sexta-feira, 30 de abril de 2010

Up your ***

Superdragões compraram 3500 bolas de golfe... Será que a polícia do Porto se vai comportar como sempre e actuar como facilitador da acção do macaco & companhia?...

Up your ***

Superdragões compraram 3500 bolas de golfe... Será que a polícia do Porto se vai comportar como sempre e actuar como facilitador da acção do macaco & companhia?...

In God We Trust

É bem provável que tenha sido em imagens assim que Hegel terá pensado quando afirmou ser a tese o produto do conflito entre a tese e antítese.



...tenham um bom fim de semana!

In God We Trust

É bem provável que tenha sido em imagens assim que Hegel terá pensado quando afirmou ser a tese o produto do conflito entre a tese e antítese.



...tenham um bom fim de semana!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Houvesse Justiça no mundo...

... E Kai Stukenbrock, o analista da Standard & Poors responsável pelo corte de "reputação" da capacidade de Portugal de pagar as suas dívidas, seria atirado para Camp Nou vestido com uma camisa do Real Madrid... --

Houvesse Justiça no mundo...

... E Kai Stukenbrock, o analista da Standard & Poors responsável pelo corte de "reputação" da capacidade de Portugal de pagar as suas dívidas, seria atirado para Camp Nou vestido com uma camisa do Real Madrid... --

terça-feira, 27 de abril de 2010

piano iv

piano iv

Arca de Noé foi descoberta

Depois de grupo de arqueólogos ter descoberto o que acredita ser a Arca de Noé, a ASAE multou o patriarca Noé por não respeitar as regras de transporte de animais e por levar a família num veículo comercial.

Arca de Noé foi descoberta

Depois de grupo de arqueólogos ter descoberto o que acredita ser a Arca de Noé, a ASAE multou o patriarca Noé por não respeitar as regras de transporte de animais e por levar a família num veículo comercial.

Duarte, Ricardo ou Yannick?

Se Portugal fosse uma monarquia hereditária, se a Casa de Bragança fosse a escolhida para Casa Real e se o Eng.º Duarte estivesse fora da corrida, ainda veríamos Sá Pinto à pêra com Yannick Djaló, lutando pelo trono.

Duarte, Ricardo ou Yannick?

Se Portugal fosse uma monarquia hereditária, se a Casa de Bragança fosse a escolhida para Casa Real e se o Eng.º Duarte estivesse fora da corrida, ainda veríamos Sá Pinto à pêra com Yannick Djaló, lutando pelo trono.

domingo, 25 de abril de 2010

Ser Glorioso é isto!

Que emoção…
Infelizmente não pode assistir, nem sexta-feira nem hoje, à justíssima consagração europeia do futsal do Benfica. Hoje vi o que pude; e quando pude não consegui ver.
Este título emociona quem como eu, durante os últimos anos, tem estado presente nos grandes momentos do futsal benfiquista. Este título é deles – técnicos e jogadores –, mas também das cerca de dez mil pessoas que lotaram o Pavilhão Atlântico, que nunca regatearam apoio aos nossos.
Grandes jogadores e grandes adeptos serão sempre um binómio imbatível.
Com a conquista de hoje o Benfica torna-se o único clube Campeão Europeu de futebol e futsal.
Ser Glorioso é isto!

Ser Glorioso é isto!

Que emoção…
Infelizmente não pode assistir, nem sexta-feira nem hoje, à justíssima consagração europeia do futsal do Benfica. Hoje vi o que pude; e quando pude não consegui ver.
Este título emociona quem como eu, durante os últimos anos, tem estado presente nos grandes momentos do futsal benfiquista. Este título é deles – técnicos e jogadores –, mas também das cerca de dez mil pessoas que lotaram o Pavilhão Atlântico, que nunca regatearam apoio aos nossos.
Grandes jogadores e grandes adeptos serão sempre um binómio imbatível.
Com a conquista de hoje o Benfica torna-se o único clube Campeão Europeu de futebol e futsal.
Ser Glorioso é isto!

Campeão Europeu!

-
-

Campeão Europeu!

-
-

dia de e da Liberdade

dia de e da Liberdade

Citar Lenine e Rosa Luxemburgo...

O Aguiar Branco passou pelo gabinete de alguém do Bloco antes de fazer o discurso do PSD na Assembleia da República?

Citar Lenine e Rosa Luxemburgo...

O Aguiar Branco passou pelo gabinete de alguém do Bloco antes de fazer o discurso do PSD na Assembleia da República?

Oitava de dez finais

Impecável: oitava final, oitava vitoria. Melhor? Impossível!

Ontem, após a eufórica comemoração do quarto golo de Cardozo (terceiro da sua conta pessoal), já perto do minuto sessenta da partida, a Catedral não consegui mais conter o orgasmo. Saltou e cantou em uníssono: “Campeões, campeões, nós somos campeões!!!”.

Quase...
Moralmente já o somos há meses. Mas aqui, no futebol, como em muitos outros sectores da cultura, a moral nada rege. Aqui, no futebol, só a matemática, a “frieza dos números” como se costuma dizer é que releva.
Um dia, num dos muitos anos em que não fomos campeões, o Ricardo Araújo Pereira escreveu uma crónica na Visão que questionava: mas porque é que matematicamente já não podemos ser campeões? Porque é que tem de ser a matemática a ditar quem vence ou deixa de vencer? Porque não a literatura ou a poesia?

As coisas são o que são, falta um ponto e..., depois de tanto golo, tanta jogada bela, tanta magia, tanta coragem, tanta classe…, depois de uma época de glória, ainda é possível que o Benfica não seja campeão. Mas, para que isso possa acontecer, já não basta “apenas” uma hecatombe de proporções bíblicas. Será necessário uma chuva de buracos negros e o fim do mundo tal como o conhecemos.

Que grande Benfica!

Oitava de dez finais

Impecável: oitava final, oitava vitoria. Melhor? Impossível!

Ontem, após a eufórica comemoração do quarto golo de Cardozo (terceiro da sua conta pessoal), já perto do minuto sessenta da partida, a Catedral não consegui mais conter o orgasmo. Saltou e cantou em uníssono: “Campeões, campeões, nós somos campeões!!!”.

Quase...
Moralmente já o somos há meses. Mas aqui, no futebol, como em muitos outros sectores da cultura, a moral nada rege. Aqui, no futebol, só a matemática, a “frieza dos números” como se costuma dizer é que releva.
Um dia, num dos muitos anos em que não fomos campeões, o Ricardo Araújo Pereira escreveu uma crónica na Visão que questionava: mas porque é que matematicamente já não podemos ser campeões? Porque é que tem de ser a matemática a ditar quem vence ou deixa de vencer? Porque não a literatura ou a poesia?

As coisas são o que são, falta um ponto e..., depois de tanto golo, tanta jogada bela, tanta magia, tanta coragem, tanta classe…, depois de uma época de glória, ainda é possível que o Benfica não seja campeão. Mas, para que isso possa acontecer, já não basta “apenas” uma hecatombe de proporções bíblicas. Será necessário uma chuva de buracos negros e o fim do mundo tal como o conhecemos.

Que grande Benfica!

sábado, 24 de abril de 2010

n músicas xcii

n músicas xcii

n publicidade xxxii

n publicidade xxxii

O ARCÁDIA ESTÁ...

...RESERVADO.

O ARCÁDIA ESTÁ...

...RESERVADO.

piano iii

piano iii

sexta-feira, 23 de abril de 2010

CAA: o F.C.Porto não é dono da cidade do Porto

CAA, a propósito de uma brincadeira de um grupo de benfiquistas em que se colocou uma faixa a dizer "reserbado" na Rotunda da Boavista no Porto, diz que:
  • Ainda bem que as crianças benfiquistas nas escolas do Porto não são protegidas, uma espécie em extinção não protegida. O que quer ele dizer com isso? Quer apelar à violência sobre as crianças benfiquistas? Era bom que esclarecesse.
  • O Benfica simboliza o pior de Portugal. O que quer ele dizer com isso? Que o Benfica simboliza a corrupção? Era bom que esclarecesse.
  • O Benfica simboliza o centralismo, a macrocefalia endémica. O que quer ele dizer com isso? Que o Benfica é um clube centralista e macrocéfalo? Tendo o Benfica Casas espalhadas por todo o país e não tendo nunca candidatos únicos nas suas eleições internas, era bom que esclarecesse.
  • O Benfica simboliza o esforço da ditadura em obrar um clube nacional. O que quer ele dizer com isso? Que o Benfica é um projecto salazarista? Que é mau que o Benfica seja um clube nacional? Mas Pinto da Costa não anda a obrar o F.C.Porto pelo país?
  • É anti-natura haver benfiquistas no Porto. O que quer ele dizer com isso? Que um bracarense não pode ser benfiquista? Que um vimaranense não pode ser portista? Era bom que explicasse.
  • Ser benfiquista é ser contra o que significa a cidade do Porto e a Região. Mas que região? O Norte? O Porto é dono do Norte do país? o F.C.Porto é dono da cidade do Porto? Era bom que explicasse.
Um tipo que é comentador na televisão não pode apelar desta maneira à violência sobre crianças.
Perdi todo o respeito que tinha por ele...

CAA: o F.C.Porto não é dono da cidade do Porto

CAA, a propósito de uma brincadeira de um grupo de benfiquistas em que se colocou uma faixa a dizer "reserbado" na Rotunda da Boavista no Porto, diz que:
  • Ainda bem que as crianças benfiquistas nas escolas do Porto não são protegidas, uma espécie em extinção não protegida. O que quer ele dizer com isso? Quer apelar à violência sobre as crianças benfiquistas? Era bom que esclarecesse.
  • O Benfica simboliza o pior de Portugal. O que quer ele dizer com isso? Que o Benfica simboliza a corrupção? Era bom que esclarecesse.
  • O Benfica simboliza o centralismo, a macrocefalia endémica. O que quer ele dizer com isso? Que o Benfica é um clube centralista e macrocéfalo? Tendo o Benfica Casas espalhadas por todo o país e não tendo nunca candidatos únicos nas suas eleições internas, era bom que esclarecesse.
  • O Benfica simboliza o esforço da ditadura em obrar um clube nacional. O que quer ele dizer com isso? Que o Benfica é um projecto salazarista? Que é mau que o Benfica seja um clube nacional? Mas Pinto da Costa não anda a obrar o F.C.Porto pelo país?
  • É anti-natura haver benfiquistas no Porto. O que quer ele dizer com isso? Que um bracarense não pode ser benfiquista? Que um vimaranense não pode ser portista? Era bom que explicasse.
  • Ser benfiquista é ser contra o que significa a cidade do Porto e a Região. Mas que região? O Norte? O Porto é dono do Norte do país? o F.C.Porto é dono da cidade do Porto? Era bom que explicasse.
Um tipo que é comentador na televisão não pode apelar desta maneira à violência sobre crianças.
Perdi todo o respeito que tinha por ele...

Os Deuses devem estar loucos

Portugal e Grécia foram os únicos países europeus poupados às cinzas do vulcão glaciar islandês!

Os Deuses devem estar loucos

Portugal e Grécia foram os únicos países europeus poupados às cinzas do vulcão glaciar islandês!

Podem os juízes conviver com a Liberdade de expressão?

Podem os juízes conviver com a Liberdade de expressão?

Carlos Santos regressou de Damasco e foi para o Corta-Fitas

Carlos Santos regressou de Damasco e foi para o Corta-Fitas

Que gozo...: "reserbado"


Que gozo...: "reserbado"


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Os mercados atacam países

Há uma verdade que pouca gente sabia há uns tempos, mas que é conhecida por cada vez mais pessoas: os mercados atacam países. Apostam contra a sua solvabilidade, apostam contra a sua capacidade de pagar dívidas e vendem as apostas a quem as quiser comprar. Claro que se houver um qualquer guru a apostar contra Portugal, Espanha, Irlanda, França, Reino Unido, etc., os mercados (i.e. os investidores ou especuladores, como preferirem) vão reagir em conformidade, cobrar juros mais altos pelas respectivas dívidas e vender mais caros os seguros de crédito.
O que podem fazer os países? O que Stiglitz sugere, no artigo em que não diz que Portugal está à beira da falência, é lutar:
Isto exonera os governos dos seus pecados? Não. Mas alivia-os de uma parte importante de responsabilidade.

Os mercados atacam países

Há uma verdade que pouca gente sabia há uns tempos, mas que é conhecida por cada vez mais pessoas: os mercados atacam países. Apostam contra a sua solvabilidade, apostam contra a sua capacidade de pagar dívidas e vendem as apostas a quem as quiser comprar. Claro que se houver um qualquer guru a apostar contra Portugal, Espanha, Irlanda, França, Reino Unido, etc., os mercados (i.e. os investidores ou especuladores, como preferirem) vão reagir em conformidade, cobrar juros mais altos pelas respectivas dívidas e vender mais caros os seguros de crédito.
O que podem fazer os países? O que Stiglitz sugere, no artigo em que não diz que Portugal está à beira da falência, é lutar:
Isto exonera os governos dos seus pecados? Não. Mas alivia-os de uma parte importante de responsabilidade.

Entre o Vietname e o Líbano

O risco de incumprimento atribuído a Portugal pelos investidores no mercado de CDS (“credit-default swaps” ie seguros de crédito) está hoje a subir para 262 pontos base. O que nos coloca ao nível do Líbano e do Vietname(...). Quanto mais elevado é um CDS, maior é pois o risco que os investidores consideram existir de um país deixar de cumprir os seus pagamentos (risco de “default”)[link].

Queria agradecer. Agradecer duplamente.
Agradecer a todos os que elegeram (duas vezes) o governo que diariamente nos lança para o abismo.
E agradecer também àqueles que se entretêm com "estudos” que tentam legitimar a culpa deles, dos malvados especuladores; para o buraco negro, fundo e fétido, para onde os primeiros nos vão enviando.
Todos sabem, que enquanto forem encontrados bodes expiatórios, enquanto se culparem entidades abstractas, enquanto a água for sacudida do capote os Teixeiras (e os “teixeirinhas”) dos Santos desta vida sobreviverão.
Obrigadinho. A todos.

Entre o Vietname e o Líbano

O risco de incumprimento atribuído a Portugal pelos investidores no mercado de CDS (“credit-default swaps” ie seguros de crédito) está hoje a subir para 262 pontos base. O que nos coloca ao nível do Líbano e do Vietname(...). Quanto mais elevado é um CDS, maior é pois o risco que os investidores consideram existir de um país deixar de cumprir os seus pagamentos (risco de “default”)[link].

Queria agradecer. Agradecer duplamente.
Agradecer a todos os que elegeram (duas vezes) o governo que diariamente nos lança para o abismo.
E agradecer também àqueles que se entretêm com "estudos” que tentam legitimar a culpa deles, dos malvados especuladores; para o buraco negro, fundo e fétido, para onde os primeiros nos vão enviando.
Todos sabem, que enquanto forem encontrados bodes expiatórios, enquanto se culparem entidades abstractas, enquanto a água for sacudida do capote os Teixeiras (e os “teixeirinhas”) dos Santos desta vida sobreviverão.
Obrigadinho. A todos.

Olegario Benquerença

Cada um tem o que merece?
O português Olegario Benquerença, arbitrou na passada terça-feira o jogo das meias-finais da Liga dos Campeões em que o Inter de Milão bateu em casa o Barcelona por três bolas a uma.

Os da Catalunha já esqueceram o roubo do ano passado, onde passaram em Londres com três grandes penalidades não assinaladas a favor do Chelsea, e decidiram virar a sua azia para o árbitro do encontro.

O jornal desportivo catalão “Sport” (link), conseguiu mesmo desenterrar um episódio em que Olegario faz “as figuras” que podem ver já ai em baixo. Figurinha, diga-se em abono da verdade, bem pior da que fez na noite milanesa de há dois dias.

Cada um tem o que merece? Se calhar…

Olegario Benquerença

Cada um tem o que merece?
O português Olegario Benquerença, arbitrou na passada terça-feira o jogo das meias-finais da Liga dos Campeões em que o Inter de Milão bateu em casa o Barcelona por três bolas a uma.

Os da Catalunha já esqueceram o roubo do ano passado, onde passaram em Londres com três grandes penalidades não assinaladas a favor do Chelsea, e decidiram virar a sua azia para o árbitro do encontro.

O jornal desportivo catalão “Sport” (link), conseguiu mesmo desenterrar um episódio em que Olegario faz “as figuras” que podem ver já ai em baixo. Figurinha, diga-se em abono da verdade, bem pior da que fez na noite milanesa de há dois dias.

Cada um tem o que merece? Se calhar…

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A lenta agonia do jornalismo televisivo

Apesar dos seus 80 anos o meu pai ainda vai à bola, pelo menos à Catedral. E leva sempre consigo um pequeno rádio a pilhas que liga sempre que existe um lance dito “duvidoso”. Do outro lado ouve um qualquer relato que é feito por pessoas que também têm um monitor à sua frente. Assim, somos dos primeiros a saber se aquele lance resultou ou não em mais um “engano” contra o nosso Querido Clube.

Não sei de onde vem esta fúria pela notícia. Venha de onde vier, da natureza ou da cultura, sei sim que ela é transversal. Não conhece idades ou classes sócias. Cores ou credos.

Ontem, pelas onze e meia da noite, alguém escrevia no seu Facebook: “Ultima hora, incêndio no edifício da Suiça no Rossio”. Rapidamente a noticia saltava para a timeline do Twitter. Em poucos minutos foi confirmada por quem passava no local ou mora nas colinas ao redor do centro da cidade. Meia-noite: os telejornais televisivos quase ignoram o pesadelo que se apodera dos lisboetas, para sempre traumatizados com aquele longínquo dia 25 de Agosto de 1988 (link). “Já não há chamas, apenas fumo branco” replicava-se no twitter o que apenas se ouvia de um qualquer repoter da SIC Noticias, aparentemente, no local. Dez minutos passados após a meia-noite, o primeiro vídeo das chamas chegava ao Facebook. Dai a cinco minutos, alguém escrevia qualquer coisa como isto no twitter: “bombeiros retiram dos escombros do prédio do Rossio o jornalismo televisivo”.

Isto…, é só o início, pois o 4G (link) avança a todo o vapor. Primeiro abandonámos os telejornais nas televisões generalistas, agora pomos de lado os próprios canais noticiosos. Estes não parecem muito preocupados, pois continuam fieis à “noticia enlatada” e à preguiça do “directo do interior de uma sala ou à porta de um edifício”.

No futuro, apesar de todos continuarem ávidos pela noticia, ninguém, rigorosamente, ninguém, vai ver e ouvir noticias naquele objecto gigante e vagamente inestético da sala lá de casa.

[foto]

A lenta agonia do jornalismo televisivo

Apesar dos seus 80 anos o meu pai ainda vai à bola, pelo menos à Catedral. E leva sempre consigo um pequeno rádio a pilhas que liga sempre que existe um lance dito “duvidoso”. Do outro lado ouve um qualquer relato que é feito por pessoas que também têm um monitor à sua frente. Assim, somos dos primeiros a saber se aquele lance resultou ou não em mais um “engano” contra o nosso Querido Clube.

Não sei de onde vem esta fúria pela notícia. Venha de onde vier, da natureza ou da cultura, sei sim que ela é transversal. Não conhece idades ou classes sócias. Cores ou credos.

Ontem, pelas onze e meia da noite, alguém escrevia no seu Facebook: “Ultima hora, incêndio no edifício da Suiça no Rossio”. Rapidamente a noticia saltava para a timeline do Twitter. Em poucos minutos foi confirmada por quem passava no local ou mora nas colinas ao redor do centro da cidade. Meia-noite: os telejornais televisivos quase ignoram o pesadelo que se apodera dos lisboetas, para sempre traumatizados com aquele longínquo dia 25 de Agosto de 1988 (link). “Já não há chamas, apenas fumo branco” replicava-se no twitter o que apenas se ouvia de um qualquer repoter da SIC Noticias, aparentemente, no local. Dez minutos passados após a meia-noite, o primeiro vídeo das chamas chegava ao Facebook. Dai a cinco minutos, alguém escrevia qualquer coisa como isto no twitter: “bombeiros retiram dos escombros do prédio do Rossio o jornalismo televisivo”.

Isto…, é só o início, pois o 4G (link) avança a todo o vapor. Primeiro abandonámos os telejornais nas televisões generalistas, agora pomos de lado os próprios canais noticiosos. Estes não parecem muito preocupados, pois continuam fieis à “noticia enlatada” e à preguiça do “directo do interior de uma sala ou à porta de um edifício”.

No futuro, apesar de todos continuarem ávidos pela noticia, ninguém, rigorosamente, ninguém, vai ver e ouvir noticias naquele objecto gigante e vagamente inestético da sala lá de casa.

[foto]

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Genial


Genial


Sétima de dez finais

Ganha!
Mais uma, ganha. Desde que aqui (link) apontámos o caminho, não conhecemos outro sabor: ganhar, ganhar, ganhar e, sinceramente, passadas poucas horas, já estar de novo insatisfeito. Com vontade de mais.
Mas…, já lá vamos ao jogo de ontem. Pois este, foi um fim-de-semana algo alucinante e muito emocionante.
No sábado, repetimos esta (link) experiência, desta vez colorida com a visita ao Estádio. Confesso a minha surpresa. Foi excelente percorrer aqueles corredores onde a história repousa insolente materializada nalguns dos nossos títulos; visitar o balneário do adversário e sentir na pele “o tratamento” que lhes é proporcionado enquanto vestem os calções. Percorrer o “famoso” túnel. Ver a Luz. E enfim sentir a relva. Ai perdi as estribeiras. Se já tinha lacrimejado com as nossas conquistas mais antigas, e com as belas Taças dos Clubes Campeões Europeus, ali, no relvado da Luz ajoelhei-me e levantei as mãos aos céus. Não foi overacting. Nem sequer algo premeditado. Foi um impulso, tão só um impulso…, interrompido por um a voz distante: “…terei de chamar a segurança!?!?”. Confesso, que só bem mais tarde, quando me começam a chegar as fotografias desse inesquecível dia, me apercebi realmente da situação.
Obrigado a todos os convivas por mais uma tarde muito bem passada.

Viajemos para Coimbra.
Perdoem-me, não vou falar sobre o jogo. Ganhamos, e nada mais interessa nesta altura do campeonato, literalmente. Hoje só me apetece falar dos adeptos. De todos no geral; do NNosso sector em especial. E daqueles com que convivi durante cerca de 14 horas de forma muito especial.

Continuo a ficar espantado com a massa encarnada e branca que se move para gritar “Benfica!!!”, mesmo com os ingressos a preços pornográficos. Ao colo destes, mas sobretudo dos “Sempre PreseNNtes”, tem viajado desde Agosto este abençoado Benfica, num verdadeiro andor de dimensões andaluzas.
Já para caracterizar o verdadeiro regabofe que foram as 14 horas à fuNNil, faltam-me as palavras na mesma medida em que ontem me sobrou a parvoíce. Um dia só visto, pois contado…, talvez ninguém acredite.
Que belo dia…, obrigado a todos!

Sétima de dez finais

Ganha!
Mais uma, ganha. Desde que aqui (link) apontámos o caminho, não conhecemos outro sabor: ganhar, ganhar, ganhar e, sinceramente, passadas poucas horas, já estar de novo insatisfeito. Com vontade de mais.
Mas…, já lá vamos ao jogo de ontem. Pois este, foi um fim-de-semana algo alucinante e muito emocionante.
No sábado, repetimos esta (link) experiência, desta vez colorida com a visita ao Estádio. Confesso a minha surpresa. Foi excelente percorrer aqueles corredores onde a história repousa insolente materializada nalguns dos nossos títulos; visitar o balneário do adversário e sentir na pele “o tratamento” que lhes é proporcionado enquanto vestem os calções. Percorrer o “famoso” túnel. Ver a Luz. E enfim sentir a relva. Ai perdi as estribeiras. Se já tinha lacrimejado com as nossas conquistas mais antigas, e com as belas Taças dos Clubes Campeões Europeus, ali, no relvado da Luz ajoelhei-me e levantei as mãos aos céus. Não foi overacting. Nem sequer algo premeditado. Foi um impulso, tão só um impulso…, interrompido por um a voz distante: “…terei de chamar a segurança!?!?”. Confesso, que só bem mais tarde, quando me começam a chegar as fotografias desse inesquecível dia, me apercebi realmente da situação.
Obrigado a todos os convivas por mais uma tarde muito bem passada.

Viajemos para Coimbra.
Perdoem-me, não vou falar sobre o jogo. Ganhamos, e nada mais interessa nesta altura do campeonato, literalmente. Hoje só me apetece falar dos adeptos. De todos no geral; do NNosso sector em especial. E daqueles com que convivi durante cerca de 14 horas de forma muito especial.

Continuo a ficar espantado com a massa encarnada e branca que se move para gritar “Benfica!!!”, mesmo com os ingressos a preços pornográficos. Ao colo destes, mas sobretudo dos “Sempre PreseNNtes”, tem viajado desde Agosto este abençoado Benfica, num verdadeiro andor de dimensões andaluzas.
Já para caracterizar o verdadeiro regabofe que foram as 14 horas à fuNNil, faltam-me as palavras na mesma medida em que ontem me sobrou a parvoíce. Um dia só visto, pois contado…, talvez ninguém acredite.
Que belo dia…, obrigado a todos!

domingo, 18 de abril de 2010

Well Done



Amanhã..., a cronica de um dia épico!

Well Done



Amanhã..., a cronica de um dia épico!

Eyjafjallajökull, o campeão do TGV

Quem diria que um buraco fétido na Islândia faria mais pelo TGV que 50 economistas portugueses juntos?

Eyjafjallajökull, o campeão do TGV

Quem diria que um buraco fétido na Islândia faria mais pelo TGV que 50 economistas portugueses juntos?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Máximas 2.0

Diz-me como usas o facebook e dir-te-ei quem és

Máximas 2.0

Diz-me como usas o facebook e dir-te-ei quem és

Para mais tarde recordar

Como tenho dito, estas coisas são como uma lauta refeição. São para saborear com tempo e sabedoria.

Por isso, apesar deste material já por ai andar desde ontem (nomeadamente aqui (link), um blogue que está para a blogosfera benfiquista como aquela máxima – Citius, Altius, Fortius – está para as olimpíadas) nunca será demais transmiti-lo.

Quanto à primeira imagem, se me permitem, eu a legendaria assim, de forma limpinha (tal como foi nas palavras do nosso treinador a vitoria de terça passada): na vossa tromba!

O vídeo…, bem o vídeo é obrigatório. Porque só com uma compilação assim é possível ter a verdadeira dimensão do jogador completo que é David Luiz. Como seria bom contar com ele para todo o sempre…



Na última imagem: uma frase, um lema, um pano, gente…, que desde Julho corre mundos com um só objectivo. A isso, se chama nesta arte – a arte de apoiar um clube, uma equipa - mentalidade!

Para mais tarde recordar

Como tenho dito, estas coisas são como uma lauta refeição. São para saborear com tempo e sabedoria.

Por isso, apesar deste material já por ai andar desde ontem (nomeadamente aqui (link), um blogue que está para a blogosfera benfiquista como aquela máxima – Citius, Altius, Fortius – está para as olimpíadas) nunca será demais transmiti-lo.

Quanto à primeira imagem, se me permitem, eu a legendaria assim, de forma limpinha (tal como foi nas palavras do nosso treinador a vitoria de terça passada): na vossa tromba!

O vídeo…, bem o vídeo é obrigatório. Porque só com uma compilação assim é possível ter a verdadeira dimensão do jogador completo que é David Luiz. Como seria bom contar com ele para todo o sempre…



Na última imagem: uma frase, um lema, um pano, gente…, que desde Julho corre mundos com um só objectivo. A isso, se chama nesta arte – a arte de apoiar um clube, uma equipa - mentalidade!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

The Next Global Problem

Como já alguém disse, isto de aparecer (com foto e tudo) no The New York Times como "The Next Global Problem" (link) não é para todos. Sinceros parabéns. A ele e a todos os que o têm elegido. Muito obrigado.

The Next Global Problem

Como já alguém disse, isto de aparecer (com foto e tudo) no The New York Times como "The Next Global Problem" (link) não é para todos. Sinceros parabéns. A ele e a todos os que o têm elegido. Muito obrigado.

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (XXXV)

Um clássico.
...de quando as nossas noites, eram melhores que os vossos dias!

Abanar a anca cinco minutos por dia nem sabe o bem que lhe fazia (XXXV)

Um clássico.
...de quando as nossas noites, eram melhores que os vossos dias!

Enfim...

..., lá encontrei uma excelente razão para linkar a estrela maior da blogosfera lusa. Ela (link) "A Pipoca Mais Doce" é uma enorme benfiquista..., com muito orgulho e muito amor.

Enfim...

..., lá encontrei uma excelente razão para linkar a estrela maior da blogosfera lusa. Ela (link) "A Pipoca Mais Doce" é uma enorme benfiquista..., com muito orgulho e muito amor.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sexta de dez finais

Fantástico! Sexta final disputada, sexta final ganha!!

Por ventura, os mais atentos, estranharam o facto de não terem aqui encontrado o post “quinta de dez finais”, ou qualquer referência ao afastamento da Liga Europa. Pois é…, não foi apenas o Saviola a lesionar-se ou o Ramires a jogar com problemas físicos. Também eu bobeei, mas tal como o Benfica, não dancei.

Vamos ao que importa. Hoje na Luz vi, na primeira parte, aquele Benfica de contenção que pura e simplesmente não sabe jogar à bola. Mas, desta vez, Jesus não esperou pelo minuto sessenta. E logo ao intervalo lançou Aimar e a respectiva ordem para matar. Assim, após uma primeira parte morna e dividida, tivemos uma segunda parte de futebol de sentido único que reduziu o adversário àquilo que ele verdadeiramente é: uma equipa medíocre que apenas luta por um lugar europeu devido ao fraco nível da nossa Liga; e que saiu da Catedral vergada ao peso da humilhação de olhar para cima e ver o seu rival de sempre com mais 26 (vinte e seis!) pontos.

Como sabem, sou contido mas não sou parvo. Sabendo que nada está ganho podemos, contudo, cometer a audácia de encomendar “as faixas”. Só uma hecatombe de proporções bíblicas nos afastará do 32º (trigésimo segundo) escudo.
Hoje escrevo eu: rumo à quarta estrela dourada!

Sexta de dez finais

Fantástico! Sexta final disputada, sexta final ganha!!

Por ventura, os mais atentos, estranharam o facto de não terem aqui encontrado o post “quinta de dez finais”, ou qualquer referência ao afastamento da Liga Europa. Pois é…, não foi apenas o Saviola a lesionar-se ou o Ramires a jogar com problemas físicos. Também eu bobeei, mas tal como o Benfica, não dancei.

Vamos ao que importa. Hoje na Luz vi, na primeira parte, aquele Benfica de contenção que pura e simplesmente não sabe jogar à bola. Mas, desta vez, Jesus não esperou pelo minuto sessenta. E logo ao intervalo lançou Aimar e a respectiva ordem para matar. Assim, após uma primeira parte morna e dividida, tivemos uma segunda parte de futebol de sentido único que reduziu o adversário àquilo que ele verdadeiramente é: uma equipa medíocre que apenas luta por um lugar europeu devido ao fraco nível da nossa Liga; e que saiu da Catedral vergada ao peso da humilhação de olhar para cima e ver o seu rival de sempre com mais 26 (vinte e seis!) pontos.

Como sabem, sou contido mas não sou parvo. Sabendo que nada está ganho podemos, contudo, cometer a audácia de encomendar “as faixas”. Só uma hecatombe de proporções bíblicas nos afastará do 32º (trigésimo segundo) escudo.
Hoje escrevo eu: rumo à quarta estrela dourada!

Pedro Passos Coelho: “mexer na Constituição”

Tenho acompanhado com um misto de curiosidade e inocente esperança a chegada de Pedro Passos Coelho (PPC) à liderança do PSD e, consequentemente, a candidato a candidato a primeiro-ministro.

Gosto do estilo sóbrio, gosto do discurso escorreito e a-populista. E gosto do domínio (natural) da maioria dos temas.
Gosto de algumas das ideias (a diminuição do peso do Estado no processo económico, aumentar a transparência nas empresas publicas e no processo regulador da economia) desconfio de outras (a criação do denominado “Conselho Superior da República”) e não compreendo, de todo, outras ainda, como a necessidade urgente de “mexer na Constituição.

Aliás, como bem notava ontem no Público José Manuel Fernandes, para PPC “cumprir os objectivos que enunciou não precisa de mudar a Constituição”.
Assim, esta urgência, transversal ao discurso de PPC, apenas se explica à luz da verdadeira trauma que a Direita portuguesa encerra quanto ao principal monumento legislativo português e à sombra de uma novíssima forma de fazer politica, que consiste em mudar tudo e mais alguma coisa para que no final tudo fique na mesma.

“Mexer na Constituição” não é, infelizmente, um bom começo Pedro Passos Coelho. É apenas uma mais uma cortina de fumo. E se há coisa pela qual os portugueses anseiam, é por ver claro; em alta definição.

Pedro Passos Coelho: “mexer na Constituição”

Tenho acompanhado com um misto de curiosidade e inocente esperança a chegada de Pedro Passos Coelho (PPC) à liderança do PSD e, consequentemente, a candidato a candidato a primeiro-ministro.

Gosto do estilo sóbrio, gosto do discurso escorreito e a-populista. E gosto do domínio (natural) da maioria dos temas.
Gosto de algumas das ideias (a diminuição do peso do Estado no processo económico, aumentar a transparência nas empresas publicas e no processo regulador da economia) desconfio de outras (a criação do denominado “Conselho Superior da República”) e não compreendo, de todo, outras ainda, como a necessidade urgente de “mexer na Constituição.

Aliás, como bem notava ontem no Público José Manuel Fernandes, para PPC “cumprir os objectivos que enunciou não precisa de mudar a Constituição”.
Assim, esta urgência, transversal ao discurso de PPC, apenas se explica à luz da verdadeira trauma que a Direita portuguesa encerra quanto ao principal monumento legislativo português e à sombra de uma novíssima forma de fazer politica, que consiste em mudar tudo e mais alguma coisa para que no final tudo fique na mesma.

“Mexer na Constituição” não é, infelizmente, um bom começo Pedro Passos Coelho. É apenas uma mais uma cortina de fumo. E se há coisa pela qual os portugueses anseiam, é por ver claro; em alta definição.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Lido por ai…

…adaptado livremente e sem link porque sim: “um blogue não é publicação mas sim transmissão; cessada esta, aquele morre”.

Lido por ai…

…adaptado livremente e sem link porque sim: “um blogue não é publicação mas sim transmissão; cessada esta, aquele morre”.

O Sócrates que vem de longe

Prosseguindo nesta aventura (link)…

Ao contraio do que possamos cogitar, o permanente sonho do legislador de moldar a sociedade “à sua medida” não é de hoje. É, sim (o sonho, claro), velho, barbudo, carunchoso e caduco. Tal como o problema da ineficácia das Leis.

Vejamos: “A produção legislativa procurava abarcar todas as áreas da vida em sociedade. O caso mais significativo, a este respeito, é o da chamada Pragmática de 1340 [link], saída das Cortes de Santarém desse ano. (…) O que a Pragmática pretendia fixar era, verdadeiramente, uma estrita regulamentação social. O afã legislativo procurou moldar a vida material, neste caso sem sucesso prático" (pag. 121).

É caso para indagar: teremos aprendido alguma coisa nos últimos 700(!) anos? Onde é que nós, recentemente, vimos disto?

O Sócrates que vem de longe

Prosseguindo nesta aventura (link)…

Ao contraio do que possamos cogitar, o permanente sonho do legislador de moldar a sociedade “à sua medida” não é de hoje. É, sim (o sonho, claro), velho, barbudo, carunchoso e caduco. Tal como o problema da ineficácia das Leis.

Vejamos: “A produção legislativa procurava abarcar todas as áreas da vida em sociedade. O caso mais significativo, a este respeito, é o da chamada Pragmática de 1340 [link], saída das Cortes de Santarém desse ano. (…) O que a Pragmática pretendia fixar era, verdadeiramente, uma estrita regulamentação social. O afã legislativo procurou moldar a vida material, neste caso sem sucesso prático" (pag. 121).

É caso para indagar: teremos aprendido alguma coisa nos últimos 700(!) anos? Onde é que nós, recentemente, vimos disto?

domingo, 11 de abril de 2010

O que é ser português no Facebook?

No i (link) Edson Athayde questiona e tenta responder. Excelente (e bem humardo) texto.

O que é ser português no Facebook?

No i (link) Edson Athayde questiona e tenta responder. Excelente (e bem humardo) texto.

sábado, 10 de abril de 2010

Miguel Distraído Frasquilho

Miguel Frasquilho, vice-presidente do PPD-PSD, defendeu hoje a redução dos salários dos funcionários públicos. Só para não ir mais longe cito o Público de hoje:
«Entre 2004 e 2008, os salários dos funcionários públicos encolheram 0,7 por cento, enquanto na União Europeia subiram 3,1 por cento».
Deve andar distraído, o Frasquilho. É que os salários dos funcionários públicos andam a ser reduzidos há muitos anos...

Miguel Distraído Frasquilho

Miguel Frasquilho, vice-presidente do PPD-PSD, defendeu hoje a redução dos salários dos funcionários públicos. Só para não ir mais longe cito o Público de hoje:
«Entre 2004 e 2008, os salários dos funcionários públicos encolheram 0,7 por cento, enquanto na União Europeia subiram 3,1 por cento».
Deve andar distraído, o Frasquilho. É que os salários dos funcionários públicos andam a ser reduzidos há muitos anos...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ontem e hoje

Recordam-se deste post aqui vertido há um mês (link)?
Só hoje reparo na verdadeira catástrofe que se abateu na outrora lindíssima Praia Grande.

Como podem ver nas imagens, a secção mais a Sul da praia “da Sofia” (link) - a quem indecentemente roubo a imagem mais recente - parece pura e simplesmente ter desaparecido (já nem falo da cor incrível da anteriormente dourada areia).
Um fugaz olhar nas imagens não deixa compreender inteiramente a dimensão da tragédia; reparem pois no lanço de escadas que dá acesso à praia, no lado esquerdo das imagens, e vejam os milhares de toneladas de areia que pura e simplesmente desapareceram no mar como se de açúcar no café se tratasse.

Sinceramente, não tenho mais palavras para dizer o que sinto quando vejo a maior preciosidade que Portugal tem, ser desta forma abandonada ao Deus dará.
Quem tiver para ai virado, que retire das imagens a conclusão que melhor desejar.

Ontem e hoje

Recordam-se deste post aqui vertido há um mês (link)?
Só hoje reparo na verdadeira catástrofe que se abateu na outrora lindíssima Praia Grande.

Como podem ver nas imagens, a secção mais a Sul da praia “da Sofia” (link) - a quem indecentemente roubo a imagem mais recente - parece pura e simplesmente ter desaparecido (já nem falo da cor incrível da anteriormente dourada areia).
Um fugaz olhar nas imagens não deixa compreender inteiramente a dimensão da tragédia; reparem pois no lanço de escadas que dá acesso à praia, no lado esquerdo das imagens, e vejam os milhares de toneladas de areia que pura e simplesmente desapareceram no mar como se de açúcar no café se tratasse.

Sinceramente, não tenho mais palavras para dizer o que sinto quando vejo a maior preciosidade que Portugal tem, ser desta forma abandonada ao Deus dará.
Quem tiver para ai virado, que retire das imagens a conclusão que melhor desejar.

Bifes em troca de porco preto

Há muito que me comprometi a escrevinhar umas notas (link) sobre a magnífica leitura de "História de Portugal" de Rui Ramos, Bernardo Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro. Vejamos se é desta.

Tal como ler por ler, ou estudar porque sim, não tem qualquer valor (muito menos Valor nenhum), a História (tal como outros saberes como a Filosofia ou o Direito) não tem de ser uma coisa aborrecida e entediante. E muitas vezes cabe a quem faz a leitura torna-la (ainda) mais saborosa. Querem ver?

Sabiam que: “(…) Afonso X, o Sábio [rei de Castela e Leão de 1252 a 1284 - link], renunciou à posse do Algarve, recebendo em troca Aroche e Aracena, com o Guadiana a constituir a linha de fronteira entre os dois reinos (…). Consumou-se assim, a incorporação do “reino do Algarve” na Coroa portuguesa” (p.108).

D. Afonso III de Portugal (na imagem), O Bolonhês (link), não o sabia à data da troca, em 1267; mas, em bom rigor, mais não estava a fazer do que trocar a região fundamental do porco ibérico por uma indústria que vive essencialmente de bifes.

Agora mais a sério. O que seria hoje o turismo português sem aquela troca com cerca de 750 anos? Como seria hoje um Portugal cercado de Norte a Sul por Espanha? E um Algarve espanhol? Seria melhor ou pior?

Bifes em troca de porco preto

Há muito que me comprometi a escrevinhar umas notas (link) sobre a magnífica leitura de "História de Portugal" de Rui Ramos, Bernardo Vasconcelos e Sousa e Nuno Gonçalo Monteiro. Vejamos se é desta.

Tal como ler por ler, ou estudar porque sim, não tem qualquer valor (muito menos Valor nenhum), a História (tal como outros saberes como a Filosofia ou o Direito) não tem de ser uma coisa aborrecida e entediante. E muitas vezes cabe a quem faz a leitura torna-la (ainda) mais saborosa. Querem ver?

Sabiam que: “(…) Afonso X, o Sábio [rei de Castela e Leão de 1252 a 1284 - link], renunciou à posse do Algarve, recebendo em troca Aroche e Aracena, com o Guadiana a constituir a linha de fronteira entre os dois reinos (…). Consumou-se assim, a incorporação do “reino do Algarve” na Coroa portuguesa” (p.108).

D. Afonso III de Portugal (na imagem), O Bolonhês (link), não o sabia à data da troca, em 1267; mas, em bom rigor, mais não estava a fazer do que trocar a região fundamental do porco ibérico por uma indústria que vive essencialmente de bifes.

Agora mais a sério. O que seria hoje o turismo português sem aquela troca com cerca de 750 anos? Como seria hoje um Portugal cercado de Norte a Sul por Espanha? E um Algarve espanhol? Seria melhor ou pior?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Arcádia em Praga

Depois de ver o Benfica-Liverpool num bar irlandês na Praça central de Praga, rodeado de ingleses (cheguei ao bar, estava o Benfica a perder 0-1...), mas celebrando os golos (de penalty!!!) do Cardozo como se estivesse na Catedral, fui no dia seguinte visitar aquilo a que os checos chamam de "castelo" de Praga.

E na subida para o "castelo" o que é que encontro? Um café-bar chamado "Arcadia"!

Arcádia em Praga

Depois de ver o Benfica-Liverpool num bar irlandês na Praça central de Praga, rodeado de ingleses (cheguei ao bar, estava o Benfica a perder 0-1...), mas celebrando os golos (de penalty!!!) do Cardozo como se estivesse na Catedral, fui no dia seguinte visitar aquilo a que os checos chamam de "castelo" de Praga.

E na subida para o "castelo" o que é que encontro? Um café-bar chamado "Arcadia"!

Rui Pedro Soares & António Mexia

De repente as empresas pagam aos seus gestores o que os seus accionistas bem entenderem.
De Rui Pedro Soares a António Mexia o mundo mudou assim tanto?...

Rui Pedro Soares & António Mexia

De repente as empresas pagam aos seus gestores o que os seus accionistas bem entenderem.
De Rui Pedro Soares a António Mexia o mundo mudou assim tanto?...

domingo, 4 de abril de 2010

Desafio à blogosfera Benfiquista

Para quando um "Haka" do Benfica? Para quando um "All Reds" do Benfica ou dos sócios?

Para quando um cântico e uma dança (conjugados) feito pelos sócios do Benfica antes do apito de cada jogo e acompanhado por todos os jogadores do Benfica?

A tradição é feita pelos benfiquistas. O vôo da águia é recente e foi uma "inovação", porque não, agora, um cântico e uma dança únicas dos sócios do Benfica?

Mais 30 segundos e mais um "inferno" para as equipas adversárias.

É tempo de fazer história, benfiquistas. Aceitam-se propostas ou conteúdos para esta ideia!

Deixo-vos uma inspiração:

Desafio à blogosfera Benfiquista

Para quando um "Haka" do Benfica? Para quando um "All Reds" do Benfica ou dos sócios?

Para quando um cântico e uma dança (conjugados) feito pelos sócios do Benfica antes do apito de cada jogo e acompanhado por todos os jogadores do Benfica?

A tradição é feita pelos benfiquistas. O vôo da águia é recente e foi uma "inovação", porque não, agora, um cântico e uma dança únicas dos sócios do Benfica?

Mais 30 segundos e mais um "inferno" para as equipas adversárias.

É tempo de fazer história, benfiquistas. Aceitam-se propostas ou conteúdos para esta ideia!

Deixo-vos uma inspiração:

n músicas xc



A melhor recordação que tenho desta canção não é tanto da letra ou da música per si, mas da bateria! O turning point que podem ver no minuto 3:40 foi (hoje menos) um fetiche grande da minha adolescência e pós-adolescência. Saber tocar na bateria com as baquetas aquele som era um sonho que tornava realidade com qualquer instrumento que tivesse à mão: caneta, pente, talher, shampoos, enfim... a maioria canta no banho, mas eu tocava bateria, imaginando o dueto Collins-Thompson! Acho que passei alguns anos com esta mania de que tocava bateria e ainda hoje, de vez em quando, não resisto a este imaginário, sobretudo em tambores infantis!
J
ulgo que para uma parte da minha geração, a bateria de Phil Collins era mágica e contagiante, não tanto pela música dos Génesis (onde foi guitarrista e, após a saída de Peter Gabriel, vocalista), mas pelas noites na discoteca "Bananas", onde era bastante comum projectar-se numa grande tela por cima da pista de dança precisamente um video com o Phil Collins e o Chester Thompson a tocar "solos" de bateria em dueto. Alguém se recorda disto?
Eu recordo muito bem, com saudades. Ora vejam (bendito Youtube):

n músicas xc



A melhor recordação que tenho desta canção não é tanto da letra ou da música per si, mas da bateria! O turning point que podem ver no minuto 3:40 foi (hoje menos) um fetiche grande da minha adolescência e pós-adolescência. Saber tocar na bateria com as baquetas aquele som era um sonho que tornava realidade com qualquer instrumento que tivesse à mão: caneta, pente, talher, shampoos, enfim... a maioria canta no banho, mas eu tocava bateria, imaginando o dueto Collins-Thompson! Acho que passei alguns anos com esta mania de que tocava bateria e ainda hoje, de vez em quando, não resisto a este imaginário, sobretudo em tambores infantis!
J
ulgo que para uma parte da minha geração, a bateria de Phil Collins era mágica e contagiante, não tanto pela música dos Génesis (onde foi guitarrista e, após a saída de Peter Gabriel, vocalista), mas pelas noites na discoteca "Bananas", onde era bastante comum projectar-se numa grande tela por cima da pista de dança precisamente um video com o Phil Collins e o Chester Thompson a tocar "solos" de bateria em dueto. Alguém se recorda disto?
Eu recordo muito bem, com saudades. Ora vejam (bendito Youtube):

Política: esperança e liderança

(www.raizpolitica.wordpress.com)

A velocidade conjugada dos nossos passos e pensamentos é um dos marcos novos da nossa época. A velocidade, per si, não tem culpa, nem necessariamente nos desvia do que é mais importante. Podemos andar demasiados ocupados e atolados em afazeres como cuidar dos filhos, ajudar o próximo, participar em associações públicas ou privadas, prestar inúmeros voluntariados, preocuparmo-nos com a pegada ecológica dos nossos afazeres, etc... e, no entanto, estamos a fazer o certo, mesmo a “correr”. Mas não, a actividade cívica está a diminuir e a ocorrer da forma mais esporádica e mediática. O valor desta actividade é segmentado, desprotegido e condicionado, muitas vezes, a outros poderes pessoais ou instrumentais.

É certo que, por exemplo, escrever em blogues, criar grupos de reflexão e de análise da sociedade, em geral, podem ser formas de actividade cívica: marcadamente passivas e unilaterais, mas não o deixam de ser, dependendo apenas do seu conteúdo e valores transmitidos. Todavia, tal não tem sido suficiente para reforçar a participação das pessoas e a proliferação de iniciativas comunitárias. A vida pessoal e profissional caracteriza-se recentemente por um preocupante desequilíbrio entre o interesse individual e o interesse colectivo. Todos têm algo de que se podem queixar: seja ao familiar, amigo, ao empresário da loja ou supermercado local, do político da freguesia aos governantes nacionais, todos têm algo para se queixar e até os bons e válidos argumentos se diluem na espuma quotidiana portuguesa, que a todos assola e a ninguém conforta. A Política, neste domínio, é fundamental para equilibrar e dar coesão naquilo que realmente importa para qualquer cidadão responsável e democrático: a construção de um bem comum maior, esteja onde estiver, seja aquilo que for, independentemente da sua dimensão e qualidade.

A Política (cujo axioma democrático nela pressuponho) é responsável pela coesão e equilíbrio das pessoas, sem esquecer, todavia, que a Política é as pessoas, é toda a comunidade, dela faz parte integrante mesmo os que não gostam da sua representação actual ou dos seus representantes modernos. A Política racionalizada é exclusiva do ser humano. Por isso, ela deve ser a última esperança humana a perder e a primeira a ser conquistada. Sem Política, não se atinge a plena realização da res publica e do cidadão.

Ora, naturalmente que não podem todos governar, nem decidir, nem sequer participar em todos os diversos actos e poderes que a “publica” concede, e deveria conceder, aos seus cidadãos. A ver bem, tal seria o fim da democracia e o início da verdadeira demagogia. A exigência cívica, assim, é feita à democracia representativa e à participativa. E em ambas é necessária a existência de instrumentos de colaboração e de condução da resolução dos problemas dos cidadãos e daqueles que ainda não podem exercer os seus direitos ou nasceram. Canais de audição, meios de comunicação, estruturas de acção e ... condutores políticos exemplares que abra o caminho ou consiga transportar os meios disponíveis para os fins alcançáveis. Não são condutores imaculados ou alienados dos seus sentimentos ou interesses pessoais. São Homens cujo interesse pessoal é servir uma certa causa colectiva, de natureza superior ao próprio interesse pessoal individualizado, como todos os seres humanos possuem. São pessoas que procuram resolver os problemas dos outros, desenvolver o seu estado de ânimo, pessoal e a sua região, que procuram na mudança uma oportunidade de crescimento, o visível e o invisível, e que se levantam para defender causas que transcendem a sua carreira e a ambição de poder, e apostam todo o seu talento na energia, esperança e problemas dos outros, bem maiores, por vezes, que toda a capacidade e vontade do líder político.

A exigência da liderança de cada nação, comunidade ou bairro mede-se pelo nível de participação de cada cidadão. Quanto maior a participação de todos, melhor a (definição e) qualidade do condutor, pois a liderança é como uma corda de duas pontas: quanto mais força nela se fizer numa ponta, maior a resistência (e força) na outra.

A actividade cívica e política significa, pois, contribuir para um mundo melhor, seja ao nível do condomínio, da paróquia, da freguesia, da nação ou sociedade internacional. A Política é determinante para o fortalecimento e desenvolvimento de qualquer espaço humanizado. É ela o motor dos grandes governantes e por ela se pauta a “razão pública” da acção. Sustentadamente, não há comunidade ou nação que prospere sem esperança e sem boa liderança. Não é mais do que um início e de simples “verbo”, mas não é uma ilusão ou uma causa perdida. Ilusão ou causa perdida, é pensar-se que nada, cada um, e sem ninguém, pode fazer-se para resolver os grandes problemas e desafios actuais de Portugal, quer os materiais e económicos, o “bem-estar’, quer os psicossociais, o ‘ser’ ou o “lugar” português.

Não nos devemos esquecer que não há nada no mundo que conhecemos que saibamos com certeza que não nos sobreviverá.... o mundo não é assim tão curto e pequeno, ao contrário do tempo que nos resta!
E está a contar... decrescentemente...