quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Coelhone no xadrez

A casa do destacado dirigente socialista, que ocupou as pastas da Administração Interna e das Obras Públicas nos governos de António Guterres, foi alvo de uma busca, no passado dia 24, autorizada por um juiz do 3º Juízo do Tribunal de Cascais.
(...) A passagem a pente-fino da residência de Jorge Coelho terá sido efectuada no âmbito do processo que está a investigar as relações entre o construtor Américo Santo e a Câmara de Cascais, iniciado há mais de cinco anos. Ainda de acordo com a mesma fonte, os inspectores da PJ procuravam um tabuleiro de xadrez valiosíssimo que Américo Santo teria oferecido ao ex-ministro socialista. Mas, aparentemente, tal peça não terá sido encontrada.


PSL

Coelhone no xadrez

A casa do destacado dirigente socialista, que ocupou as pastas da Administração Interna e das Obras Públicas nos governos de António Guterres, foi alvo de uma busca, no passado dia 24, autorizada por um juiz do 3º Juízo do Tribunal de Cascais.
(...) A passagem a pente-fino da residência de Jorge Coelho terá sido efectuada no âmbito do processo que está a investigar as relações entre o construtor Américo Santo e a Câmara de Cascais, iniciado há mais de cinco anos. Ainda de acordo com a mesma fonte, os inspectores da PJ procuravam um tabuleiro de xadrez valiosíssimo que Américo Santo teria oferecido ao ex-ministro socialista. Mas, aparentemente, tal peça não terá sido encontrada.


PSL

Senhor da Nuance

Nos próximos dias, apesar de já ter começado, vamos assistir a uma intensa jorrada de acusações, baixezas políticas, processos de más intenções, colagens de mau gosto, etc, sobretudo da candidatura de Soares, e deste, a Cavaco Silva. Já começam a delinear-se as planificações de campanha.

Mário Soares já disse que as gaffes fazem parte dele, «é normal e até tem piada» (ou seja, qualquer gaffe soarista é justificadora de culpa ou ilicitude políticas, que é o mesmo que dizer: serei irresponsável por alguns dizeres). E mais, repete (e notem a nuance) que é um político e tem orgulho de o ser; o que não repete é o adjectivo (neste caso) 'profissional'. Porquê? Porque Cavaco não disse que não era político, ele assume essa categoria, e sempre a assumiu. Ele disse sim, que não era «político profissional» e, até com má intenção parcial, se reconhece que não é. Político profissional é aquele que tem como profissão a política, isto é, vive em termos de actividade e de remuneração, da política. Ora, todos sabemos que dos 5 candidatos actuais só Cavaco Silva não é um político profissional, sucedendo-lhe, numa lista decrescente de 'aprofissionalismo político' o Francisco Louçã que considero ser um semi-profissional. Isto parece evidente e com muita lógica e bom-senso, mas não sejamos ingénuos: uma coisa é o discurso político, outra é dizer a verdade de forma clara e unívoca. E sem segundas intenções, naturalmente.

Quanto às pensões de Cavaco Silva, a questão foi levantada (com a esperteza suficiente para os media se atirarem a ela) sub-repticiamente de forma deplorável pelo ex-presidente da República. Foi uma atitude negativa, mesquinha e demagógica. E pode ser virada contra si, pois basta saber a resposta à pergunta Qual deles é o mais rico?, para sabermos onde parará esta bala. Ademais, é um mau exemplo para a democracia, ainda por cima vindo do pai da democracia portuguesa.

Há pessoas que não se contentam em ter um nobre lugar na história pelas vitórias que contribuiu alcançar. Mas por outro lado, é bom que estes grandes Senhores da História também percam as eleições. Dá um sinal positivo, ainda que aparente - de humildade e de combate políticos - aos jovens adultos que estão fora e dentro da política.

NCR

Senhor da Nuance

Nos próximos dias, apesar de já ter começado, vamos assistir a uma intensa jorrada de acusações, baixezas políticas, processos de más intenções, colagens de mau gosto, etc, sobretudo da candidatura de Soares, e deste, a Cavaco Silva. Já começam a delinear-se as planificações de campanha.

Mário Soares já disse que as gaffes fazem parte dele, «é normal e até tem piada» (ou seja, qualquer gaffe soarista é justificadora de culpa ou ilicitude políticas, que é o mesmo que dizer: serei irresponsável por alguns dizeres). E mais, repete (e notem a nuance) que é um político e tem orgulho de o ser; o que não repete é o adjectivo (neste caso) 'profissional'. Porquê? Porque Cavaco não disse que não era político, ele assume essa categoria, e sempre a assumiu. Ele disse sim, que não era «político profissional» e, até com má intenção parcial, se reconhece que não é. Político profissional é aquele que tem como profissão a política, isto é, vive em termos de actividade e de remuneração, da política. Ora, todos sabemos que dos 5 candidatos actuais só Cavaco Silva não é um político profissional, sucedendo-lhe, numa lista decrescente de 'aprofissionalismo político' o Francisco Louçã que considero ser um semi-profissional. Isto parece evidente e com muita lógica e bom-senso, mas não sejamos ingénuos: uma coisa é o discurso político, outra é dizer a verdade de forma clara e unívoca. E sem segundas intenções, naturalmente.

Quanto às pensões de Cavaco Silva, a questão foi levantada (com a esperteza suficiente para os media se atirarem a ela) sub-repticiamente de forma deplorável pelo ex-presidente da República. Foi uma atitude negativa, mesquinha e demagógica. E pode ser virada contra si, pois basta saber a resposta à pergunta Qual deles é o mais rico?, para sabermos onde parará esta bala. Ademais, é um mau exemplo para a democracia, ainda por cima vindo do pai da democracia portuguesa.

Há pessoas que não se contentam em ter um nobre lugar na história pelas vitórias que contribuiu alcançar. Mas por outro lado, é bom que estes grandes Senhores da História também percam as eleições. Dá um sinal positivo, ainda que aparente - de humildade e de combate políticos - aos jovens adultos que estão fora e dentro da política.

NCR

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

PALETA DE PALAVRAS XXXII

"Ever tried. Ever failed. No matter. Try Again. Fail again. Fail better."

Where I am, I don't know, I'll never know, in the silence you don't know, you must go on, I can't go on, I'll go on."

Samuel Beckett