terça-feira, 31 de julho de 2007

Campo Contra Campo (LXXXII)

…esta semana o nosso céu ficou riquíssimo

Campo Contra Campo (LXXXII)

…esta semana o nosso céu ficou riquíssimo

Electronic body music

Quem? O quê? Como? Porquê?
Dizem que as conversas são como as cerejas. E são mesmo. Nitzer ebb, já ouviram falar? Os mais velhos e destes os que desde cedo gostam de vadiar pelas vielas escuras de Lisboa à noite lembram-se, por certo, daquele nome. Os britânicos Nitzer ebb (link) são provavelmente o nome maior de um subgénero menor de música contemporânea. Já todos ouvimos falar no Industrial ou Industrial mas poucos sabem ao que sabe a explosiva electronic body music (link). Estamos sempre a tempo de ter tempo. É, não é?
Então comecem por provar este clássico gravado ao vivo na cidade do Tango no ano passado. Senhores e senhoras NITZER EBB em Let your body learn.

Electronic body music é terra onde os sintetizadores são Rei, Rainha, Príncipe e Princesa. A electricidade o pão que eles haverão de comer e as palavras facas de lume que cortam o ar pejado de cargas negativas (e positivas, também). Uma festa para as barragens e para as centrais termoeléctricas.
Querem mais Nitzer ebb? Então provem Join in the Chant (link), outro clássico, ou este demente, subversivo, pérfido, politicamente incorrecto e altamente piroso Control im Here (link).
Mas existem coisas verdadeiramente estranhas na electronic body music: Armageddon Dildos. Quééé!?
Exactamente. Divirtam-se.

Anda para ai uma coisa a que chamam new rave. Perdoais-lhes Senhor. Eles não sabem o que ouvem.

Electronic body music

Quem? O quê? Como? Porquê?
Dizem que as conversas são como as cerejas. E são mesmo. Nitzer ebb, já ouviram falar? Os mais velhos e destes os que desde cedo gostam de vadiar pelas vielas escuras de Lisboa à noite lembram-se, por certo, daquele nome. Os britânicos Nitzer ebb (link) são provavelmente o nome maior de um subgénero menor de música contemporânea. Já todos ouvimos falar no Industrial ou Industrial mas poucos sabem ao que sabe a explosiva electronic body music (link). Estamos sempre a tempo de ter tempo. É, não é?
Então comecem por provar este clássico gravado ao vivo na cidade do Tango no ano passado. Senhores e senhoras NITZER EBB em Let your body learn.

Electronic body music é terra onde os sintetizadores são Rei, Rainha, Príncipe e Princesa. A electricidade o pão que eles haverão de comer e as palavras facas de lume que cortam o ar pejado de cargas negativas (e positivas, também). Uma festa para as barragens e para as centrais termoeléctricas.
Querem mais Nitzer ebb? Então provem Join in the Chant (link), outro clássico, ou este demente, subversivo, pérfido, politicamente incorrecto e altamente piroso Control im Here (link).
Mas existem coisas verdadeiramente estranhas na electronic body music: Armageddon Dildos. Quééé!?
Exactamente. Divirtam-se.

Anda para ai uma coisa a que chamam new rave. Perdoais-lhes Senhor. Eles não sabem o que ouvem.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

António José Seguro

A ler: A marques mendização da classe política no Combustões.

António José Seguro

A ler: A marques mendização da classe política no Combustões.

Campo Contra Campo (LXXXI)

Uma nova estrela brilha no nosso céu

Campo Contra Campo (LXXXI)

Uma nova estrela brilha no nosso céu

"rigidez"

Quem não ouviu já dizer que o mercado laboral português é muito rígido? Que se fosse mais fácil despedir seríamos todos mais ricos? Que haveria menos desemprego?
Claro que quem tem essa cassete na boca nunca refere quatro realidades que desmontam inelutavelmente a cartilha dos herdeiros do condicionalismo industrial:
  1. É fácil despedir em Portugal, salvo pequenas excepções e que se prendem, normalmente com o montante da indemnização a que o trabalhador tem direito pela quebra contratual;
  2. Mais de 900 000 portugueseses são trabalhadores por conta de outrem disfarçadas de prestadores de serviços, logo, vivem em absoluta "flexibilidade";
  3. Mais de 100 000 portugueses são trabalhadores temporárias, logo, vivem em absoluta "flexibilidade";
  4. Mais de 600 000 portugueses são trabalhadores com contrato a prazo, logo, vivem em absoluta flexibilidade.
  5. Ora, sendo os trabalhadores por conta de outrem e com contrato sem termo (os "efectivos") mais de 3 000 000, vemos que o emprego precário em Portugal (e logo, flexível) ascende a mais de 50% do emprego total.

"rigidez"

Quem não ouviu já dizer que o mercado laboral português é muito rígido? Que se fosse mais fácil despedir seríamos todos mais ricos? Que haveria menos desemprego?
Claro que quem tem essa cassete na boca nunca refere quatro realidades que desmontam inelutavelmente a cartilha dos herdeiros do condicionalismo industrial:
  1. É fácil despedir em Portugal, salvo pequenas excepções e que se prendem, normalmente com o montante da indemnização a que o trabalhador tem direito pela quebra contratual;
  2. Mais de 900 000 portugueseses são trabalhadores por conta de outrem disfarçadas de prestadores de serviços, logo, vivem em absoluta "flexibilidade";
  3. Mais de 100 000 portugueses são trabalhadores temporárias, logo, vivem em absoluta "flexibilidade";
  4. Mais de 600 000 portugueses são trabalhadores com contrato a prazo, logo, vivem em absoluta flexibilidade.
  5. Ora, sendo os trabalhadores por conta de outrem e com contrato sem termo (os "efectivos") mais de 3 000 000, vemos que o emprego precário em Portugal (e logo, flexível) ascende a mais de 50% do emprego total.

Estação parva? Era bom era

Mergulhados na ilusória moda de que a estação parva é apenas no Verão (Pacheco Pereira chama-lhe 'estação pateta', mas eu dispenso o politicamente correcto) - é como pensar também que o Dia das Mentiras é só no dia 1 de Abril -, não quero ficar de fora da carneirada como ilusoriamente penso que estou fora todo o ano, sobretudo a nível da actualidade e análise informativa.
Assim, aqui vai o meu contributo estival deste comediante cantor açoriano, já que este ano, infelizmente, não prevejo dançar em nenhuma festinha de qualquer terreola portuguesa. (e não mintam, pior figura que os cantores da festa do São ou da Santa qualquer coisa é ir a uma festa destas e não dançar e cantar - o Alberto João Jardim não conta).

So, Watch Mourato of the waves...



É de facto uma pérola (ou um tesourinho como agora se diz) embora muito recente, que vem dessa terra maravilhosa que é o Açores (Azores, para o Manuel Pinho).

Se gostaram, não percam este video, com Comédia de Pé e tudo (chama-se assim para se sair de fininho). No video, pouco antes do 2.º minuto começa o extâse e a partir do 7.º minuto é o encore... When I was a young boy...

Estação parva? Era bom era

Mergulhados na ilusória moda de que a estação parva é apenas no Verão (Pacheco Pereira chama-lhe 'estação pateta', mas eu dispenso o politicamente correcto) - é como pensar também que o Dia das Mentiras é só no dia 1 de Abril -, não quero ficar de fora da carneirada como ilusoriamente penso que estou fora todo o ano, sobretudo a nível da actualidade e análise informativa.
Assim, aqui vai o meu contributo estival deste comediante cantor açoriano, já que este ano, infelizmente, não prevejo dançar em nenhuma festinha de qualquer terreola portuguesa. (e não mintam, pior figura que os cantores da festa do São ou da Santa qualquer coisa é ir a uma festa destas e não dançar e cantar - o Alberto João Jardim não conta).

So, Watch Mourato of the waves...



É de facto uma pérola (ou um tesourinho como agora se diz) embora muito recente, que vem dessa terra maravilhosa que é o Açores (Azores, para o Manuel Pinho).

Se gostaram, não percam este video, com Comédia de Pé e tudo (chama-se assim para se sair de fininho). No video, pouco antes do 2.º minuto começa o extâse e a partir do 7.º minuto é o encore... When I was a young boy...

domingo, 29 de julho de 2007

N MÚSICAS XXVII

"Front Of" (2001) - The Gift

N MÚSICAS XXVII

"Front Of" (2001) - The Gift

CRONOS XVIII

"Touch Me" (1986) - Samantha Fox



Ai aquele rasgão nas nádegas... tinha eu 14 aninhos, não me podem censurar! (Quem for desta geração compreender-me-á)

CRONOS XVIII

"Touch Me" (1986) - Samantha Fox



Ai aquele rasgão nas nádegas... tinha eu 14 aninhos, não me podem censurar! (Quem for desta geração compreender-me-á)

N PUBLICIDADE XII

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Efervescências (III)

Que lua fabulosa está lá fora. Quem terá posto coisa tão linda ali? Inspiradora.

Efervescências (III)

Que lua fabulosa está lá fora. Quem terá posto coisa tão linda ali? Inspiradora.

RTP

Alguém viu a entrevista feita por uma jornalista da RTP a um iraniano?
O iraniano era o quê? Ministro?
Por que estava ela com véu, vestida de preto e com luvas?
A entrevista foi no Irão?

RTP

Alguém viu a entrevista feita por uma jornalista da RTP a um iraniano?
O iraniano era o quê? Ministro?
Por que estava ela com véu, vestida de preto e com luvas?
A entrevista foi no Irão?

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Há Liberdade (LXXIV)


Porque o homem está longe de ser o único animal a amar os desportos de ondas. [Via O Jansenista]

Há Liberdade (LXXIV)


Porque o homem está longe de ser o único animal a amar os desportos de ondas. [Via O Jansenista]

O mercado e a eugenia

Pese embora vivermos num país civilizado e no século XXI, a verdade é que por vezes deparamo-nos com situações perfeitamente aberrantes. Nesta época em que toda a gente tem de ser "gente bonita", todos aqueles que não o são, seja por serem "feios", seja por não estarem na corrente dominante, vão sofrendo silenciosamente um movimento centrífugo, nascido de uma ideia (não confessada, claro!) de eugenia social: só são bons os giros e os normais.

Pois bem, discutindo-se ainda a liberdade dos estabelecimentos no sentido de decidirem se aceitam ou não fumadores nos seus recintos, eis que surge uma notícia que ilustra bem as consequências nefastas de deixar ao mercado decidir quem é e quem não é aceitável para entrar num estabelecimento de porta aberta:


Um grupo de 23 pessoas com deficiência ligeira (física e mental), todas adultas, integrava a colónia de férias da Cooperativa de Solidariedade Social Cercipóvoa, da Póvoa de Santa Iria. Maria João Aires, uma das monitoras que esteve no local, conta como tudo se passou. O grupo chegou ao Hawaii por volta das 23h00 e durante cerca de uma hora divertiu-se, dançou e, segundo a monitora, “interagiu com os outros clientes”. Hora e meia depois um dos funcionários do estabelecimento informou Maria João Aires de que este iria fechar, devido a um problema técnico, convidando-os a pagar e a sair.A monitora confessa ter achado estranho, pois os outros clientes não estariam a ser avisados do mesmo problema.
Decidiu permanecer. Minutos depois é dada indicação de que o bar iria mesmo encerrar. O grupo sai, juntamente com os outros clientes, só que estes permanecem junto à porta, de copo na mão. “Disseram-me que iria fechar e já não voltaria a abrir, mas estavam a pedir aos outros para não se irem embora”, disse ao Correio da Manhã. Maria João Aires decidiu mandar o grupo embora e esconder-se ali perto. O que viu chocou-a: “Automaticamente as portas abriram-se e o bar voltou a funcionar em pleno.” A monitora voltou a aproximar-se do bar para pedir o Livro de Reclamações, mas responderam-lhe que “nem sequer existia”, apesar de uma referência à sua existência na porta do estabelecimento.Chamou então a PSP e foram os agentes da esquadra do Calvário que exigiram o Livro de Reclamações. Este foi novamente recusado pelo funcionário do Hawaii, argumentando que o bar não havia prestado qualquer tipo de serviço ao grupo. Maria João Aires não pensou duas vezes. Sacou do comprovativo da despesa e mostrou-o: 75 euros, relativos a 29 bebidas consumidas. Só nessa altura o livro surgiu. (correio da manhã)

Caros leitores, a partir de agora "Hawaii" só o arquipélago!

O mercado e a eugenia

Pese embora vivermos num país civilizado e no século XXI, a verdade é que por vezes deparamo-nos com situações perfeitamente aberrantes. Nesta época em que toda a gente tem de ser "gente bonita", todos aqueles que não o são, seja por serem "feios", seja por não estarem na corrente dominante, vão sofrendo silenciosamente um movimento centrífugo, nascido de uma ideia (não confessada, claro!) de eugenia social: só são bons os giros e os normais.

Pois bem, discutindo-se ainda a liberdade dos estabelecimentos no sentido de decidirem se aceitam ou não fumadores nos seus recintos, eis que surge uma notícia que ilustra bem as consequências nefastas de deixar ao mercado decidir quem é e quem não é aceitável para entrar num estabelecimento de porta aberta:


Um grupo de 23 pessoas com deficiência ligeira (física e mental), todas adultas, integrava a colónia de férias da Cooperativa de Solidariedade Social Cercipóvoa, da Póvoa de Santa Iria. Maria João Aires, uma das monitoras que esteve no local, conta como tudo se passou. O grupo chegou ao Hawaii por volta das 23h00 e durante cerca de uma hora divertiu-se, dançou e, segundo a monitora, “interagiu com os outros clientes”. Hora e meia depois um dos funcionários do estabelecimento informou Maria João Aires de que este iria fechar, devido a um problema técnico, convidando-os a pagar e a sair.A monitora confessa ter achado estranho, pois os outros clientes não estariam a ser avisados do mesmo problema.
Decidiu permanecer. Minutos depois é dada indicação de que o bar iria mesmo encerrar. O grupo sai, juntamente com os outros clientes, só que estes permanecem junto à porta, de copo na mão. “Disseram-me que iria fechar e já não voltaria a abrir, mas estavam a pedir aos outros para não se irem embora”, disse ao Correio da Manhã. Maria João Aires decidiu mandar o grupo embora e esconder-se ali perto. O que viu chocou-a: “Automaticamente as portas abriram-se e o bar voltou a funcionar em pleno.” A monitora voltou a aproximar-se do bar para pedir o Livro de Reclamações, mas responderam-lhe que “nem sequer existia”, apesar de uma referência à sua existência na porta do estabelecimento.Chamou então a PSP e foram os agentes da esquadra do Calvário que exigiram o Livro de Reclamações. Este foi novamente recusado pelo funcionário do Hawaii, argumentando que o bar não havia prestado qualquer tipo de serviço ao grupo. Maria João Aires não pensou duas vezes. Sacou do comprovativo da despesa e mostrou-o: 75 euros, relativos a 29 bebidas consumidas. Só nessa altura o livro surgiu. (correio da manhã)

Caros leitores, a partir de agora "Hawaii" só o arquipélago!

Que pasmaceira…

Como já alguém se deve ter queixado por essa blogosfera fora isto “está um saco”, como diria o brasileiro. Tenho saudades dos Marios Linos desta vida e ainda não chegámos a Agosto. Voltem rapazes. Estão todos perdoados. Animem a malta. Pois é isso que faz falta.

Que pasmaceira…

Como já alguém se deve ter queixado por essa blogosfera fora isto “está um saco”, como diria o brasileiro. Tenho saudades dos Marios Linos desta vida e ainda não chegámos a Agosto. Voltem rapazes. Estão todos perdoados. Animem a malta. Pois é isso que faz falta.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

O “pesadelo horrível” está prestes a concretizar-se III

Agora que Simão se foi...
Deixem jogar o Mantorras!!!

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O “pesadelo horrível” está prestes a concretizar-se III

Agora que Simão se foi...
Deixem jogar o Mantorras!!!

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O “pesadelo horrível” está prestes a concretizar-se II

Esclareçam-me, por favor:
20 milhões de euros + «direito de opção sobre a contratação de dois atletas» (sic) do Atlético de Madrid não é a mesma coisa que 20 milhões de euros + dois atletas do Atlético de Madrid, pois não?
E já agora, 20 milhões de euros + «direito de opção sobre a contratação de dois atletas» (sic) do Atlético de Madrid não é a mesma coisa que 25 milhões de euros, pois não?...

O “pesadelo horrível” está prestes a concretizar-se II

Esclareçam-me, por favor:
20 milhões de euros + «direito de opção sobre a contratação de dois atletas» (sic) do Atlético de Madrid não é a mesma coisa que 20 milhões de euros + dois atletas do Atlético de Madrid, pois não?
E já agora, 20 milhões de euros + «direito de opção sobre a contratação de dois atletas» (sic) do Atlético de Madrid não é a mesma coisa que 25 milhões de euros, pois não?...

Nesta altura era tudo mais simples IV

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Nesta altura era tudo mais simples IV

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É só ignorância?

Os militantes do PSD devem estar estarrecidos. A propósito do arquivamento do "caso Charrua", decidido pela Ministra da Educação, Marques Mendes afirmou (perante o facto de Margarida Moreira continuar na DREN), que Maria de Lurdes Rodrigues tinha tomado uma «decisão salomónica, querendo agradar a gregos e troianos».
Como Marques Mendes se referiu de forma miseravelmente errada à sabedoria de Salomão, dando-lhe o sentido exactamente inverso da verdade, aqui vai a descrição do episódio bíblico me causa:

Sabedoria de Salomão (I Reis, 3)
16 Então duas prostitutas apresentaram-se diante do rei.
17 Uma delas disse-lhe: «Por favor, meu senhor, eu e esta mulher moramos na mesma casa, e eu dei à luz um filho, estando ela em casa.
18 Três dias após o meu parto, ela também deu à luz. Vivíamos juntas, sem que mais ninguém morasse ali; só lá estávamos nós as duas.
19 Numa noite o filho desta mulher morreu, abafado por ela, que dormia sobre ele.
20 Em plena noite ela levantou-se, enquanto a tua serva dormia, tomou de junto de mim o meu filho e deitou-o a seu lado; o seu filho, o morto, passou-o para junto de mim.
21 Ao levantar-me de manhã para dar de mamar ao meu filho dei com ele morto. Quando se fez dia, examinando bem, vi que aquele não era o meu filho.»
22 A outra disse-lhe: «Não é assim; o meu filho é o que está vivo; o morto é que é o teu.» Aquela, por sua vez, dizia: «Não! O teu filho é o morto; o vivo é que é meu.» Assim falavam elas diante do rei.
23 O rei disse então: «Esta diz: 'O meu filho é o vivo; o morto é teu.' Aquela, por sua vez, diz: 'Não! O teu filho é o morto; o vivo é que é o meu.'»
24 Salomão ordenou: «Trazei-me uma espada.» E trouxeram uma espada ao rei.
25 Disse: «Cortai o menino vivo em dois e dai a cada uma a sua metade.»
26 Então a mãe, a quem pertencia o filho vivo, e cujas entranhas, por causa do filho, estavam comovidas, disse ao rei: «Por favor, meu senhor, dai-lhe a ela o menino vivo! Não o mateis!» A outra, pelo contrário, dizia: «Cortai-o em dois! Assim, nem será para mim nem para ti!»
27 Foi então que o rei tomou a palavra e disse: «Dai o menino vivo à primeira; não o mateis; ela é que é a sua mãe.»
28 Em todo o Israel se ouviu a sentença proferida pelo rei e todos o temiam, pois viram que havia nele uma sabedoria divina para fazer justiça.

É só ignorância?

Os militantes do PSD devem estar estarrecidos. A propósito do arquivamento do "caso Charrua", decidido pela Ministra da Educação, Marques Mendes afirmou (perante o facto de Margarida Moreira continuar na DREN), que Maria de Lurdes Rodrigues tinha tomado uma «decisão salomónica, querendo agradar a gregos e troianos».
Como Marques Mendes se referiu de forma miseravelmente errada à sabedoria de Salomão, dando-lhe o sentido exactamente inverso da verdade, aqui vai a descrição do episódio bíblico me causa:

Sabedoria de Salomão (I Reis, 3)
16 Então duas prostitutas apresentaram-se diante do rei.
17 Uma delas disse-lhe: «Por favor, meu senhor, eu e esta mulher moramos na mesma casa, e eu dei à luz um filho, estando ela em casa.
18 Três dias após o meu parto, ela também deu à luz. Vivíamos juntas, sem que mais ninguém morasse ali; só lá estávamos nós as duas.
19 Numa noite o filho desta mulher morreu, abafado por ela, que dormia sobre ele.
20 Em plena noite ela levantou-se, enquanto a tua serva dormia, tomou de junto de mim o meu filho e deitou-o a seu lado; o seu filho, o morto, passou-o para junto de mim.
21 Ao levantar-me de manhã para dar de mamar ao meu filho dei com ele morto. Quando se fez dia, examinando bem, vi que aquele não era o meu filho.»
22 A outra disse-lhe: «Não é assim; o meu filho é o que está vivo; o morto é que é o teu.» Aquela, por sua vez, dizia: «Não! O teu filho é o morto; o vivo é que é meu.» Assim falavam elas diante do rei.
23 O rei disse então: «Esta diz: 'O meu filho é o vivo; o morto é teu.' Aquela, por sua vez, diz: 'Não! O teu filho é o morto; o vivo é que é o meu.'»
24 Salomão ordenou: «Trazei-me uma espada.» E trouxeram uma espada ao rei.
25 Disse: «Cortai o menino vivo em dois e dai a cada uma a sua metade.»
26 Então a mãe, a quem pertencia o filho vivo, e cujas entranhas, por causa do filho, estavam comovidas, disse ao rei: «Por favor, meu senhor, dai-lhe a ela o menino vivo! Não o mateis!» A outra, pelo contrário, dizia: «Cortai-o em dois! Assim, nem será para mim nem para ti!»
27 Foi então que o rei tomou a palavra e disse: «Dai o menino vivo à primeira; não o mateis; ela é que é a sua mãe.»
28 Em todo o Israel se ouviu a sentença proferida pelo rei e todos o temiam, pois viram que havia nele uma sabedoria divina para fazer justiça.

Parir e cerzir

Às vezes há pessoas que se interrogam sobre as diferenças entre esquerda e direita, e há outras que pretendem mesmo que essas diferenças já não existem.
Porém, há sempre gente pronta a recordar o mundo que as diferenças existem e são substanciais.
Só mesmo a direita para afirmar que «a função das mulheres é a da procriação».

Parir e cerzir

Às vezes há pessoas que se interrogam sobre as diferenças entre esquerda e direita, e há outras que pretendem mesmo que essas diferenças já não existem.
Porém, há sempre gente pronta a recordar o mundo que as diferenças existem e são substanciais.
Só mesmo a direita para afirmar que «a função das mulheres é a da procriação».

Não há coincidências

Ah, olha, que coincidência, curioso, não é? por Henrique Burnay no 31.
Magnânima subtileza por Jorge Ferreira no Tomar Partido.

Não há coincidências

Ah, olha, que coincidência, curioso, não é? por Henrique Burnay no 31.
Magnânima subtileza por Jorge Ferreira no Tomar Partido.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

O “pesadelo horrível” está prestes a concretizar-se


É uma manhã noticiosa aziaga.
Os curtos quarenta cinco minutos jogados em Cluj na Roménia não auguravam nada de bom. Qual a necessidade de fazer rodar Coentrão no lugar de Simão tão cedo?
Naturalmente, os inimigos rejubilam. Mas segundo A Bola o negocio pode não ter sido tão mau quanto isso: (...) a SAD encarnada irá receber 20 milhões de euros mais dois jogadores. A vontade do jogador era sair, o Benfica respeitou essa decisão. No total, a operação acaba por ultrapassar os 25 milhões da cláusula indemnizatória, valor desde sempre exigido pelos encarnados para autorizar a transferência.

O “pesadelo horrível” está prestes a concretizar-se


É uma manhã noticiosa aziaga.
Os curtos quarenta cinco minutos jogados em Cluj na Roménia não auguravam nada de bom. Qual a necessidade de fazer rodar Coentrão no lugar de Simão tão cedo?
Naturalmente, os inimigos rejubilam. Mas segundo A Bola o negocio pode não ter sido tão mau quanto isso: (...) a SAD encarnada irá receber 20 milhões de euros mais dois jogadores. A vontade do jogador era sair, o Benfica respeitou essa decisão. No total, a operação acaba por ultrapassar os 25 milhões da cláusula indemnizatória, valor desde sempre exigido pelos encarnados para autorizar a transferência.

Tratado do Cacém

Via Tugir (link) chego a esta (link) notícia com barbas, brancas. Sócrates e Barroso, em vez de se preocuparem (ou pelo menos dar ideia que estão preocupados) com o conteúdo do novo Tratado Europeu, entretêm-se com mesquinhices próprias de varinas.
Com as minhas havaianas calçadas, também me apetece entrar na liça. Assim, para promover esse verdadeiro desígnio nacional de inspiração Socrática denominado Polis e embuido de um verdadeiro espírito positivo e conciliador, venho por este meio propor que o novo Tratado Europeu leve a designação da bonita terra do Cacém que fica, mais coisa menos coisa, a meio caminho entre Lisboa e Sintra.
Viva, pois, o Tratado do Cacém.

Tratado do Cacém

Via Tugir (link) chego a esta (link) notícia com barbas, brancas. Sócrates e Barroso, em vez de se preocuparem (ou pelo menos dar ideia que estão preocupados) com o conteúdo do novo Tratado Europeu, entretêm-se com mesquinhices próprias de varinas.
Com as minhas havaianas calçadas, também me apetece entrar na liça. Assim, para promover esse verdadeiro desígnio nacional de inspiração Socrática denominado Polis e embuido de um verdadeiro espírito positivo e conciliador, venho por este meio propor que o novo Tratado Europeu leve a designação da bonita terra do Cacém que fica, mais coisa menos coisa, a meio caminho entre Lisboa e Sintra.
Viva, pois, o Tratado do Cacém.

Porque visto é muito pior que lido



Já foi há quase quarenta oito horas, é certo – e nos dia que correm tal significa que foi há muito, muito tempo. Mas esta peça jornalística é espantosa. É democracia. É liberdade. Merece ser vista e analisada. Com atenção. [O que eu queria de facto dizer é que somos governados por um bando de facínoras e fantoches que tentam fazer de nós palhaços do circo que eles próprio montam, mas acho que já disse varias vezes e dize-lo de novo podia dar azo a uma qualquer acusação de perseguição. E eu não persigo primeiros ministros – acho eu!]

Porque visto é muito pior que lido



Já foi há quase quarenta oito horas, é certo – e nos dia que correm tal significa que foi há muito, muito tempo. Mas esta peça jornalística é espantosa. É democracia. É liberdade. Merece ser vista e analisada. Com atenção. [O que eu queria de facto dizer é que somos governados por um bando de facínoras e fantoches que tentam fazer de nós palhaços do circo que eles próprio montam, mas acho que já disse varias vezes e dize-lo de novo podia dar azo a uma qualquer acusação de perseguição. E eu não persigo primeiros ministros – acho eu!]

Efervescências (II) - Rhain Davis, a primeira contratação de um jogador(?) de futebol via you tube

Mais borbulhas no ar. Um delicioso conto da época que vem escrito na edição on-line da "bíblia" (link) de qualquer lampião digno desse "nome": O Manchester United reforçou hoje as camadas jovens ao contratar um menino britânico de 9 anos, depois de ter visionado um vídeo seu no conhecido site YouTube. Um familiar do menino colocou na internet um vídeo com o jovem britânico a jogar e isso não passou despercebido aos olheiros dos reds. Assim o Manchester United contactou a mãe de Rhain Davis e convenceu a senhora a contratar o jovem fenómeno que assim passa a fazer parte das escolas do clube britânico. Por favor, espantem-se:

Efervescências (II) - Rhain Davis, a primeira contratação de um jogador(?) de futebol via you tube

Mais borbulhas no ar. Um delicioso conto da época que vem escrito na edição on-line da "bíblia" (link) de qualquer lampião digno desse "nome": O Manchester United reforçou hoje as camadas jovens ao contratar um menino britânico de 9 anos, depois de ter visionado um vídeo seu no conhecido site YouTube. Um familiar do menino colocou na internet um vídeo com o jovem britânico a jogar e isso não passou despercebido aos olheiros dos reds. Assim o Manchester United contactou a mãe de Rhain Davis e convenceu a senhora a contratar o jovem fenómeno que assim passa a fazer parte das escolas do clube britânico. Por favor, espantem-se:

terça-feira, 24 de julho de 2007

Nesta altura era tudo mais simples III


Atlantis Lyrics

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Nesta altura era tudo mais simples III


Atlantis Lyrics

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Um pouco mais de ar!

O processo disciplinar instaurado a Fernando Charrua foi arquivado pela ministra da Educação, que decidiu não aplicar qualquer sanção ao professor por considerar que o comentário jocoso que fez à licenciatura do primeiro-ministro se enquadra no direito à opinião, defendendo Maria de Lurdes Rodrigues que «a aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente inaceitável».

Um pouco mais de ar!

O processo disciplinar instaurado a Fernando Charrua foi arquivado pela ministra da Educação, que decidiu não aplicar qualquer sanção ao professor por considerar que o comentário jocoso que fez à licenciatura do primeiro-ministro se enquadra no direito à opinião, defendendo Maria de Lurdes Rodrigues que «a aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente inaceitável».

Quixotismos

Miré los muros de la patria mía,
si un tiempo fuertes ya desmoronados
de la carrera de la edad cansados
por quien caduca ya su valentía.

Salíme al campo: vi que el sol bebía
los arroyos del hielo desatados,
y del monte quejosos los ganados
que con sombras hurtó su luz al día.

Entré en mi casa: vi que amancillada
de anciana habitación era despojos,
mi báculo más corvo y menos fuerte.

Vencida de la edad sentí mi espada,
y no hallé cosa en que poner los ojos
que no fuese recuerdo de la muerte.

Francisco de Quevedo y Villegas (1580-1645)

Quixotismos

Miré los muros de la patria mía,
si un tiempo fuertes ya desmoronados
de la carrera de la edad cansados
por quien caduca ya su valentía.

Salíme al campo: vi que el sol bebía
los arroyos del hielo desatados,
y del monte quejosos los ganados
que con sombras hurtó su luz al día.

Entré en mi casa: vi que amancillada
de anciana habitación era despojos,
mi báculo más corvo y menos fuerte.

Vencida de la edad sentí mi espada,
y no hallé cosa en que poner los ojos
que no fuese recuerdo de la muerte.

Francisco de Quevedo y Villegas (1580-1645)

E vocês sabem assobiar?

Se não sabem não se preocupem. Peter Björn & John com a ajuda de Victoria Bergsman ensinam-vos. Basta que tenham vontade de aprender. Que tal começar por aqui: Peter quem?
Peter Bjorn & John são uns rapazolas que vêm do frio – vale a pena um salto ao seu local na rede (link) - para aquecer as nossas noites geladas com a música mais inspiradora dos últimos tempos. De certeza que já a ouviram, algures na rádio ou na tv. Os senhores da Optimus, espertos que nem uns alhos, escolheram esta suave melodia para uma das suas campanhas de verão. Novos amigos, velhos amigos. E o verão que nunca mais chega…
Divirtam-se


PS: A respectiva vénia ao Tiago do Kontratempos que parece ter sido muito mais eficaz que eu no papel de servidor público. É que ainda perdi uns minutos às voltas com o Tube e o Tiago parece ter lá ido à primeira.

E vocês sabem assobiar?

Se não sabem não se preocupem. Peter Björn & John com a ajuda de Victoria Bergsman ensinam-vos. Basta que tenham vontade de aprender. Que tal começar por aqui: Peter quem?
Peter Bjorn & John são uns rapazolas que vêm do frio – vale a pena um salto ao seu local na rede (link) - para aquecer as nossas noites geladas com a música mais inspiradora dos últimos tempos. De certeza que já a ouviram, algures na rádio ou na tv. Os senhores da Optimus, espertos que nem uns alhos, escolheram esta suave melodia para uma das suas campanhas de verão. Novos amigos, velhos amigos. E o verão que nunca mais chega…
Divirtam-se


PS: A respectiva vénia ao Tiago do Kontratempos que parece ter sido muito mais eficaz que eu no papel de servidor público. É que ainda perdi uns minutos às voltas com o Tube e o Tiago parece ter lá ido à primeira.

Filhos e enteados

Aquelas explicações do modus operandi do ladrão espanhol de bancos não configuram violação do segredo de justiça?

Filhos e enteados

Aquelas explicações do modus operandi do ladrão espanhol de bancos não configuram violação do segredo de justiça?

Jornalista "apanhado"?

O Correio da Manhã, sempre muito atento aos pormenores sórdidos e rocambolescos que as escuta telefónicas vão proporcionado, conta-nos hoje uma história deliciosa: António Tavares-Teles, jornalista de ‘O Jogo’ e autor da crónica semanal naquele diário intitulada ‘O Pato’, foi apanhado nas escutas telefónicas do ‘Apito Dourado’ a combinar um texto com Pinto da Costa, que iria ser publicado no dia seguinte no jornal desportivo. A conversa foi interceptada a 28 de Novembro de 2003 e foi o jornalista que contactou o dirigente desportivo. Vale a pena ler a noticia toda, aqui (link).

Jornalista "apanhado"?

O Correio da Manhã, sempre muito atento aos pormenores sórdidos e rocambolescos que as escuta telefónicas vão proporcionado, conta-nos hoje uma história deliciosa: António Tavares-Teles, jornalista de ‘O Jogo’ e autor da crónica semanal naquele diário intitulada ‘O Pato’, foi apanhado nas escutas telefónicas do ‘Apito Dourado’ a combinar um texto com Pinto da Costa, que iria ser publicado no dia seguinte no jornal desportivo. A conversa foi interceptada a 28 de Novembro de 2003 e foi o jornalista que contactou o dirigente desportivo. Vale a pena ler a noticia toda, aqui (link).

Está mesmo aqui ao lado

O senhor Luís (Novaes Tito) está a preparar a abertura de uma barbearia que anseia afirmar-se como SPA. Faz bem o Luís. Com esta humidade toda, estamos todos a precisar de tratar os ossos. E as carnes, também.

Está mesmo aqui ao lado

O senhor Luís (Novaes Tito) está a preparar a abertura de uma barbearia que anseia afirmar-se como SPA. Faz bem o Luís. Com esta humidade toda, estamos todos a precisar de tratar os ossos. E as carnes, também.

Template de novo em forma

O grito de William Wallace foi tão forte que constipou o template deste blog. Já passou.

Template de novo em forma

O grito de William Wallace foi tão forte que constipou o template deste blog. Já passou.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Está na altura da Madeira voltar a ser uma autarquia IV

O secretário regional de saúde da Madeira, em reacção à intenção do Governo de enviar clínicos do Continente para assegurar a realização de abortos, disse que isso era «uma ingerência nos assuntos regionais».

Está na altura da Madeira voltar a ser uma autarquia IV

O secretário regional de saúde da Madeira, em reacção à intenção do Governo de enviar clínicos do Continente para assegurar a realização de abortos, disse que isso era «uma ingerência nos assuntos regionais».

! Eu não blogo muito, a sério!

...estou dias sem blogar, sou capaz de não pensar nisso durante muito tempo. Bloguistas Anónimos?! Até a foto tenho no blogue!

65%How Addicted to Blogging Are You?

Free Online Dating from Mingle2



Vou recorrer deste teste. Não senti nenhuma pica e nem sequer fui ao balão.

(estamos na estação parva, peço desculpa)

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Vou recorrer deste teste. Não senti nenhuma pica e nem sequer fui ao balão.

(estamos na estação parva, peço desculpa)

Coisas que um gajo deve saber

Antigamente previa-se o tempo que faria olhando o céu e o comportamento das aves. Hoje, pelo menos em Lisboa, sempre que os aviões levantam pelo lado Sul (na direcção da Av. do Brasil), já se sabe: choverá no dia seguinte.
Não falha!

Coisas que um gajo deve saber

Antigamente previa-se o tempo que faria olhando o céu e o comportamento das aves. Hoje, pelo menos em Lisboa, sempre que os aviões levantam pelo lado Sul (na direcção da Av. do Brasil), já se sabe: choverá no dia seguinte.
Não falha!

Passatempo: descubra as diferenças

Bangladesh?


Filipinas?
Vale do Tejo?
Ou o primeiro mundo da Grã-bretanha?

Passatempo: descubra as diferenças

Bangladesh?


Filipinas?
Vale do Tejo?
Ou o primeiro mundo da Grã-bretanha?

Já comigo o resultado foi este:

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Verdades que doem

«Um país que persegue nas praias os vendedores de bolos, enquanto nas falésias se alinham os mais monstruosos projectos urbanísticos saídos da mente humana.»
A não perder, a crónica de Helena Matos, hoje no Público

Verdades que doem

«Um país que persegue nas praias os vendedores de bolos, enquanto nas falésias se alinham os mais monstruosos projectos urbanísticos saídos da mente humana.»
A não perder, a crónica de Helena Matos, hoje no Público

Muito bourbon...

A liberdade em Espanha tomou muito bourbon, e - como se sabe - há etilizados que se tornam um tanto ou quanto violentos. Assim, não surpreende a reacção da Coroa de Espanha, que debalde tentou retirar de circulação uma edição da revista "Jueves" que apresenta Filipe e a ex-divorciada Letícia em plena cópula.
Porém, desconfio que a razão da censura desta edição não é o cartoon, mas sim a conversa entre o casal. É que face aos incentivos à natalidade que Zapatero levou a cabo, Filipe diz:
«- se ficares grávida, isto vai ser o mais parecido com "trabalhar" que fiz em toda a minha vida».
Aqui fica o cartoon:

Muito bourbon...

A liberdade em Espanha tomou muito bourbon, e - como se sabe - há etilizados que se tornam um tanto ou quanto violentos. Assim, não surpreende a reacção da Coroa de Espanha, que debalde tentou retirar de circulação uma edição da revista "Jueves" que apresenta Filipe e a ex-divorciada Letícia em plena cópula.
Porém, desconfio que a razão da censura desta edição não é o cartoon, mas sim a conversa entre o casal. É que face aos incentivos à natalidade que Zapatero levou a cabo, Filipe diz:
«- se ficares grávida, isto vai ser o mais parecido com "trabalhar" que fiz em toda a minha vida».
Aqui fica o cartoon:

Eu já desconfiava…

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Um retrato verdadeiramente medonho...

...e um post (link) absolutamente a não perder.

Um retrato verdadeiramente medonho...

...e um post (link) absolutamente a não perder.

domingo, 22 de julho de 2007

Efervescências (I) - o terceiro mamilo da menina Lilly Allen

Eu avisei: cá vai gasosa.
Corre por essa rede fora um novo hype. A estrela (cadente?) Lilly Allen não só decidiu afirmar que tinha um terceiro mamilo como decidiu mostrar ao mundo a coisa. Resta dizer que a jovem está quase, quase a actuar pela primeira vez em Portugal. Lá mais para Sul.

Efervescências (I) - o terceiro mamilo da menina Lilly Allen

Eu avisei: cá vai gasosa.
Corre por essa rede fora um novo hype. A estrela (cadente?) Lilly Allen não só decidiu afirmar que tinha um terceiro mamilo como decidiu mostrar ao mundo a coisa. Resta dizer que a jovem está quase, quase a actuar pela primeira vez em Portugal. Lá mais para Sul.

Acabado de chegar...

... da Sertã, Beira Baixa, onde ontem à noite, por força do aquecimento global, rapei um frio valente (10º C) em pleno Verão...

Acabado de chegar...

... da Sertã, Beira Baixa, onde ontem à noite, por força do aquecimento global, rapei um frio valente (10º C) em pleno Verão...

sábado, 21 de julho de 2007

Estará o mundo preparado para isto?

Parece impossível mas é verdade.
A banda larga chegou, enfim, cá a casa. E não foi o Pai Natal nem sequer as três amigas que a deixaram na caixa do correio. Foram estes senhores da Suécia (link) - entretanto comprados pelo Ti Belmiro - que me entregaram a encomenda. Passada a fase de testes e adaptação passou igualmente a fase da histeria (coisa afinal ainda possível, embora por breves momentos, aos 35 anitos). Após o barulho das luzes verifico que o serviço podia ser bem melhor (eu pelo menos esperava bem, bem melhor). A ligação, por vezes, cai com uma frequência incrível o que para alem de fazer perder tempo precioso irrita a paciência (até) de um santo - o que não é evidentemente o caso.
É altura de começar a queixar-me de outra coisa. E já tenho alvo definido. Chama-se RAM. E não me deixa ver os vídeos dos Arcade Fire no Tube em condições dignas. O que faz incrementar a má disposição.
Ainda assim há que manter o espirito: agora é que vai ser!
Para grande irritação (suponho…) dos meus caros amigos e co-autores deste blogue, temo que com a habituação aos pseudo dois megas, as minhas postagens se tornem mais (ainda mais!?) espontâneas, que é o termo mais agradável que encontro para designar efervescência - coisa gasosa, com muito gás!
O que importa mesmo é que ao arrepio do país, o choque tecnológico, por aqui, mantém o ritmo e por bom caminho segue. Até porque ao contrario do boçal (uma pessoa que fala daquela forma num parlamento à oposição, batendo com a mão no tampo da mesa é boçal, não é?) que é o Primeiro Ministro eu preciso de receber lições. E não são poucas…
Até já!

Estará o mundo preparado para isto?

Parece impossível mas é verdade.
A banda larga chegou, enfim, cá a casa. E não foi o Pai Natal nem sequer as três amigas que a deixaram na caixa do correio. Foram estes senhores da Suécia (link) - entretanto comprados pelo Ti Belmiro - que me entregaram a encomenda. Passada a fase de testes e adaptação passou igualmente a fase da histeria (coisa afinal ainda possível, embora por breves momentos, aos 35 anitos). Após o barulho das luzes verifico que o serviço podia ser bem melhor (eu pelo menos esperava bem, bem melhor). A ligação, por vezes, cai com uma frequência incrível o que para alem de fazer perder tempo precioso irrita a paciência (até) de um santo - o que não é evidentemente o caso.
É altura de começar a queixar-me de outra coisa. E já tenho alvo definido. Chama-se RAM. E não me deixa ver os vídeos dos Arcade Fire no Tube em condições dignas. O que faz incrementar a má disposição.
Ainda assim há que manter o espirito: agora é que vai ser!
Para grande irritação (suponho…) dos meus caros amigos e co-autores deste blogue, temo que com a habituação aos pseudo dois megas, as minhas postagens se tornem mais (ainda mais!?) espontâneas, que é o termo mais agradável que encontro para designar efervescência - coisa gasosa, com muito gás!
O que importa mesmo é que ao arrepio do país, o choque tecnológico, por aqui, mantém o ritmo e por bom caminho segue. Até porque ao contrario do boçal (uma pessoa que fala daquela forma num parlamento à oposição, batendo com a mão no tampo da mesa é boçal, não é?) que é o Primeiro Ministro eu preciso de receber lições. E não são poucas…
Até já!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Há Liberdade (LXXIII)

wating_por_nunes_de_freitas
Waiting por Nunes de Freitas

Há Liberdade (LXXIII)

wating_por_nunes_de_freitas
Waiting por Nunes de Freitas

É como queijo numa ratoeira

Demagogia feita à maneira, explicada por Deus, aqui, aqui e aqui.

É como queijo numa ratoeira

Demagogia feita à maneira, explicada por Deus, aqui, aqui e aqui.

Garras de fora

As confederações patronais pretendem que venha a ser possível o despedimento por motivos políticos ou ideológicos, defendendo por isso o fim do artigo da Constituição que impede esta possibilidade. Em comunicado, estas confederações defendem ainda a limitação da greve aos interesses colectivos profissionais. (TSF)
Estes senhores parecem esquecer-se que o caminho mais rápido para o comunismo é esse capitalismo que parecem querer ressuscitar... não aprendem!

Garras de fora

As confederações patronais pretendem que venha a ser possível o despedimento por motivos políticos ou ideológicos, defendendo por isso o fim do artigo da Constituição que impede esta possibilidade. Em comunicado, estas confederações defendem ainda a limitação da greve aos interesses colectivos profissionais. (TSF)
Estes senhores parecem esquecer-se que o caminho mais rápido para o comunismo é esse capitalismo que parecem querer ressuscitar... não aprendem!

N MÚSICAS XXVI

"Littlest Things" - Lily Allen

N MÚSICAS XXVI

"Littlest Things" - Lily Allen

Esmeralda baça

Via Bloguítica desenterro o "machado de guerra" do caso "Esmeralda", e fico a saber que tem valido tudo para o casal de sequestradores, na sua sanha de denegrir a imagem do pai da criança, Baltazar Nunes:
Depois de sairem notícias sobre a inquietação e ansiedade da criança antes das visitas do seu pai, agora inventou-se um inexistente caso de abuso de menores.
Não sei porquê, mas não me surpreendem estas tácticas...

Esmeralda baça

Via Bloguítica desenterro o "machado de guerra" do caso "Esmeralda", e fico a saber que tem valido tudo para o casal de sequestradores, na sua sanha de denegrir a imagem do pai da criança, Baltazar Nunes:
Depois de sairem notícias sobre a inquietação e ansiedade da criança antes das visitas do seu pai, agora inventou-se um inexistente caso de abuso de menores.
Não sei porquê, mas não me surpreendem estas tácticas...

quinta-feira, 19 de julho de 2007

N ARIANES IV

Cena de Steiner (Alain Cuny) no filme "La Dolce Vita" (1960) - de Federico Fellini




«Qualche volta, la notte, quest'oscurità, questo silenzio, mi pesano.
E' la pace che mi fa paura. Temo la pace più di ogni altra cosa:
mi sembra che sia soltanto un'apparenza , e nasconda l'inferno.
Pensa a cosa vedranno i miei figli domani...
Il mondo sarà meraviglioso, dicono. Ma da che punto di vista, se basta uno squillo di telefono ad annunciare la fine di tutto?
Bisogna di vivere fuore dalle passione e altri sentimenti nell'armonia che c'è nell'opera d'arte reuscita, in quell'ordino incantato.
Vodremmo riuscire al amarci tanto, da vivere fuore del tempo, distacati...
distacati.»

«De quando em quando, pela noite, a escuridão e o silêncio sobrepesa-me.
E a paz, que me faz ter medo. Receio a paz mais do que outra coisa. Sinto que seja somente uma aparência, que esconda o Inferno.
Pensar que futuro resta aos meus filhos; o mundo será maravilhoso, dizem. Mas de que prespectiva, se basta uma chamada de telefone a anunciar o fim de tudo?
Necessitamos de viver para além da paixão e de outros sentimentos, qual uma obra de arte de encantamento... Queremos tanto suceder ao amar-nos tanto, de viver fora do tempo, marginalizados... marginalizados.» (trad.livre minha)


Steiner fala por todos nós neste filme lindíssimo com diálogos e monólogos fascinantes. E se alguém sente que ainda não fala, talvez seja sinal de algum medo de existir.
Se não viram o filme, não o percam. Esta passagem marcou-me bastante. E já lá vão quase 20 anos.

N ARIANES IV

Cena de Steiner (Alain Cuny) no filme "La Dolce Vita" (1960) - de Federico Fellini




«Qualche volta, la notte, quest'oscurità, questo silenzio, mi pesano.
E' la pace che mi fa paura. Temo la pace più di ogni altra cosa:
mi sembra che sia soltanto un'apparenza , e nasconda l'inferno.
Pensa a cosa vedranno i miei figli domani...
Il mondo sarà meraviglioso, dicono. Ma da che punto di vista, se basta uno squillo di telefono ad annunciare la fine di tutto?
Bisogna di vivere fuore dalle passione e altri sentimenti nell'armonia che c'è nell'opera d'arte reuscita, in quell'ordino incantato.
Vodremmo riuscire al amarci tanto, da vivere fuore del tempo, distacati...
distacati.»

«De quando em quando, pela noite, a escuridão e o silêncio sobrepesa-me.
E a paz, que me faz ter medo. Receio a paz mais do que outra coisa. Sinto que seja somente uma aparência, que esconda o Inferno.
Pensar que futuro resta aos meus filhos; o mundo será maravilhoso, dizem. Mas de que prespectiva, se basta uma chamada de telefone a anunciar o fim de tudo?
Necessitamos de viver para além da paixão e de outros sentimentos, qual uma obra de arte de encantamento... Queremos tanto suceder ao amar-nos tanto, de viver fora do tempo, marginalizados... marginalizados.» (trad.livre minha)


Steiner fala por todos nós neste filme lindíssimo com diálogos e monólogos fascinantes. E se alguém sente que ainda não fala, talvez seja sinal de algum medo de existir.
Se não viram o filme, não o percam. Esta passagem marcou-me bastante. E já lá vão quase 20 anos.

N MÚSICAS XXV

"Lips Are Unhappy" (2007) - Lucky Soul



"Add Your Light To Mine Baby" (2007) - Lucky Soul

N MÚSICAS XXV

"Lips Are Unhappy" (2007) - Lucky Soul



"Add Your Light To Mine Baby" (2007) - Lucky Soul

Foi actualizado…

…o post Ainda o B.Leza.

Foi actualizado…

…o post Ainda o B.Leza.

Nesta altura era tudo mais simples II

Nini dos meus quinze anos
Paulo de Carvalho
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Chamava-se Nini
Vestia de organdi
E dançava (dançava)
Dançava só pra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava (olhava)
---
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Que lá no baile não havia outro igual
E eu ia para o bar
Beber e suspirar
Pensar que tanto amor ainda acabava mal
---
Batia o coração
Mais forte que a canção
E eu dançava (dançava)
Sentia uma aflição
Dizer que sim, que não
E eu dançava (dançava)
---
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos e o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa
Mas um homem se recorda sempre assim
Nini dançava só pra mim

Nesta altura era tudo mais simples II

Nini dos meus quinze anos
Paulo de Carvalho
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Chamava-se Nini
Vestia de organdi
E dançava (dançava)
Dançava só pra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava (olhava)
---
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Que lá no baile não havia outro igual
E eu ia para o bar
Beber e suspirar
Pensar que tanto amor ainda acabava mal
---
Batia o coração
Mais forte que a canção
E eu dançava (dançava)
Sentia uma aflição
Dizer que sim, que não
E eu dançava (dançava)
---
E desde então se lembro o seu olhar
É só pra recordar
Os quinze anos e o meu primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Toda a ternura que tem o primeiro amor
Foi tempo de crescer
Foi tempo de aprender
Que a vida passa
Mas um homem se recorda sempre assim
Nini dançava só pra mim

Confusões e excessos

Na discussão sobre a luta contra o tabagismo, centra-se o debate em dois aspectos distintos mas igualmente levados ao extremo tentando convencer as massas da iniquidade das proibições impostas aos fumadores.
Em primeiro lugar procura-se assustar os não-fumadores com as restrições à liberdade:
«- hoje o tabaco, amanhã o que será?» questionam os fumadores, esquecendo que o panorama actual é uma reacção contra os abusos que os fumadores durante anos levaram a cabo sobre os não-fumadores. Quem não se lembra de elevadores, carruagens de comboio e metropolitano e gabinetes colectivos de trabalho cheios de fumo? Por acaso havia fumadores preocupados com a liberdade de não fumar dos outros? Haver havia, mas eram pouquinhos... Além do mais, ainda nesta linha argumentativa, procura-se fazer crer que num grupo de amigos que vai a um restaurante, os não-fumadores terão sempre de se sujeitar a um estabelecimento que admita fumadores, uma vez que estes não conseguirão estar sem um cigarro na boca por muito tempo... O inverso, ou seja, os fumadores escolherem não fumar para estar com não-fumadores nunca se coloca nos argumentos.
Em segundo lugar, procura-se assustar os não-fumadores com os excessos na proibição de fumo:
Claro que é ridículo proibir-se alguém de fumar em sua casa, na rua, na praia, etc. . Estes excessos devem ser combatidos.
Mas, no que respeita a excessos proibitivos, por exemplo, nunca vi ninguém manifestar mais que um mero desdém sobre medidas proibitivas de consumo de álcool na rua ou em casa em muitos países.
Bem, nunca vi, até agora. Isto porque os excessos de proibição do consumo de álcool servem - agora - para ilustrar e reforçar a luta contra o anti-tabagismo. A este respeito, veja-se o seguinte exemplo passado nos Estados Unidos da América (a pátria da liberdade e - paradoxalmente - do puritanismo religioso), e relatado por Joaquim Fidalgo no Público de ontem (e visto hoje no blogue da Atlântico):
«Um juiz condenou um casal a dois anos de prisão por ter servido vinho e cerveja na festa do 16º aniversário do seu filho. No estado onde se passou a cena (Virgínia), pode conduzir-se a partir dos 16 anos, pode comprar-se uma arma a partir dos 16 anos, pode ir-se para o exército a partir dos 18 anos, mas não se pode beber álcool antes dos 21 anos. A polícia da terra interveio na tal festa de aniversário e os pais do jovem acabaram na prisão. Por terem servido vinho e cerveja, em sua casa, ao filho e aos amigos do filho.»

Confusões e excessos

Na discussão sobre a luta contra o tabagismo, centra-se o debate em dois aspectos distintos mas igualmente levados ao extremo tentando convencer as massas da iniquidade das proibições impostas aos fumadores.
Em primeiro lugar procura-se assustar os não-fumadores com as restrições à liberdade:
«- hoje o tabaco, amanhã o que será?» questionam os fumadores, esquecendo que o panorama actual é uma reacção contra os abusos que os fumadores durante anos levaram a cabo sobre os não-fumadores. Quem não se lembra de elevadores, carruagens de comboio e metropolitano e gabinetes colectivos de trabalho cheios de fumo? Por acaso havia fumadores preocupados com a liberdade de não fumar dos outros? Haver havia, mas eram pouquinhos... Além do mais, ainda nesta linha argumentativa, procura-se fazer crer que num grupo de amigos que vai a um restaurante, os não-fumadores terão sempre de se sujeitar a um estabelecimento que admita fumadores, uma vez que estes não conseguirão estar sem um cigarro na boca por muito tempo... O inverso, ou seja, os fumadores escolherem não fumar para estar com não-fumadores nunca se coloca nos argumentos.
Em segundo lugar, procura-se assustar os não-fumadores com os excessos na proibição de fumo:
Claro que é ridículo proibir-se alguém de fumar em sua casa, na rua, na praia, etc. . Estes excessos devem ser combatidos.
Mas, no que respeita a excessos proibitivos, por exemplo, nunca vi ninguém manifestar mais que um mero desdém sobre medidas proibitivas de consumo de álcool na rua ou em casa em muitos países.
Bem, nunca vi, até agora. Isto porque os excessos de proibição do consumo de álcool servem - agora - para ilustrar e reforçar a luta contra o anti-tabagismo. A este respeito, veja-se o seguinte exemplo passado nos Estados Unidos da América (a pátria da liberdade e - paradoxalmente - do puritanismo religioso), e relatado por Joaquim Fidalgo no Público de ontem (e visto hoje no blogue da Atlântico):
«Um juiz condenou um casal a dois anos de prisão por ter servido vinho e cerveja na festa do 16º aniversário do seu filho. No estado onde se passou a cena (Virgínia), pode conduzir-se a partir dos 16 anos, pode comprar-se uma arma a partir dos 16 anos, pode ir-se para o exército a partir dos 18 anos, mas não se pode beber álcool antes dos 21 anos. A polícia da terra interveio na tal festa de aniversário e os pais do jovem acabaram na prisão. Por terem servido vinho e cerveja, em sua casa, ao filho e aos amigos do filho.»