O primeiro sinal chegou-me ainda ontem pela audição, nas vielas do Bairro Alto; a algaraviada castelhana sobrepunha-se claramente aos sussurros em português. O segundo sinal chegou-me hoje pela visão; ao fim da manhã, na praça da portagem da ponte, eram mais os carros com matricula espanhola do que os carros com matricula portuguesa.
Para o ano que vem, caros vizinhos, não regressem, fiquem. E ao voltarem tragam convosco a vossa moderna Monarquia Constitucional; a vossa economia – uma das dez mais pujantes do mundo; a vossa extraordinária diversidade cultural; os vossos riquíssimos usos e costumes, os vossos toiros de morte; a vossa alegria, a vossa afortunada liga de futebol; os vossos atletas, cientistas, juízes e advogados; os vossos médicos, a vossa justiça e até os vossos padres...
Se quiserem tragam também os impossíveis pimentos de padron, o intragável Gin Larios e o pestilento Ducados. Eu cá não me importo nada com isso. Mas venham. De vez.
Toiros de morte, não, por favor!
ResponderEliminarO resto será bem vindo.
Os pimentos de Padrón (de Padrón mesmo!, e não os de Marrocos que andam aí como sucedâneo) é uma iguaria, um pimentinho de sabor requintado, complexo. Há os picantes, claro, mas isso faz parte do ritual: pimentos de Padrón, unos pican otros non!
ResponderEliminarÉ verdade caro CMF; mas quem já não apanhou um escaldão valente com os que picam?? ehehe
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