Bangkok: Hoje apetece-me escrever um post tres chic.
O postal de Chiang Mai nao chegou a tempo. Ele esta em falta para comigo. As ferias dao um trabalho infernal e enfim, nao me sobra tempo para escrever no blogue. Nao me levem pois a mal. O Norte da Tailandia surpreendeu quase tanto como Angkor no Cambodja. Nao pela monumentalidade mas sim pela quietude, simpatia e beleza nalguns casos quase virgem. Ao inves, virgindade e o que falta a Bangkok. Mas estamos longe de Phnon Pehn ou de Ha Noi. Aqui tudo ferve. E amor que arde e se sente, e ve. Estou quase apaixonado...
Amanha espero acabar o dia com tres horas de massagem tailandesa (das serias, caros amigos, das serias) num spa bem recomendado - tres chic, tres bien; que esta coisa da idade tem as suas vantagens. E espero comecar a viver 2008 sete horas mais cedo que a maioria dos que leem este post a beber um estranho sparkling Chardonnay e pinot noir das encostas Australianas.
Rica vida que se acaba, pois, como diz o adagio: nao ha bem quem sempre dure...
domingo, 30 de dezembro de 2007
Postal da tailandia
Postal da tailandia
Bangkok: Hoje apetece-me escrever um post tres chic.
O postal de Chiang Mai nao chegou a tempo. Ele esta em falta para comigo. As ferias dao um trabalho infernal e enfim, nao me sobra tempo para escrever no blogue. Nao me levem pois a mal. O Norte da Tailandia surpreendeu quase tanto como Angkor no Cambodja. Nao pela monumentalidade mas sim pela quietude, simpatia e beleza nalguns casos quase virgem. Ao inves, virgindade e o que falta a Bangkok. Mas estamos longe de Phnon Pehn ou de Ha Noi. Aqui tudo ferve. E amor que arde e se sente, e ve. Estou quase apaixonado...
Amanha espero acabar o dia com tres horas de massagem tailandesa (das serias, caros amigos, das serias) num spa bem recomendado - tres chic, tres bien; que esta coisa da idade tem as suas vantagens. E espero comecar a viver 2008 sete horas mais cedo que a maioria dos que leem este post a beber um estranho sparkling Chardonnay e pinot noir das encostas Australianas.
Rica vida que se acaba, pois, como diz o adagio: nao ha bem quem sempre dure...
O postal de Chiang Mai nao chegou a tempo. Ele esta em falta para comigo. As ferias dao um trabalho infernal e enfim, nao me sobra tempo para escrever no blogue. Nao me levem pois a mal. O Norte da Tailandia surpreendeu quase tanto como Angkor no Cambodja. Nao pela monumentalidade mas sim pela quietude, simpatia e beleza nalguns casos quase virgem. Ao inves, virgindade e o que falta a Bangkok. Mas estamos longe de Phnon Pehn ou de Ha Noi. Aqui tudo ferve. E amor que arde e se sente, e ve. Estou quase apaixonado...
Amanha espero acabar o dia com tres horas de massagem tailandesa (das serias, caros amigos, das serias) num spa bem recomendado - tres chic, tres bien; que esta coisa da idade tem as suas vantagens. E espero comecar a viver 2008 sete horas mais cedo que a maioria dos que leem este post a beber um estranho sparkling Chardonnay e pinot noir das encostas Australianas.
Rica vida que se acaba, pois, como diz o adagio: nao ha bem quem sempre dure...
sábado, 29 de dezembro de 2007
É melhor comprar uns contentores de sul-americanos
Há pouco mais de seis meses jogava na Liga de Honra em Portugal e era segunda escolha no Vitória de Guimarães de Manuel Cajuda, que lutava para subir de divisão. Agora, Pelé, que nunca jogou no principal escalão português, está em Itália a disputar um dos campeonatos mais competitivos do mundo com a camisola do actual campeão, o Inter de Milão.
Texto e foto: Público
É melhor comprar uns contentores de sul-americanos
Há pouco mais de seis meses jogava na Liga de Honra em Portugal e era segunda escolha no Vitória de Guimarães de Manuel Cajuda, que lutava para subir de divisão. Agora, Pelé, que nunca jogou no principal escalão português, está em Itália a disputar um dos campeonatos mais competitivos do mundo com a camisola do actual campeão, o Inter de Milão.
Texto e foto: Público
Uma verdade inconveniente
O Ocidente perceberá um dia que não existem "moderados" no islão. Tirando a tecnologia, o islão rejeita em grosso e por atacado tudo o que o Ocidente criou e representa. A começar pela democracia.
Vasco Pulido Valente, no Público
Uma verdade inconveniente
O Ocidente perceberá um dia que não existem "moderados" no islão. Tirando a tecnologia, o islão rejeita em grosso e por atacado tudo o que o Ocidente criou e representa. A começar pela democracia.
Vasco Pulido Valente, no Público
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Se BCP = Moderna, então Constâncio é quem?
Toda esta história do BCP faz-me lembrar o caso Moderna.
Toda não, porque o pudor da Judiciária e do Ministério Público impede-os de promover a prisão preventiva de Jardim Gonçalves & Companhia com a mesma ferocidade com que o fazem quando os suspeitos são menos endinheirados ou poderosos.
Por outro lado, outro ponto que começa a brotar para a ordem do dia é o papel ocultador e dissimulador levado a cabo pelo Banco de Portugal e pela CMVM.
É que se não fosse Joe Berardo a lutar - sozinho - pela divulgação de todo o mal em que o BCP está envolvido, ainda hoje veríamos o sorriso trocista de João Salgueiro a pedir decoro e discrição, e ainda hoje veríamos Vítor Constâncio a sossegar-nos com as suas análises.
Além do mais, foi preciso a SEC intervir para que Constâncio fosse forçado - por uma vez - a cumprir o seu papel em vez de andar a fazer propaganda por salários baixos (excepto o seu, claro!) e juros altos.
Até quando durará Constâncio em funções?
Até quando durará Jardim Gonçalves em liberdade?
Toda não, porque o pudor da Judiciária e do Ministério Público impede-os de promover a prisão preventiva de Jardim Gonçalves & Companhia com a mesma ferocidade com que o fazem quando os suspeitos são menos endinheirados ou poderosos.
Por outro lado, outro ponto que começa a brotar para a ordem do dia é o papel ocultador e dissimulador levado a cabo pelo Banco de Portugal e pela CMVM.
É que se não fosse Joe Berardo a lutar - sozinho - pela divulgação de todo o mal em que o BCP está envolvido, ainda hoje veríamos o sorriso trocista de João Salgueiro a pedir decoro e discrição, e ainda hoje veríamos Vítor Constâncio a sossegar-nos com as suas análises.
Além do mais, foi preciso a SEC intervir para que Constâncio fosse forçado - por uma vez - a cumprir o seu papel em vez de andar a fazer propaganda por salários baixos (excepto o seu, claro!) e juros altos.
Até quando durará Constâncio em funções?
Até quando durará Jardim Gonçalves em liberdade?
Se BCP = Moderna, então Constâncio é quem?
Toda esta história do BCP faz-me lembrar o caso Moderna.
Toda não, porque o pudor da Judiciária e do Ministério Público impede-os de promover a prisão preventiva de Jardim Gonçalves & Companhia com a mesma ferocidade com que o fazem quando os suspeitos são menos endinheirados ou poderosos.
Por outro lado, outro ponto que começa a brotar para a ordem do dia é o papel ocultador e dissimulador levado a cabo pelo Banco de Portugal e pela CMVM.
É que se não fosse Joe Berardo a lutar - sozinho - pela divulgação de todo o mal em que o BCP está envolvido, ainda hoje veríamos o sorriso trocista de João Salgueiro a pedir decoro e discrição, e ainda hoje veríamos Vítor Constâncio a sossegar-nos com as suas análises.
Além do mais, foi preciso a SEC intervir para que Constâncio fosse forçado - por uma vez - a cumprir o seu papel em vez de andar a fazer propaganda por salários baixos (excepto o seu, claro!) e juros altos.
Até quando durará Constâncio em funções?
Até quando durará Jardim Gonçalves em liberdade?
Toda não, porque o pudor da Judiciária e do Ministério Público impede-os de promover a prisão preventiva de Jardim Gonçalves & Companhia com a mesma ferocidade com que o fazem quando os suspeitos são menos endinheirados ou poderosos.
Por outro lado, outro ponto que começa a brotar para a ordem do dia é o papel ocultador e dissimulador levado a cabo pelo Banco de Portugal e pela CMVM.
É que se não fosse Joe Berardo a lutar - sozinho - pela divulgação de todo o mal em que o BCP está envolvido, ainda hoje veríamos o sorriso trocista de João Salgueiro a pedir decoro e discrição, e ainda hoje veríamos Vítor Constâncio a sossegar-nos com as suas análises.
Além do mais, foi preciso a SEC intervir para que Constâncio fosse forçado - por uma vez - a cumprir o seu papel em vez de andar a fazer propaganda por salários baixos (excepto o seu, claro!) e juros altos.
Até quando durará Constâncio em funções?
Até quando durará Jardim Gonçalves em liberdade?
Benazir Bhutto morta em atentado suicida
Benazir Bhutto faleceu após um atentado num comício em Rawalpindi, no Paquistão. A morte da ex-presidente paquistanesa, que fazia campanha para as eleições gerais de 8 de Janeiro, aconteceu horas depois de um tiroteio num comício de um outro dirigente da oposição paquistanesa. (TSF)
Os países islâmicos continuam a demonstrar a sua peculiar relação com a liberdade e com a democracia...
Benazir Bhutto morta em atentado suicida
Benazir Bhutto faleceu após um atentado num comício em Rawalpindi, no Paquistão. A morte da ex-presidente paquistanesa, que fazia campanha para as eleições gerais de 8 de Janeiro, aconteceu horas depois de um tiroteio num comício de um outro dirigente da oposição paquistanesa. (TSF)
Os países islâmicos continuam a demonstrar a sua peculiar relação com a liberdade e com a democracia...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Natal 4
Natal 4
domingo, 23 de dezembro de 2007
Diz que e uma especie de Natal...
Chiang Mai: Este ano nao ha a boa companhia dos amigos argentinos, nem Malbec ou piscina de aguas tepidas. O hemisferio e outro (alias Chiang Mai deve estar nos antipodas de Buenos Aires), o planisferio pessoal tambem mas os trinta e muitos graus estao ca, tal como o ceu limpo e a ausencia de vento. Do Pai Natal nem rasto mas renas (com as aspas que eu nao encontro no teclado) e coisas que nao falta por ai nas ruas. Estou a comecar a adorar este karma de passar a epoca natalicia longe da minha natalidade. A familia ficou a promessa que no proximo ano o Natal sera passado em casa. Mas prometo tambem que nao volto a prometer nada mais.
Deixemo-nos de balelas: O Natal sempre foi, e e sera o tempo mae de todos os egoismos. Deixamos desejos, fazemos votos, damos presentes acima de tudo porque isso nos faz sentir melhor. Os outros ficam felizes, mas nos ficamos ainda mais porque os fazemos felizes. E assim mesmo e a moral nao e para aqui chamada. Por isso, esperem so um pouco mais, mas faco sinceros (eheheheheh) votos que o menino buda me continue a dar vida, saude e dinheiro para gastos em ricos passeios como este. Depois, e como gosto dos meus amigos e de todos os que nos leem, desejo aos meus amigos e amigas, leitoras e leitores um Santo e Feliz Natal com saude e na companhia dos que mais amam.
Deixemo-nos de balelas: O Natal sempre foi, e e sera o tempo mae de todos os egoismos. Deixamos desejos, fazemos votos, damos presentes acima de tudo porque isso nos faz sentir melhor. Os outros ficam felizes, mas nos ficamos ainda mais porque os fazemos felizes. E assim mesmo e a moral nao e para aqui chamada. Por isso, esperem so um pouco mais, mas faco sinceros (eheheheheh) votos que o menino buda me continue a dar vida, saude e dinheiro para gastos em ricos passeios como este. Depois, e como gosto dos meus amigos e de todos os que nos leem, desejo aos meus amigos e amigas, leitoras e leitores um Santo e Feliz Natal com saude e na companhia dos que mais amam.
Etiquetas:
da rica vida,
é natal ninguém leva a mal
Diz que e uma especie de Natal...
Chiang Mai: Este ano nao ha a boa companhia dos amigos argentinos, nem Malbec ou piscina de aguas tepidas. O hemisferio e outro (alias Chiang Mai deve estar nos antipodas de Buenos Aires), o planisferio pessoal tambem mas os trinta e muitos graus estao ca, tal como o ceu limpo e a ausencia de vento. Do Pai Natal nem rasto mas renas (com as aspas que eu nao encontro no teclado) e coisas que nao falta por ai nas ruas. Estou a comecar a adorar este karma de passar a epoca natalicia longe da minha natalidade. A familia ficou a promessa que no proximo ano o Natal sera passado em casa. Mas prometo tambem que nao volto a prometer nada mais.
Deixemo-nos de balelas: O Natal sempre foi, e e sera o tempo mae de todos os egoismos. Deixamos desejos, fazemos votos, damos presentes acima de tudo porque isso nos faz sentir melhor. Os outros ficam felizes, mas nos ficamos ainda mais porque os fazemos felizes. E assim mesmo e a moral nao e para aqui chamada. Por isso, esperem so um pouco mais, mas faco sinceros (eheheheheh) votos que o menino buda me continue a dar vida, saude e dinheiro para gastos em ricos passeios como este. Depois, e como gosto dos meus amigos e de todos os que nos leem, desejo aos meus amigos e amigas, leitoras e leitores um Santo e Feliz Natal com saude e na companhia dos que mais amam.
Deixemo-nos de balelas: O Natal sempre foi, e e sera o tempo mae de todos os egoismos. Deixamos desejos, fazemos votos, damos presentes acima de tudo porque isso nos faz sentir melhor. Os outros ficam felizes, mas nos ficamos ainda mais porque os fazemos felizes. E assim mesmo e a moral nao e para aqui chamada. Por isso, esperem so um pouco mais, mas faco sinceros (eheheheheh) votos que o menino buda me continue a dar vida, saude e dinheiro para gastos em ricos passeios como este. Depois, e como gosto dos meus amigos e de todos os que nos leem, desejo aos meus amigos e amigas, leitoras e leitores um Santo e Feliz Natal com saude e na companhia dos que mais amam.
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Natal 3
Natal 3
A oeste nada de novo
Ao fim de mais de quinze dias de viagem perco um pouco do meu rico e sacrosanto tempo num periplo mais demorado pelas esferas lusas da comunicacao. A sensacao com que fico e que em Portugal os jornais quase ja nao existem pois nao cumprem a sua funcao prima: informar. Restam, ja o sabemos ha muito, os blogues. Por estes fico de boca aberta com a nova campanha que promete promover Portugal no estrangeiro como a West Coast of Europe. Sobre isto apenas mais duas palavras: sem palavras. Nos blogues encontro ainda uma abordagem seria e eficaz de um dos destaques noticiosos do momento - pelo menos nos media internacionais - as eleicoes aqui na Tailandia. E feita pelo Miguel aqui no Combustoes e e de leitura obrigatoria para quem deseja compreender o que tanto que se joga no mais dinamico ,livre e moderno Tigre asiatico. Encontro ainda nos blogues espacos dignos de criatividade e bom gosto associado a nova vida nomada. Aproveitem a quadra para ler o Tempo de Viajar e ficam com uma pequena ideia do que quero dizer.
A oeste nada de novo
Ao fim de mais de quinze dias de viagem perco um pouco do meu rico e sacrosanto tempo num periplo mais demorado pelas esferas lusas da comunicacao. A sensacao com que fico e que em Portugal os jornais quase ja nao existem pois nao cumprem a sua funcao prima: informar. Restam, ja o sabemos ha muito, os blogues. Por estes fico de boca aberta com a nova campanha que promete promover Portugal no estrangeiro como a West Coast of Europe. Sobre isto apenas mais duas palavras: sem palavras. Nos blogues encontro ainda uma abordagem seria e eficaz de um dos destaques noticiosos do momento - pelo menos nos media internacionais - as eleicoes aqui na Tailandia. E feita pelo Miguel aqui no Combustoes e e de leitura obrigatoria para quem deseja compreender o que tanto que se joga no mais dinamico ,livre e moderno Tigre asiatico. Encontro ainda nos blogues espacos dignos de criatividade e bom gosto associado a nova vida nomada. Aproveitem a quadra para ler o Tempo de Viajar e ficam com uma pequena ideia do que quero dizer.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Postal do Viet Nam
Ha Noi: Bem vindos a outro planeta. Os cheiros, os sabores, os sons, o clima, a vida da cidade, o barulho infernal, a conducao nas estradas sempre com a tragedia a espreita. A miseria. Tudo. A conferir razao aos que dizem que por muito que viajemos nunca conheceremos o mundo e a natureza humana sem conhecer a Asia. So visto e sentido, contado ninguem acredita. O pais dos Viets marca. Como experiencia e seminal, obrigatoria, fundamental. Como destino de ferias enfim...
Tudo corre mais calmo agora que chego a tranquilidade tailandes. No norte, na velha Chiang Mai.
Ate um dia destes.
Tudo corre mais calmo agora que chego a tranquilidade tailandes. No norte, na velha Chiang Mai.
Ate um dia destes.
Postal do Viet Nam
Ha Noi: Bem vindos a outro planeta. Os cheiros, os sabores, os sons, o clima, a vida da cidade, o barulho infernal, a conducao nas estradas sempre com a tragedia a espreita. A miseria. Tudo. A conferir razao aos que dizem que por muito que viajemos nunca conheceremos o mundo e a natureza humana sem conhecer a Asia. So visto e sentido, contado ninguem acredita. O pais dos Viets marca. Como experiencia e seminal, obrigatoria, fundamental. Como destino de ferias enfim...
Tudo corre mais calmo agora que chego a tranquilidade tailandes. No norte, na velha Chiang Mai.
Ate um dia destes.
Tudo corre mais calmo agora que chego a tranquilidade tailandes. No norte, na velha Chiang Mai.
Ate um dia destes.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
N MÚSICAS XLV
"Human" - Sol Seppy
N MÚSICAS XLV
"Human" - Sol Seppy
N ARIANES X
Cena: Times Square Garden
Filme: Vanilla Sky
Realizador: Cameron Crowe
Imaginem que aquele desejo que toda a gente já cometeu na vida ("Deixem-me em Paz! Desapareçam!"), acontecia. Pensem um pouco, profundamente, nessa realidade sonhada. A pergunta que se pode colocar de seguida é "Quantos minutos demoraria pedir que aparecessse alguém". Quantos?... E porquê? Por que somos assim? E, paradoxalmente, por que estamos sempre sozinhos nas nossas multidões pessoais e profissionais, sempre mergulhados no nosso interior? Por vezes, afogados nele. Uns mais, outros menos, porquê?
Mais do que a cena, importante é a oportunidade que ela nos oferece para reflectirmos sobre o nosso mundo... com os olhos bem abertos.
Filme: Vanilla Sky
Realizador: Cameron Crowe
Imaginem que aquele desejo que toda a gente já cometeu na vida ("Deixem-me em Paz! Desapareçam!"), acontecia. Pensem um pouco, profundamente, nessa realidade sonhada. A pergunta que se pode colocar de seguida é "Quantos minutos demoraria pedir que aparecessse alguém". Quantos?... E porquê? Por que somos assim? E, paradoxalmente, por que estamos sempre sozinhos nas nossas multidões pessoais e profissionais, sempre mergulhados no nosso interior? Por vezes, afogados nele. Uns mais, outros menos, porquê?
Mais do que a cena, importante é a oportunidade que ela nos oferece para reflectirmos sobre o nosso mundo... com os olhos bem abertos.
N ARIANES X
Cena: Times Square Garden
Filme: Vanilla Sky
Realizador: Cameron Crowe
Imaginem que aquele desejo que toda a gente já cometeu na vida ("Deixem-me em Paz! Desapareçam!"), acontecia. Pensem um pouco, profundamente, nessa realidade sonhada. A pergunta que se pode colocar de seguida é "Quantos minutos demoraria pedir que aparecessse alguém". Quantos?... E porquê? Por que somos assim? E, paradoxalmente, por que estamos sempre sozinhos nas nossas multidões pessoais e profissionais, sempre mergulhados no nosso interior? Por vezes, afogados nele. Uns mais, outros menos, porquê?
Mais do que a cena, importante é a oportunidade que ela nos oferece para reflectirmos sobre o nosso mundo... com os olhos bem abertos.
Filme: Vanilla Sky
Realizador: Cameron Crowe
Imaginem que aquele desejo que toda a gente já cometeu na vida ("Deixem-me em Paz! Desapareçam!"), acontecia. Pensem um pouco, profundamente, nessa realidade sonhada. A pergunta que se pode colocar de seguida é "Quantos minutos demoraria pedir que aparecessse alguém". Quantos?... E porquê? Por que somos assim? E, paradoxalmente, por que estamos sempre sozinhos nas nossas multidões pessoais e profissionais, sempre mergulhados no nosso interior? Por vezes, afogados nele. Uns mais, outros menos, porquê?
Mais do que a cena, importante é a oportunidade que ela nos oferece para reflectirmos sobre o nosso mundo... com os olhos bem abertos.
Música - O melhor de 2007 - Top Ten
Como tem sido habitual, aqui vai a minha lista de música preferida de 2007. Muita boa música ficou de fora, e provavelmente até estou a esquecer-me de alguma que merece constar desta lista, mas esta é a lista que demorei 2 dias a fazer. O resto dela, podem vê-la na rubrica N MÚSICAS que publico no ARCÁDIA ao longo do ano.
Os álbuns e as músicas têm em consideração a data do seu lançamento em Portugal.
Boa audição.
Álbuns
1.º - "Hvarf/Heim", Sigur Rós
2.º - "Neon Bible" - Arcade Fire
3.º - "Boxer" - The National
4.º - "In rainbows", Radiohead
5.º - - "Nux Vomica", The Veils
6.º - "23", Blonde Redhead
7.º - "All of a Sudden I Miss Everyone", Explosions in the Sky
8.º - "No Shouts, No Calls" - Electrelane
9.º - "Release the Stars", Rufus Wainwright
10.º - "Kurr", Amiina
(Bónus)
- "A Place to Bury Strangers", A Place to Bury Strangers
- "The World is Not Fair", The Teenagers
Canções
1.º - "I Gaer", Sigur Rós
2.º - ""Reckoner", Radiohead
3.º - "Nude", Radiohead
4.º - "Smoother + Evil = Hurt" - The Kissaway Trail
5.º - "Mistaken for Strangers" - The National
6.º - "Dark Matter", Andrew Bird
7.º - "Into the Galaxy", Midnight Juggernauts
8.º - "Rest My Chemistry", Interpol
9.º - "You Know I'm No Good", Amy Winehouse
10.º - "Starlett Johansson", The Teenagers
(Bónus)
- "That Summer At Home I Had Become The Invisible Boy", Twilight Sad
- "Paper Planes" M.I.A.
Os álbuns e as músicas têm em consideração a data do seu lançamento em Portugal.
Boa audição.
Álbuns
1.º - "Hvarf/Heim", Sigur Rós
2.º - "Neon Bible" - Arcade Fire
3.º - "Boxer" - The National
4.º - "In rainbows", Radiohead
5.º - - "Nux Vomica", The Veils
6.º - "23", Blonde Redhead
7.º - "All of a Sudden I Miss Everyone", Explosions in the Sky
8.º - "No Shouts, No Calls" - Electrelane
9.º - "Release the Stars", Rufus Wainwright
10.º - "Kurr", Amiina
(Bónus)
- "A Place to Bury Strangers", A Place to Bury Strangers
- "The World is Not Fair", The Teenagers
Canções
1.º - "I Gaer", Sigur Rós
2.º - ""Reckoner", Radiohead
3.º - "Nude", Radiohead
4.º - "Smoother + Evil = Hurt" - The Kissaway Trail
5.º - "Mistaken for Strangers" - The National
6.º - "Dark Matter", Andrew Bird
7.º - "Into the Galaxy", Midnight Juggernauts
8.º - "Rest My Chemistry", Interpol
9.º - "You Know I'm No Good", Amy Winehouse
10.º - "Starlett Johansson", The Teenagers
(Bónus)
- "That Summer At Home I Had Become The Invisible Boy", Twilight Sad
- "Paper Planes" M.I.A.
Música - O melhor de 2007 - Top Ten
Como tem sido habitual, aqui vai a minha lista de música preferida de 2007. Muita boa música ficou de fora, e provavelmente até estou a esquecer-me de alguma que merece constar desta lista, mas esta é a lista que demorei 2 dias a fazer. O resto dela, podem vê-la na rubrica N MÚSICAS que publico no ARCÁDIA ao longo do ano.
Os álbuns e as músicas têm em consideração a data do seu lançamento em Portugal.
Boa audição.
Álbuns
1.º - "Hvarf/Heim", Sigur Rós
2.º - "Neon Bible" - Arcade Fire
3.º - "Boxer" - The National
4.º - "In rainbows", Radiohead
5.º - - "Nux Vomica", The Veils
6.º - "23", Blonde Redhead
7.º - "All of a Sudden I Miss Everyone", Explosions in the Sky
8.º - "No Shouts, No Calls" - Electrelane
9.º - "Release the Stars", Rufus Wainwright
10.º - "Kurr", Amiina
(Bónus)
- "A Place to Bury Strangers", A Place to Bury Strangers
- "The World is Not Fair", The Teenagers
Canções
1.º - "I Gaer", Sigur Rós
2.º - ""Reckoner", Radiohead
3.º - "Nude", Radiohead
4.º - "Smoother + Evil = Hurt" - The Kissaway Trail
5.º - "Mistaken for Strangers" - The National
6.º - "Dark Matter", Andrew Bird
7.º - "Into the Galaxy", Midnight Juggernauts
8.º - "Rest My Chemistry", Interpol
9.º - "You Know I'm No Good", Amy Winehouse
10.º - "Starlett Johansson", The Teenagers
(Bónus)
- "That Summer At Home I Had Become The Invisible Boy", Twilight Sad
- "Paper Planes" M.I.A.
Os álbuns e as músicas têm em consideração a data do seu lançamento em Portugal.
Boa audição.
Álbuns
1.º - "Hvarf/Heim", Sigur Rós
2.º - "Neon Bible" - Arcade Fire
3.º - "Boxer" - The National
4.º - "In rainbows", Radiohead
5.º - - "Nux Vomica", The Veils
6.º - "23", Blonde Redhead
7.º - "All of a Sudden I Miss Everyone", Explosions in the Sky
8.º - "No Shouts, No Calls" - Electrelane
9.º - "Release the Stars", Rufus Wainwright
10.º - "Kurr", Amiina
(Bónus)
- "A Place to Bury Strangers", A Place to Bury Strangers
- "The World is Not Fair", The Teenagers
Canções
1.º - "I Gaer", Sigur Rós
2.º - ""Reckoner", Radiohead
3.º - "Nude", Radiohead
4.º - "Smoother + Evil = Hurt" - The Kissaway Trail
5.º - "Mistaken for Strangers" - The National
6.º - "Dark Matter", Andrew Bird
7.º - "Into the Galaxy", Midnight Juggernauts
8.º - "Rest My Chemistry", Interpol
9.º - "You Know I'm No Good", Amy Winehouse
10.º - "Starlett Johansson", The Teenagers
(Bónus)
- "That Summer At Home I Had Become The Invisible Boy", Twilight Sad
- "Paper Planes" M.I.A.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
N MÚSICAS XLIV
"Midnight in a perfect world" - DJ Shadow
N MÚSICAS XLIV
"Midnight in a perfect world" - DJ Shadow
sábado, 15 de dezembro de 2007
Público: Abrupto meets Arcádia
No Público de hoje, Pacheco Pereira mete os pontos nos "ii", mete o dedo na ferida, enfim, põe a mão na consciência colectiva da população de uma cidade linda e com uma história fabulosa, cidade conspurcada por um grupo criminoso que a tomou de assalto utilizando o velho estratagema do cavalo, que Ulisses engendrou para tomar Tróia.
O cavalo foi e é o F.C.Porto. O grupo criminoso, todos sabemos quem são, mesmo os deputados que organizam jantares na Assembleia da República para os incensar. Todos sabemos quem são, mesmo os jornalistas da RTP-Porto que se recusaram a entrevistar Carolina Salgado e a fazer peças sobre o seu livro. Todos sabemos quem são, mesmo Guilherme Aguiar e Rui Moreira.
Ora, se toda a gente sabe isso, por que razão todos riram trocistas quando Luís Filipe Vieira disse que eles são piores que a máfia calabresa?...
Público: Abrupto meets Arcádia
No Público de hoje, Pacheco Pereira mete os pontos nos "ii", mete o dedo na ferida, enfim, põe a mão na consciência colectiva da população de uma cidade linda e com uma história fabulosa, cidade conspurcada por um grupo criminoso que a tomou de assalto utilizando o velho estratagema do cavalo, que Ulisses engendrou para tomar Tróia.
O cavalo foi e é o F.C.Porto. O grupo criminoso, todos sabemos quem são, mesmo os deputados que organizam jantares na Assembleia da República para os incensar. Todos sabemos quem são, mesmo os jornalistas da RTP-Porto que se recusaram a entrevistar Carolina Salgado e a fazer peças sobre o seu livro. Todos sabemos quem são, mesmo Guilherme Aguiar e Rui Moreira.
Ora, se toda a gente sabe isso, por que razão todos riram trocistas quando Luís Filipe Vieira disse que eles são piores que a máfia calabresa?...
6 meses 6 mortes
"Os magistrados sentem que parece que no Porto não há pessoas competentes para o fazer" (investigar as máfias portistas)
António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público
Julgo que não está aqui em causa a sua competência para deslindar o caso, mas sim a sua competência para empatar processos, ou avisar suspeitos das buscas e revistas que se efectuarão...
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meu portugal brasileiro,
porto
6 meses 6 mortes
"Os magistrados sentem que parece que no Porto não há pessoas competentes para o fazer" (investigar as máfias portistas)
António Cluny, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público
Julgo que não está aqui em causa a sua competência para deslindar o caso, mas sim a sua competência para empatar processos, ou avisar suspeitos das buscas e revistas que se efectuarão...
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20 anos
Completaram-se por estes dias 20 anos sobre a conquista do F.C. Porto da sua primeira taça Toyota, no Japão. Sobre o que sucedeu depois, as melhores palavras que o descrevem são as de Pacheco Pereira, no Público:
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20 anos
Completaram-se por estes dias 20 anos sobre a conquista do F.C. Porto da sua primeira taça Toyota, no Japão. Sobre o que sucedeu depois, as melhores palavras que o descrevem são as de Pacheco Pereira, no Público:
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Postal do Cambodja
Siem Reap: Enquanto por ai se almoca (perdoem o meu frances - teclado oblige) por ca ja se jantou muito arroz, frango, basilico fresco e chilis numa mistura fina e perfumada regada com a bela Angkor, a cerveja ao som dos imparaveis tuk-tuk. Corre quente e humida a vida por ca. Phnom Pehn surpreende e nao ha palavras para descrever o exotismo e beleza dos milhares de hectares das ruinas de Angkor. Vi coisas que nunca imaginei ver (boas e mas), senti prazeres que e dificil encontrar. Faltam cerca de vinte e quatro horas para abandonar a aventura cambojeana e abracar a aventura vietenamita. Viajar e preciso. Beijos e abracos.
Postal do Cambodja
Siem Reap: Enquanto por ai se almoca (perdoem o meu frances - teclado oblige) por ca ja se jantou muito arroz, frango, basilico fresco e chilis numa mistura fina e perfumada regada com a bela Angkor, a cerveja ao som dos imparaveis tuk-tuk. Corre quente e humida a vida por ca. Phnom Pehn surpreende e nao ha palavras para descrever o exotismo e beleza dos milhares de hectares das ruinas de Angkor. Vi coisas que nunca imaginei ver (boas e mas), senti prazeres que e dificil encontrar. Faltam cerca de vinte e quatro horas para abandonar a aventura cambojeana e abracar a aventura vietenamita. Viajar e preciso. Beijos e abracos.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
ArcádiaQuiz (XV)
Os procuradores que trabalham no DIAP do Porto estão indignados com a criação de uma equipa especial nomeada directamente por Pinto Monteiro, o Procurador-Geral da República porque:
a) Porque são bichos do mato e não gostam de gente de fora;
b) Porque acham que vai haver mais gente a quem distribuir dinheiro para fechar os olhos e fazer de conta que aquilo só tem que ver com discotecas;
c) Porque têm medo que se descubra que, afinal, o Luís Filipe Vieira tinha razão quando disse que a Máfia Calabresa era uma brincadeira de crianças perto da máfia portista, e que o José Mourinho também tinha razão quando comparou o Porto a Palermo.
ArcádiaQuiz (XV)
Os procuradores que trabalham no DIAP do Porto estão indignados com a criação de uma equipa especial nomeada directamente por Pinto Monteiro, o Procurador-Geral da República porque:
a) Porque são bichos do mato e não gostam de gente de fora;
b) Porque acham que vai haver mais gente a quem distribuir dinheiro para fechar os olhos e fazer de conta que aquilo só tem que ver com discotecas;
c) Porque têm medo que se descubra que, afinal, o Luís Filipe Vieira tinha razão quando disse que a Máfia Calabresa era uma brincadeira de crianças perto da máfia portista, e que o José Mourinho também tinha razão quando comparou o Porto a Palermo.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
PALETA DE PALAVRAS LXIV
"Fundamentalmente, a felicidade consiste na entrega activa a projectos com valor objectivo."
(Desidério Murcho)
(Desidério Murcho)
PALETA DE PALAVRAS LXIV
"Fundamentalmente, a felicidade consiste na entrega activa a projectos com valor objectivo."
(Desidério Murcho)
(Desidério Murcho)
Bom estar! Simplesmente, estar.
"Salka" - Sigur Rós (video adaptado)
Notem cada som, cada timbre, anotem cada imagem que imaginam de olhos fechados. Parece fácil sentir tanto céu e sol. Parece demasiado fácil... não deve ser verdade.
Se não fossemos tão desconfiados, até este post seria real!
Notem cada som, cada timbre, anotem cada imagem que imaginam de olhos fechados. Parece fácil sentir tanto céu e sol. Parece demasiado fácil... não deve ser verdade.
Se não fossemos tão desconfiados, até este post seria real!
Bom estar! Simplesmente, estar.
"Salka" - Sigur Rós (video adaptado)
Notem cada som, cada timbre, anotem cada imagem que imaginam de olhos fechados. Parece fácil sentir tanto céu e sol. Parece demasiado fácil... não deve ser verdade.
Se não fossemos tão desconfiados, até este post seria real!
Notem cada som, cada timbre, anotem cada imagem que imaginam de olhos fechados. Parece fácil sentir tanto céu e sol. Parece demasiado fácil... não deve ser verdade.
Se não fossemos tão desconfiados, até este post seria real!
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
O futuro (presente) das escolas europeias
O futuro (presente) das escolas europeias
PALETA DE PALAVRAS LXIV
«A Internet é a maior colecção de insultos, mexericos, boatos e disparates alguma vez reunida na história da humanidade. Existem também coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora. Mas não há dúvida que numa grande parte dos blogs, mensagens, comentários e sites de debate dominam o pedantismo e a grosseria, maldade e despeito, vacuidade e a mais pura e prístina estupidez.
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das neves, in Diário de Notícias, 26-11-07
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das neves, in Diário de Notícias, 26-11-07
PALETA DE PALAVRAS LXIV
«A Internet é a maior colecção de insultos, mexericos, boatos e disparates alguma vez reunida na história da humanidade. Existem também coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora. Mas não há dúvida que numa grande parte dos blogs, mensagens, comentários e sites de debate dominam o pedantismo e a grosseria, maldade e despeito, vacuidade e a mais pura e prístina estupidez.
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das neves, in Diário de Notícias, 26-11-07
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das neves, in Diário de Notícias, 26-11-07
sábado, 8 de dezembro de 2007
Da rica vida...
Ora então um Santo Natal a todas e a todos.
Parto para a velha Indochina daqui a pouco. Em vez de Menino Jesus, vou me encontrar com o menino Buda; em vez de bacalhau, terei arroz com fartura nesta consoada, com sorte, passada em Chiang Mai. A passagem para 2008 será na Cidade dos Anjos - não essa, a da Asia. Mas antes haverá muito verde, calor e mosquitos com fartura. Quando puder dou noticas. Desejem-me sorte pois desta vez algo me diz que bem dela precisarei. Como diz a minha sobrinha: Xáááááaaaaaáááuu.
Parto para a velha Indochina daqui a pouco. Em vez de Menino Jesus, vou me encontrar com o menino Buda; em vez de bacalhau, terei arroz com fartura nesta consoada, com sorte, passada em Chiang Mai. A passagem para 2008 será na Cidade dos Anjos - não essa, a da Asia. Mas antes haverá muito verde, calor e mosquitos com fartura. Quando puder dou noticas. Desejem-me sorte pois desta vez algo me diz que bem dela precisarei. Como diz a minha sobrinha: Xáááááaaaaaáááuu.
Da rica vida...
Ora então um Santo Natal a todas e a todos.
Parto para a velha Indochina daqui a pouco. Em vez de Menino Jesus, vou me encontrar com o menino Buda; em vez de bacalhau, terei arroz com fartura nesta consoada, com sorte, passada em Chiang Mai. A passagem para 2008 será na Cidade dos Anjos - não essa, a da Asia. Mas antes haverá muito verde, calor e mosquitos com fartura. Quando puder dou noticas. Desejem-me sorte pois desta vez algo me diz que bem dela precisarei. Como diz a minha sobrinha: Xáááááaaaaaáááuu.
Parto para a velha Indochina daqui a pouco. Em vez de Menino Jesus, vou me encontrar com o menino Buda; em vez de bacalhau, terei arroz com fartura nesta consoada, com sorte, passada em Chiang Mai. A passagem para 2008 será na Cidade dos Anjos - não essa, a da Asia. Mas antes haverá muito verde, calor e mosquitos com fartura. Quando puder dou noticas. Desejem-me sorte pois desta vez algo me diz que bem dela precisarei. Como diz a minha sobrinha: Xáááááaaaaaáááuu.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Natal 2
Olha... dá para embalar a minha de um mês e uma semana num braço e no outro dá postar músicas de quando eu era bebé...
Etiquetas:
a todos um bom Natal,
desce euribor desce
Natal 2
Olha... dá para embalar a minha de um mês e uma semana num braço e no outro dá postar músicas de quando eu era bebé...
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a todos um bom Natal,
desce euribor desce
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
A ignorância deve ser livre mas a estupidez devia pagar imposto
Pergunta o jornalista da SIC a um homem de idade na rua em Lisboa: "Sabe o que é o Darfur?". Responde o homem: "É um supermercado onde se vende moveis e assim…".
A ignorância deve ser livre mas a estupidez devia pagar imposto
Pergunta o jornalista da SIC a um homem de idade na rua em Lisboa: "Sabe o que é o Darfur?". Responde o homem: "É um supermercado onde se vende moveis e assim…".
Tow-in Lourinhã (II)
Por princípio sempre fui contra o blá-blá dos "secret spots". Por princípio e por fim. Apesar da costa portuguesas ser vasta, não é assim tão grande para que possa guardar segredos insondáveis. Na sequência do domingo passado fiquei curioso para saber onde era esse tal pedaço oculto de costa que tanto custou à "comunidade das ondas" ver parcialmente violado em "prime time". Sucede que a chave do segredo veio ter comigo sem que eu tivesse sequer de perguntar por ela. E hoje, aproveitando mais uma forte entrada de ondulação, fui conhecer o tesouro. Cheguei tarde de mais. A sessão de tow-in protagonizada por Ruben Gonzales e José Gregório tinha terminado há pouco. Por lá estavam ainda dois bodyboarders e ouvia-se dizer que foram estes os que apanharam as maiores da manhã…, "à unha", sem meios mecânicos. Mas ainda cheguei a tempo de abrir a boca de espanto com as enormes paredes de água que quebravam para…, ninguém. E enquanto admirava a força de Neptuno a esmagar-se lá longe, pensava o que poderá ser aquele local com uma ondulação de mais dois ou três metros a roçar as proporções bíblicas. Especulando um pouco, fiquei com a sensação que perante um swell verdadeiramente gigante aquele local poderá entrar para as primeiras paginas mundiais do surf em ondas grandes. Voltando ao inicio da conversa, já em casa, fiz uma pesquisa na net pelo nome especifico deste pequeno grande segredo bem guardado. E não é que num tempo em que tudo é publico, em que são cada vez menos aqueles que sabem guardar uma simples confidência, nada, rigorosamente nada, se pode encontrar que nos indique especificamente qual o local do tesouro? Concorre ainda um facto importante para que o segredo sobre aquele local seja preservado o mais possível. É um local ermo mas bonito, escondido e com um peculiar ecossistema frágil. Afinal…, os segredos até têm uma certa graça. Especialmente quando também são nossos, pois claro. [Na foto o bodyboarder João André mostra no domingo passado aos tow-in riders com quanta coragem se faz um homenzinho]
Tow-in Lourinhã (II)
Por princípio sempre fui contra o blá-blá dos "secret spots". Por princípio e por fim. Apesar da costa portuguesas ser vasta, não é assim tão grande para que possa guardar segredos insondáveis. Na sequência do domingo passado fiquei curioso para saber onde era esse tal pedaço oculto de costa que tanto custou à "comunidade das ondas" ver parcialmente violado em "prime time". Sucede que a chave do segredo veio ter comigo sem que eu tivesse sequer de perguntar por ela. E hoje, aproveitando mais uma forte entrada de ondulação, fui conhecer o tesouro. Cheguei tarde de mais. A sessão de tow-in protagonizada por Ruben Gonzales e José Gregório tinha terminado há pouco. Por lá estavam ainda dois bodyboarders e ouvia-se dizer que foram estes os que apanharam as maiores da manhã…, "à unha", sem meios mecânicos. Mas ainda cheguei a tempo de abrir a boca de espanto com as enormes paredes de água que quebravam para…, ninguém. E enquanto admirava a força de Neptuno a esmagar-se lá longe, pensava o que poderá ser aquele local com uma ondulação de mais dois ou três metros a roçar as proporções bíblicas. Especulando um pouco, fiquei com a sensação que perante um swell verdadeiramente gigante aquele local poderá entrar para as primeiras paginas mundiais do surf em ondas grandes. Voltando ao inicio da conversa, já em casa, fiz uma pesquisa na net pelo nome especifico deste pequeno grande segredo bem guardado. E não é que num tempo em que tudo é publico, em que são cada vez menos aqueles que sabem guardar uma simples confidência, nada, rigorosamente nada, se pode encontrar que nos indique especificamente qual o local do tesouro? Concorre ainda um facto importante para que o segredo sobre aquele local seja preservado o mais possível. É um local ermo mas bonito, escondido e com um peculiar ecossistema frágil. Afinal…, os segredos até têm uma certa graça. Especialmente quando também são nossos, pois claro. [Na foto o bodyboarder João André mostra no domingo passado aos tow-in riders com quanta coragem se faz um homenzinho]
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Portugal prepara-se para recebê-los com todas as honras.
A cimeira UE-África está quase a começar. É obrigatório ler a série "Este ditador vem a Lisboa" de Pedro Correia no Corta-fitas.
Portugal prepara-se para recebê-los com todas as honras.
A cimeira UE-África está quase a começar. É obrigatório ler a série "Este ditador vem a Lisboa" de Pedro Correia no Corta-fitas.
Campo Contra Campo (XCIX)
Control, ***
Ian Curtis e os Joy Division dizem me pouco, muito pouco. Não sei se é bom ou mau. É o que é. Control, enquanto objecto cinematográfico, vale sobretudo pela excelente fotografia de Anton Corbijn (aproveitada ao limite nas cenas que retractam as actuações da banda) e pela interpretação irrepreensível de Sam Riley. Mas o que mais me cativou no filme do fotografo holandês, foi a maneira como o realizador coloca a questão: quem era afinal Ian Curtis? Seria Ian o tal poeta e cantor genial que se transformou em mito instantâneo após o seu suicídio, ou, ao invés, não passaria de um dançarino pateta que escrevia umas coisas sem nexo, profundamente doente (alcoolismo, epilepsia e esquizofrenia), e que ao primeiro sinal de amor a três dimensões não suportou o peso da sua própria existência? Ou, digo eu, seria tudo isto e mais um poço de egoísmo e egocentrismo sem fundo? São boas questões (digo eu, novamente) que um fã incondicional poderá achar heréticas. Mas elas estão lá, quer queiram quer não. Ah, Control vale ainda pela banda sonora. Mas, escrever tal coisa, é abraçar de forma cobarde o lugar comum. Abraço este só comparável ao plano da ascensão com que o filme termina.
Ian Curtis e os Joy Division dizem me pouco, muito pouco. Não sei se é bom ou mau. É o que é. Control, enquanto objecto cinematográfico, vale sobretudo pela excelente fotografia de Anton Corbijn (aproveitada ao limite nas cenas que retractam as actuações da banda) e pela interpretação irrepreensível de Sam Riley. Mas o que mais me cativou no filme do fotografo holandês, foi a maneira como o realizador coloca a questão: quem era afinal Ian Curtis? Seria Ian o tal poeta e cantor genial que se transformou em mito instantâneo após o seu suicídio, ou, ao invés, não passaria de um dançarino pateta que escrevia umas coisas sem nexo, profundamente doente (alcoolismo, epilepsia e esquizofrenia), e que ao primeiro sinal de amor a três dimensões não suportou o peso da sua própria existência? Ou, digo eu, seria tudo isto e mais um poço de egoísmo e egocentrismo sem fundo? São boas questões (digo eu, novamente) que um fã incondicional poderá achar heréticas. Mas elas estão lá, quer queiram quer não. Ah, Control vale ainda pela banda sonora. Mas, escrever tal coisa, é abraçar de forma cobarde o lugar comum. Abraço este só comparável ao plano da ascensão com que o filme termina.
Campo Contra Campo (XCIX)
Control, ***
Ian Curtis e os Joy Division dizem me pouco, muito pouco. Não sei se é bom ou mau. É o que é. Control, enquanto objecto cinematográfico, vale sobretudo pela excelente fotografia de Anton Corbijn (aproveitada ao limite nas cenas que retractam as actuações da banda) e pela interpretação irrepreensível de Sam Riley. Mas o que mais me cativou no filme do fotografo holandês, foi a maneira como o realizador coloca a questão: quem era afinal Ian Curtis? Seria Ian o tal poeta e cantor genial que se transformou em mito instantâneo após o seu suicídio, ou, ao invés, não passaria de um dançarino pateta que escrevia umas coisas sem nexo, profundamente doente (alcoolismo, epilepsia e esquizofrenia), e que ao primeiro sinal de amor a três dimensões não suportou o peso da sua própria existência? Ou, digo eu, seria tudo isto e mais um poço de egoísmo e egocentrismo sem fundo? São boas questões (digo eu, novamente) que um fã incondicional poderá achar heréticas. Mas elas estão lá, quer queiram quer não. Ah, Control vale ainda pela banda sonora. Mas, escrever tal coisa, é abraçar de forma cobarde o lugar comum. Abraço este só comparável ao plano da ascensão com que o filme termina.
Ian Curtis e os Joy Division dizem me pouco, muito pouco. Não sei se é bom ou mau. É o que é. Control, enquanto objecto cinematográfico, vale sobretudo pela excelente fotografia de Anton Corbijn (aproveitada ao limite nas cenas que retractam as actuações da banda) e pela interpretação irrepreensível de Sam Riley. Mas o que mais me cativou no filme do fotografo holandês, foi a maneira como o realizador coloca a questão: quem era afinal Ian Curtis? Seria Ian o tal poeta e cantor genial que se transformou em mito instantâneo após o seu suicídio, ou, ao invés, não passaria de um dançarino pateta que escrevia umas coisas sem nexo, profundamente doente (alcoolismo, epilepsia e esquizofrenia), e que ao primeiro sinal de amor a três dimensões não suportou o peso da sua própria existência? Ou, digo eu, seria tudo isto e mais um poço de egoísmo e egocentrismo sem fundo? São boas questões (digo eu, novamente) que um fã incondicional poderá achar heréticas. Mas elas estão lá, quer queiram quer não. Ah, Control vale ainda pela banda sonora. Mas, escrever tal coisa, é abraçar de forma cobarde o lugar comum. Abraço este só comparável ao plano da ascensão com que o filme termina.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
É assim a magia do futebol!
Conforme nunca me passou pela cabeça perder com o Porto, também nunca imaginei ganhar na Ucrânia. E se na Luz fomos (quase) humilhados por dois artistas do Tango, um mouro e um cigano, em Donetsk um ameríndio congelou com a sua objectividade um bando de mineiros com excesso de samba. Se é bom ou mau estar na Taça "das barracas"? Não sei, perguntem aos lagartos. Agora…, vou sofrer por fora, lá longe, nos próximos três embates de vitoria obrigatória. Espero redimir-me logo no primeiro fim de semana de Janeiro, de novo na terra do "carrrrapau".
É assim a magia do futebol!
Conforme nunca me passou pela cabeça perder com o Porto, também nunca imaginei ganhar na Ucrânia. E se na Luz fomos (quase) humilhados por dois artistas do Tango, um mouro e um cigano, em Donetsk um ameríndio congelou com a sua objectividade um bando de mineiros com excesso de samba. Se é bom ou mau estar na Taça "das barracas"? Não sei, perguntem aos lagartos. Agora…, vou sofrer por fora, lá longe, nos próximos três embates de vitoria obrigatória. Espero redimir-me logo no primeiro fim de semana de Janeiro, de novo na terra do "carrrrapau".
...mais imagens do "big sunday"
...mais imagens do "big sunday"
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Campo Contra Campo (XCVIII)
A Morte do Senhor Lazarescu, ***
Depois da overdose do DocLisboa, estive afastado das salas de cinema mais de um mês. E recomeço onde terminei. No cinema interessam-me cada vez mais as faixas laterais em detrimento do hiper-povoado meio campo holywoodesco. Vi este filme romeno, premiado - entre outros certames - em Cannes e no IndieLisboa, fundamentalmente como um falso documentário sobre as passas do inferno que um enfermo tem de "comer" para regressar ao pó. O filme vale pelo absurdo (por vezes tristemente cómico) da situação e como espécie de negativo das parvinhas series americanas que a televisão "dá" sobre a higiénica (!?) vida nos hospitais. Em A Morte do Senhor Lazarescu não é de Michael Moore que estamos a falar, mas sim de mega-realismo. E a Roménia está mesmo aqui ao lado, pois quem tem de conviver com as unidades hospitalares do Estado sabe bem como são arrogantes e amadores aqueles que têm a nossa vida e saúde nas mãos.
Depois da overdose do DocLisboa, estive afastado das salas de cinema mais de um mês. E recomeço onde terminei. No cinema interessam-me cada vez mais as faixas laterais em detrimento do hiper-povoado meio campo holywoodesco. Vi este filme romeno, premiado - entre outros certames - em Cannes e no IndieLisboa, fundamentalmente como um falso documentário sobre as passas do inferno que um enfermo tem de "comer" para regressar ao pó. O filme vale pelo absurdo (por vezes tristemente cómico) da situação e como espécie de negativo das parvinhas series americanas que a televisão "dá" sobre a higiénica (!?) vida nos hospitais. Em A Morte do Senhor Lazarescu não é de Michael Moore que estamos a falar, mas sim de mega-realismo. E a Roménia está mesmo aqui ao lado, pois quem tem de conviver com as unidades hospitalares do Estado sabe bem como são arrogantes e amadores aqueles que têm a nossa vida e saúde nas mãos.
Campo Contra Campo (XCVIII)
A Morte do Senhor Lazarescu, ***
Depois da overdose do DocLisboa, estive afastado das salas de cinema mais de um mês. E recomeço onde terminei. No cinema interessam-me cada vez mais as faixas laterais em detrimento do hiper-povoado meio campo holywoodesco. Vi este filme romeno, premiado - entre outros certames - em Cannes e no IndieLisboa, fundamentalmente como um falso documentário sobre as passas do inferno que um enfermo tem de "comer" para regressar ao pó. O filme vale pelo absurdo (por vezes tristemente cómico) da situação e como espécie de negativo das parvinhas series americanas que a televisão "dá" sobre a higiénica (!?) vida nos hospitais. Em A Morte do Senhor Lazarescu não é de Michael Moore que estamos a falar, mas sim de mega-realismo. E a Roménia está mesmo aqui ao lado, pois quem tem de conviver com as unidades hospitalares do Estado sabe bem como são arrogantes e amadores aqueles que têm a nossa vida e saúde nas mãos.
Depois da overdose do DocLisboa, estive afastado das salas de cinema mais de um mês. E recomeço onde terminei. No cinema interessam-me cada vez mais as faixas laterais em detrimento do hiper-povoado meio campo holywoodesco. Vi este filme romeno, premiado - entre outros certames - em Cannes e no IndieLisboa, fundamentalmente como um falso documentário sobre as passas do inferno que um enfermo tem de "comer" para regressar ao pó. O filme vale pelo absurdo (por vezes tristemente cómico) da situação e como espécie de negativo das parvinhas series americanas que a televisão "dá" sobre a higiénica (!?) vida nos hospitais. Em A Morte do Senhor Lazarescu não é de Michael Moore que estamos a falar, mas sim de mega-realismo. E a Roménia está mesmo aqui ao lado, pois quem tem de conviver com as unidades hospitalares do Estado sabe bem como são arrogantes e amadores aqueles que têm a nossa vida e saúde nas mãos.
José Manuel Fernandes Zandinga
Prémio Ignóbil do jornalismo para a primeira página do Público de hoje:José Manuel Fernandes, que acha mal «matar a fome no curto prazo» das pessoas que vivem em estados liderados por proto ou putativos ditadores (conforme a simpatia que despertam no estrangeiro), porque tal implica hipotecar o futuro dessas pessoas (que só terão futuro se lhes matarem a fome...), para sustentar o que afirmou, cita de forma descoordenada Amartya Sen e Fareed Zakaria, sem conseguir arranjar um argumentozinho sequer para a sua tese. Que mais democracia e mais liberdade contribuem para um melhor nível de vida, já Fitoussi o diz. Agora o que ninguém (a não ser monstros como Estaline...) diz é que é preferível ter gente a passar fome hoje para que amanhã talvez uns quantos (pouquinhos, pouquinhos, os do costume) se safem...
Ah... pois é... e a Venezuela disse "não" à proposta de Chávez...
Etiquetas:
o povo unido jamais será vencido
José Manuel Fernandes Zandinga
Prémio Ignóbil do jornalismo para a primeira página do Público de hoje:José Manuel Fernandes, que acha mal «matar a fome no curto prazo» das pessoas que vivem em estados liderados por proto ou putativos ditadores (conforme a simpatia que despertam no estrangeiro), porque tal implica hipotecar o futuro dessas pessoas (que só terão futuro se lhes matarem a fome...), para sustentar o que afirmou, cita de forma descoordenada Amartya Sen e Fareed Zakaria, sem conseguir arranjar um argumentozinho sequer para a sua tese. Que mais democracia e mais liberdade contribuem para um melhor nível de vida, já Fitoussi o diz. Agora o que ninguém (a não ser monstros como Estaline...) diz é que é preferível ter gente a passar fome hoje para que amanhã talvez uns quantos (pouquinhos, pouquinhos, os do costume) se safem...
Ah... pois é... e a Venezuela disse "não" à proposta de Chávez...
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domingo, 2 de dezembro de 2007
Tow-in Lourinhã
É claramente a noticia do dia!
Qual Benfica, Porto ou Sporting? Qual eleição na Rússia ou referendo na Venezuela? Qual atentado à bomba na segunda circular?
A ondulação que hoje beijou a costa portuguesa, e que tanto frenesim andava há alguns dias a causar entre a "comunidade das ondas", só foi aproveitada por alguns bravos heróis.
Pela manhã lá fui até ao local do costume. Mas desta feita em vez de fato e prancha optei por levar tripé e câmara de filmar na esperança de ver um dos muitos locais bazofias vencer a força da corrente. Alguns tentaram mas todos viram a sua esperança esmorecer lá onde todas as ondas também acabam por morrer. Não era para menos. Paredes maciças com cerca de três metros desfaziam-se em cataratas de densa e alva espuma. Três metros na Costa da Caparica, cinco metros no Guincho. Diz-se, mais de seis metros na Lourinhã. E foi no Oeste, mas não propriamente nos picos clássicos, que se escreveu mais uma doirada pagina do surf de ondas grandes em Portugal. A SIC diz ter imagens exclusivas. Provavelmente tão exclusivas como o analfabetismo dos seus jornalistas. Enquanto outras fontes não são conhecidas, perdoe-se os pontapés no "surfês", e abra-se a boca de espanto com o que a costa portuguesa pode oferecer.
...entretanto, mais novidades sobre a sessão e algumas belas fotos da gala de hoje no spot do costume.
Qual Benfica, Porto ou Sporting? Qual eleição na Rússia ou referendo na Venezuela? Qual atentado à bomba na segunda circular?
A ondulação que hoje beijou a costa portuguesa, e que tanto frenesim andava há alguns dias a causar entre a "comunidade das ondas", só foi aproveitada por alguns bravos heróis.
Pela manhã lá fui até ao local do costume. Mas desta feita em vez de fato e prancha optei por levar tripé e câmara de filmar na esperança de ver um dos muitos locais bazofias vencer a força da corrente. Alguns tentaram mas todos viram a sua esperança esmorecer lá onde todas as ondas também acabam por morrer. Não era para menos. Paredes maciças com cerca de três metros desfaziam-se em cataratas de densa e alva espuma. Três metros na Costa da Caparica, cinco metros no Guincho. Diz-se, mais de seis metros na Lourinhã. E foi no Oeste, mas não propriamente nos picos clássicos, que se escreveu mais uma doirada pagina do surf de ondas grandes em Portugal. A SIC diz ter imagens exclusivas. Provavelmente tão exclusivas como o analfabetismo dos seus jornalistas. Enquanto outras fontes não são conhecidas, perdoe-se os pontapés no "surfês", e abra-se a boca de espanto com o que a costa portuguesa pode oferecer.
...entretanto, mais novidades sobre a sessão e algumas belas fotos da gala de hoje no spot do costume.
Tow-in Lourinhã
É claramente a noticia do dia!
Qual Benfica, Porto ou Sporting? Qual eleição na Rússia ou referendo na Venezuela? Qual atentado à bomba na segunda circular?
A ondulação que hoje beijou a costa portuguesa, e que tanto frenesim andava há alguns dias a causar entre a "comunidade das ondas", só foi aproveitada por alguns bravos heróis.
Pela manhã lá fui até ao local do costume. Mas desta feita em vez de fato e prancha optei por levar tripé e câmara de filmar na esperança de ver um dos muitos locais bazofias vencer a força da corrente. Alguns tentaram mas todos viram a sua esperança esmorecer lá onde todas as ondas também acabam por morrer. Não era para menos. Paredes maciças com cerca de três metros desfaziam-se em cataratas de densa e alva espuma. Três metros na Costa da Caparica, cinco metros no Guincho. Diz-se, mais de seis metros na Lourinhã. E foi no Oeste, mas não propriamente nos picos clássicos, que se escreveu mais uma doirada pagina do surf de ondas grandes em Portugal. A SIC diz ter imagens exclusivas. Provavelmente tão exclusivas como o analfabetismo dos seus jornalistas. Enquanto outras fontes não são conhecidas, perdoe-se os pontapés no "surfês", e abra-se a boca de espanto com o que a costa portuguesa pode oferecer.
...entretanto, mais novidades sobre a sessão e algumas belas fotos da gala de hoje no spot do costume.
Qual Benfica, Porto ou Sporting? Qual eleição na Rússia ou referendo na Venezuela? Qual atentado à bomba na segunda circular?
A ondulação que hoje beijou a costa portuguesa, e que tanto frenesim andava há alguns dias a causar entre a "comunidade das ondas", só foi aproveitada por alguns bravos heróis.
Pela manhã lá fui até ao local do costume. Mas desta feita em vez de fato e prancha optei por levar tripé e câmara de filmar na esperança de ver um dos muitos locais bazofias vencer a força da corrente. Alguns tentaram mas todos viram a sua esperança esmorecer lá onde todas as ondas também acabam por morrer. Não era para menos. Paredes maciças com cerca de três metros desfaziam-se em cataratas de densa e alva espuma. Três metros na Costa da Caparica, cinco metros no Guincho. Diz-se, mais de seis metros na Lourinhã. E foi no Oeste, mas não propriamente nos picos clássicos, que se escreveu mais uma doirada pagina do surf de ondas grandes em Portugal. A SIC diz ter imagens exclusivas. Provavelmente tão exclusivas como o analfabetismo dos seus jornalistas. Enquanto outras fontes não são conhecidas, perdoe-se os pontapés no "surfês", e abra-se a boca de espanto com o que a costa portuguesa pode oferecer.
...entretanto, mais novidades sobre a sessão e algumas belas fotos da gala de hoje no spot do costume.
Há Liberdade (LXXXIX)
Há Liberdade (LXXXIX)
sábado, 1 de dezembro de 2007
Populismos
Hugo Chávez ganhou as eleições na Ordem dos Advogados...
Populismos
Hugo Chávez ganhou as eleições na Ordem dos Advogados...
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Quem é a sobrinha mais linda do tio? (III)
A Madalena em Junho passado na festa do seu segundo aniversário
Quem é a sobrinha mais linda do tio? (III)
A Madalena em Junho passado na festa do seu segundo aniversário
A Caparica hoje de manhã estava quase assim…
A Caparica hoje de manhã estava quase assim…
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
As virgens suicidas
…passado o desvario do post anterior…
Imaculada como o destino, a musica não dá tréguas. Quando a nossa ingenuidade teima em pensar que o nosso ouvido já tudo escutou, as sete notas do universo, montadas no cavalo branco do apocalipse, lá nos fazem descer à terra; lá nos fazem subir ao céu. Como já alguém deve ter dito, a pop electrónica destas três raparigas de vozes sussurradas mas celestiais é melancólica, íntima, delicada, doce, confortável e cintilante. Apaixonante, pois claro. Mesmo. Como escreveu aqui (link) Nuno Galopim ao seu redor evoluem filigranas digitais de espantosa fragilidade.
Diz o mito urbano que o nome desta banda que vem do outro lado do Oceano deriva de uma fala de uma personagem menor de um filme obscuro de Tim Burton. Diz o mesmo mito que esta é a banda preferida de um tal David Lynch. Certo é que estas três meninas andaram em passeio europeu a fazer a primeira parte de uma banda francesa chamada Air e chegam agora ao ponto onde a terra acaba e o caminho de regresso a casa começa. Au Revoir Simone, despidas de preconceitos, sensuais até ao desespero, tocam na semana que vem em Braga e em Lisboa. É nestas coisas que devemos ser egocêntricos: nós merecemo-las. Mas até no egocentrismo podemos ser solidários. Apesar da minha preferida ser Through The Backyards, convido-vos a sonhar com um passeio no paraíso abraçados a elas ao som de Fallen Snow.
Imaculada como o destino, a musica não dá tréguas. Quando a nossa ingenuidade teima em pensar que o nosso ouvido já tudo escutou, as sete notas do universo, montadas no cavalo branco do apocalipse, lá nos fazem descer à terra; lá nos fazem subir ao céu. Como já alguém deve ter dito, a pop electrónica destas três raparigas de vozes sussurradas mas celestiais é melancólica, íntima, delicada, doce, confortável e cintilante. Apaixonante, pois claro. Mesmo. Como escreveu aqui (link) Nuno Galopim ao seu redor evoluem filigranas digitais de espantosa fragilidade.
Diz o mito urbano que o nome desta banda que vem do outro lado do Oceano deriva de uma fala de uma personagem menor de um filme obscuro de Tim Burton. Diz o mesmo mito que esta é a banda preferida de um tal David Lynch. Certo é que estas três meninas andaram em passeio europeu a fazer a primeira parte de uma banda francesa chamada Air e chegam agora ao ponto onde a terra acaba e o caminho de regresso a casa começa. Au Revoir Simone, despidas de preconceitos, sensuais até ao desespero, tocam na semana que vem em Braga e em Lisboa. É nestas coisas que devemos ser egocêntricos: nós merecemo-las. Mas até no egocentrismo podemos ser solidários. Apesar da minha preferida ser Through The Backyards, convido-vos a sonhar com um passeio no paraíso abraçados a elas ao som de Fallen Snow.
As virgens suicidas
…passado o desvario do post anterior…
Imaculada como o destino, a musica não dá tréguas. Quando a nossa ingenuidade teima em pensar que o nosso ouvido já tudo escutou, as sete notas do universo, montadas no cavalo branco do apocalipse, lá nos fazem descer à terra; lá nos fazem subir ao céu. Como já alguém deve ter dito, a pop electrónica destas três raparigas de vozes sussurradas mas celestiais é melancólica, íntima, delicada, doce, confortável e cintilante. Apaixonante, pois claro. Mesmo. Como escreveu aqui (link) Nuno Galopim ao seu redor evoluem filigranas digitais de espantosa fragilidade.
Diz o mito urbano que o nome desta banda que vem do outro lado do Oceano deriva de uma fala de uma personagem menor de um filme obscuro de Tim Burton. Diz o mesmo mito que esta é a banda preferida de um tal David Lynch. Certo é que estas três meninas andaram em passeio europeu a fazer a primeira parte de uma banda francesa chamada Air e chegam agora ao ponto onde a terra acaba e o caminho de regresso a casa começa. Au Revoir Simone, despidas de preconceitos, sensuais até ao desespero, tocam na semana que vem em Braga e em Lisboa. É nestas coisas que devemos ser egocêntricos: nós merecemo-las. Mas até no egocentrismo podemos ser solidários. Apesar da minha preferida ser Through The Backyards, convido-vos a sonhar com um passeio no paraíso abraçados a elas ao som de Fallen Snow.
Imaculada como o destino, a musica não dá tréguas. Quando a nossa ingenuidade teima em pensar que o nosso ouvido já tudo escutou, as sete notas do universo, montadas no cavalo branco do apocalipse, lá nos fazem descer à terra; lá nos fazem subir ao céu. Como já alguém deve ter dito, a pop electrónica destas três raparigas de vozes sussurradas mas celestiais é melancólica, íntima, delicada, doce, confortável e cintilante. Apaixonante, pois claro. Mesmo. Como escreveu aqui (link) Nuno Galopim ao seu redor evoluem filigranas digitais de espantosa fragilidade.
Diz o mito urbano que o nome desta banda que vem do outro lado do Oceano deriva de uma fala de uma personagem menor de um filme obscuro de Tim Burton. Diz o mesmo mito que esta é a banda preferida de um tal David Lynch. Certo é que estas três meninas andaram em passeio europeu a fazer a primeira parte de uma banda francesa chamada Air e chegam agora ao ponto onde a terra acaba e o caminho de regresso a casa começa. Au Revoir Simone, despidas de preconceitos, sensuais até ao desespero, tocam na semana que vem em Braga e em Lisboa. É nestas coisas que devemos ser egocêntricos: nós merecemo-las. Mas até no egocentrismo podemos ser solidários. Apesar da minha preferida ser Through The Backyards, convido-vos a sonhar com um passeio no paraíso abraçados a elas ao som de Fallen Snow.
E se de repente, no meio do passeio blogosférico da noite, alguém lhe oferecer flores
Há coisas giras. Ando longe das pistas faz uns tempos – uma vergonha; mas tenho me cruzado com esta musica meia volta, volta e meia, em especial quando ao andar de automovel tenho o azar de carregar no botão do rádio e vou parar a uma estação cá da nossa terrinha que se chama orbital e só passa remixes chungas até dizer chega…
…mas agora que vejo o vídeo da coisa…, então não é que existe aqui um groove do cacete?
É chunga mas diverte. E tem uma enorme vantagem, Diz que é uma espécie de música kleenex. Ouve-se três vezes e deita-se fora. Não está estragada mas enjoa que se farta. [Com a devida vénia à Sara, a culpada deste post]
…mas agora que vejo o vídeo da coisa…, então não é que existe aqui um groove do cacete?
É chunga mas diverte. E tem uma enorme vantagem, Diz que é uma espécie de música kleenex. Ouve-se três vezes e deita-se fora. Não está estragada mas enjoa que se farta. [Com a devida vénia à Sara, a culpada deste post]
E se de repente, no meio do passeio blogosférico da noite, alguém lhe oferecer flores
Há coisas giras. Ando longe das pistas faz uns tempos – uma vergonha; mas tenho me cruzado com esta musica meia volta, volta e meia, em especial quando ao andar de automovel tenho o azar de carregar no botão do rádio e vou parar a uma estação cá da nossa terrinha que se chama orbital e só passa remixes chungas até dizer chega…
…mas agora que vejo o vídeo da coisa…, então não é que existe aqui um groove do cacete?
É chunga mas diverte. E tem uma enorme vantagem, Diz que é uma espécie de música kleenex. Ouve-se três vezes e deita-se fora. Não está estragada mas enjoa que se farta. [Com a devida vénia à Sara, a culpada deste post]
…mas agora que vejo o vídeo da coisa…, então não é que existe aqui um groove do cacete?
É chunga mas diverte. E tem uma enorme vantagem, Diz que é uma espécie de música kleenex. Ouve-se três vezes e deita-se fora. Não está estragada mas enjoa que se farta. [Com a devida vénia à Sara, a culpada deste post]
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
Aos vinte comunista, aos trinta socialista, aos quarenta social-democrata?
Com que então casinha nova, eihnnn Daniel. Bonita. Um luxo. T5 duplex com vidros duplos de 5mm, aquecimento central por caldeira, lareira e ar condicionado. Vários lugares de garagem - deve ser para lá meter essa enorme scotter, não? Soalho em carvalho e aquele plasma da moda. Bela vida de burguês, eihnnnn Daniel.
Aos vinte comunista, aos trinta socialista, aos quarenta social-democrata?
Com que então casinha nova, eihnnn Daniel. Bonita. Um luxo. T5 duplex com vidros duplos de 5mm, aquecimento central por caldeira, lareira e ar condicionado. Vários lugares de garagem - deve ser para lá meter essa enorme scotter, não? Soalho em carvalho e aquele plasma da moda. Bela vida de burguês, eihnnnn Daniel.
Então e por este moço ninguém coloca a bandeirinha à janela?
Silvano Lourenço que ilustrou assim (link) o nosso Há Liberdade #78 acabou de se sagrar Campeão Europeu de Bodyboard, mantendo assim o título em Portugal. Aliás, nos últimos cinco anos só por uma vez o ceptro fugiu aos marujos lusos e nos últimos dez por seis vezes atletas cá do nosso mar acabaram no mais alto lugar desse desejado podium. É assim o bodyboard português na Europa: o melhor! Mas não se pense que é tudo facilidades. Silvano, este nosso amigo de Peniche que anda lá fora a lutar pela vida, vê-se e deseja-se para pedinchar uns trocos à indústria da modalidade e levantar no fim a bandeira das quinas; obviamente sem qualquer apoio ou subsidio do Estado. Vence e não reclama às autoridades estatutos especiais, locais para treinar ou, sei lá, que pelo menos limpem decentemente as praias onde diariamente treina ou não estraguem (mais) a costa portuguesa. Enquanto isso, para os milionários do pontapé na bola, e outros que tais…, é o que se sabe.
Parabéns Silvano, vence por nós!
Parabéns Silvano, vence por nós!
Então e por este moço ninguém coloca a bandeirinha à janela?
Silvano Lourenço que ilustrou assim (link) o nosso Há Liberdade #78 acabou de se sagrar Campeão Europeu de Bodyboard, mantendo assim o título em Portugal. Aliás, nos últimos cinco anos só por uma vez o ceptro fugiu aos marujos lusos e nos últimos dez por seis vezes atletas cá do nosso mar acabaram no mais alto lugar desse desejado podium. É assim o bodyboard português na Europa: o melhor! Mas não se pense que é tudo facilidades. Silvano, este nosso amigo de Peniche que anda lá fora a lutar pela vida, vê-se e deseja-se para pedinchar uns trocos à indústria da modalidade e levantar no fim a bandeira das quinas; obviamente sem qualquer apoio ou subsidio do Estado. Vence e não reclama às autoridades estatutos especiais, locais para treinar ou, sei lá, que pelo menos limpem decentemente as praias onde diariamente treina ou não estraguem (mais) a costa portuguesa. Enquanto isso, para os milionários do pontapé na bola, e outros que tais…, é o que se sabe.
Parabéns Silvano, vence por nós!
Parabéns Silvano, vence por nós!
PALETA DE PALAVRAS LXIV
«A Internet é a maior colecção de insultos, mexericos, boatos e disparates alguma vez reunida na história da humanidade. Existem também coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora. Mas não há dúvida que numa grande parte dos blogs, mensagens, comentários e sites de debate dominam o pedantismo e a grosseria, maldade e despeito, vacuidade e a mais pura e prístina estupidez.
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das Neves, in Diário de Notícias, ontem, 26-11.
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das Neves, in Diário de Notícias, ontem, 26-11.
PALETA DE PALAVRAS LXIV
«A Internet é a maior colecção de insultos, mexericos, boatos e disparates alguma vez reunida na história da humanidade. Existem também coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora. Mas não há dúvida que numa grande parte dos blogs, mensagens, comentários e sites de debate dominam o pedantismo e a grosseria, maldade e despeito, vacuidade e a mais pura e prístina estupidez.
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das Neves, in Diário de Notícias, ontem, 26-11.
Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de mau carácter, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. Por muito que se tenha popularizado, a sociedade virtual é dominada pelos mais educados e sofisticados de um país como Portugal.
Assim a explicação mais plausível tem de ser outra: a Net tende a trazer ao de cima os instintos mais baixos dos que a frequentam. Uma prova desse facto é que muita gente põe em blogs e e-mails coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate.»
João César das Neves, in Diário de Notícias, ontem, 26-11.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Da série: “olha que grande novidade!"
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coisas que não acontecem só aos outros
Da série: “olha que grande novidade!"
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coisas que não acontecem só aos outros
A única geração de jeito é a que teve 15 anos em 1990
Afirma a rititi numa série de postais a não perder, aqui, aqui e aqui. E explica porquê, por exemplo, assim: gostaria eu de ver os putos de agora a marmelar com os slows de Rick Asley (ou o que é bastante mais asqueroso: ao som dos inenarráveis Trovante, arrrrg...) enquanto bebem aquela bebida radioactiva chamada pisangambom. Também eu.
Mas diz mais: os que nasceram antes de 1970 são uns cotas que deveriam deixar de invejar-nos e tentar ser felizes com a maturidade e a calvície. (…) Os que nasceram depois de 1980 são uns pintelhos insignificantes ao nosso lado.
Apoiado. Eu, fiquei tão perturbado por ter crescido nessa época que ainda hoje sonho diariamente com o clip (que na altura via no Vivámusica do Jorge Pego) do clássico One Night In Bangkok de Murray Head. Quem?, perguntas tu rititi. Pois é. Só tinhas oito ou nove anitos à época, não era? É que, bem feitas as contas, a única geração de jeito é a que teve 17/18 anos em 1990. Esses, sim. São os heróis, com tudo o que tiveram que aturar na adolescência
Acho que só passando uma noite em Bangkok para exrorcizar os meus fantasmas. Uma, não. Varias. Passagem de ano incluída. Que se fodam, pois, os anos 80!
Mas diz mais: os que nasceram antes de 1970 são uns cotas que deveriam deixar de invejar-nos e tentar ser felizes com a maturidade e a calvície. (…) Os que nasceram depois de 1980 são uns pintelhos insignificantes ao nosso lado.
Apoiado. Eu, fiquei tão perturbado por ter crescido nessa época que ainda hoje sonho diariamente com o clip (que na altura via no Vivámusica do Jorge Pego) do clássico One Night In Bangkok de Murray Head. Quem?, perguntas tu rititi. Pois é. Só tinhas oito ou nove anitos à época, não era? É que, bem feitas as contas, a única geração de jeito é a que teve 17/18 anos em 1990. Esses, sim. São os heróis, com tudo o que tiveram que aturar na adolescência
Acho que só passando uma noite em Bangkok para exrorcizar os meus fantasmas. Uma, não. Varias. Passagem de ano incluída. Que se fodam, pois, os anos 80!
A única geração de jeito é a que teve 15 anos em 1990
Afirma a rititi numa série de postais a não perder, aqui, aqui e aqui. E explica porquê, por exemplo, assim: gostaria eu de ver os putos de agora a marmelar com os slows de Rick Asley (ou o que é bastante mais asqueroso: ao som dos inenarráveis Trovante, arrrrg...) enquanto bebem aquela bebida radioactiva chamada pisangambom. Também eu.
Mas diz mais: os que nasceram antes de 1970 são uns cotas que deveriam deixar de invejar-nos e tentar ser felizes com a maturidade e a calvície. (…) Os que nasceram depois de 1980 são uns pintelhos insignificantes ao nosso lado.
Apoiado. Eu, fiquei tão perturbado por ter crescido nessa época que ainda hoje sonho diariamente com o clip (que na altura via no Vivámusica do Jorge Pego) do clássico One Night In Bangkok de Murray Head. Quem?, perguntas tu rititi. Pois é. Só tinhas oito ou nove anitos à época, não era? É que, bem feitas as contas, a única geração de jeito é a que teve 17/18 anos em 1990. Esses, sim. São os heróis, com tudo o que tiveram que aturar na adolescência
Acho que só passando uma noite em Bangkok para exrorcizar os meus fantasmas. Uma, não. Varias. Passagem de ano incluída. Que se fodam, pois, os anos 80!
Mas diz mais: os que nasceram antes de 1970 são uns cotas que deveriam deixar de invejar-nos e tentar ser felizes com a maturidade e a calvície. (…) Os que nasceram depois de 1980 são uns pintelhos insignificantes ao nosso lado.
Apoiado. Eu, fiquei tão perturbado por ter crescido nessa época que ainda hoje sonho diariamente com o clip (que na altura via no Vivámusica do Jorge Pego) do clássico One Night In Bangkok de Murray Head. Quem?, perguntas tu rititi. Pois é. Só tinhas oito ou nove anitos à época, não era? É que, bem feitas as contas, a única geração de jeito é a que teve 17/18 anos em 1990. Esses, sim. São os heróis, com tudo o que tiveram que aturar na adolescência
Acho que só passando uma noite em Bangkok para exrorcizar os meus fantasmas. Uma, não. Varias. Passagem de ano incluída. Que se fodam, pois, os anos 80!
Sumol Nazaré Special Edition adiado
Nem tudo é medíocre em Portugal. Ainda há quem procure a excelência. E quem a procura merece ser aplaudido, mesmo que o nosso egoísmo fique descontente com a decisão: O Sumol Nazaré Special Edition não é um campeonato normal: só participam atletas de topo e as ondas têm de estar perfeitas. O elevado grau de exigência tem os seus custos e, em vez de baixar os padrões de qualidade do campeonato, a organização preferiu adiar a competição. Durante Novembro, a Praia do Norte nunca demonstrou toda a sua força e agora, a provar a qualidade do grupo, mais de metade dos atletas convocados estão a caminho do Mundial de BB a disputar nas Canárias até dia 8 de Dezembro. A organização deseja-lhes boa sorte e bom treino para o Sumol Nazaré Special Edition. O novo período de espera está marcado entre 10 e 31 de Dezembro. Haverá melhor maneira de fechar o ano?
Sumol Nazaré Special Edition adiado
Nem tudo é medíocre em Portugal. Ainda há quem procure a excelência. E quem a procura merece ser aplaudido, mesmo que o nosso egoísmo fique descontente com a decisão: O Sumol Nazaré Special Edition não é um campeonato normal: só participam atletas de topo e as ondas têm de estar perfeitas. O elevado grau de exigência tem os seus custos e, em vez de baixar os padrões de qualidade do campeonato, a organização preferiu adiar a competição. Durante Novembro, a Praia do Norte nunca demonstrou toda a sua força e agora, a provar a qualidade do grupo, mais de metade dos atletas convocados estão a caminho do Mundial de BB a disputar nas Canárias até dia 8 de Dezembro. A organização deseja-lhes boa sorte e bom treino para o Sumol Nazaré Special Edition. O novo período de espera está marcado entre 10 e 31 de Dezembro. Haverá melhor maneira de fechar o ano?
Os Gato Fedorento ao pé desta rapaziada são uns meros aprendizes
Quem vos avisa vosso amigo é: como diz o outro olhem que vale bem a pena…, vale, vale.
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dizem que rir é o melhor remédio
Os Gato Fedorento ao pé desta rapaziada são uns meros aprendizes
Quem vos avisa vosso amigo é: como diz o outro olhem que vale bem a pena…, vale, vale.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Há Liberdade (LXXXVIII)
Há Liberdade (LXXXVIII)
Entrevista do Inspector-Geral da Administração Interna ao Expresso
Clemente Lima, juiz desembargador de carreira, deu esta semana uma entrevista ao Expresso e não deixou pedra sobre pedra no trabalho das polícias portuguesas com especial destaque para a PSP e a GNR. Os “bófias” estão zangados e sentem-se injustiçados. Vale-lhes a caixa de comentários da notícia no sítio do jornal (link) cuja leitura é um bom passatempo enquanto se faz a digestão do almoço por essas esquadras e quartéis fora. Mas o melhor da entrevista está nas entrelinhas. Clemente Lima, claramente sem grande cuidado nas palavras, compara a investigação criminal da PSP e da GNR ao velho Oeste Americano dizendo que tais agentes “trabalham com um certo espírito de Cowboy, agente da PJ, infiltrado”. Assim, sem mais nem menos, se arrasa de uma penada a investigação criminal em Portugal, pois indirectamente os próprios inspectores da PJ são comparados a cowboys e infiltrados. Está bonito, isto.
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pj,
violência policial terrorismo oficial
Entrevista do Inspector-Geral da Administração Interna ao Expresso
Clemente Lima, juiz desembargador de carreira, deu esta semana uma entrevista ao Expresso e não deixou pedra sobre pedra no trabalho das polícias portuguesas com especial destaque para a PSP e a GNR. Os “bófias” estão zangados e sentem-se injustiçados. Vale-lhes a caixa de comentários da notícia no sítio do jornal (link) cuja leitura é um bom passatempo enquanto se faz a digestão do almoço por essas esquadras e quartéis fora. Mas o melhor da entrevista está nas entrelinhas. Clemente Lima, claramente sem grande cuidado nas palavras, compara a investigação criminal da PSP e da GNR ao velho Oeste Americano dizendo que tais agentes “trabalham com um certo espírito de Cowboy, agente da PJ, infiltrado”. Assim, sem mais nem menos, se arrasa de uma penada a investigação criminal em Portugal, pois indirectamente os próprios inspectores da PJ são comparados a cowboys e infiltrados. Está bonito, isto.
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violência policial terrorismo oficial
domingo, 25 de novembro de 2007
Valente & Barreto
Há dias assim. O Público de hoje vem com duas crónicas fabulosas:
"Despotismo iluminado"
Vasco Pulido Valente
"Eles estão doidos"
António Barreto
Valente & Barreto
Há dias assim. O Público de hoje vem com duas crónicas fabulosas:
"Despotismo iluminado"
Vasco Pulido Valente
"Eles estão doidos"
António Barreto
Efervescências (XIII) - A caminho da Africa do Sul?
Portugal não teve azar no sorteio da qualificação para o Mundial 2010. Na rota Lusa vamos encontrar no Grupo 1: Suécia, Dinamarca, Hungria, Albania e Malta. Os nórdicos não são papões e evitamos as aborrecidas deslocações ao Leste. Podia ter sido bem pior. O primeiro classificado tem apuramento directo, os oito melhores segundos jogam entre si um play-off. Curiosidade: Os ingleses vão encontrar de novo o carrasco croata. Bem feito!
Efervescências (XIII) - A caminho da Africa do Sul?
Portugal não teve azar no sorteio da qualificação para o Mundial 2010. Na rota Lusa vamos encontrar no Grupo 1: Suécia, Dinamarca, Hungria, Albania e Malta. Os nórdicos não são papões e evitamos as aborrecidas deslocações ao Leste. Podia ter sido bem pior. O primeiro classificado tem apuramento directo, os oito melhores segundos jogam entre si um play-off. Curiosidade: Os ingleses vão encontrar de novo o carrasco croata. Bem feito!
Coimbra tem mais encanto vestida de encarnado e branco
Não sei se dou sorte, Nuno. Para mim esta foi apenas a terceira "saida" da época e foi a primeira vez que trouxe a vitória no saco (empate com o Leixões no Bessa e derrota em Setúbal para a Taça da Liga). Mas, naturalmente, não posso recusar o teu amável convite.
1. Nesta jornada comecei por ver muita coisa ainda estava em Lisboa. Vi, por exemplo, Luís Filipe Vieira reconhecer o obvio - irra, mais vale tarde que nunca. Disse o líder encarnado, na sexta feira passada, que o Benfica não tem claques mas sim sócios. Ponto final parágrafo.
2. Já em Coimbra, num local que antigamente se chamava Calhabé, vi o grupo de sócios sem nome invadir um sector inteiro no topo sul do estádio. Foram seguramente mais de quinhentos rapazes e raparigas (muitas!) sem nome que durante quase todo o jogo silenciaram o resto do estádio. Não há palavras para descrever o amor desta gente ao nosso querido clube. Com eles (e elas) o Benfica é imensamente mais rico […e cada vez seremos mais!].
3. Mas vi também coisas que parece que mais ninguém viu. Por exemplo, no primeiro golo do Benfica, devemos creditar meio tento ao Nuno Gomes. As imagens da televisão não mostram, a imprensa escrita de hoje não fala nisso (estou para perceber parque é que insisto em comprar A Bola ainda que de vez em quando). Aquando da marcação do livre pensei para mim mesmo que "aquilo não ia dar nada" pois havia gente a mais entre a bola e a baliza. O Nuno ocupou um lugar na barreira mas assim que o lance se inicia corre em direcção bola e de forma pouco ortodoxa lança-se para o chão abrindo um rombo imenso por onde a bola viaja até às redes adversária. Com aquele movimento o Nuno tapou o angulo de visão a Ricardo até ao ultimo segundo possível. Foi golo!
4. Vi também um Benfica por vezes pouco pressionante para tão pouca Académica (equipa organizadinha mas sem génio em qualquer dos sectores). Mas vi ainda uma equipa técnica que dá uma confiança incrível a todo o grupo de trabalho mantendo a pressão no nível certo até ao apito final. E foi assim que pela primeira vez um dos torpedos lançados por Binya para o centro da área teve sucesso - parece que também ninguém reparou no pormenor. Bynia lança a bola como ninguém o faz em Portugal. Os adversários não estão preparados para defender este tipo de lances e a experiência de Luisão fez o resto. Foi golo!
5. Foi golo ainda de Adu. Porque o jovem norte americano está cada vez mais seguro, maduro , concentrado e será um grande trunfo do Benfica do futuro.
6. Vi finalmente a equipa dirigir-se após o apito final ao topo sul do calhabé. Mais de dez mil apoiantes do nosso querido clube deram-lhe um abraço gigante. E eles retribuíram. Um uníssono inédito esta época, jogos na Luz inclusive. Mas estes momentos são para mim e para quem esteve no estádio, Nuno. Porque infelizmente a comunicação social portuguesa teima em compreender que quando se fala em Benfica deve falar-se sempre, no principio e no fim, daqueles que são a verdadeira alma Benfiquista; os incansáveis obreiros da mística Benfiquista.
7. Força Benfica vence, cada vez queremos mais!
1. Nesta jornada comecei por ver muita coisa ainda estava em Lisboa. Vi, por exemplo, Luís Filipe Vieira reconhecer o obvio - irra, mais vale tarde que nunca. Disse o líder encarnado, na sexta feira passada, que o Benfica não tem claques mas sim sócios. Ponto final parágrafo.
2. Já em Coimbra, num local que antigamente se chamava Calhabé, vi o grupo de sócios sem nome invadir um sector inteiro no topo sul do estádio. Foram seguramente mais de quinhentos rapazes e raparigas (muitas!) sem nome que durante quase todo o jogo silenciaram o resto do estádio. Não há palavras para descrever o amor desta gente ao nosso querido clube. Com eles (e elas) o Benfica é imensamente mais rico […e cada vez seremos mais!].
3. Mas vi também coisas que parece que mais ninguém viu. Por exemplo, no primeiro golo do Benfica, devemos creditar meio tento ao Nuno Gomes. As imagens da televisão não mostram, a imprensa escrita de hoje não fala nisso (estou para perceber parque é que insisto em comprar A Bola ainda que de vez em quando). Aquando da marcação do livre pensei para mim mesmo que "aquilo não ia dar nada" pois havia gente a mais entre a bola e a baliza. O Nuno ocupou um lugar na barreira mas assim que o lance se inicia corre em direcção bola e de forma pouco ortodoxa lança-se para o chão abrindo um rombo imenso por onde a bola viaja até às redes adversária. Com aquele movimento o Nuno tapou o angulo de visão a Ricardo até ao ultimo segundo possível. Foi golo!
4. Vi também um Benfica por vezes pouco pressionante para tão pouca Académica (equipa organizadinha mas sem génio em qualquer dos sectores). Mas vi ainda uma equipa técnica que dá uma confiança incrível a todo o grupo de trabalho mantendo a pressão no nível certo até ao apito final. E foi assim que pela primeira vez um dos torpedos lançados por Binya para o centro da área teve sucesso - parece que também ninguém reparou no pormenor. Bynia lança a bola como ninguém o faz em Portugal. Os adversários não estão preparados para defender este tipo de lances e a experiência de Luisão fez o resto. Foi golo!
5. Foi golo ainda de Adu. Porque o jovem norte americano está cada vez mais seguro, maduro , concentrado e será um grande trunfo do Benfica do futuro.
6. Vi finalmente a equipa dirigir-se após o apito final ao topo sul do calhabé. Mais de dez mil apoiantes do nosso querido clube deram-lhe um abraço gigante. E eles retribuíram. Um uníssono inédito esta época, jogos na Luz inclusive. Mas estes momentos são para mim e para quem esteve no estádio, Nuno. Porque infelizmente a comunicação social portuguesa teima em compreender que quando se fala em Benfica deve falar-se sempre, no principio e no fim, daqueles que são a verdadeira alma Benfiquista; os incansáveis obreiros da mística Benfiquista.
7. Força Benfica vence, cada vez queremos mais!
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benfica é nosso e há-de ser
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