sexta-feira, 31 de julho de 2009

n músicas lxxxiii



Há quem não goste da instrumentalidade. Talvez não seja para todos os ouvidos. O silêncio maior aprofunda-nos, e para alguns aconselha bastante à depressão ou à baixa estima. Para mim, são as notas mais perfeitas na comunicação musical entre o músico e o ouvinte. São as que proporcionam maior interacção, e atenção, obriga-nos a interpretá-las sem rede, com maior liberdade, pois cada um preenche-as com a sua própria letra e espírito. É uma arte maior. Comparo-a aos quadros sem título dos grandes pintores. Não nos direcciona ou sustenta, nem nos entrega o caminho do seu sentido, já feito, ou nos prende ao tema ou fase do seu autor, não nos cerca com denominadores ortodoxos, fashion. É o respeito maior pela personalidade e a sensibilidade ou a criatividade do seu público.
Há pessoas que receiam o silêncio, aquele receio surdo, oculto e aparentemente controlado. Não é o receio das palavras, porque a linguagem verbal é dominável até ao absoluto sentido; o que não engana é a linguagem corporal, os olhos, as mãos, o semblante, as inclinações, o silêncio não escrito... não há como fugir do seu significado. Por um segundo, tudo se percebe e tudo se ganha. E tudo se ouve.



MySpace
Homepage

n músicas lxxxiii



Há quem não goste da instrumentalidade. Talvez não seja para todos os ouvidos. O silêncio maior aprofunda-nos, e para alguns aconselha bastante à depressão ou à baixa estima. Para mim, são as notas mais perfeitas na comunicação musical entre o músico e o ouvinte. São as que proporcionam maior interacção, e atenção, obriga-nos a interpretá-las sem rede, com maior liberdade, pois cada um preenche-as com a sua própria letra e espírito. É uma arte maior. Comparo-a aos quadros sem título dos grandes pintores. Não nos direcciona ou sustenta, nem nos entrega o caminho do seu sentido, já feito, ou nos prende ao tema ou fase do seu autor, não nos cerca com denominadores ortodoxos, fashion. É o respeito maior pela personalidade e a sensibilidade ou a criatividade do seu público.
Há pessoas que receiam o silêncio, aquele receio surdo, oculto e aparentemente controlado. Não é o receio das palavras, porque a linguagem verbal é dominável até ao absoluto sentido; o que não engana é a linguagem corporal, os olhos, as mãos, o semblante, as inclinações, o silêncio não escrito... não há como fugir do seu significado. Por um segundo, tudo se percebe e tudo se ganha. E tudo se ouve.



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Este Querido Mês de Agosto (dia 1 menos um)

A sugestão aqui (link) deixada leva-me a elaborar um comentário e uma consideração.
Comento então que apesar do bom tempo que se faz sentir, “Este Querido Mês de Agosto” não desejava (já) resvalar pró chinelo; mas se tem de ser…

Considero pois que a FHM deste mês ao trazer a Maya como protagonista afirma-se, pelo menos até ao minuto em que escrevo, como o momento alto da silly season; considero ainda – passa então a duas considerações – que a FHM fez muito bem em colocar tal MILF na sua edição, pois ainda ontem no K Urban Beach vi coisas bem mais horripilantes, em trajes muitíssimo mais patéticos (com o corpinho apenas ligeiramente mais tapado). Considero enfim – afinal são já três as considerações – que “Este Querido Mês de Agosto” só volta um destes dias pois eu tenho de ir ali num pé (e voltar no outro) ao Sul arranjar lenha para o queimar – não ao pé mas sim ao mês.

Este Querido Mês de Agosto (dia 1 menos um)

A sugestão aqui (link) deixada leva-me a elaborar um comentário e uma consideração.
Comento então que apesar do bom tempo que se faz sentir, “Este Querido Mês de Agosto” não desejava (já) resvalar pró chinelo; mas se tem de ser…

Considero pois que a FHM deste mês ao trazer a Maya como protagonista afirma-se, pelo menos até ao minuto em que escrevo, como o momento alto da silly season; considero ainda – passa então a duas considerações – que a FHM fez muito bem em colocar tal MILF na sua edição, pois ainda ontem no K Urban Beach vi coisas bem mais horripilantes, em trajes muitíssimo mais patéticos (com o corpinho apenas ligeiramente mais tapado). Considero enfim – afinal são já três as considerações – que “Este Querido Mês de Agosto” só volta um destes dias pois eu tenho de ir ali num pé (e voltar no outro) ao Sul arranjar lenha para o queimar – não ao pé mas sim ao mês.

Era dos nossos

Sir Bobby Robson morre aos 76 anos. O Homem que disse um dia:

Era dos nossos

Sir Bobby Robson morre aos 76 anos. O Homem que disse um dia:

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Dizem que vamos abanar a anca assim este verão (II)

Este ovni, ainda nem clip tem; ora escutem lá.

Dizem que vamos abanar a anca assim este verão (II)

Este ovni, ainda nem clip tem; ora escutem lá.

Este Querido Mês de Agosto (dia 1 menos dois)

“Este Querido Mês de Agosto” será o nome de uma croniqueta (ou nem por isso) de periodicidade diária (ou nem tanto) ao meu gosto – de titulo vagamente inspirado no nome deste magnifico filme (link).
“Este Querido Mês de Agosto” porque sim mas também porque é já uma tradição arcadiana rabiscar umas linhas indolentes ao sabor das patetices da época. E ainda porque (e sempre) há quem fique por cá, na cidade, a trabalhar, enquanto a maioria elege (ou a tal vê-se obrigado) este como o tempo da praia, do campo e dos melões também.

Este Querido Mês de Agosto (dia 1 menos dois)

“Este Querido Mês de Agosto” será o nome de uma croniqueta (ou nem por isso) de periodicidade diária (ou nem tanto) ao meu gosto – de titulo vagamente inspirado no nome deste magnifico filme (link).
“Este Querido Mês de Agosto” porque sim mas também porque é já uma tradição arcadiana rabiscar umas linhas indolentes ao sabor das patetices da época. E ainda porque (e sempre) há quem fique por cá, na cidade, a trabalhar, enquanto a maioria elege (ou a tal vê-se obrigado) este como o tempo da praia, do campo e dos melões também.

Venha daí a indemnização do Estado

Depois da absolvição de Fátima Felgueiras (mais uma decisão judicial que confirma que em Portugal um tipo só é perseguido pela justiça se tiver o azar de ter um nome composto pelas palavras "Azevedo", "João" e "Vale"), não é difícil antever o que se segue:
O pedido de uma indemnização em acção de responsabilidade civil extracontratual contra o Estado Português.
Será que, depois de condenado, também haverá um procurador que ligue para Estado Portugal dizendo "foge Portugalinho, foge!"?E será que o Estado Português também fugirá para o Brasil?

Venha daí a indemnização do Estado

Depois da absolvição de Fátima Felgueiras (mais uma decisão judicial que confirma que em Portugal um tipo só é perseguido pela justiça se tiver o azar de ter um nome composto pelas palavras "Azevedo", "João" e "Vale"), não é difícil antever o que se segue:
O pedido de uma indemnização em acção de responsabilidade civil extracontratual contra o Estado Português.
Será que, depois de condenado, também haverá um procurador que ligue para Estado Portugal dizendo "foge Portugalinho, foge!"?E será que o Estado Português também fugirá para o Brasil?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Espero que valha a pena...

Keirrison, como o nome indica, é brasileiro (hoje em dia, o nome próprio de um cidadão brasileiro resulta sempre de um conjunto bissilábico aleatório e um sufixo "-son") e é uma das esperanças brasileiras na frente de ataque.
Espero que que valha a pena a vinda deste que é o sexto atacante do plantel do Benfica, e que foi o melhor marcador do Brasileirão no ano passado.

Espero que valha a pena...

Keirrison, como o nome indica, é brasileiro (hoje em dia, o nome próprio de um cidadão brasileiro resulta sempre de um conjunto bissilábico aleatório e um sufixo "-son") e é uma das esperanças brasileiras na frente de ataque.
Espero que que valha a pena a vinda deste que é o sexto atacante do plantel do Benfica, e que foi o melhor marcador do Brasileirão no ano passado.

Uma boa ideia

Cavaco, que foi eleito por perceber muito de Economia, o que de muito serviu para livrar Portugal da crise, disse há uns meses que não sabia como poderiam nascer mais bebés. À parte as dúvidas sobre a paternidade dos filhos da Maria, essas declarações servem para evidenciar ainda mais a medida anunciada pelo PS na luta pela natalidade em Portugal:
Uma boa ideia que ajuda a natalidade, ainda mais por não envolver a distribuição de dinheiro aos pais, uma vez que o espírito desse tipo de subsídios é facilmente corrompido pelos utilizadores profissionais do sistema de segurança social.

Uma boa ideia

Cavaco, que foi eleito por perceber muito de Economia, o que de muito serviu para livrar Portugal da crise, disse há uns meses que não sabia como poderiam nascer mais bebés. À parte as dúvidas sobre a paternidade dos filhos da Maria, essas declarações servem para evidenciar ainda mais a medida anunciada pelo PS na luta pela natalidade em Portugal:
Uma boa ideia que ajuda a natalidade, ainda mais por não envolver a distribuição de dinheiro aos pais, uma vez que o espírito desse tipo de subsídios é facilmente corrompido pelos utilizadores profissionais do sistema de segurança social.

Nem mais...

Há quase 15 anos, com António Guterres recém-chegado ao Governo, o sector desenhou uma campanha semelhante. A taxa máxima de IVA era de 17 por cento e era também aplicada a cafés e restaurantes. Na altura, a generalidade dos cafés tinha colados nas montras e balcões panfletos do género: informamos os clientes de que os preços elevados se devem ao IVA de 17 por cento cobrado pelo Estado.Guterres cedeu e em 1996 baixou o IVA da restauração de 17 por cento para 12 por cento. O que aconteceu? Os preços cobrados aos clientes não baixaram e o sector aumentou em cinco por cento a sua margem de lucro, metendo ao bolso a diferença de imposto.
Editorial do Público

Nem mais...

Há quase 15 anos, com António Guterres recém-chegado ao Governo, o sector desenhou uma campanha semelhante. A taxa máxima de IVA era de 17 por cento e era também aplicada a cafés e restaurantes. Na altura, a generalidade dos cafés tinha colados nas montras e balcões panfletos do género: informamos os clientes de que os preços elevados se devem ao IVA de 17 por cento cobrado pelo Estado.Guterres cedeu e em 1996 baixou o IVA da restauração de 17 por cento para 12 por cento. O que aconteceu? Os preços cobrados aos clientes não baixaram e o sector aumentou em cinco por cento a sua margem de lucro, metendo ao bolso a diferença de imposto.
Editorial do Público

terça-feira, 28 de julho de 2009

n músicas lxxxii



Este video amador de um concerto de Damien Rice demonstra bem a discrição deste cantautor excepcional, provavelmente um dos maiores músicos e mais talentosos da sua geração, e mais completos também, desde as letras à composição, da interpretação à arte de tocar múltiplos instrumentos musicais. As suas "covers" são autênticas homenagens aos respectivos originais. Desta vez, Jacques Brel.

n músicas lxxxii



Este video amador de um concerto de Damien Rice demonstra bem a discrição deste cantautor excepcional, provavelmente um dos maiores músicos e mais talentosos da sua geração, e mais completos também, desde as letras à composição, da interpretação à arte de tocar múltiplos instrumentos musicais. As suas "covers" são autênticas homenagens aos respectivos originais. Desta vez, Jacques Brel.

Obrigado amiguinhos do Estado

A partir da próxima semana começam a ser depositados mais um milhão de metros cúbicos de areia nas praias da Costa de Caparica e de São João da Caparica. Esta será a terceira fase do enchimento das praias da Costa. Para o ano haverá uma quarta. A notícia do Público não refere mas o custo total da “brincadeira” ascenderá a vinte e dois milhões de euros (eu repito: 22.000.000 €).
Entretanto o Programa Polis da Caparica orgulha-se (via cartazes espalhados pelas imediações) de ter conseguido fazer um jardim e duas dúzias de apoios (abarracados) de praia. Esquecem-se, claro, de referir que tais patéticas obras demoraram pelo menos oito (8!?) anos a efectuar tendo ajudado a destruir o pouco que restava da duna na vila, estando esta agora reduzida a um horroroso monte de entulho.

Quem frequenta todo o ano a Costa da Caparica sabe bem (não precisando para tal de ter qualquer formação em engenharia ou ordenamento do território) que os enchimentos – do enchimento do ano passado restava nesta primavera cerca de 20 a 30 por cento da areia – e as obras do Polis são pura e simples destruição de dinheiro e, bem pior do que isso, destruição desse bem público inestimável que se chama Costa (Costa, costa e não apenas Costa da Caparica).
Já o disse e repito as vezes que forem necessárias: todo o espaço que medeia entre o mar e a falésia pertence ao primeiro; e será por ele reclamado mais tarde ou mais cedo. A nós humanos idiotas só resta uma coisa, despovoar.

Enquanto isso, gente inteligente como os caçadores de ondas, vão rindo e gozando; divertindo-se durante meses com os parques de diversão, caríssimos é certo, que anualmente nos oferecem. Obrigado amiguinhos.

Obrigado amiguinhos do Estado

A partir da próxima semana começam a ser depositados mais um milhão de metros cúbicos de areia nas praias da Costa de Caparica e de São João da Caparica. Esta será a terceira fase do enchimento das praias da Costa. Para o ano haverá uma quarta. A notícia do Público não refere mas o custo total da “brincadeira” ascenderá a vinte e dois milhões de euros (eu repito: 22.000.000 €).
Entretanto o Programa Polis da Caparica orgulha-se (via cartazes espalhados pelas imediações) de ter conseguido fazer um jardim e duas dúzias de apoios (abarracados) de praia. Esquecem-se, claro, de referir que tais patéticas obras demoraram pelo menos oito (8!?) anos a efectuar tendo ajudado a destruir o pouco que restava da duna na vila, estando esta agora reduzida a um horroroso monte de entulho.

Quem frequenta todo o ano a Costa da Caparica sabe bem (não precisando para tal de ter qualquer formação em engenharia ou ordenamento do território) que os enchimentos – do enchimento do ano passado restava nesta primavera cerca de 20 a 30 por cento da areia – e as obras do Polis são pura e simples destruição de dinheiro e, bem pior do que isso, destruição desse bem público inestimável que se chama Costa (Costa, costa e não apenas Costa da Caparica).
Já o disse e repito as vezes que forem necessárias: todo o espaço que medeia entre o mar e a falésia pertence ao primeiro; e será por ele reclamado mais tarde ou mais cedo. A nós humanos idiotas só resta uma coisa, despovoar.

Enquanto isso, gente inteligente como os caçadores de ondas, vão rindo e gozando; divertindo-se durante meses com os parques de diversão, caríssimos é certo, que anualmente nos oferecem. Obrigado amiguinhos.

…e nesta época podemos jogar com quinze ou dezasseis, é?

Benfica confirma empréstimo de Keirrison

…e nesta época podemos jogar com quinze ou dezasseis, é?

Benfica confirma empréstimo de Keirrison

Sócrates encontra (uma pequeníssima parte d) a blogosfera

Não tendo havido transmissão em directo (factos são factos, pouco importando a quem cabe a culpa) aqui ficam (link) todos os vídeos.

Sócrates encontra (uma pequeníssima parte d) a blogosfera

Não tendo havido transmissão em directo (factos são factos, pouco importando a quem cabe a culpa) aqui ficam (link) todos os vídeos.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

...para a outra margem

Eduardo Catroga escreveu no Diário Económico de 4.ª feira passada um longo artigo onde procurou demonstrar «que não houve consolidação orçamental nos últimos anos» e acusa implicitamente o actual Governo de ter sido pouco corajoso nas escolhas políticas e nas opções orçamentais. É de facto incrível o que se pode ler num jornal tão sério de um senhor tão qualificado como o ex-Ministro das Finanças, salvo erro dos últimos anos do Governo maioritário de Cavaco Silva. Curioso é poder ler-se apenas este tipo de "artigos" oportunos quando se está de fora das funções governamentais. Outra situação típica, comprovada neste mesmo Jornal diariamente, é ver fazedores de opinião económica que nunca exerceram cargos políticos, nem quiseram, mas cuja grande parte do seu discurso é assimétrico ao seu rendimento proveniente do Estado, incluindo a aposentadoria. Bom, mas incrível, incrível, é ver a filada de ex-Ministros que se encavalitam para bradar que há que ter coragem política para "reformar" a economia nacional, por isto e por aquilo. Desde Silva Lopes, Medina Carreira, João Salgueiro, Miguel Cadilhe, Bagão Félix a Campos e Cunha, todos escrevem e discursam para a Nação exigindo mais coragem, mais cortes, mais transparência, menos despesa (sobretudo com pessoal), mais receita, menos défice, menos intervenção na economia, etc, etc, etc. Não sei se as pessoas depois de passarem pelo Governo, desculpem, pela pasta das Finanças, ficam clarividentes e iluminadas por um espírito superior de "verdade" e de "saber", mas há qualquer coisa de errado nesta tendência afonsina de bater na mãe-política, isto é, a orçamental. Duvido que Basílio Teles, José Relvas ou Mendes Cabeçadas ressuscitem para me esclarecer se esta tendência é inata, mas há aqui qualquer coisa de errado. Na minha opinião, das duas uma: ou nós, portugueses, somos governados por uma Matriz política inautêntica, e estamos todos numa alegórica incubadora da realidade, ou uma nova Secretaria de Estado sob a tutela do Ministério das Finaças deve ser criada, a qual proponho, desde já, que se chame "SE da Passagem Governamental", que podia consistir no seguinte: dar oportunidade a que cada português seja governante por um minuto (penso que deve ser suficiente, para todos) e assim possibilitar a todos, o povo, a renascença de um novo homem, português, mais corajoso, determinado e sábio. Ah, e já agora, que dê direito a uma (passagenzinha à) reformazita, afinal de contas, tradição é tradição. O Sol quando nasce é para ambas as margens: esquerda e direita.

...para a outra margem

Eduardo Catroga escreveu no Diário Económico de 4.ª feira passada um longo artigo onde procurou demonstrar «que não houve consolidação orçamental nos últimos anos» e acusa implicitamente o actual Governo de ter sido pouco corajoso nas escolhas políticas e nas opções orçamentais. É de facto incrível o que se pode ler num jornal tão sério de um senhor tão qualificado como o ex-Ministro das Finanças, salvo erro dos últimos anos do Governo maioritário de Cavaco Silva. Curioso é poder ler-se apenas este tipo de "artigos" oportunos quando se está de fora das funções governamentais. Outra situação típica, comprovada neste mesmo Jornal diariamente, é ver fazedores de opinião económica que nunca exerceram cargos políticos, nem quiseram, mas cuja grande parte do seu discurso é assimétrico ao seu rendimento proveniente do Estado, incluindo a aposentadoria. Bom, mas incrível, incrível, é ver a filada de ex-Ministros que se encavalitam para bradar que há que ter coragem política para "reformar" a economia nacional, por isto e por aquilo. Desde Silva Lopes, Medina Carreira, João Salgueiro, Miguel Cadilhe, Bagão Félix a Campos e Cunha, todos escrevem e discursam para a Nação exigindo mais coragem, mais cortes, mais transparência, menos despesa (sobretudo com pessoal), mais receita, menos défice, menos intervenção na economia, etc, etc, etc. Não sei se as pessoas depois de passarem pelo Governo, desculpem, pela pasta das Finanças, ficam clarividentes e iluminadas por um espírito superior de "verdade" e de "saber", mas há qualquer coisa de errado nesta tendência afonsina de bater na mãe-política, isto é, a orçamental. Duvido que Basílio Teles, José Relvas ou Mendes Cabeçadas ressuscitem para me esclarecer se esta tendência é inata, mas há aqui qualquer coisa de errado. Na minha opinião, das duas uma: ou nós, portugueses, somos governados por uma Matriz política inautêntica, e estamos todos numa alegórica incubadora da realidade, ou uma nova Secretaria de Estado sob a tutela do Ministério das Finaças deve ser criada, a qual proponho, desde já, que se chame "SE da Passagem Governamental", que podia consistir no seguinte: dar oportunidade a que cada português seja governante por um minuto (penso que deve ser suficiente, para todos) e assim possibilitar a todos, o povo, a renascença de um novo homem, português, mais corajoso, determinado e sábio. Ah, e já agora, que dê direito a uma (passagenzinha à) reformazita, afinal de contas, tradição é tradição. O Sol quando nasce é para ambas as margens: esquerda e direita.

domingo, 26 de julho de 2009

n músicas lxxxi



A vinda de Russ Ballard a Portugal fez-me procurar este velho CD, já armazenado na prateleira de difícil acessibilidade. Não sei, nem com aproximação, as vezes que ouvi esta música, sobretudo em adolescente e no(s) meu(s) Sony Walkman. Provavelmente, haveria necessidade de contabilizar o n.º de vezes que apanhei o autocarro para ir para a escola durante o liceu, as vezes que estava na praia à espera de ondas, ou no intervalo delas, e entre banhos, as vezes que a música me acompanhou, sozinho no quarto, ou entre amigos, e namoradas, e amigas, enfim, e outras tantas vezes que, felizmente poucas, atravessei o Tejo de barco para ir para a Costa da Caparica.
É com certeza um total que deve muito à dificuldade de outrora em se partilhar música. Contudo, apesar de ultrapssada, muito fez pelo meu prazer e crescimento, e não apenas a nível musical.

n músicas lxxxi



A vinda de Russ Ballard a Portugal fez-me procurar este velho CD, já armazenado na prateleira de difícil acessibilidade. Não sei, nem com aproximação, as vezes que ouvi esta música, sobretudo em adolescente e no(s) meu(s) Sony Walkman. Provavelmente, haveria necessidade de contabilizar o n.º de vezes que apanhei o autocarro para ir para a escola durante o liceu, as vezes que estava na praia à espera de ondas, ou no intervalo delas, e entre banhos, as vezes que a música me acompanhou, sozinho no quarto, ou entre amigos, e namoradas, e amigas, enfim, e outras tantas vezes que, felizmente poucas, atravessei o Tejo de barco para ir para a Costa da Caparica.
É com certeza um total que deve muito à dificuldade de outrora em se partilhar música. Contudo, apesar de ultrapssada, muito fez pelo meu prazer e crescimento, e não apenas a nível musical.

Novas margens da música portuguesa

Nos últimos meses, muito boa música portuguesa tem surgido nos nossos media musicais. Comprovando a minha veia ateísta, recomenda-se um conjunto de rapazes vindos das igrejas mais cantantes deste país. Numa espécie de vaga bíblica, surgiram todos mais ou menos ao mesmo tempo, assinados em grande parte pela editora FlorCaveira. Pois oiçam.













Novas margens da música portuguesa

Nos últimos meses, muito boa música portuguesa tem surgido nos nossos media musicais. Comprovando a minha veia ateísta, recomenda-se um conjunto de rapazes vindos das igrejas mais cantantes deste país. Numa espécie de vaga bíblica, surgiram todos mais ou menos ao mesmo tempo, assinados em grande parte pela editora FlorCaveira. Pois oiçam.













sexta-feira, 24 de julho de 2009

n músicas lxxx



Parafraseando Magritte, Isto não é uma repetição... é um regresso.
É bom equilibrar a semana com o puro deleite das capacidades nuas e primárias do ser humano.
Bom fim-de-semana

n músicas lxxx



Parafraseando Magritte, Isto não é uma repetição... é um regresso.
É bom equilibrar a semana com o puro deleite das capacidades nuas e primárias do ser humano.
Bom fim-de-semana

Cuidado amiguinhos

Cuidado amiguinhos

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mais quatro anos de governo Sócrates?

Jamais (link).

Mais quatro anos de governo Sócrates?

Jamais (link).

Tesourinho

Há tanto, tanto tempo que não me ria tanto.

Tesourinho

Há tanto, tanto tempo que não me ria tanto.

Gosto particularmente deste…

Middle East Open from Spam Cartoon on Vimeo.

Aqui (link) há +

Gosto particularmente deste…

Middle East Open from Spam Cartoon on Vimeo.

Aqui (link) há +

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dizem que vamos abanar a anca assim este verão (I)

Já abanamos. É abominar à primeira audição; e não parar de abanar o corpinho também. Ora tomem lá.
So pimba, credo ;)

Dizem que vamos abanar a anca assim este verão (I)

Já abanamos. É abominar à primeira audição; e não parar de abanar o corpinho também. Ora tomem lá.
So pimba, credo ;)

Da causa das coisas

São por certo muitas as causas da terrível pré-época do vizinho do lado. Mas esta, por certo, destaca-se: Miguel Veloso, por exemplo, deve estar tristíssimo por não ver pilas novas no balneário.

Da causa das coisas

São por certo muitas as causas da terrível pré-época do vizinho do lado. Mas esta, por certo, destaca-se: Miguel Veloso, por exemplo, deve estar tristíssimo por não ver pilas novas no balneário.

Pois, pois

Está aqui (link) um colectivo que é de se lhe tirar o chapéu. Haja pachorra.

Pequena actualização: ainda sobre este assunto, ler Louvor ao homem providencial (link) de Pedro Correia no Delito de Opinião

Pois, pois

Está aqui (link) um colectivo que é de se lhe tirar o chapéu. Haja pachorra.

Pequena actualização: ainda sobre este assunto, ler Louvor ao homem providencial (link) de Pedro Correia no Delito de Opinião

...

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Vítor Bento: a escolha de Cavaco

O Presidente da República e líder in pectore do PSD acaba de nomear Vítor Bento conselheiro de Estado. As soluções de Vítor Bento para Portugal são conhecidas e não vão além da maior flexibilidade das regras laborais e da descida dos salários reais, receitas sempre prescritas pelos "economistas" nacionais que ora são (neo)liberais, ora são conservadores, mas que são sempre, sempre, sempre rentistas e devoristas...

Vítor Bento: a escolha de Cavaco

O Presidente da República e líder in pectore do PSD acaba de nomear Vítor Bento conselheiro de Estado. As soluções de Vítor Bento para Portugal são conhecidas e não vão além da maior flexibilidade das regras laborais e da descida dos salários reais, receitas sempre prescritas pelos "economistas" nacionais que ora são (neo)liberais, ora são conservadores, mas que são sempre, sempre, sempre rentistas e devoristas...

Enquanto isso, Cavaco assobia

Mais um ministro de Cavaco envolvido no caso BPN. Agora é Arlindo de Carvalho.
Os spin doctors de Belém conseguiram controlar a coisa e Cavaco é apenas ligado de forma remota a Arlindo de Carvalho.
Mas até quando a estranha mais valia de Cavaco & filha (será que há algum sobrinho ou algum tio metido ao barulho?...) na SLN/BPN merecerá por parte da comunicação social o silêncio sepulcral actual?...

Enquanto isso, Cavaco assobia

Mais um ministro de Cavaco envolvido no caso BPN. Agora é Arlindo de Carvalho.
Os spin doctors de Belém conseguiram controlar a coisa e Cavaco é apenas ligado de forma remota a Arlindo de Carvalho.
Mas até quando a estranha mais valia de Cavaco & filha (será que há algum sobrinho ou algum tio metido ao barulho?...) na SLN/BPN merecerá por parte da comunicação social o silêncio sepulcral actual?...

Estão recordados do euromilhões que saiu em Corroios?

Era mentira.
A taluda saiu sim um pouco ao lado; no Seixal. Só a esta luz se compreende isto.
Já agora passem os olhos pela caixa de comentários da noticia no Marca; é esclarecedora!

[só agora reparo que o NSS já tinha feito aqui em baixo um post sobre o assunto; paciência: Benfica, Benfica é! ;)]

Estão recordados do euromilhões que saiu em Corroios?

Era mentira.
A taluda saiu sim um pouco ao lado; no Seixal. Só a esta luz se compreende isto.
Já agora passem os olhos pela caixa de comentários da noticia no Marca; é esclarecedora!

[só agora reparo que o NSS já tinha feito aqui em baixo um post sobre o assunto; paciência: Benfica, Benfica é! ;)]

Sete milhões?

-
Espero que o rapaz seja mesmo bom...
... é que sete milhões de euros não é pouca coisa nos tempos que correm...

Sete milhões?

-
Espero que o rapaz seja mesmo bom...
... é que sete milhões de euros não é pouca coisa nos tempos que correm...

Noticias do Uganda

Noticias do Uganda

segunda-feira, 20 de julho de 2009

paleta de palavras lxxv

paleta de palavras lxxv

e deus peca pelo homem ii

e deus peca pelo homem ii

cronos xxxii



Na adolescência da minha geração, nos anos 80, havia poucos heróis e muitos ídolos, fruto das raras revistas de música que a má vontade dos pais dificilmente compravam. A fama da Bravo devia muito à pobreza de alternativa e à sua riqueza comercial (hoje diria-se merchandising). A informação e o conhecimento, fosse sobre o que fosse, não circulavam como agora. Uma dica de um amigo ou conhecido, nos anos 80, valia mais do que um "download" actual. Um videoclip na televisão de hoje equivale a um concerto de outrora. O "boca a boca" era O veículo de transmissão de conhecimento, sobretudo da boa música, chamada na altura de alternativa. Antigamente, os DJ eram acossados pelas perguntas naturais sobre o autor e o nome da música que passavam nos "pratos"; hoje, funciona mais ao contrário, para tocarem as músicas que os "clientes" sabem de cor.
Ao descobrir este vídeo, acabei por achar que ele é também um momento de tributo à música dos anos 80 e, portanto, à música da minha geração. Bom, esta questão da geração também mudou. Já não há propriamente gerações musicais. Quem tem 30 ou 40 anos ouve a música também daqueles que têm 15 ou 20. Vigora a lei do mercado, da liberdade de escolha e, de certo modo, da juventude perdida.
"Better be home soon" é de 1988, estavas prestes a fazer 17 anos, e nesse ano provavelmente ainda desconhecia esta música. Os êxitos demoravam largos meses, quando não um ou dois anos, a terem sucesso ou audiência significativa em Portugal. Outros tempos, belos tempos, mas bem piores do que os actuais. Não admira que a música tenha perdido as suas gerações. Os "novos" ouvem os mais antigos e vice-versa. Os "velhos" tentam compensar o que a idade e o mundo não permitiram. "Hallelujah" à música dos tempos! Intergeracional e despreconceituosa...

cronos xxxii



Na adolescência da minha geração, nos anos 80, havia poucos heróis e muitos ídolos, fruto das raras revistas de música que a má vontade dos pais dificilmente compravam. A fama da Bravo devia muito à pobreza de alternativa e à sua riqueza comercial (hoje diria-se merchandising). A informação e o conhecimento, fosse sobre o que fosse, não circulavam como agora. Uma dica de um amigo ou conhecido, nos anos 80, valia mais do que um "download" actual. Um videoclip na televisão de hoje equivale a um concerto de outrora. O "boca a boca" era O veículo de transmissão de conhecimento, sobretudo da boa música, chamada na altura de alternativa. Antigamente, os DJ eram acossados pelas perguntas naturais sobre o autor e o nome da música que passavam nos "pratos"; hoje, funciona mais ao contrário, para tocarem as músicas que os "clientes" sabem de cor.
Ao descobrir este vídeo, acabei por achar que ele é também um momento de tributo à música dos anos 80 e, portanto, à música da minha geração. Bom, esta questão da geração também mudou. Já não há propriamente gerações musicais. Quem tem 30 ou 40 anos ouve a música também daqueles que têm 15 ou 20. Vigora a lei do mercado, da liberdade de escolha e, de certo modo, da juventude perdida.
"Better be home soon" é de 1988, estavas prestes a fazer 17 anos, e nesse ano provavelmente ainda desconhecia esta música. Os êxitos demoravam largos meses, quando não um ou dois anos, a terem sucesso ou audiência significativa em Portugal. Outros tempos, belos tempos, mas bem piores do que os actuais. Não admira que a música tenha perdido as suas gerações. Os "novos" ouvem os mais antigos e vice-versa. Os "velhos" tentam compensar o que a idade e o mundo não permitiram. "Hallelujah" à música dos tempos! Intergeracional e despreconceituosa...

40 anos passaram

40 anos passaram

Faxina

A blogosfera está em permanente work in progress; e altera a sua face depressa que se farta – grandes novidades, não são!?
A barra dos links deve pois ser frequentemente alterada pela mesma razão que se troca de vez em quando as fraldas dos bebes (e que se muda os políticos também).
Mas nem tudo é mau; entraram alguns bons (e outros excelentes) blogues benfiquistas.

Faxina

A blogosfera está em permanente work in progress; e altera a sua face depressa que se farta – grandes novidades, não são!?
A barra dos links deve pois ser frequentemente alterada pela mesma razão que se troca de vez em quando as fraldas dos bebes (e que se muda os políticos também).
Mas nem tudo é mau; entraram alguns bons (e outros excelentes) blogues benfiquistas.

domingo, 19 de julho de 2009

a caminho do pior candidato eleito, ...

O discurso político não se esgota em propostas políticas, e estas nem sempre concernem a políticas públicas. Aquele também pode ser usado como instrumento de resposta, ou contra-resposta, à oposição ou a determinados "dizeres" da opinião pública, vulgarmente confundida com comentadores e líderes de opinião. Ou ser usado na definição de orientações internas de comportamento e reflexão dos respectivos militantes que o próprio orador protagoniza. Todavia, em tempos de campanha pré-eleitoral, e eleitoral, os líderes partidários têm o dever de fazer propostas políticas concretas de governação e de políticas públicas, e de as discutir publicamente, nomeadamente com os seus camaradas, alguns deles autores dessas mesmas propostas.
Neste fim-de-semana, e reportando-me apenas ao que vi noticiado em três canais de informação diferentes, confirmou-se a dificuldade de os políticos concretizarem as suas ideias e promessas, carecendo o discurso político de profundidade e de propriedades objectivas e corpóreas ao nível da argumentação e do impacto na área da governação em que se inserem. Não obstante, parece haver uma clara distinção entre o esforço de Sócrates e as "iniciativas" de Ferreira Leite. Pouco ou esforçado, Sócrates procura juntar dezenas de pessoas, nem todas militantes do partido socialista, unidas por um determinado grupo ou característica social, e, ainda que segundo determinadas regras pré-fixadas, submete-se ao escrutínio argumentativo, reactivo ou passivo, desse grupo, referindo-se mais ao que procura fazer e que já fez, do que ir a reboque das "afirmações" e "propstas" sociais-democratas. Ferreira Leite é a antítese: o aparelho junta um conjunto de camaradas seus e o discurso da líder esvazia-se nas raras propostas ou ideias que transmite, envolvidas numa imagem discursiva contra-governamental, em enquadramentos anti-socráticos e na promessa de que com ela vai ser diferente, sem expor, em rigor, qualquer argumentação clara, objectiva e densa (porque não?) sobre como será diferente ou, por outras palavras, como pretende governar o país.
Para quem é atento às minudências dos actos políticos dos candidatos políticos, esta diferença constitui um critério substantivo do avaliar sobre o estar na política: bem ou mal, seja-se contra ou a favor, é crucial saber-se que bandeiras os líderes pretendem hastear no exercício do poder político e de como pensam fazê-lo, a um nível de concretização retórica que deve ser muito mais rico do que o habitual. Quer-se queira ou não, o povo, apesar de massa incorpórea, não é o mesmo que há de 10, 15 ou 20 anos. os eleitores percebem que, sendo os políticos "gente normal", quem tem um discurso essencialmente inter-partidário e esvaziado de propostas palpáveis não tem capacidade, nem merece, ganhar eleições.
Os tempos políticos exigem características específicas de governação, nomeadamente visão, determinação e responsabilização no e pelo exercício do poder. E é através delas, por entre espumas comunicacionais sempre valorizáveis, que se vislumbra na campanha pré-eleitoral uma certa diferença entre os principais candidatos, para além do estilo, e que considero de todo relevante para se bem-escolher o próximo chefe de governo português, na esperança de se eleger o que pior representa este conjunto de características de governação, exceptuando todos os outros.

a caminho do pior candidato eleito, ...

O discurso político não se esgota em propostas políticas, e estas nem sempre concernem a políticas públicas. Aquele também pode ser usado como instrumento de resposta, ou contra-resposta, à oposição ou a determinados "dizeres" da opinião pública, vulgarmente confundida com comentadores e líderes de opinião. Ou ser usado na definição de orientações internas de comportamento e reflexão dos respectivos militantes que o próprio orador protagoniza. Todavia, em tempos de campanha pré-eleitoral, e eleitoral, os líderes partidários têm o dever de fazer propostas políticas concretas de governação e de políticas públicas, e de as discutir publicamente, nomeadamente com os seus camaradas, alguns deles autores dessas mesmas propostas.
Neste fim-de-semana, e reportando-me apenas ao que vi noticiado em três canais de informação diferentes, confirmou-se a dificuldade de os políticos concretizarem as suas ideias e promessas, carecendo o discurso político de profundidade e de propriedades objectivas e corpóreas ao nível da argumentação e do impacto na área da governação em que se inserem. Não obstante, parece haver uma clara distinção entre o esforço de Sócrates e as "iniciativas" de Ferreira Leite. Pouco ou esforçado, Sócrates procura juntar dezenas de pessoas, nem todas militantes do partido socialista, unidas por um determinado grupo ou característica social, e, ainda que segundo determinadas regras pré-fixadas, submete-se ao escrutínio argumentativo, reactivo ou passivo, desse grupo, referindo-se mais ao que procura fazer e que já fez, do que ir a reboque das "afirmações" e "propstas" sociais-democratas. Ferreira Leite é a antítese: o aparelho junta um conjunto de camaradas seus e o discurso da líder esvazia-se nas raras propostas ou ideias que transmite, envolvidas numa imagem discursiva contra-governamental, em enquadramentos anti-socráticos e na promessa de que com ela vai ser diferente, sem expor, em rigor, qualquer argumentação clara, objectiva e densa (porque não?) sobre como será diferente ou, por outras palavras, como pretende governar o país.
Para quem é atento às minudências dos actos políticos dos candidatos políticos, esta diferença constitui um critério substantivo do avaliar sobre o estar na política: bem ou mal, seja-se contra ou a favor, é crucial saber-se que bandeiras os líderes pretendem hastear no exercício do poder político e de como pensam fazê-lo, a um nível de concretização retórica que deve ser muito mais rico do que o habitual. Quer-se queira ou não, o povo, apesar de massa incorpórea, não é o mesmo que há de 10, 15 ou 20 anos. os eleitores percebem que, sendo os políticos "gente normal", quem tem um discurso essencialmente inter-partidário e esvaziado de propostas palpáveis não tem capacidade, nem merece, ganhar eleições.
Os tempos políticos exigem características específicas de governação, nomeadamente visão, determinação e responsabilização no e pelo exercício do poder. E é através delas, por entre espumas comunicacionais sempre valorizáveis, que se vislumbra na campanha pré-eleitoral uma certa diferença entre os principais candidatos, para além do estilo, e que considero de todo relevante para se bem-escolher o próximo chefe de governo português, na esperança de se eleger o que pior representa este conjunto de características de governação, exceptuando todos os outros.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

n músicas lxxix

Para dedicarem à vossa melhor amiga ou amigo.
Não percam a 2.ª parte deste video, uma obra-prima da interpretação musical, de chorar por mais. Se não o têm, comprem o 1.º álbum de Damien Rice e oiçam esta música sem ser ao vivo. Vale bem a pena. Não menos surpreendente é a vida que este Senhor da Música já viveu. Absolutamente impressionante. Googlem e verão.
É igualmente notável o comportamento e o conhecimento do público sobre esta música. Lembrei-me, pela negativa, de um concerto dos Sigur Rós no Coliseu de Lisboa, em que fui eu e o PSL, e, dado os tempos "silenciosos" típicos do grupo islandês, uma ou outra vez dizia ao Pedro para não acompanhar as palmas de parte do público que estava a assistir, pois a canção ainda não tinha terminado! Ao contrário da música comercial, em que o gáudio do conhecedor (e do reconhecimento) é saber as letras da canção de cor, na música alternativa a sabedoria é a dos silêncios: quem conhece os silêncios da música, sem palmas intempestivas ou histerias avulsas, conhece bem a arte dos seus autores. Fã é fã!

Eu dedico-a aos meus D.

n músicas lxxix

Para dedicarem à vossa melhor amiga ou amigo.
Não percam a 2.ª parte deste video, uma obra-prima da interpretação musical, de chorar por mais. Se não o têm, comprem o 1.º álbum de Damien Rice e oiçam esta música sem ser ao vivo. Vale bem a pena. Não menos surpreendente é a vida que este Senhor da Música já viveu. Absolutamente impressionante. Googlem e verão.
É igualmente notável o comportamento e o conhecimento do público sobre esta música. Lembrei-me, pela negativa, de um concerto dos Sigur Rós no Coliseu de Lisboa, em que fui eu e o PSL, e, dado os tempos "silenciosos" típicos do grupo islandês, uma ou outra vez dizia ao Pedro para não acompanhar as palmas de parte do público que estava a assistir, pois a canção ainda não tinha terminado! Ao contrário da música comercial, em que o gáudio do conhecedor (e do reconhecimento) é saber as letras da canção de cor, na música alternativa a sabedoria é a dos silêncios: quem conhece os silêncios da música, sem palmas intempestivas ou histerias avulsas, conhece bem a arte dos seus autores. Fã é fã!

Eu dedico-a aos meus D.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Da série “provérbios pós-modernos”

Quem não caça com cão, caça com coelho.

Da série “provérbios pós-modernos”

Quem não caça com cão, caça com coelho.

n publicidade xxix

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doc.com i




Nothing is not Nothing : Director: Marie Ruprecht-Wimmer | Genre: Documentary | Produced In: 2003
Synopsis: The name of Mr. Sakurai San's zen flute is MU. MU is the Japanese word for nothing or nothingness. The zen flute player Mr. Sakurai San plays his flute in order to calm his thoughts. He uses his playing sessions as a way to allow his mind to stop thinking. The film is an attempt to reflect upon the ranges between the dualistic world of thinking and "non thinking". It shows different phases of thinking, and how Mr. Sakurai San tries to shake off the pictures and stories, in his mind, using the sound of his flute.

doc.com i




Nothing is not Nothing : Director: Marie Ruprecht-Wimmer | Genre: Documentary | Produced In: 2003
Synopsis: The name of Mr. Sakurai San's zen flute is MU. MU is the Japanese word for nothing or nothingness. The zen flute player Mr. Sakurai San plays his flute in order to calm his thoughts. He uses his playing sessions as a way to allow his mind to stop thinking. The film is an attempt to reflect upon the ranges between the dualistic world of thinking and "non thinking". It shows different phases of thinking, and how Mr. Sakurai San tries to shake off the pictures and stories, in his mind, using the sound of his flute.

Amigável???



...mas há mais (aqui e aqui).

Amigável???



...mas há mais (aqui e aqui).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A mentira dos spreads

Durante anos a fio, foi-nos dito que os spreads são a margem de lucro dos bancos e que estes não ganham um tusto com a taxa de juro que nos cobram. Com a subida alucinante das taxas de juro que ocorreu até Outubro de 2008, os bancos foram descendo os spreads, o que - na aparência - reduzia a sua margem de lucro.
Pois bem, agora que as taxas euribor estão baixas, os bancos desataram a subir os spreads, já não qualificados como "margem de lucro" mas como "preço de risco".
É por coisas destas que o crédito tem de ser visto e tratado como bem público essencial e não pode ser deixado ao arbítrio de alguns operadores que controlam e deturpam os mercados (como não há banca verdadeiramente livre, não há verdadeira opção de escolha), com o fito único de sacarem dos bolsos dos cidadãos o dinheiro que ainda lhes resta depois dos Governos lhes terem entregue uns quantos milhares de milhões de euros dos mesmos cidadãos.
Os bancos estão a procurar recuperar liquidez mas à nossa custa: primeiro com os "bail out" e agora com os spreads.
E os Governos a ver...

A mentira dos spreads

Durante anos a fio, foi-nos dito que os spreads são a margem de lucro dos bancos e que estes não ganham um tusto com a taxa de juro que nos cobram. Com a subida alucinante das taxas de juro que ocorreu até Outubro de 2008, os bancos foram descendo os spreads, o que - na aparência - reduzia a sua margem de lucro.
Pois bem, agora que as taxas euribor estão baixas, os bancos desataram a subir os spreads, já não qualificados como "margem de lucro" mas como "preço de risco".
É por coisas destas que o crédito tem de ser visto e tratado como bem público essencial e não pode ser deixado ao arbítrio de alguns operadores que controlam e deturpam os mercados (como não há banca verdadeiramente livre, não há verdadeira opção de escolha), com o fito único de sacarem dos bolsos dos cidadãos o dinheiro que ainda lhes resta depois dos Governos lhes terem entregue uns quantos milhares de milhões de euros dos mesmos cidadãos.
Os bancos estão a procurar recuperar liquidez mas à nossa custa: primeiro com os "bail out" e agora com os spreads.
E os Governos a ver...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Ainda falta tomar umas Bastilhas...

-Liberdade, Igualdade, Fraternidade, contra a Tirana, a Intolerâcia e o Fanatismo!

Ainda falta tomar umas Bastilhas...

-Liberdade, Igualdade, Fraternidade, contra a Tirana, a Intolerâcia e o Fanatismo!

Uma das coisas que falta dizer

Uma das omissões na campanha de informação sobre a gripe A é a responsabilidade daqueles que, para aproveitar a redução dos preços, estão a ir de férias em matilha para sítios como o México, a República Dominicana ou Palma de Maiorca. É que, salvo a situação dos emigrantes na América do Norte, os casos de contágio em Portugal resultam de veraneantes que, pondo o bom senso de molho, se comportam como verdadeiros cavalos de Tróia do H1N1.
Lembro aqui o caso de um infantário em Lisboa onde uns tontinhos, acabadinhos de chegar de férias meteram o filho bebé com gripe no infantário onde o pobre coitado acabou por contaminar outros 4 bebés.
A situação não está para brincadeiras, e estão a morrer pessoas apenas da gripe, sem qualquer complicação.
Por isto tudo, o Ministério da Saúde, a Direcção-Geral de Saúde e a Procuradoria Geral da República deveria já ter lembrado os portugueses do seguinte:
Artigo 283º (Código Penal)
Propagação de doença, alteração de análise ou de
receituário
1 - Quem:
a) Propagar doença contagiosa;
(...)
e criar deste modo perigo para a vida ou perigo grave para a integridade física de outrem é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.
2 – Se o perigo referido no número anterior for criado por negligência, o agente é punido com pena de prisão até 5 anos.
3 – Se a conduta referida no nº 1 for praticada por negligência, o agente é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

Uma das coisas que falta dizer

Uma das omissões na campanha de informação sobre a gripe A é a responsabilidade daqueles que, para aproveitar a redução dos preços, estão a ir de férias em matilha para sítios como o México, a República Dominicana ou Palma de Maiorca. É que, salvo a situação dos emigrantes na América do Norte, os casos de contágio em Portugal resultam de veraneantes que, pondo o bom senso de molho, se comportam como verdadeiros cavalos de Tróia do H1N1.
Lembro aqui o caso de um infantário em Lisboa onde uns tontinhos, acabadinhos de chegar de férias meteram o filho bebé com gripe no infantário onde o pobre coitado acabou por contaminar outros 4 bebés.
A situação não está para brincadeiras, e estão a morrer pessoas apenas da gripe, sem qualquer complicação.
Por isto tudo, o Ministério da Saúde, a Direcção-Geral de Saúde e a Procuradoria Geral da República deveria já ter lembrado os portugueses do seguinte:
Artigo 283º (Código Penal)
Propagação de doença, alteração de análise ou de
receituário
1 - Quem:
a) Propagar doença contagiosa;
(...)
e criar deste modo perigo para a vida ou perigo grave para a integridade física de outrem é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.
2 – Se o perigo referido no número anterior for criado por negligência, o agente é punido com pena de prisão até 5 anos.
3 – Se a conduta referida no nº 1 for praticada por negligência, o agente é punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.

Enquanto isso, longe do BCP, do BPN, do BPP e de Belém...

Enquanto isso, longe do BCP, do BPN, do BPP e de Belém...

Os seguros de saúde

No editorial do Diário de Notícias de hoje, comenta-se que «30% dos portugueses activos já têm acesso a sistemas de saúde privados (...) porque os públicos não têm o mesmo serviço dos privados».
Já que o DN não pergunta, questiono eu:
Quantos dos portugueses com seguro de saúde, subscreveram esse serviço em resultado de uma imposição do banco com o qual negociaram o crédito à habitação?

Os seguros de saúde

No editorial do Diário de Notícias de hoje, comenta-se que «30% dos portugueses activos já têm acesso a sistemas de saúde privados (...) porque os públicos não têm o mesmo serviço dos privados».
Já que o DN não pergunta, questiono eu:
Quantos dos portugueses com seguro de saúde, subscreveram esse serviço em resultado de uma imposição do banco com o qual negociaram o crédito à habitação?

Mais um malabarismo estatístico da Ministra

Mais um malabarismo estatístico da Ministra

domingo, 12 de julho de 2009

Passatempo: descubra as diferenças












Post orgulhosamente roubado daqui (link)

Passatempo: descubra as diferenças












Post orgulhosamente roubado daqui (link)

Assim não brinco!

É pá…, então o que vem a ser isto?

Não se registou, em Portugal, nenhum caso de infecção pelo vírus da Gripe A (H1N1) nas últimas 24 horas.

Isto não pode ser. Assim não há noticias, nem pânico nem silly season digna desse nome.
Ora bolas!

Assim não brinco!

É pá…, então o que vem a ser isto?

Não se registou, em Portugal, nenhum caso de infecção pelo vírus da Gripe A (H1N1) nas últimas 24 horas.

Isto não pode ser. Assim não há noticias, nem pânico nem silly season digna desse nome.
Ora bolas!

e deus peca pelo homem i

e deus peca pelo homem i

n publicidade xxviii

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sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cenas que definitivamente não consigo compreender (III)

Porque é que o tuguinha tem de espetar a unhaca em tudo o que é saco de pão exposto num hipermercado?

Cenas que definitivamente não consigo compreender (III)

Porque é que o tuguinha tem de espetar a unhaca em tudo o que é saco de pão exposto num hipermercado?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Elisa Roseta

Ouvi mal ou a Elisa Ferreira, quando questionada sobre o repto de Manuel Alegre (para escolher ou o Parlamento Europeu, ou a Câmara Municipal do Porto), disse que as orientações do Partido Socialista não se lhe aplicavam por ela não ser militante?
Ouvi mal ou ela ameaçou não ser candidata pelo PS?
Será que vai criar um movimento cívico particular?
Já agora, sendo ela há muitos anos candidata em diversas listas do PS e já tendo até sido Ministra, por que razão não se decide pela filiação no PS?

Elisa Roseta

Ouvi mal ou a Elisa Ferreira, quando questionada sobre o repto de Manuel Alegre (para escolher ou o Parlamento Europeu, ou a Câmara Municipal do Porto), disse que as orientações do Partido Socialista não se lhe aplicavam por ela não ser militante?
Ouvi mal ou ela ameaçou não ser candidata pelo PS?
Será que vai criar um movimento cívico particular?
Já agora, sendo ela há muitos anos candidata em diversas listas do PS e já tendo até sido Ministra, por que razão não se decide pela filiação no PS?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

No resto do tempo pode ser à balda

Cavaco continua a fazer o seu papel de líder da oposição com vista à tomada do poder por Ferreira Leite, e com vista também à sua reeleição presidencial, com o inconfessado fim de promover a futura golpada constitucional que o move: o presidencialismo.
Agora avisa o Governo e partidos para terem cuidado com leis na pré-campanha, como quem diz "eu sou o paizinho e vocês são todos uns putos reguilas".
Deve ser estatístico: em cada século haverá um candidato a ditador...

No resto do tempo pode ser à balda

Cavaco continua a fazer o seu papel de líder da oposição com vista à tomada do poder por Ferreira Leite, e com vista também à sua reeleição presidencial, com o inconfessado fim de promover a futura golpada constitucional que o move: o presidencialismo.
Agora avisa o Governo e partidos para terem cuidado com leis na pré-campanha, como quem diz "eu sou o paizinho e vocês são todos uns putos reguilas".
Deve ser estatístico: em cada século haverá um candidato a ditador...

terça-feira, 7 de julho de 2009

Tudo está bem quando acaba bem

Segundo a TVI, o Ministério Público concorda com a libertação de Oliveira e Costa, por entender já não haver perigo de destruição de provas, nem haver perigo de fuga.
Depois do pedido de desculpas apresentado pela CMVM a Rendeiro por tê-lo comparado a Madoff e da libertação de Oliveira e Costa, aguarda-se para breve a condecoração de Dias Loureiro por Cavaco Silva.

Tudo está bem quando acaba bem

Segundo a TVI, o Ministério Público concorda com a libertação de Oliveira e Costa, por entender já não haver perigo de destruição de provas, nem haver perigo de fuga.
Depois do pedido de desculpas apresentado pela CMVM a Rendeiro por tê-lo comparado a Madoff e da libertação de Oliveira e Costa, aguarda-se para breve a condecoração de Dias Loureiro por Cavaco Silva.

Ser deputado é um emprego?

«Quando apresentei a minha candidatura disse que era perfeitamente compatível o lugar de deputado com o de candidato autárquico, porque se ganha a eleição, obviamente a lei define que o cargo não é compatível, agora um vereador da oposição não tem emprego na câmara, para se dedicar a essa tarefa tem de ter outro emprego».
Leonor Coutinho, Diário de Notícias

Ser deputado é um emprego?

«Quando apresentei a minha candidatura disse que era perfeitamente compatível o lugar de deputado com o de candidato autárquico, porque se ganha a eleição, obviamente a lei define que o cargo não é compatível, agora um vereador da oposição não tem emprego na câmara, para se dedicar a essa tarefa tem de ter outro emprego».
Leonor Coutinho, Diário de Notícias

segunda-feira, 6 de julho de 2009

cronos xxxi

cronos xxxi

n músicas lxxviii

Para além do preenchimento de uma quota portuguesa desta rubrica.

n músicas lxxviii

Para além do preenchimento de uma quota portuguesa desta rubrica.

Até parecem gente séria...

Pois bem, para os liberais à portuguesa, só há empreendedorismo quando há certeza de procura e de lucro:
«Nenhuma [empresa] se vai meter a investir para satisfazer uma procura que ainda não existe sem ponderar vários factores, incluindo carga fiscal sobre si e sobre os seus clientes».

Mas isso não é suficiente... ao mínimo abalozinho de terra, empresa séria despede trabalhadores e reduz os salários aos que ficam:
«Os reajustamentos de salários devem ser feitos e ainda estão para vir»

Rentista, devorista, conservador e anti-trabalhadores (ou pró-descartabilidade laboral):
eis o luso-liberal...