Estou, obviamente, bastante curioso para ver “A Rede Social” que estreia na próxima quinta feira. Mais fiquei ainda quando vi o magnífico trailer no cinema.
Sabendo nós que o filme é realizado pelo genial David Fincher, não estamos à espera de um filme cor-de-rosa sobre o Facebook; mas sim de um filme violento (emocional e não fisicamente) filmado em “ambientes fechados”, que descreva personagens, retrate relações e demonstre tensões. Afinal, foram esses “os espaços” que celebrizaram a filmografia de Fincher.
Entretanto…, já há por ai quem compare “A Rede Social” a “Citizen Kane”, uma das obras maiores de Orson Welles. Já há algum tempo que não se gerava tanto hype em torno de um filme. Tudo isto só podem ser óptimas notícias.
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domingo, 31 de outubro de 2010
Citizen Zuckerberg
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cinema,
facebook,
graças ao facebook
Citizen Zuckerberg
Estou, obviamente, bastante curioso para ver “A Rede Social” que estreia na próxima quinta feira. Mais fiquei ainda quando vi o magnífico trailer no cinema.
Sabendo nós que o filme é realizado pelo genial David Fincher, não estamos à espera de um filme cor-de-rosa sobre o Facebook; mas sim de um filme violento (emocional e não fisicamente) filmado em “ambientes fechados”, que descreva personagens, retrate relações e demonstre tensões. Afinal, foram esses “os espaços” que celebrizaram a filmografia de Fincher.
Entretanto…, já há por ai quem compare “A Rede Social” a “Citizen Kane”, uma das obras maiores de Orson Welles. Já há algum tempo que não se gerava tanto hype em torno de um filme. Tudo isto só podem ser óptimas notícias.
Sabendo nós que o filme é realizado pelo genial David Fincher, não estamos à espera de um filme cor-de-rosa sobre o Facebook; mas sim de um filme violento (emocional e não fisicamente) filmado em “ambientes fechados”, que descreva personagens, retrate relações e demonstre tensões. Afinal, foram esses “os espaços” que celebrizaram a filmografia de Fincher.
Entretanto…, já há por ai quem compare “A Rede Social” a “Citizen Kane”, uma das obras maiores de Orson Welles. Já há algum tempo que não se gerava tanto hype em torno de um filme. Tudo isto só podem ser óptimas notícias.
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Campo Contra Campo (CLI)
The Town - A Cidade, ***
O cartaz cinematográfico apresenta-se, nos últimos meses (!?), no mínimo deprimente. Querem ver? Há quanto tempo não temos a possibilidade de ver uma obra-prima? Pois…
Assim, quando quero ir ao cinema tenho optado pela facilidade de um filme comercial em detrimento da qualidade do cinema de autor. E, sinceramente, não me tenho arrependido por ai além. Afinal…, o cinema (também) foi inventado para entreter.
É fácil começar a crítica de “A Cidade”. Para mim começa em “Point Break” aka, em português macarrónico, “Ruptura Explosiva” (link). Porque se filmes-de-assaltos-a-bancos os há aos pontapés, é àquele que “A Cidade” vai buscar mais elementos que vão muito além das mascaras, da necessidade de libertação como destino, ou até as marcas no corpo que podem sugerir pistas à “investigação”.
Provavelmente não se recordam mas, “Point Break”, foi há cerca de vinte anos (momento da sua estreia) arrasado pela crítica. Hoje “Point Break” é um clássico do género dos anos noventa. Isto, na minha nada modesta opinião, poderá dizer muito do estado da arte da sétima.
De facto “A Cidade” é um filme desequilibrado. No argumento tropeça inúmeras vezes; na cinematografia soluça entre o escorreito e o medíocre. E, lá pelo meio, tem momentos absolutamente reveladores quando mostra, por exemplo, a crueza imbecil da inaptidão da investigação criminal face a uma civilização de conhecimento e tecnologia. Mas, regressando ao segundo paragrafo deste texto, “A Cidade” mais do que entretêm: agarra, emociona q.b. e diverte. É pois de cinema que estamos a falar.
Personalizando: se aqui (link) decidimos ficar atentos a Rebecca Hall, nessa altura provavelmente estaríamos desatentos; a confirmar pois, o grau de atenção a debitar. De Ben Affleck (realiza e interpreta) só podemos dizer uma coisa: não é Eastwood quem quer mas sim quem pode.
Ainda assim, repito, “A Cidade” merece um “a ver”.

Assim, quando quero ir ao cinema tenho optado pela facilidade de um filme comercial em detrimento da qualidade do cinema de autor. E, sinceramente, não me tenho arrependido por ai além. Afinal…, o cinema (também) foi inventado para entreter.
É fácil começar a crítica de “A Cidade”. Para mim começa em “Point Break” aka, em português macarrónico, “Ruptura Explosiva” (link). Porque se filmes-de-assaltos-a-bancos os há aos pontapés, é àquele que “A Cidade” vai buscar mais elementos que vão muito além das mascaras, da necessidade de libertação como destino, ou até as marcas no corpo que podem sugerir pistas à “investigação”.
Provavelmente não se recordam mas, “Point Break”, foi há cerca de vinte anos (momento da sua estreia) arrasado pela crítica. Hoje “Point Break” é um clássico do género dos anos noventa. Isto, na minha nada modesta opinião, poderá dizer muito do estado da arte da sétima.
De facto “A Cidade” é um filme desequilibrado. No argumento tropeça inúmeras vezes; na cinematografia soluça entre o escorreito e o medíocre. E, lá pelo meio, tem momentos absolutamente reveladores quando mostra, por exemplo, a crueza imbecil da inaptidão da investigação criminal face a uma civilização de conhecimento e tecnologia. Mas, regressando ao segundo paragrafo deste texto, “A Cidade” mais do que entretêm: agarra, emociona q.b. e diverte. É pois de cinema que estamos a falar.
Personalizando: se aqui (link) decidimos ficar atentos a Rebecca Hall, nessa altura provavelmente estaríamos desatentos; a confirmar pois, o grau de atenção a debitar. De Ben Affleck (realiza e interpreta) só podemos dizer uma coisa: não é Eastwood quem quer mas sim quem pode.
Ainda assim, repito, “A Cidade” merece um “a ver”.
Campo Contra Campo (CLI)
The Town - A Cidade, ***
O cartaz cinematográfico apresenta-se, nos últimos meses (!?), no mínimo deprimente. Querem ver? Há quanto tempo não temos a possibilidade de ver uma obra-prima? Pois…
Assim, quando quero ir ao cinema tenho optado pela facilidade de um filme comercial em detrimento da qualidade do cinema de autor. E, sinceramente, não me tenho arrependido por ai além. Afinal…, o cinema (também) foi inventado para entreter.
É fácil começar a crítica de “A Cidade”. Para mim começa em “Point Break” aka, em português macarrónico, “Ruptura Explosiva” (link). Porque se filmes-de-assaltos-a-bancos os há aos pontapés, é àquele que “A Cidade” vai buscar mais elementos que vão muito além das mascaras, da necessidade de libertação como destino, ou até as marcas no corpo que podem sugerir pistas à “investigação”.
Provavelmente não se recordam mas, “Point Break”, foi há cerca de vinte anos (momento da sua estreia) arrasado pela crítica. Hoje “Point Break” é um clássico do género dos anos noventa. Isto, na minha nada modesta opinião, poderá dizer muito do estado da arte da sétima.
De facto “A Cidade” é um filme desequilibrado. No argumento tropeça inúmeras vezes; na cinematografia soluça entre o escorreito e o medíocre. E, lá pelo meio, tem momentos absolutamente reveladores quando mostra, por exemplo, a crueza imbecil da inaptidão da investigação criminal face a uma civilização de conhecimento e tecnologia. Mas, regressando ao segundo paragrafo deste texto, “A Cidade” mais do que entretêm: agarra, emociona q.b. e diverte. É pois de cinema que estamos a falar.
Personalizando: se aqui (link) decidimos ficar atentos a Rebecca Hall, nessa altura provavelmente estaríamos desatentos; a confirmar pois, o grau de atenção a debitar. De Ben Affleck (realiza e interpreta) só podemos dizer uma coisa: não é Eastwood quem quer mas sim quem pode.
Ainda assim, repito, “A Cidade” merece um “a ver”.

Assim, quando quero ir ao cinema tenho optado pela facilidade de um filme comercial em detrimento da qualidade do cinema de autor. E, sinceramente, não me tenho arrependido por ai além. Afinal…, o cinema (também) foi inventado para entreter.
É fácil começar a crítica de “A Cidade”. Para mim começa em “Point Break” aka, em português macarrónico, “Ruptura Explosiva” (link). Porque se filmes-de-assaltos-a-bancos os há aos pontapés, é àquele que “A Cidade” vai buscar mais elementos que vão muito além das mascaras, da necessidade de libertação como destino, ou até as marcas no corpo que podem sugerir pistas à “investigação”.
Provavelmente não se recordam mas, “Point Break”, foi há cerca de vinte anos (momento da sua estreia) arrasado pela crítica. Hoje “Point Break” é um clássico do género dos anos noventa. Isto, na minha nada modesta opinião, poderá dizer muito do estado da arte da sétima.
De facto “A Cidade” é um filme desequilibrado. No argumento tropeça inúmeras vezes; na cinematografia soluça entre o escorreito e o medíocre. E, lá pelo meio, tem momentos absolutamente reveladores quando mostra, por exemplo, a crueza imbecil da inaptidão da investigação criminal face a uma civilização de conhecimento e tecnologia. Mas, regressando ao segundo paragrafo deste texto, “A Cidade” mais do que entretêm: agarra, emociona q.b. e diverte. É pois de cinema que estamos a falar.
Personalizando: se aqui (link) decidimos ficar atentos a Rebecca Hall, nessa altura provavelmente estaríamos desatentos; a confirmar pois, o grau de atenção a debitar. De Ben Affleck (realiza e interpreta) só podemos dizer uma coisa: não é Eastwood quem quer mas sim quem pode.
Ainda assim, repito, “A Cidade” merece um “a ver”.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
DocLisboa 2010
Em edição de luxo (link).
DocLisboa 2010
Em edição de luxo (link).
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Campo Contra Campo (CL)
Salt, ***
Numa palavra: Salt é bem melhor do que “a encomenda”.
Mas…, existem “vários filmes” dentro de Salt. O melhor (excelente!) deles todos, são aqueles trinta ou quarenta primeiros minutos; onde o australiano Phillip Noyce mostra como é possível (ainda hoje) fazer um filme de acção, a regra e esquadro, sem pirotecnia e foguetório. Mas o classicíssimo dura pouco. E quando a menina Salt salta para dentro de um táxi, abre o seu telemóvel, e destrói o SIM do mesmo (que pormenor delicioso…) passamos para a dimensão da fantasia e da inverosimilhança.
Ainda assim Salt é bem pensado, escrito e realizado. Vale a pena, pois é muito mais do que uma fita “bang-bang” de verão. E, perdoem-me o lugar-comum, que “jolie” vai Angelina nestes papelões de durona…

Mas…, existem “vários filmes” dentro de Salt. O melhor (excelente!) deles todos, são aqueles trinta ou quarenta primeiros minutos; onde o australiano Phillip Noyce mostra como é possível (ainda hoje) fazer um filme de acção, a regra e esquadro, sem pirotecnia e foguetório. Mas o classicíssimo dura pouco. E quando a menina Salt salta para dentro de um táxi, abre o seu telemóvel, e destrói o SIM do mesmo (que pormenor delicioso…) passamos para a dimensão da fantasia e da inverosimilhança.
Ainda assim Salt é bem pensado, escrito e realizado. Vale a pena, pois é muito mais do que uma fita “bang-bang” de verão. E, perdoem-me o lugar-comum, que “jolie” vai Angelina nestes papelões de durona…
Campo Contra Campo (CL)
Salt, ***
Numa palavra: Salt é bem melhor do que “a encomenda”.
Mas…, existem “vários filmes” dentro de Salt. O melhor (excelente!) deles todos, são aqueles trinta ou quarenta primeiros minutos; onde o australiano Phillip Noyce mostra como é possível (ainda hoje) fazer um filme de acção, a regra e esquadro, sem pirotecnia e foguetório. Mas o classicíssimo dura pouco. E quando a menina Salt salta para dentro de um táxi, abre o seu telemóvel, e destrói o SIM do mesmo (que pormenor delicioso…) passamos para a dimensão da fantasia e da inverosimilhança.
Ainda assim Salt é bem pensado, escrito e realizado. Vale a pena, pois é muito mais do que uma fita “bang-bang” de verão. E, perdoem-me o lugar-comum, que “jolie” vai Angelina nestes papelões de durona…

Mas…, existem “vários filmes” dentro de Salt. O melhor (excelente!) deles todos, são aqueles trinta ou quarenta primeiros minutos; onde o australiano Phillip Noyce mostra como é possível (ainda hoje) fazer um filme de acção, a regra e esquadro, sem pirotecnia e foguetório. Mas o classicíssimo dura pouco. E quando a menina Salt salta para dentro de um táxi, abre o seu telemóvel, e destrói o SIM do mesmo (que pormenor delicioso…) passamos para a dimensão da fantasia e da inverosimilhança.
Ainda assim Salt é bem pensado, escrito e realizado. Vale a pena, pois é muito mais do que uma fita “bang-bang” de verão. E, perdoem-me o lugar-comum, que “jolie” vai Angelina nestes papelões de durona…
sábado, 8 de maio de 2010
Campo Contra Campo (CXLIX)
9, *****
Tenho de agradecer a São Pedro o dia invernoso de hoje. Graças à carga de água, optei por regressar ao cinema para ver o assombroso 9 (não confundir com o musical “Nine”).
9 é uma animação estreada em Setembro de 2009, realizada por Shane Acker, co-produzida por Tim Burton e Timur Bekmambetov, e baseada na curta com o mesmo nome nomeada para o Óscar de melhor curta de animação de 2005.
Plasticamente perfeito e com um argumento emocionante, 9 faz-nos viajar por um mundo apocalíptico à beira da extinção e profundamente desalmado (a expressão faz aqui todo o sentido).
Certo. Estamos aqui muito mais perto dos exterminadores, aliens e predadores do que dos Feiticeiros de Oz. Não admira pois que o deslumbrante Somewhere over the Rainbow seja abruptamente interrompido por mais e mais ódio.
Obviamente, esta não é uma animação para crianças e, desconfio, para certos adultos muito menos. Enfm…, obra-prima extraordinária que me fez fazer as pazes com Burton e o seu riquíssimo imaginário, após o desastrado e destrambelhado “Alice in Wonderland” (**).

9 é uma animação estreada em Setembro de 2009, realizada por Shane Acker, co-produzida por Tim Burton e Timur Bekmambetov, e baseada na curta com o mesmo nome nomeada para o Óscar de melhor curta de animação de 2005.
Plasticamente perfeito e com um argumento emocionante, 9 faz-nos viajar por um mundo apocalíptico à beira da extinção e profundamente desalmado (a expressão faz aqui todo o sentido).
Certo. Estamos aqui muito mais perto dos exterminadores, aliens e predadores do que dos Feiticeiros de Oz. Não admira pois que o deslumbrante Somewhere over the Rainbow seja abruptamente interrompido por mais e mais ódio.
Obviamente, esta não é uma animação para crianças e, desconfio, para certos adultos muito menos. Enfm…, obra-prima extraordinária que me fez fazer as pazes com Burton e o seu riquíssimo imaginário, após o desastrado e destrambelhado “Alice in Wonderland” (**).
Campo Contra Campo (CXLIX)
9, *****
Tenho de agradecer a São Pedro o dia invernoso de hoje. Graças à carga de água, optei por regressar ao cinema para ver o assombroso 9 (não confundir com o musical “Nine”).
9 é uma animação estreada em Setembro de 2009, realizada por Shane Acker, co-produzida por Tim Burton e Timur Bekmambetov, e baseada na curta com o mesmo nome nomeada para o Óscar de melhor curta de animação de 2005.
Plasticamente perfeito e com um argumento emocionante, 9 faz-nos viajar por um mundo apocalíptico à beira da extinção e profundamente desalmado (a expressão faz aqui todo o sentido).
Certo. Estamos aqui muito mais perto dos exterminadores, aliens e predadores do que dos Feiticeiros de Oz. Não admira pois que o deslumbrante Somewhere over the Rainbow seja abruptamente interrompido por mais e mais ódio.
Obviamente, esta não é uma animação para crianças e, desconfio, para certos adultos muito menos. Enfm…, obra-prima extraordinária que me fez fazer as pazes com Burton e o seu riquíssimo imaginário, após o desastrado e destrambelhado “Alice in Wonderland” (**).

9 é uma animação estreada em Setembro de 2009, realizada por Shane Acker, co-produzida por Tim Burton e Timur Bekmambetov, e baseada na curta com o mesmo nome nomeada para o Óscar de melhor curta de animação de 2005.
Plasticamente perfeito e com um argumento emocionante, 9 faz-nos viajar por um mundo apocalíptico à beira da extinção e profundamente desalmado (a expressão faz aqui todo o sentido).
Certo. Estamos aqui muito mais perto dos exterminadores, aliens e predadores do que dos Feiticeiros de Oz. Não admira pois que o deslumbrante Somewhere over the Rainbow seja abruptamente interrompido por mais e mais ódio.
Obviamente, esta não é uma animação para crianças e, desconfio, para certos adultos muito menos. Enfm…, obra-prima extraordinária que me fez fazer as pazes com Burton e o seu riquíssimo imaginário, após o desastrado e destrambelhado “Alice in Wonderland” (**).
quinta-feira, 25 de março de 2010
Campo Contra Campo (CXLVIII)

Segundo o Público, 2010 vai ser o ano do cinema português no IndieLisboa, claramente o melhor Festival de Cinema que Lisboa acolhe.
A programação da 7ª edição do IndieLisboa será divulgada amanhã diz o sítio do festival (link).
Como sempre..., a não perder.
Campo Contra Campo (CXLVIII)

Segundo o Público, 2010 vai ser o ano do cinema português no IndieLisboa, claramente o melhor Festival de Cinema que Lisboa acolhe.
A programação da 7ª edição do IndieLisboa será divulgada amanhã diz o sítio do festival (link).
Como sempre..., a não perder.
terça-feira, 16 de março de 2010
Campo Contra Campo (CXLVII)
Precious, ****
The Hurt Locker – Estado de Guerra, *****
O que é que “Precious” tem a ver com “The Hurt Locker”?
Felizmente, a premonição que aqui deixei quanto à corrida aos Óscares (link) estava redondamente enganada. A edição deste ano foi particularmente feliz na atribuição de algumas das cobiçadas estatuetas douradas.
Foi o caso dos prémios para Melhor Actriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado arrebatados pelo brutal “Precious”, um filme que nos conduz pelos labirintos – sempre insondáveis – dos limites da natureza humana.
Num cenário perfeitamente antagónico, é também esse o território que percorre o monumental “The Hurt Locker” (“Estado de Guerra” na versão portuguesa – ou mais uma tradução que merecia ver os seus autores a voarem em pedacinhos pelos céus de Bagdade…) vencedor, entre outros, dos prémios para Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Argumento Original e, last but not least, Melhor Montagem.
Subjectivamente aprecio bastante estes ensaios ontológicos sobre o bicho homem. Objectivamente, beijados pela "serpente" independente, ambos os filmes surgem como dois valentes murros no estômago do infeliz e desamparado espectador. E a longa distancia que medeia Nova Iorque de Bagdade acaba por ser a mesma a que estes dois filmes deixam o irrelevante Avatar (pelo menos na versão 2D).
A Academia ainda sabe distinguir o bom cinema.
The Hurt Locker – Estado de Guerra, *****

Felizmente, a premonição que aqui deixei quanto à corrida aos Óscares (link) estava redondamente enganada. A edição deste ano foi particularmente feliz na atribuição de algumas das cobiçadas estatuetas douradas.
Foi o caso dos prémios para Melhor Actriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado arrebatados pelo brutal “Precious”, um filme que nos conduz pelos labirintos – sempre insondáveis – dos limites da natureza humana.

Subjectivamente aprecio bastante estes ensaios ontológicos sobre o bicho homem. Objectivamente, beijados pela "serpente" independente, ambos os filmes surgem como dois valentes murros no estômago do infeliz e desamparado espectador. E a longa distancia que medeia Nova Iorque de Bagdade acaba por ser a mesma a que estes dois filmes deixam o irrelevante Avatar (pelo menos na versão 2D).
A Academia ainda sabe distinguir o bom cinema.
Campo Contra Campo (CXLVII)
Precious, ****
The Hurt Locker – Estado de Guerra, *****
O que é que “Precious” tem a ver com “The Hurt Locker”?
Felizmente, a premonição que aqui deixei quanto à corrida aos Óscares (link) estava redondamente enganada. A edição deste ano foi particularmente feliz na atribuição de algumas das cobiçadas estatuetas douradas.
Foi o caso dos prémios para Melhor Actriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado arrebatados pelo brutal “Precious”, um filme que nos conduz pelos labirintos – sempre insondáveis – dos limites da natureza humana.
Num cenário perfeitamente antagónico, é também esse o território que percorre o monumental “The Hurt Locker” (“Estado de Guerra” na versão portuguesa – ou mais uma tradução que merecia ver os seus autores a voarem em pedacinhos pelos céus de Bagdade…) vencedor, entre outros, dos prémios para Melhor Filme, Melhor Realização, Melhor Argumento Original e, last but not least, Melhor Montagem.
Subjectivamente aprecio bastante estes ensaios ontológicos sobre o bicho homem. Objectivamente, beijados pela "serpente" independente, ambos os filmes surgem como dois valentes murros no estômago do infeliz e desamparado espectador. E a longa distancia que medeia Nova Iorque de Bagdade acaba por ser a mesma a que estes dois filmes deixam o irrelevante Avatar (pelo menos na versão 2D).
A Academia ainda sabe distinguir o bom cinema.
The Hurt Locker – Estado de Guerra, *****

Felizmente, a premonição que aqui deixei quanto à corrida aos Óscares (link) estava redondamente enganada. A edição deste ano foi particularmente feliz na atribuição de algumas das cobiçadas estatuetas douradas.
Foi o caso dos prémios para Melhor Actriz Secundária e Melhor Argumento Adaptado arrebatados pelo brutal “Precious”, um filme que nos conduz pelos labirintos – sempre insondáveis – dos limites da natureza humana.

Subjectivamente aprecio bastante estes ensaios ontológicos sobre o bicho homem. Objectivamente, beijados pela "serpente" independente, ambos os filmes surgem como dois valentes murros no estômago do infeliz e desamparado espectador. E a longa distancia que medeia Nova Iorque de Bagdade acaba por ser a mesma a que estes dois filmes deixam o irrelevante Avatar (pelo menos na versão 2D).
A Academia ainda sabe distinguir o bom cinema.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Campo Contra Campo (CXLVI)
Olá, hoje trago-vos um convite; uma proposta, vá; bem decente.
Não sou especialista em filmes de surf. Aliás, “filme de surf” é uma expressão que me abespinha um pouco. Um dia gostava que fosse possível falar em “cinema de surf” e não em “filmes de surf”.
É precisamente o que vos trago aqui hoje: cinema de surf.
Porque “Powers of Three” é muito mais do que meia dúzia de sequências bem filmadas, com uma músicaquinha “sempre a abrir”, para ver depois de uma matinal entre uma Sagres e uma ganza. “Powers of Three” é também muito mais que um visão documental de uma “onda”, de uma “cena”, de uma “moda”, de um “estilo” ou de um conjunto de bravos insanos.
Em “Powers of Three” estamos perante pura arte. Uma obra-prima absoluta com uma fotografia impressionante, um arrojo incomum e uma banda sonora icónica.
Se não estão para ganhar meia horitra da vossa vida com este monumento então podem ir andando. Não! Esperem. Pelo menos avancem até perto do minuto dez, aconcheguem-se, aumentem o volume e arrepiem-se. Obrigado.
Não sou especialista em filmes de surf. Aliás, “filme de surf” é uma expressão que me abespinha um pouco. Um dia gostava que fosse possível falar em “cinema de surf” e não em “filmes de surf”.
É precisamente o que vos trago aqui hoje: cinema de surf.
Porque “Powers of Three” é muito mais do que meia dúzia de sequências bem filmadas, com uma músicaquinha “sempre a abrir”, para ver depois de uma matinal entre uma Sagres e uma ganza. “Powers of Three” é também muito mais que um visão documental de uma “onda”, de uma “cena”, de uma “moda”, de um “estilo” ou de um conjunto de bravos insanos.
Em “Powers of Three” estamos perante pura arte. Uma obra-prima absoluta com uma fotografia impressionante, um arrojo incomum e uma banda sonora icónica.
Se não estão para ganhar meia horitra da vossa vida com este monumento então podem ir andando. Não! Esperem. Pelo menos avancem até perto do minuto dez, aconcheguem-se, aumentem o volume e arrepiem-se. Obrigado.
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amar o mar,
cinema,
liberdade
Campo Contra Campo (CXLVI)
Olá, hoje trago-vos um convite; uma proposta, vá; bem decente.
Não sou especialista em filmes de surf. Aliás, “filme de surf” é uma expressão que me abespinha um pouco. Um dia gostava que fosse possível falar em “cinema de surf” e não em “filmes de surf”.
É precisamente o que vos trago aqui hoje: cinema de surf.
Porque “Powers of Three” é muito mais do que meia dúzia de sequências bem filmadas, com uma músicaquinha “sempre a abrir”, para ver depois de uma matinal entre uma Sagres e uma ganza. “Powers of Three” é também muito mais que um visão documental de uma “onda”, de uma “cena”, de uma “moda”, de um “estilo” ou de um conjunto de bravos insanos.
Em “Powers of Three” estamos perante pura arte. Uma obra-prima absoluta com uma fotografia impressionante, um arrojo incomum e uma banda sonora icónica.
Se não estão para ganhar meia horitra da vossa vida com este monumento então podem ir andando. Não! Esperem. Pelo menos avancem até perto do minuto dez, aconcheguem-se, aumentem o volume e arrepiem-se. Obrigado.
Não sou especialista em filmes de surf. Aliás, “filme de surf” é uma expressão que me abespinha um pouco. Um dia gostava que fosse possível falar em “cinema de surf” e não em “filmes de surf”.
É precisamente o que vos trago aqui hoje: cinema de surf.
Porque “Powers of Three” é muito mais do que meia dúzia de sequências bem filmadas, com uma músicaquinha “sempre a abrir”, para ver depois de uma matinal entre uma Sagres e uma ganza. “Powers of Three” é também muito mais que um visão documental de uma “onda”, de uma “cena”, de uma “moda”, de um “estilo” ou de um conjunto de bravos insanos.
Em “Powers of Three” estamos perante pura arte. Uma obra-prima absoluta com uma fotografia impressionante, um arrojo incomum e uma banda sonora icónica.
Se não estão para ganhar meia horitra da vossa vida com este monumento então podem ir andando. Não! Esperem. Pelo menos avancem até perto do minuto dez, aconcheguem-se, aumentem o volume e arrepiem-se. Obrigado.
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sábado, 6 de março de 2010
Campo Contra Campo (CXLV)
Invictus, **
Mudança de planos. Invictus foi o escolhido para a o inicio da maratona cinematográfica do fim-de-semana. Imperdoável?
Há uma cena, repetida ad nauseam pela câmara de Eastwood que é a imagem perfeita de Invictus. No camarote presidencial da final da Taça do Mundo de Rugby de 1995, os olhos de Morgan Freeman vêem o jogo por detrás de uns supostos Ray Ban acastanhados. No reflexo das lentes, apercebemo-nos de um estádio vazio e frio que contrasta com as bancadas plenas de emoção quando a câmara faz o contracampo. Invictus poderia resumir-se a tal cena. A formalidade está toda lá mas destituída de qualquer substância.
Invictus não é apenas o pior filme de Clint Eastwood nos últimos tempos. Invictus é dos piores filmes de sempre do mestre norte-americano. Uma espécie de momento Sporting do decano realizador: fraquinho, fraquinho, fraquinho…
Imperdoável? Talvez não…, se acharmos que uma soberba reconstituição de gente e espaço, aliada a uma representação perfeita de Mandela podem salvar um filme.

Há uma cena, repetida ad nauseam pela câmara de Eastwood que é a imagem perfeita de Invictus. No camarote presidencial da final da Taça do Mundo de Rugby de 1995, os olhos de Morgan Freeman vêem o jogo por detrás de uns supostos Ray Ban acastanhados. No reflexo das lentes, apercebemo-nos de um estádio vazio e frio que contrasta com as bancadas plenas de emoção quando a câmara faz o contracampo. Invictus poderia resumir-se a tal cena. A formalidade está toda lá mas destituída de qualquer substância.
Invictus não é apenas o pior filme de Clint Eastwood nos últimos tempos. Invictus é dos piores filmes de sempre do mestre norte-americano. Uma espécie de momento Sporting do decano realizador: fraquinho, fraquinho, fraquinho…
Imperdoável? Talvez não…, se acharmos que uma soberba reconstituição de gente e espaço, aliada a uma representação perfeita de Mandela podem salvar um filme.
Campo Contra Campo (CXLV)
Invictus, **
Mudança de planos. Invictus foi o escolhido para a o inicio da maratona cinematográfica do fim-de-semana. Imperdoável?
Há uma cena, repetida ad nauseam pela câmara de Eastwood que é a imagem perfeita de Invictus. No camarote presidencial da final da Taça do Mundo de Rugby de 1995, os olhos de Morgan Freeman vêem o jogo por detrás de uns supostos Ray Ban acastanhados. No reflexo das lentes, apercebemo-nos de um estádio vazio e frio que contrasta com as bancadas plenas de emoção quando a câmara faz o contracampo. Invictus poderia resumir-se a tal cena. A formalidade está toda lá mas destituída de qualquer substância.
Invictus não é apenas o pior filme de Clint Eastwood nos últimos tempos. Invictus é dos piores filmes de sempre do mestre norte-americano. Uma espécie de momento Sporting do decano realizador: fraquinho, fraquinho, fraquinho…
Imperdoável? Talvez não…, se acharmos que uma soberba reconstituição de gente e espaço, aliada a uma representação perfeita de Mandela podem salvar um filme.

Há uma cena, repetida ad nauseam pela câmara de Eastwood que é a imagem perfeita de Invictus. No camarote presidencial da final da Taça do Mundo de Rugby de 1995, os olhos de Morgan Freeman vêem o jogo por detrás de uns supostos Ray Ban acastanhados. No reflexo das lentes, apercebemo-nos de um estádio vazio e frio que contrasta com as bancadas plenas de emoção quando a câmara faz o contracampo. Invictus poderia resumir-se a tal cena. A formalidade está toda lá mas destituída de qualquer substância.
Invictus não é apenas o pior filme de Clint Eastwood nos últimos tempos. Invictus é dos piores filmes de sempre do mestre norte-americano. Uma espécie de momento Sporting do decano realizador: fraquinho, fraquinho, fraquinho…
Imperdoável? Talvez não…, se acharmos que uma soberba reconstituição de gente e espaço, aliada a uma representação perfeita de Mandela podem salvar um filme.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Campo Contra Campo (CXLIV)

Esta um tempo magnifico!
Está um tempo magnífico para passar um fim-de-semana inteirinho (quase) totalmente dedicado à sétima arte. Bom cinema, no cinema e na televisão.
No cinema, programa das festas: “Estado de Guerra”, “Precious” e “Um Homem Singular”; a ordem dos factores é arbitrária. Na TV, amanhã, sábado, a RTP 2 exibe uma noite cinematográfica de gala com dois dos filmes menos conhecidos do mago Tim Burton. A saber, “Beetlejuice” de 1988 e “A Grande Aventura de Pee-Wee” de 1985. Absolutamente a não perder.
E na noite de Domingo: Oscars – não deixem de espreitar o sitio oficial - link.
Porreiro, pá!
Campo Contra Campo (CXLIV)

Esta um tempo magnifico!
Está um tempo magnífico para passar um fim-de-semana inteirinho (quase) totalmente dedicado à sétima arte. Bom cinema, no cinema e na televisão.
No cinema, programa das festas: “Estado de Guerra”, “Precious” e “Um Homem Singular”; a ordem dos factores é arbitrária. Na TV, amanhã, sábado, a RTP 2 exibe uma noite cinematográfica de gala com dois dos filmes menos conhecidos do mago Tim Burton. A saber, “Beetlejuice” de 1988 e “A Grande Aventura de Pee-Wee” de 1985. Absolutamente a não perder.
E na noite de Domingo: Oscars – não deixem de espreitar o sitio oficial - link.
Porreiro, pá!
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