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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Colégio Militar

Parece que há pais preocupados que exigem a intervenção dos Ministérios da Educação e da Defesa no caso dos maus tratos no Colégio Militar. Após, há poucos meses, terem vindo a lume acusações de abusos sexuais, agora são os maus tratos.
Recorde-se que a matrícula no Colégio Militar não é obrigatória e que cada criança não custa menos que 600 euros por mês.
A opção das famílias apenas a si responsabiliza. Não tragam o Estado para isto.

Colégio Militar

Parece que há pais preocupados que exigem a intervenção dos Ministérios da Educação e da Defesa no caso dos maus tratos no Colégio Militar. Após, há poucos meses, terem vindo a lume acusações de abusos sexuais, agora são os maus tratos.
Recorde-se que a matrícula no Colégio Militar não é obrigatória e que cada criança não custa menos que 600 euros por mês.
A opção das famílias apenas a si responsabiliza. Não tragam o Estado para isto.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O Escândalo

Confesso: fiquei embasbacado, quando ontem li no i o que tinha sido aquele exame de matemática do 9º ano. Eu que nem sou de me impressionar muito com coisas assim, acordei. Numa das questões pedia-se aos alunos para efectuarem a soma de três números e dividirem-na por três (uma simples média). Dividir e depois somar; uma operação que deve ser ensinada pela terceira classe (ano), julgo eu. E o exame era todo assim ou esta era apenas a questão mais simples? O exame era basicamente todo assim.
O cenário não podia ser pior, pensei. Uma vez mais fui ingénuo. Hoje, o Público, conta-nos que no ano passado o mesmo exame ainda teve um grau de dificuldade menor

Todos nós crescemos sob o estigma do “antigamente é que era difícil”. De forma recorrente diziam-nos, pais e professores, que quando eles estudaram é que tinhas sido difícil; o 9º ano daquele tempo, ouvíamos, valia tanto como “a 4ª classe do meu tempo”.
E agora que somos nós os educadores? De que vale o 9º ano de hoje comparado com a escolaridade dos nossos pais?
Não sei, nem sequer sei se será mensurável. Para além disso nenhum de nós gostou de crescer sob o estigma do “antigamente é que era…”. Os jovens de hoje também não devem de gostar.
Mas, de uma coisa tenho a certeza. Aqueles que nos governaram nos últimos anos têm, de forma clara e inequívoca, hipotecado o futuro de um país inteiro apenas e só para tentarem sobreviver ao(no) poder. Mais do que um escândalo: é o escândalo; e, já agora, uma vergonha também.

O Escândalo

Confesso: fiquei embasbacado, quando ontem li no i o que tinha sido aquele exame de matemática do 9º ano. Eu que nem sou de me impressionar muito com coisas assim, acordei. Numa das questões pedia-se aos alunos para efectuarem a soma de três números e dividirem-na por três (uma simples média). Dividir e depois somar; uma operação que deve ser ensinada pela terceira classe (ano), julgo eu. E o exame era todo assim ou esta era apenas a questão mais simples? O exame era basicamente todo assim.
O cenário não podia ser pior, pensei. Uma vez mais fui ingénuo. Hoje, o Público, conta-nos que no ano passado o mesmo exame ainda teve um grau de dificuldade menor

Todos nós crescemos sob o estigma do “antigamente é que era difícil”. De forma recorrente diziam-nos, pais e professores, que quando eles estudaram é que tinhas sido difícil; o 9º ano daquele tempo, ouvíamos, valia tanto como “a 4ª classe do meu tempo”.
E agora que somos nós os educadores? De que vale o 9º ano de hoje comparado com a escolaridade dos nossos pais?
Não sei, nem sequer sei se será mensurável. Para além disso nenhum de nós gostou de crescer sob o estigma do “antigamente é que era…”. Os jovens de hoje também não devem de gostar.
Mas, de uma coisa tenho a certeza. Aqueles que nos governaram nos últimos anos têm, de forma clara e inequívoca, hipotecado o futuro de um país inteiro apenas e só para tentarem sobreviver ao(no) poder. Mais do que um escândalo: é o escândalo; e, já agora, uma vergonha também.

sexta-feira, 6 de março de 2009

...

Experimentei há pouco pela primeira vez um "Magalhães": é pequenino e limitado como a mentalidade e ambição deste governo.

...

Experimentei há pouco pela primeira vez um "Magalhães": é pequenino e limitado como a mentalidade e ambição deste governo.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Seis vezes seis são trinta e seis, não é?

Um destes dias, lia por ai algures na blogosfera, uma história idêntica à que irei contar hoje. Queixava-se esse escriba que o que lhe tinha acontecido seria um bom retrato do estado a que chegou a educação em Portugal. Na altura achei o escrito algo inflacionado e inflamado, mas nada como as coisas nos acontecerem a nós mesmos.

Ontem, após o rally das prateleiras durante as compras do mês, no momento de pagar, a menina anafada da caixa pergunta-me com ar alienígena se seis vezes seis são trinta e seis. Meio embasbacado, respondi com um sorriso que não senhora, seis vezes seis serão pelo menos trezentos e setenta e quatro mil e noventa e três. Ao que recebi como resposta um ar de enfado e as palavras, “oh, é não é? é que esta minha máquina de calcular está meia-marada”; tal e qual.

Não sei se episódios como este são ilustrativos da qualidade da educação ou do grau de iliteracia de um povo. Mas quais as esperanças num futuro recheado de qualidade de vida que um jovem adulto pode ter se não sabe fazer a mais simples operação matemática? E sendo um país, entre outras coisas mais, o produto de um povo, qual o futuro para um Portugal assim tão…, ignorante, abrutalhado, embrutecido e adormecido?

Seis vezes seis são trinta e seis, não é?

Um destes dias, lia por ai algures na blogosfera, uma história idêntica à que irei contar hoje. Queixava-se esse escriba que o que lhe tinha acontecido seria um bom retrato do estado a que chegou a educação em Portugal. Na altura achei o escrito algo inflacionado e inflamado, mas nada como as coisas nos acontecerem a nós mesmos.

Ontem, após o rally das prateleiras durante as compras do mês, no momento de pagar, a menina anafada da caixa pergunta-me com ar alienígena se seis vezes seis são trinta e seis. Meio embasbacado, respondi com um sorriso que não senhora, seis vezes seis serão pelo menos trezentos e setenta e quatro mil e noventa e três. Ao que recebi como resposta um ar de enfado e as palavras, “oh, é não é? é que esta minha máquina de calcular está meia-marada”; tal e qual.

Não sei se episódios como este são ilustrativos da qualidade da educação ou do grau de iliteracia de um povo. Mas quais as esperanças num futuro recheado de qualidade de vida que um jovem adulto pode ter se não sabe fazer a mais simples operação matemática? E sendo um país, entre outras coisas mais, o produto de um povo, qual o futuro para um Portugal assim tão…, ignorante, abrutalhado, embrutecido e adormecido?

terça-feira, 1 de abril de 2008

A professora, o telemóvel e a aluna (III)

Como as coisas não são a preto e branco:
«A professora tinha perdido o teste de uma colega nossa e nessa última aula ela estava a repeti-lo. A "stôra" disse que por causa disso, e excepcionalmente, podíamos usar os telemóveis», conta uma outra aluna. «A "stôra" disse que podíamos usar o telemóvel sem que perturbássemos muito a aula».

A professora, o telemóvel e a aluna (III)

Como as coisas não são a preto e branco:
«A professora tinha perdido o teste de uma colega nossa e nessa última aula ela estava a repeti-lo. A "stôra" disse que por causa disso, e excepcionalmente, podíamos usar os telemóveis», conta uma outra aluna. «A "stôra" disse que podíamos usar o telemóvel sem que perturbássemos muito a aula».

sexta-feira, 28 de março de 2008

A professora, o telemóvel e a aluna (II)

Pena máxima para a aluna mal criada e pena máxima para o colega que filmou a cena: transferência de escola.
Hoje a professora anunciou que apresentará três queixas: uma contra a aluna, outra contra os elementos da turma com menos de 16 anos de idade, e outra contra os elementos com mais de 16 anos de idade.
Lembro que a aluna não insultou a professora. Fez birra, falou alto e agarrou-se ao telemóvel.
Lembro que os elementos da turma não incitaram a qualquer tipo de violência.
Lembro que apenas uma voz afirmou "olha a velha vai cair", o que se afigura mais como uma constatação de um facto do que uma injúria.
Lembro que menos de dois minutos após o início do incidente, vários elementos da turma intervieram para sanar o conflito.
Lembro que a professora, após o incidente, não apresentou queixa, limitou-se a meter uns diazitos.
Obviamente não simpatizo com a atitude da aluna, a quem acho terem faltado umas palmadas no devido tempo, e claramente fiquei impressionado com a atitude de desafio directo assumido por ela.
Mas perante outras imagens, divulgadas há uns ou dois anos e filmadas em segredo, em que se via agressões a alunos em plena sala de aula e corredores sem que professores e contínuos - que assistiam a tudo - interviessem (e que ao que julgo não produziram processos disciplinares contra alunos, professores e contínuos envolvidos), espanto-me por este verdadeiro auto-da-fé contra a aluna mal criada, o colega que filmou e contra os colegas que puseram fim à birra da professora e da aluna:
Aquela senhora acaba de provar que não merece a nobre função de professora, merece quando muito integrar as listas da mobilidade especial...

A professora, o telemóvel e a aluna (II)

Pena máxima para a aluna mal criada e pena máxima para o colega que filmou a cena: transferência de escola.
Hoje a professora anunciou que apresentará três queixas: uma contra a aluna, outra contra os elementos da turma com menos de 16 anos de idade, e outra contra os elementos com mais de 16 anos de idade.
Lembro que a aluna não insultou a professora. Fez birra, falou alto e agarrou-se ao telemóvel.
Lembro que os elementos da turma não incitaram a qualquer tipo de violência.
Lembro que apenas uma voz afirmou "olha a velha vai cair", o que se afigura mais como uma constatação de um facto do que uma injúria.
Lembro que menos de dois minutos após o início do incidente, vários elementos da turma intervieram para sanar o conflito.
Lembro que a professora, após o incidente, não apresentou queixa, limitou-se a meter uns diazitos.
Obviamente não simpatizo com a atitude da aluna, a quem acho terem faltado umas palmadas no devido tempo, e claramente fiquei impressionado com a atitude de desafio directo assumido por ela.
Mas perante outras imagens, divulgadas há uns ou dois anos e filmadas em segredo, em que se via agressões a alunos em plena sala de aula e corredores sem que professores e contínuos - que assistiam a tudo - interviessem (e que ao que julgo não produziram processos disciplinares contra alunos, professores e contínuos envolvidos), espanto-me por este verdadeiro auto-da-fé contra a aluna mal criada, o colega que filmou e contra os colegas que puseram fim à birra da professora e da aluna:
Aquela senhora acaba de provar que não merece a nobre função de professora, merece quando muito integrar as listas da mobilidade especial...

sexta-feira, 21 de março de 2008

Altamente, olha a belha bai cair

Como disse ontem, acho que não há grandes comentários a fazer à cena “mais famosa” da escola pública em Portugal. Mas a blogosfera não partilha da minha opinião. O que é perfeitamente natural. Aliás, a blogosfera adora coisas "assim". Por isso vale a pena ler:

Quem não se dá ao respeito, dificilmente será respeitado por Tomas Vasques no Hoje Há Conquilhas;

Da Crueldade por Paulo Tunhas no Blogue Atlântico;

Uns têm, outros não, por Daniel Oliveira no Arrastão;

O Vídeo por Jorge Ferreira no Tomar Partido.

Altamente, olha a belha bai cair

Como disse ontem, acho que não há grandes comentários a fazer à cena “mais famosa” da escola pública em Portugal. Mas a blogosfera não partilha da minha opinião. O que é perfeitamente natural. Aliás, a blogosfera adora coisas "assim". Por isso vale a pena ler:

Quem não se dá ao respeito, dificilmente será respeitado por Tomas Vasques no Hoje Há Conquilhas;

Da Crueldade por Paulo Tunhas no Blogue Atlântico;

Uns têm, outros não, por Daniel Oliveira no Arrastão;

O Vídeo por Jorge Ferreira no Tomar Partido.

quinta-feira, 20 de março de 2008

A professora, o telemóvel e a aluna

Com uma frequência preocupante chegavam-nos notícias de agressões a professores. Mas uma coisa é ler, outra é ver. Não há grandes comentários a fazer a estas imagens. A cena é vergonhosa. Vergonhosa para a Professora, para a aluna e seus demais colegas, para todo o sistema de ensino. Vergonhosa para uma sociedade inteira. Quo vadis portugalito?

A professora, o telemóvel e a aluna

Com uma frequência preocupante chegavam-nos notícias de agressões a professores. Mas uma coisa é ler, outra é ver. Não há grandes comentários a fazer a estas imagens. A cena é vergonhosa. Vergonhosa para a Professora, para a aluna e seus demais colegas, para todo o sistema de ensino. Vergonhosa para uma sociedade inteira. Quo vadis portugalito?