Tentando evitar o meu momento “falem com o Carlos Queiroz”, deixei para hoje, dia da primeira pausa no Mundial, algumas palavra (poucas, tenho mais onde perder tempo) sobre a divertida eliminação de Portugal aos pés do arqui-rival.
Nunca a expressão “a selecção de todos nós” fez tanto sentido como ontem. Fomos, à imagem do país que somos, uma equipa pequena, curta, mesquinha, medrosa, traiçoeira, invejosa. Numa palavra: ridícula.
Mas mais ridícula ainda que a equipa do Prof. CQ, é a atitude do tuguinha que pude ouvir ao longo do dia: “perder com Espanha não é vergonha”, “tivemos azar”, “o árbitro estava comprado”, “aquilo estava feito para o espanhóis”, “o relvado estava horrível” e outras pérolas do género, soaram nos meus ouvidos como a nona sinfonia.
Clássico; a culpa nunca é nossa, é sempre do outro, ou dos outros. Não há meio de aprendermos a lição. Que fique tudo como está pois, no fundo, no fundo, o Prof. CQ é o treinador que os portugueses merecem ter à frente da sua equipa nacional de futebol.
mesmo!
ResponderEliminarPenso que o sucesso da Selecção portuguesa no Mundial já estava condenado ao fracasso através de uma convocatória inicial inquinada. De facto, desde opções maioritariamente defensivas que encurtaram o poder ofensivo, passando por naturalizados birrentos em fim de carreira, juntou-se uma gritante falta de ambição. Ao nacionalismo bacoco de cerveja na mão, exacerbado com a goleada à pior selecção do Mundial e apoiado no histerismo da imprensa desportiva, acrescentou-se a vaidade do capitão, ameaçando imolar-se em ketchup! Bastou um tiro da armada invencível para afundar a nau Catrineta, pondo a nu os pecados da FPF, refém de interesses económicos e clubísticos, ou não tivesse esta perdido o estatuto de utilidade pública desportiva.
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