma inteira semana a sonhar acordado.
PSL
Apatetados e hipnotizados, discutem durante longos minutos, de preferência durante o horário de trabalho, a melhor estratégia para tentar o grande prémio, derrotando, enfim, a falta de sorte que – dizem eles – os tem apoquentado ao longo da vida
Já perdi a conta a quantas sociedades me propuseram esta semana. Já perdi a conta a quantas vaquinhas disse não esta semana. Já perdi a conta ao dinheiro que não vou gastar em tamanha palermice.
E assim rola a bola da vida no tal cantinho à beira-mar.
Um país inteiro a perder uma inteira semana a sonhar acordado.
PSL
Doentia e estupidamente alienados
É assim que o portuguesito médio tem andado toda a santa semana com o Euromilhões.
Apatetados e hipnotizados, discutem durante longos minutos, de preferência durante o horário de trabalho, a melhor estratégia para tentar o grande prémio, derrotando, enfim, a falta de sorte que – dizem eles – os tem apoquentado ao longo da vida
Já perdi a conta a quantas sociedades me propuseram esta semana. Já perdi a conta a quantas vaquinhas disse não esta semana. Já perdi a conta ao dinheiro que não vou gastar em tamanha palermice.
E assim rola a bola da vida no tal cantinho à beira-mar.
Um país inteiro a perder uma inteira semana a sonhar acordado.
PSL
Apatetados e hipnotizados, discutem durante longos minutos, de preferência durante o horário de trabalho, a melhor estratégia para tentar o grande prémio, derrotando, enfim, a falta de sorte que – dizem eles – os tem apoquentado ao longo da vida
Já perdi a conta a quantas sociedades me propuseram esta semana. Já perdi a conta a quantas vaquinhas disse não esta semana. Já perdi a conta ao dinheiro que não vou gastar em tamanha palermice.
E assim rola a bola da vida no tal cantinho à beira-mar.
Um país inteiro a perder uma inteira semana a sonhar acordado.
PSL
Os melhores blogues de 2006
A iniciativa é do Geração Rasca (link) e tem regulamento, e tudo (link).
O que é que faz um blogue ser melhor? Não faço ideia. Alguém fará?
Para mim estes são os melhores, porque sim.
Melhor Blogue Individual Feminino: Bomba Inteligente, Miss Pearls, Rititi, Uns e Outros, Astro que Flameja.
Melhor Blogue Individual Masculino: Combustões, Abrupto, Miniscente, Portugal dos Pequeninos.
Melhor Blogue Colectivo: Atlântico, Blasfémias, Corta-Fitas, O Insurgente.
Melhor Blogue Temático: Ondas, Noite Americana, Bloguitica, Megafone, Margens de Erro, Informática do Direito.
Melhor Blogue: E Deus Criou a Mulher.
Melhor Blogger: Pedro Adão e Silva, João Miranda, Henrique Raposo, Pedro Correia, Daniel Oliveira.
Gostava muito de cumprir o regulamento com rigor. Mas é só destes que gosto mais.
Nota: Obviamente estas escolhas vinculam-me apenas a mim e não o Blogue Arcádia no seu todo.
PSL
O que é que faz um blogue ser melhor? Não faço ideia. Alguém fará?
Para mim estes são os melhores, porque sim.
Melhor Blogue Individual Feminino: Bomba Inteligente, Miss Pearls, Rititi, Uns e Outros, Astro que Flameja.
Melhor Blogue Individual Masculino: Combustões, Abrupto, Miniscente, Portugal dos Pequeninos.
Melhor Blogue Colectivo: Atlântico, Blasfémias, Corta-Fitas, O Insurgente.
Melhor Blogue Temático: Ondas, Noite Americana, Bloguitica, Megafone, Margens de Erro, Informática do Direito.
Melhor Blogue: E Deus Criou a Mulher.
Melhor Blogger: Pedro Adão e Silva, João Miranda, Henrique Raposo, Pedro Correia, Daniel Oliveira.
Gostava muito de cumprir o regulamento com rigor. Mas é só destes que gosto mais.
Nota: Obviamente estas escolhas vinculam-me apenas a mim e não o Blogue Arcádia no seu todo.
PSL
Os melhores blogues de 2006
A iniciativa é do Geração Rasca (link) e tem regulamento, e tudo (link).
O que é que faz um blogue ser melhor? Não faço ideia. Alguém fará?
Para mim estes são os melhores, porque sim.
Melhor Blogue Individual Feminino: Bomba Inteligente, Miss Pearls, Rititi, Uns e Outros, Astro que Flameja.
Melhor Blogue Individual Masculino: Combustões, Abrupto, Miniscente, Portugal dos Pequeninos.
Melhor Blogue Colectivo: Atlântico, Blasfémias, Corta-Fitas, O Insurgente.
Melhor Blogue Temático: Ondas, Noite Americana, Bloguitica, Megafone, Margens de Erro, Informática do Direito.
Melhor Blogue: E Deus Criou a Mulher.
Melhor Blogger: Pedro Adão e Silva, João Miranda, Henrique Raposo, Pedro Correia, Daniel Oliveira.
Gostava muito de cumprir o regulamento com rigor. Mas é só destes que gosto mais.
Nota: Obviamente estas escolhas vinculam-me apenas a mim e não o Blogue Arcádia no seu todo.
PSL
O que é que faz um blogue ser melhor? Não faço ideia. Alguém fará?
Para mim estes são os melhores, porque sim.
Melhor Blogue Individual Feminino: Bomba Inteligente, Miss Pearls, Rititi, Uns e Outros, Astro que Flameja.
Melhor Blogue Individual Masculino: Combustões, Abrupto, Miniscente, Portugal dos Pequeninos.
Melhor Blogue Colectivo: Atlântico, Blasfémias, Corta-Fitas, O Insurgente.
Melhor Blogue Temático: Ondas, Noite Americana, Bloguitica, Megafone, Margens de Erro, Informática do Direito.
Melhor Blogue: E Deus Criou a Mulher.
Melhor Blogger: Pedro Adão e Silva, João Miranda, Henrique Raposo, Pedro Correia, Daniel Oliveira.
Gostava muito de cumprir o regulamento com rigor. Mas é só destes que gosto mais.
Nota: Obviamente estas escolhas vinculam-me apenas a mim e não o Blogue Arcádia no seu todo.
PSL
Olá sócio
As voltas que a vida dá.
Eu e mais alguns milhares de anónimos portugueses parceiros de investimento de Vladimir Putin na mesma empresa.
Eu e mais alguns milhares de anónimos portugueses parceiros de investimento de Vladimir Putin na mesma empresa.
Olá sócio
As voltas que a vida dá.
Eu e mais alguns milhares de anónimos portugueses parceiros de investimento de Vladimir Putin na mesma empresa.
Eu e mais alguns milhares de anónimos portugueses parceiros de investimento de Vladimir Putin na mesma empresa.
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
N LEITURAS IV
Para quem tem a obsessão da boa imagem (de si), não deve perder este artigo, no Washington Post, de 12 de Novembro (on line). Talvez um artigo a reler por vários anos. Sobretudo, porque, como escreve David Von Drehle, «o tempo não espera por ninguém».
N LEITURAS IV
Para quem tem a obsessão da boa imagem (de si), não deve perder este artigo, no Washington Post, de 12 de Novembro (on line). Talvez um artigo a reler por vários anos. Sobretudo, porque, como escreve David Von Drehle, «o tempo não espera por ninguém».
Talvez seja um bom ponto de partida…
Talvez haja hoje um entendimento mínimo sobre o seguinte: que não vale a pena discutir sobre a “natureza” ou a essência do direito, mas que a questão interessante é a das fronteiras do direito.
São palavras de Niklas Luhmann na sua obra de 1993 O Direito e a Sociedade, citadas num artigo do Prof. Pierre Guibentif denominado O direito na obra de Niklas Luhmann etapas de uma evolução teórica.
Este artigo de Guibentif, é de leitura obrigatória para todos os juristas em especial aqueles que se interessam por estas coisas do lugar do direito na sociedade, podendo ser encontrado num conjunto de textos organizado por José Manuel Santos sob o nome O Pensamento de Niklas Luhmann e editado pela Universidade da Beira Interior.
Voltaremos a ele.
PSL
São palavras de Niklas Luhmann na sua obra de 1993 O Direito e a Sociedade, citadas num artigo do Prof. Pierre Guibentif denominado O direito na obra de Niklas Luhmann etapas de uma evolução teórica.
Este artigo de Guibentif, é de leitura obrigatória para todos os juristas em especial aqueles que se interessam por estas coisas do lugar do direito na sociedade, podendo ser encontrado num conjunto de textos organizado por José Manuel Santos sob o nome O Pensamento de Niklas Luhmann e editado pela Universidade da Beira Interior.
Voltaremos a ele.
PSL
Talvez seja um bom ponto de partida…
Talvez haja hoje um entendimento mínimo sobre o seguinte: que não vale a pena discutir sobre a “natureza” ou a essência do direito, mas que a questão interessante é a das fronteiras do direito.
São palavras de Niklas Luhmann na sua obra de 1993 O Direito e a Sociedade, citadas num artigo do Prof. Pierre Guibentif denominado O direito na obra de Niklas Luhmann etapas de uma evolução teórica.
Este artigo de Guibentif, é de leitura obrigatória para todos os juristas em especial aqueles que se interessam por estas coisas do lugar do direito na sociedade, podendo ser encontrado num conjunto de textos organizado por José Manuel Santos sob o nome O Pensamento de Niklas Luhmann e editado pela Universidade da Beira Interior.
Voltaremos a ele.
PSL
São palavras de Niklas Luhmann na sua obra de 1993 O Direito e a Sociedade, citadas num artigo do Prof. Pierre Guibentif denominado O direito na obra de Niklas Luhmann etapas de uma evolução teórica.
Este artigo de Guibentif, é de leitura obrigatória para todos os juristas em especial aqueles que se interessam por estas coisas do lugar do direito na sociedade, podendo ser encontrado num conjunto de textos organizado por José Manuel Santos sob o nome O Pensamento de Niklas Luhmann e editado pela Universidade da Beira Interior.
Voltaremos a ele.
PSL
Hushpuppies
Uma banda recente e jovem, sugerindo algo de nostálgico para a Geração dos anos 70.
Este video ocorreu há dois meses, em Paris.
Este video ocorreu há dois meses, em Paris.
Hushpuppies
Uma banda recente e jovem, sugerindo algo de nostálgico para a Geração dos anos 70.
Este video ocorreu há dois meses, em Paris.
Este video ocorreu há dois meses, em Paris.
quarta-feira, 15 de novembro de 2006
N PUBLICIDADE VI
N PUBLICIDADE VI
Diz-se
Anda por ai muito boa gente com dúvidas relativas ao conteúdo e sua qualidade da blogosfera lusa.
Há quem diga que a ignora (o que duvido), há quem diga que a esmagadora maioria da mesma é lixo (o que não é verdade), há quem se insurja com boatos, boateiros, e anónimos (o que é legitimo).
No entanto, a cada mês que passa, a blogosfera está mais pujante em quantidade e qualidade.
Por exemplo: nas citações do publico de hoje (link) a blogosfera empata, em quantidade, com as outras esferas da comunicação. Mas goleia em qualidade!
PSL
Há quem diga que a ignora (o que duvido), há quem diga que a esmagadora maioria da mesma é lixo (o que não é verdade), há quem se insurja com boatos, boateiros, e anónimos (o que é legitimo).
No entanto, a cada mês que passa, a blogosfera está mais pujante em quantidade e qualidade.
Por exemplo: nas citações do publico de hoje (link) a blogosfera empata, em quantidade, com as outras esferas da comunicação. Mas goleia em qualidade!
PSL
Diz-se
Anda por ai muito boa gente com dúvidas relativas ao conteúdo e sua qualidade da blogosfera lusa.
Há quem diga que a ignora (o que duvido), há quem diga que a esmagadora maioria da mesma é lixo (o que não é verdade), há quem se insurja com boatos, boateiros, e anónimos (o que é legitimo).
No entanto, a cada mês que passa, a blogosfera está mais pujante em quantidade e qualidade.
Por exemplo: nas citações do publico de hoje (link) a blogosfera empata, em quantidade, com as outras esferas da comunicação. Mas goleia em qualidade!
PSL
Há quem diga que a ignora (o que duvido), há quem diga que a esmagadora maioria da mesma é lixo (o que não é verdade), há quem se insurja com boatos, boateiros, e anónimos (o que é legitimo).
No entanto, a cada mês que passa, a blogosfera está mais pujante em quantidade e qualidade.
Por exemplo: nas citações do publico de hoje (link) a blogosfera empata, em quantidade, com as outras esferas da comunicação. Mas goleia em qualidade!
PSL
Impressionante
Isto sim (link) é geração rasca.
Impressionante
Isto sim (link) é geração rasca.
José Pinto dos Santos
Esta entrevista é imperdível, sobretudo porque dá um alto contributo analítico, antropológico e sociológico, sobre o povo português e as diferenças entre muitos dos portugueses internos e dos portugueses externos.
O episódio do Senhor Professor é uma boa imagem do medo de exisitir português.
O episódio do Senhor Professor é uma boa imagem do medo de exisitir português.
José Pinto dos Santos
Esta entrevista é imperdível, sobretudo porque dá um alto contributo analítico, antropológico e sociológico, sobre o povo português e as diferenças entre muitos dos portugueses internos e dos portugueses externos.
O episódio do Senhor Professor é uma boa imagem do medo de exisitir português.
O episódio do Senhor Professor é uma boa imagem do medo de exisitir português.
terça-feira, 14 de novembro de 2006
O tal canal…
A partir de hoje nada será como dantes no éter internetico (!?).
Está oficialmente inaugurada a PSL TV. Resta saber o que lhe irá acontecer a seguir…
Entretanto, quem gosta de ondas e deseja ver um resumo das finais da última etapa do campeonato nacional de surf, já não tem de esperar sine die pela sua transmissão na Sport TV. Basta aceder pelo tal canal (link).
E é de borla. Para já…
PSL
Está oficialmente inaugurada a PSL TV. Resta saber o que lhe irá acontecer a seguir…
Entretanto, quem gosta de ondas e deseja ver um resumo das finais da última etapa do campeonato nacional de surf, já não tem de esperar sine die pela sua transmissão na Sport TV. Basta aceder pelo tal canal (link).
E é de borla. Para já…
PSL
O tal canal…
A partir de hoje nada será como dantes no éter internetico (!?).
Está oficialmente inaugurada a PSL TV. Resta saber o que lhe irá acontecer a seguir…
Entretanto, quem gosta de ondas e deseja ver um resumo das finais da última etapa do campeonato nacional de surf, já não tem de esperar sine die pela sua transmissão na Sport TV. Basta aceder pelo tal canal (link).
E é de borla. Para já…
PSL
Está oficialmente inaugurada a PSL TV. Resta saber o que lhe irá acontecer a seguir…
Entretanto, quem gosta de ondas e deseja ver um resumo das finais da última etapa do campeonato nacional de surf, já não tem de esperar sine die pela sua transmissão na Sport TV. Basta aceder pelo tal canal (link).
E é de borla. Para já…
PSL
A causa dele
Pergunto só por perguntar: Servirá esta nomeação (link) para, digamos, pagar opiniões como esta (link)?
Que é com quem diz, o que fará um constitucionalista na presidência de um conselho consultivo de um centro hospitalar?
Alguém me sabe explicar?
PSL
Que é com quem diz, o que fará um constitucionalista na presidência de um conselho consultivo de um centro hospitalar?
Alguém me sabe explicar?
PSL
A causa dele
Pergunto só por perguntar: Servirá esta nomeação (link) para, digamos, pagar opiniões como esta (link)?
Que é com quem diz, o que fará um constitucionalista na presidência de um conselho consultivo de um centro hospitalar?
Alguém me sabe explicar?
PSL
Que é com quem diz, o que fará um constitucionalista na presidência de um conselho consultivo de um centro hospitalar?
Alguém me sabe explicar?
PSL
Da excelência das palavras sobre os sentidos
Se todo o edifício questiona o modo como olhamos para os espaços e a forma como percepcionamos a realidade, a instalação de Richard Serra – que faz parte da exposição permanente e que ocupa a maior sala do museu – é, tal como o surf, a corporização dos problemas que as nossas categorias de entendimento têm para processar experiências estranhas ao quotidiano, para as quais o nosso corpo parece não ter sido formatado.
Quem já por lá passou sabe bem o que o Pedro quer dizer. É obrigatório ler aqui (link) o postal A Realidade é Real de Pedro Adão e Silva, pois "entre o real real e o real vivido nas ondas do mar, este último é absolutamente superior. Porque muito mais autêntico.".
PSL
Quem já por lá passou sabe bem o que o Pedro quer dizer. É obrigatório ler aqui (link) o postal A Realidade é Real de Pedro Adão e Silva, pois "entre o real real e o real vivido nas ondas do mar, este último é absolutamente superior. Porque muito mais autêntico.".
PSL
Da excelência das palavras sobre os sentidos
Se todo o edifício questiona o modo como olhamos para os espaços e a forma como percepcionamos a realidade, a instalação de Richard Serra – que faz parte da exposição permanente e que ocupa a maior sala do museu – é, tal como o surf, a corporização dos problemas que as nossas categorias de entendimento têm para processar experiências estranhas ao quotidiano, para as quais o nosso corpo parece não ter sido formatado.
Quem já por lá passou sabe bem o que o Pedro quer dizer. É obrigatório ler aqui (link) o postal A Realidade é Real de Pedro Adão e Silva, pois "entre o real real e o real vivido nas ondas do mar, este último é absolutamente superior. Porque muito mais autêntico.".
PSL
Quem já por lá passou sabe bem o que o Pedro quer dizer. É obrigatório ler aqui (link) o postal A Realidade é Real de Pedro Adão e Silva, pois "entre o real real e o real vivido nas ondas do mar, este último é absolutamente superior. Porque muito mais autêntico.".
PSL
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Campo Contra Campo (LXVI)
Os Filhos do Homem, ***
Não há crianças, não há futuro, não há esperança!
Este filme é um pesadelo. Um pesadelo do caraças, para não dizer coisa menos bonita.
Tudo é estranho neste filme. A começar pelo ostracismo de que tem sido alvo por parte do público e, principalmente, da crítica. Estes pobres ainda compreendo. O público, não.
Os Filhos do Homem é a encenação de um futuro com demasiados elementos de presente para ser ignorado. Um argumento pesado, doloroso mesmo, que se desenvolve aos nosso impotentes sentido.
Existem varias cenas de antologia ao longo do filme. A radical cena de abertura, por exemplo, que nos transporta para o pesadelo sem pedir licença. A bíblica cena de interrupção da batalha corpo a corpo (as guerrilhas urbanas como alegoria trágica das antigas batalhas corpo a corpo) pelo choro de uma criança.
Mas sobretudo a cena de plano único – imediatamente antes desta ultima – em que a câmara segue os passos de Theo na desesperada esperança de resgatar a recém-nascida. Não tanto pelo plano arriscado, mas sim por toda a envolvente e perfeita encenação esta é daquelas cenas que fica nos anais da memória e deveria ser mostarda em qualquer escola de cinema.
Com tanto e tão bom, porque é que Os Filhos do Homem não é uma obra-prima mas sim um filme apenas bom?
Porque a excelência convive paredes-meias com uma banalidade incompreensível. Quase tão incompreensível como a brutalidade dos homens revelada no filme. Toda a longa sequência da fuga da quinta, após o assassínio da líder (decepcionante Julianne Moore) dos radicais que lutam contra o governo Britânico pelos direitos (?) dos imigrantes é tão ridícula e decepcionante que chega a desesperar. Para alem disso os actores (com excepção de Clive Owen) estão muito aquém deste épico do desespero.
Fotografado com um cinza very British, envolvido por um mau estar geral Orwelliano, Os Filhos do Homem, representa demais para ser ignorado.
Amem-no; odeiem-no. Mas vejam-no.
PSL
Não há crianças, não há futuro, não há esperança!
Este filme é um pesadelo. Um pesadelo do caraças, para não dizer coisa menos bonita.
Tudo é estranho neste filme. A começar pelo ostracismo de que tem sido alvo por parte do público e, principalmente, da crítica. Estes pobres ainda compreendo. O público, não.
Os Filhos do Homem é a encenação de um futuro com demasiados elementos de presente para ser ignorado. Um argumento pesado, doloroso mesmo, que se desenvolve aos nosso impotentes sentido.
Existem varias cenas de antologia ao longo do filme. A radical cena de abertura, por exemplo, que nos transporta para o pesadelo sem pedir licença. A bíblica cena de interrupção da batalha corpo a corpo (as guerrilhas urbanas como alegoria trágica das antigas batalhas corpo a corpo) pelo choro de uma criança.
Mas sobretudo a cena de plano único – imediatamente antes desta ultima – em que a câmara segue os passos de Theo na desesperada esperança de resgatar a recém-nascida. Não tanto pelo plano arriscado, mas sim por toda a envolvente e perfeita encenação esta é daquelas cenas que fica nos anais da memória e deveria ser mostarda em qualquer escola de cinema.
Com tanto e tão bom, porque é que Os Filhos do Homem não é uma obra-prima mas sim um filme apenas bom?
Porque a excelência convive paredes-meias com uma banalidade incompreensível. Quase tão incompreensível como a brutalidade dos homens revelada no filme. Toda a longa sequência da fuga da quinta, após o assassínio da líder (decepcionante Julianne Moore) dos radicais que lutam contra o governo Britânico pelos direitos (?) dos imigrantes é tão ridícula e decepcionante que chega a desesperar. Para alem disso os actores (com excepção de Clive Owen) estão muito aquém deste épico do desespero.
Fotografado com um cinza very British, envolvido por um mau estar geral Orwelliano, Os Filhos do Homem, representa demais para ser ignorado.
Amem-no; odeiem-no. Mas vejam-no.
PSL
Campo Contra Campo (LXVI)
Os Filhos do Homem, ***
Não há crianças, não há futuro, não há esperança!
Este filme é um pesadelo. Um pesadelo do caraças, para não dizer coisa menos bonita.
Tudo é estranho neste filme. A começar pelo ostracismo de que tem sido alvo por parte do público e, principalmente, da crítica. Estes pobres ainda compreendo. O público, não.
Os Filhos do Homem é a encenação de um futuro com demasiados elementos de presente para ser ignorado. Um argumento pesado, doloroso mesmo, que se desenvolve aos nosso impotentes sentido.
Existem varias cenas de antologia ao longo do filme. A radical cena de abertura, por exemplo, que nos transporta para o pesadelo sem pedir licença. A bíblica cena de interrupção da batalha corpo a corpo (as guerrilhas urbanas como alegoria trágica das antigas batalhas corpo a corpo) pelo choro de uma criança.
Mas sobretudo a cena de plano único – imediatamente antes desta ultima – em que a câmara segue os passos de Theo na desesperada esperança de resgatar a recém-nascida. Não tanto pelo plano arriscado, mas sim por toda a envolvente e perfeita encenação esta é daquelas cenas que fica nos anais da memória e deveria ser mostarda em qualquer escola de cinema.
Com tanto e tão bom, porque é que Os Filhos do Homem não é uma obra-prima mas sim um filme apenas bom?
Porque a excelência convive paredes-meias com uma banalidade incompreensível. Quase tão incompreensível como a brutalidade dos homens revelada no filme. Toda a longa sequência da fuga da quinta, após o assassínio da líder (decepcionante Julianne Moore) dos radicais que lutam contra o governo Britânico pelos direitos (?) dos imigrantes é tão ridícula e decepcionante que chega a desesperar. Para alem disso os actores (com excepção de Clive Owen) estão muito aquém deste épico do desespero.
Fotografado com um cinza very British, envolvido por um mau estar geral Orwelliano, Os Filhos do Homem, representa demais para ser ignorado.
Amem-no; odeiem-no. Mas vejam-no.
PSL
Não há crianças, não há futuro, não há esperança!
Este filme é um pesadelo. Um pesadelo do caraças, para não dizer coisa menos bonita.
Tudo é estranho neste filme. A começar pelo ostracismo de que tem sido alvo por parte do público e, principalmente, da crítica. Estes pobres ainda compreendo. O público, não.
Os Filhos do Homem é a encenação de um futuro com demasiados elementos de presente para ser ignorado. Um argumento pesado, doloroso mesmo, que se desenvolve aos nosso impotentes sentido.
Existem varias cenas de antologia ao longo do filme. A radical cena de abertura, por exemplo, que nos transporta para o pesadelo sem pedir licença. A bíblica cena de interrupção da batalha corpo a corpo (as guerrilhas urbanas como alegoria trágica das antigas batalhas corpo a corpo) pelo choro de uma criança.
Mas sobretudo a cena de plano único – imediatamente antes desta ultima – em que a câmara segue os passos de Theo na desesperada esperança de resgatar a recém-nascida. Não tanto pelo plano arriscado, mas sim por toda a envolvente e perfeita encenação esta é daquelas cenas que fica nos anais da memória e deveria ser mostarda em qualquer escola de cinema.
Com tanto e tão bom, porque é que Os Filhos do Homem não é uma obra-prima mas sim um filme apenas bom?
Porque a excelência convive paredes-meias com uma banalidade incompreensível. Quase tão incompreensível como a brutalidade dos homens revelada no filme. Toda a longa sequência da fuga da quinta, após o assassínio da líder (decepcionante Julianne Moore) dos radicais que lutam contra o governo Britânico pelos direitos (?) dos imigrantes é tão ridícula e decepcionante que chega a desesperar. Para alem disso os actores (com excepção de Clive Owen) estão muito aquém deste épico do desespero.
Fotografado com um cinza very British, envolvido por um mau estar geral Orwelliano, Os Filhos do Homem, representa demais para ser ignorado.
Amem-no; odeiem-no. Mas vejam-no.
PSL
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