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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Coração dos Homens

Descobri Hugo Gonçalves por mero acaso. Ao invés, encontrar os seus livros, tem sido uma verdadeira saga.

De 2006, “O Coração dos Homens”, segunda obra de Hugo Gonçalves, conduz-nos por um cenário algures entre “1984” de Orwell e “Ensaio Sobre a Cegueira” de Saramago. Difícil?
Sim; mas mais difícil se torna quando o autor encharca a narrativa com “frames” de Martin Scorsese ("Touro Enraivecido") e Quentin Tarantino.
Exagerado? Quem, eu? Pelo contrario. “O Coração dos Homens” é uma magnífica e surpreendente obra de excelente literatura. Difícil e duro ensaio sobre um tema que tanto me agrada: a natureza humana e os seus verdadeiros limites.
Difícil sim, mas apenas porque nos apaixona e aprisiona. E não nos deixa dormir tranquilos. Pois tal como Ele, acredito "que a repetição e a certeza são causas de morte precoce".
Um excelente livro para o verão, um péssimo livro para as férias, uma grande obra em qualquer parte do mundo.

O Coração dos Homens

Descobri Hugo Gonçalves por mero acaso. Ao invés, encontrar os seus livros, tem sido uma verdadeira saga.

De 2006, “O Coração dos Homens”, segunda obra de Hugo Gonçalves, conduz-nos por um cenário algures entre “1984” de Orwell e “Ensaio Sobre a Cegueira” de Saramago. Difícil?
Sim; mas mais difícil se torna quando o autor encharca a narrativa com “frames” de Martin Scorsese ("Touro Enraivecido") e Quentin Tarantino.
Exagerado? Quem, eu? Pelo contrario. “O Coração dos Homens” é uma magnífica e surpreendente obra de excelente literatura. Difícil e duro ensaio sobre um tema que tanto me agrada: a natureza humana e os seus verdadeiros limites.
Difícil sim, mas apenas porque nos apaixona e aprisiona. E não nos deixa dormir tranquilos. Pois tal como Ele, acredito "que a repetição e a certeza são causas de morte precoce".
Um excelente livro para o verão, um péssimo livro para as férias, uma grande obra em qualquer parte do mundo.

segunda-feira, 29 de março de 2010

O Benfica como religião

Pela segunda vez num curto período de tempo, a blogosfera benfiquista, ajuda a “desenterrar” um documento precioso para compreender melhor o nosso Querido Clube.

Desta vez foi o Ricardo (link), a sugerir-nos a leitura de “O Benfica como Religião”.

Neste pequeno livro, que em bom rigor mais não é do que a publicação de um trabalho académico elaborado no âmbito da realização de uma licenciatura em Ciência das Religiões, José Jacinto Pereira questiona radicalmente a ontologia do Sport Lisboa e Benfica recorrendo para isso ao estudo – ainda que sucinto – das origens do clube, raiz do seu emblema e lema, fazendo também um percurso pela mística benfiquista.
Se o tema do texto está bom de ver no seu próprio titulo a tese nele defendida não deixa de surpreender: existe de facto”a religião do Glorioso Benfica”. E tal prova-se, segundo José Jacinto Pereira, pelas origens do clube, pela figura e obra de Felix Bermudes, pelo emblema adoptado, pela assumpção do epíteto “O Glorioso”, pala adopção de um conjunto de residuais místicos aos quais se convencionou chamar “mística benfiquista” (mística esta que, por exemplo, nas palavras do “Feiticeiro húngaro” Bela Guttmann faz de simples jogadores “futebolistas assombrosos e terríveis” – pensem nalguns meninos que temos no plantel esta época) mas também pela adopção de expressões como “Catedral da Luz”, “Inferno da Luz” e acrescentamos nós – se tal nos for permitido - “Manto Sagrado” em referência à camisola do Benfica.

Pelo que vai dito, está bom de ver que a leitura deste pequeno mas riquíssimo texto não é apenas obrigatória mas sim fundamental para benfiquista que se preze.

Agradeço de novo ao Ricardo (link) pela dica e ao José Jacinto Pereira (link) a quem, se me permite, sugiro o aprofundamento do estudo aqui descrito.

O Benfica como religião

Pela segunda vez num curto período de tempo, a blogosfera benfiquista, ajuda a “desenterrar” um documento precioso para compreender melhor o nosso Querido Clube.

Desta vez foi o Ricardo (link), a sugerir-nos a leitura de “O Benfica como Religião”.

Neste pequeno livro, que em bom rigor mais não é do que a publicação de um trabalho académico elaborado no âmbito da realização de uma licenciatura em Ciência das Religiões, José Jacinto Pereira questiona radicalmente a ontologia do Sport Lisboa e Benfica recorrendo para isso ao estudo – ainda que sucinto – das origens do clube, raiz do seu emblema e lema, fazendo também um percurso pela mística benfiquista.
Se o tema do texto está bom de ver no seu próprio titulo a tese nele defendida não deixa de surpreender: existe de facto”a religião do Glorioso Benfica”. E tal prova-se, segundo José Jacinto Pereira, pelas origens do clube, pela figura e obra de Felix Bermudes, pelo emblema adoptado, pela assumpção do epíteto “O Glorioso”, pala adopção de um conjunto de residuais místicos aos quais se convencionou chamar “mística benfiquista” (mística esta que, por exemplo, nas palavras do “Feiticeiro húngaro” Bela Guttmann faz de simples jogadores “futebolistas assombrosos e terríveis” – pensem nalguns meninos que temos no plantel esta época) mas também pela adopção de expressões como “Catedral da Luz”, “Inferno da Luz” e acrescentamos nós – se tal nos for permitido - “Manto Sagrado” em referência à camisola do Benfica.

Pelo que vai dito, está bom de ver que a leitura deste pequeno mas riquíssimo texto não é apenas obrigatória mas sim fundamental para benfiquista que se preze.

Agradeço de novo ao Ricardo (link) pela dica e ao José Jacinto Pereira (link) a quem, se me permite, sugiro o aprofundamento do estudo aqui descrito.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Se me permites...




...Pedro (link), a essa excelente lista, falta um que embora eu ainda não tenha lido está no topo da minha lista de espera. O aclamadíssimo pela critica “O Dia D – A Batalha da Normandia” de Antony Beevor.

Se me permites...




...Pedro (link), a essa excelente lista, falta um que embora eu ainda não tenha lido está no topo da minha lista de espera. O aclamadíssimo pela critica “O Dia D – A Batalha da Normandia” de Antony Beevor.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Este não é um post sobre o livro de Alain de Botton

De repente deu me uma fúria e desatei a “matar” livros que ando a ler…, há anos. Não é exagero. E só me apercebo que são anos e não meses porque tenho o hábito de rabiscar algumas notas (que nada têm a ver com o livro) nos marcadores – coisas estranhas como a hora de um voo, a marca e modelo de um avião, uma pequena lista de compras ou o endereço de correio electrónico da simpática italiana que vai a viagem quase toda a dormitar com a cabeça no nosso ombro (apenas sonhei com esta ultima, obviamente).

“Quando considero…o pequeno espaço que ocupo e que vejo, devorado pela imensidão infinita dos espaços que ignoro e que me ignoram, enche-me de terror e espanto achar-me aqui e não ali, porque não há razão alguma para estar aqui e não ali, agora e não outrora. Quem me pôs aqui?”

De repente deu me uma fúria, disse eu.
Compartilho inteiramente este dilema com Pascal (que ao que me contam morreu louco) citado por Alain de Botton no seu magnífico “A Arte de Viajar”. Quem me pôs aqui, neste tempo e lugar questiono eu tantas vezes. Porque não tivémos a sorte de nascer na Gold Coast australiana ou o azar de nascer em Port-au-Prince? Por que razão não tivémos a sorte de nascer agora? Por que diabo não tivémos o azar de nascer há dois mil anos? [vês Nuno, nunca mais me esqueci desta (link) lição].

De repente deu me uma fúria, disse eu.
“Toda a infelicidade dos homens tem por única origem não saberem ficar sossegados nos seus aposentos”. Botton recorda-nos também este axioma de Pascal. É tão bom estar aqui e agora a escrever este texto que sei de antemão não será lido por ninguém e muito menos citado ou comentado ou sequer vilipendiado. É uma espécie de masturbação intelectual. No fundo, no fundo, a felicidade absoluta é termos os nossos quinze minutos de fama. Não para o mundo ou sequer para quinze pessoas; mas sim quinze minutos de fama para nós mesmos. Olha para mim aqui a escrever este post. Olha para mim Pedro Manuel e vê como sou famoso.

Eu bem avisei que de repente me deu uma fúria.
Enche-me de terror e espanto “A Arte de Viajar”; é um livro delicioso – deve ter sido por isso que levei tanto tempo a termina-lo. Ah, saborear.

Este não é um post sobre o livro de Alain de Botton

De repente deu me uma fúria e desatei a “matar” livros que ando a ler…, há anos. Não é exagero. E só me apercebo que são anos e não meses porque tenho o hábito de rabiscar algumas notas (que nada têm a ver com o livro) nos marcadores – coisas estranhas como a hora de um voo, a marca e modelo de um avião, uma pequena lista de compras ou o endereço de correio electrónico da simpática italiana que vai a viagem quase toda a dormitar com a cabeça no nosso ombro (apenas sonhei com esta ultima, obviamente).

“Quando considero…o pequeno espaço que ocupo e que vejo, devorado pela imensidão infinita dos espaços que ignoro e que me ignoram, enche-me de terror e espanto achar-me aqui e não ali, porque não há razão alguma para estar aqui e não ali, agora e não outrora. Quem me pôs aqui?”

De repente deu me uma fúria, disse eu.
Compartilho inteiramente este dilema com Pascal (que ao que me contam morreu louco) citado por Alain de Botton no seu magnífico “A Arte de Viajar”. Quem me pôs aqui, neste tempo e lugar questiono eu tantas vezes. Porque não tivémos a sorte de nascer na Gold Coast australiana ou o azar de nascer em Port-au-Prince? Por que razão não tivémos a sorte de nascer agora? Por que diabo não tivémos o azar de nascer há dois mil anos? [vês Nuno, nunca mais me esqueci desta (link) lição].

De repente deu me uma fúria, disse eu.
“Toda a infelicidade dos homens tem por única origem não saberem ficar sossegados nos seus aposentos”. Botton recorda-nos também este axioma de Pascal. É tão bom estar aqui e agora a escrever este texto que sei de antemão não será lido por ninguém e muito menos citado ou comentado ou sequer vilipendiado. É uma espécie de masturbação intelectual. No fundo, no fundo, a felicidade absoluta é termos os nossos quinze minutos de fama. Não para o mundo ou sequer para quinze pessoas; mas sim quinze minutos de fama para nós mesmos. Olha para mim aqui a escrever este post. Olha para mim Pedro Manuel e vê como sou famoso.

Eu bem avisei que de repente me deu uma fúria.
Enche-me de terror e espanto “A Arte de Viajar”; é um livro delicioso – deve ter sido por isso que levei tanto tempo a termina-lo. Ah, saborear.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Do prazer supremo

No Natal ofereceram-me “A Circunstância do Estado Exíguo” de Adriano Moreira. O Ilustre Professor que me perdoe (e quem mo ofereceu também) mas apressei-me a troca-lo por algo verdadeiramente mais inútil: “O Sal na Terra” de Pedro Adão e Silva.
Escrevo este post essencialmente por duas razões.

Em primeiro lugar para acrescentar algo ao prefácio de José Tolentino de Mendonça quando escreve no final do mesmo ser este “um dos mais belos livros da poesia portuguesa”. Nos textos ali reunidos o Pedro vai um pouco mais longe, ao discorrer da forma diversa com que o surfista olha, sente e vive o mar face ao comum dos mortais que nunca ousaram passar “a linha de fronteira”. Em bom rigor, nos pequenos textos de “O Sal na Terra”, estamos perante uma nova disciplina: a Filosofia do Surf. Pois é isso que o Pedro ai faz, partindo do ócio (de onde no fundo nasce todo o saber) questiona radicalmente o ser em si e o valor da actividade de abraçar uma onda tirando partindo da sua energia e do seu excelso movimento. Neste livro até podemos estar perante poesia, mas estamos também face a filosofia.
Posto isto, depois, gostava de perguntar um dia ao Pedro, afinal qual será o “prazer supremo”? Navegar numa onda ou sentir, pensar, questionar, escrever sobre essa realidade.

Infelizmente, só entenderá na sua plenitude este post quem tiver a sorte e o prazer de se deleitar com “O Sal na Terra”. Um conjunto de textos magníficos que eu gostava de oferecer a algumas pessoas. Para que pudessem compreender melhor esta paixão assolapada que leva alguns de nós a desejar atravessar de novo a tal “linha de fronteira”, imediatamente após colocarmos o pé do lado de cá.

Do prazer supremo

No Natal ofereceram-me “A Circunstância do Estado Exíguo” de Adriano Moreira. O Ilustre Professor que me perdoe (e quem mo ofereceu também) mas apressei-me a troca-lo por algo verdadeiramente mais inútil: “O Sal na Terra” de Pedro Adão e Silva.
Escrevo este post essencialmente por duas razões.

Em primeiro lugar para acrescentar algo ao prefácio de José Tolentino de Mendonça quando escreve no final do mesmo ser este “um dos mais belos livros da poesia portuguesa”. Nos textos ali reunidos o Pedro vai um pouco mais longe, ao discorrer da forma diversa com que o surfista olha, sente e vive o mar face ao comum dos mortais que nunca ousaram passar “a linha de fronteira”. Em bom rigor, nos pequenos textos de “O Sal na Terra”, estamos perante uma nova disciplina: a Filosofia do Surf. Pois é isso que o Pedro ai faz, partindo do ócio (de onde no fundo nasce todo o saber) questiona radicalmente o ser em si e o valor da actividade de abraçar uma onda tirando partindo da sua energia e do seu excelso movimento. Neste livro até podemos estar perante poesia, mas estamos também face a filosofia.
Posto isto, depois, gostava de perguntar um dia ao Pedro, afinal qual será o “prazer supremo”? Navegar numa onda ou sentir, pensar, questionar, escrever sobre essa realidade.

Infelizmente, só entenderá na sua plenitude este post quem tiver a sorte e o prazer de se deleitar com “O Sal na Terra”. Um conjunto de textos magníficos que eu gostava de oferecer a algumas pessoas. Para que pudessem compreender melhor esta paixão assolapada que leva alguns de nós a desejar atravessar de novo a tal “linha de fronteira”, imediatamente após colocarmos o pé do lado de cá.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Portugal


Para além da frase que o Paulo Pinto Mascarenhas destaca aqui (link), eu também sublinho esta:
"(...)População diversa, povo plural, território heterogéneo, mas poder central e unitário, concentrado, com reduzida negociação, desde o Condado Portucalense. Neste paradoxo, a singularidade portuguesa(...)."

Falamos deste (link) texto de António Barreto que o i pública hoje sobre a "História de Portugal" de Rui Ramos, Bernardo Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro.
Um livro magnifico, digo-o já; que comigo foi (e veio) aos antípodas. Um livro que dá tanto prazer quanto trabalho a ler. Um livro que todos, sem excepção, deveriam ler. Espero a ele voltar

Portugal


Para além da frase que o Paulo Pinto Mascarenhas destaca aqui (link), eu também sublinho esta:
"(...)População diversa, povo plural, território heterogéneo, mas poder central e unitário, concentrado, com reduzida negociação, desde o Condado Portucalense. Neste paradoxo, a singularidade portuguesa(...)."

Falamos deste (link) texto de António Barreto que o i pública hoje sobre a "História de Portugal" de Rui Ramos, Bernardo Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro.
Um livro magnifico, digo-o já; que comigo foi (e veio) aos antípodas. Um livro que dá tanto prazer quanto trabalho a ler. Um livro que todos, sem excepção, deveriam ler. Espero a ele voltar

sexta-feira, 28 de março de 2008

Pôr a escrita em noite

O nosso amigo Davi Reis do Caderno de Corda apresenta amanhã 29 de Março, pelas 18 horas, decorrerá, na Fábrica Braço de Prata (Rua da Fábrica de Material de Guerra, n.º 1
diante dos correios do Poço do Bispo) o seu primeiro livro de poesia - 'Pôr a Escrita em Noite'.
O lançamento contará com a presença do declamador João Saramago e da pianista Rita Medina. Sob a chancela da Corpos Editora, o livro terá um preço de venda ao público de 16 euros.

Pôr a escrita em noite

O nosso amigo Davi Reis do Caderno de Corda apresenta amanhã 29 de Março, pelas 18 horas, decorrerá, na Fábrica Braço de Prata (Rua da Fábrica de Material de Guerra, n.º 1
diante dos correios do Poço do Bispo) o seu primeiro livro de poesia - 'Pôr a Escrita em Noite'.
O lançamento contará com a presença do declamador João Saramago e da pianista Rita Medina. Sob a chancela da Corpos Editora, o livro terá um preço de venda ao público de 16 euros.