sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (VI)

…desta vez em dose dupla, pois esta miúda canta que se farta; e porque o que faz falta é espalhar a noticia e agitar a malta.

Adele - "Hometown Glory"


Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (VI)

…desta vez em dose dupla, pois esta miúda canta que se farta; e porque o que faz falta é espalhar a noticia e agitar a malta.

Adele - "Hometown Glory"


Frase do ano

O "mal-estar difuso" é simplesmente o regresso à realidade.
Vasco Pulido Valente, no Público

Frase do ano

O "mal-estar difuso" é simplesmente o regresso à realidade.
Vasco Pulido Valente, no Público

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Onde está o Wally?

A história conta-se em duas penadas.
Ontem o “Tribunal” estava encerrado. Logo, foi com desagrado que tive de suportar a penosa primeira parte do “embate” contra o Moreirense no Piso 0 da Catedral. Como nessa primeira metade de jogo tínhamos atacado para Sul, acabei por me deslocar para Norte afim de acompanhar mais de perto o ataque do Benfica no segundo tempo. “Perdidos por cem perdido por mil”, diz o meu velhote. Para variar, vamos assistir à segunda parte bem junto ao relvado; um lugar que tem tanto de péssimo para a globalidade do jogo como de revelador para as suas minudências. Quando o Rui decide abrir o livro com um bonito pontapé arqueado que me fez recordar a longínqua noite de 26 de Junho de 1991 – foi mais ou menos assim que o então rapazito da Damaia eliminou a Austrália na meia-final do Campeonato Mundial de Juniores – corre para os que como ele sentem o Manto Sagrado.
E o Wally? O Wally lá está no canto superior esquerdo da imagem de André Kosters (para a Lusa) publicada no Destak de hoje, de sorriso aberto e mãos cerradas a agradecer a bênção…

Onde está o Wally?

A história conta-se em duas penadas.
Ontem o “Tribunal” estava encerrado. Logo, foi com desagrado que tive de suportar a penosa primeira parte do “embate” contra o Moreirense no Piso 0 da Catedral. Como nessa primeira metade de jogo tínhamos atacado para Sul, acabei por me deslocar para Norte afim de acompanhar mais de perto o ataque do Benfica no segundo tempo. “Perdidos por cem perdido por mil”, diz o meu velhote. Para variar, vamos assistir à segunda parte bem junto ao relvado; um lugar que tem tanto de péssimo para a globalidade do jogo como de revelador para as suas minudências. Quando o Rui decide abrir o livro com um bonito pontapé arqueado que me fez recordar a longínqua noite de 26 de Junho de 1991 – foi mais ou menos assim que o então rapazito da Damaia eliminou a Austrália na meia-final do Campeonato Mundial de Juniores – corre para os que como ele sentem o Manto Sagrado.
E o Wally? O Wally lá está no canto superior esquerdo da imagem de André Kosters (para a Lusa) publicada no Destak de hoje, de sorriso aberto e mãos cerradas a agradecer a bênção…

Boa pergunta

A questão não anda só a angustiar Coutinho Ribeiro: por que será que as chefias na Polícia Judiciária têm uma rotatividade tão grande?

Boa pergunta

A questão não anda só a angustiar Coutinho Ribeiro: por que será que as chefias na Polícia Judiciária têm uma rotatividade tão grande?

Seminário SEDES

-O Grupo de Gestão Pública da SEDES organiza mais um seminário sobre a gestão e administração pública, que se realizará no próximo dia 28 de Fevereiro, às 18h30m, na SEDES, 5.ª Feira, subordinado ao tema: «Os Novos Desafios do Sistema de Gestão e Avaliação do Desempenho para a Administração Pública». Serão oradores Miguel Rodrigues (Investigador do INA) e João Pedro Correia (Consultor Especialista em SIADAP).
A entrada é gratuita.
Rua Duque de Palmela, n.º 2 - 4.º D.º, ao lado da Livraria Buchholz. Metro Marquês de Pombal.

Seminário SEDES

-O Grupo de Gestão Pública da SEDES organiza mais um seminário sobre a gestão e administração pública, que se realizará no próximo dia 28 de Fevereiro, às 18h30m, na SEDES, 5.ª Feira, subordinado ao tema: «Os Novos Desafios do Sistema de Gestão e Avaliação do Desempenho para a Administração Pública». Serão oradores Miguel Rodrigues (Investigador do INA) e João Pedro Correia (Consultor Especialista em SIADAP).
A entrada é gratuita.
Rua Duque de Palmela, n.º 2 - 4.º D.º, ao lado da Livraria Buchholz. Metro Marquês de Pombal.

LEMBRAS BEM

O secretário de estado Walter Lemos lembrou ontem, no telejornal das 13 horas da SIC, e a propósito da dívida de 3 milhões de euros que a Fenprof reclama, que quando as aulas de substituição foram anunciadas a mesma Fenprof disse que eram um "ataque aos professores porque estes não faltam assim tanto". Eu também me lembro. E muito bem.

LEMBRAS BEM

O secretário de estado Walter Lemos lembrou ontem, no telejornal das 13 horas da SIC, e a propósito da dívida de 3 milhões de euros que a Fenprof reclama, que quando as aulas de substituição foram anunciadas a mesma Fenprof disse que eram um "ataque aos professores porque estes não faltam assim tanto". Eu também me lembro. E muito bem.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Millenium BCP: o Banco Sweeney Todd?

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Millenium BCP: o Banco Sweeney Todd?

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"old habits die hard"... Mesmo!!!

PCP quer terminar com voto secreto obrigatório
O PCP apresentou ontem um projecto de alteração à Lei dos Partidos que propõe o fim da obrigação, introduzida em 2003, de todas as eleições internas dos partidos serem feitas por voto secreto.
Jornal Meia Hora

"old habits die hard"... Mesmo!!!

PCP quer terminar com voto secreto obrigatório
O PCP apresentou ontem um projecto de alteração à Lei dos Partidos que propõe o fim da obrigação, introduzida em 2003, de todas as eleições internas dos partidos serem feitas por voto secreto.
Jornal Meia Hora

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Campo Contra Campo (CIV)

Este ano estive totalmente "fora" dos Óscares. Mas nem tudo é mau na grande festa Universal do cinema. Reparo agora que dois dos filmes mais fantásticos que vi o ano passado foram premiados. Curiosamente são duas obras de “famílias cinematográficas”, que raramente tocam o grande público (ou que são menorizadas por este). Para mim, existe ainda algo que aproxima estes dois filmes: não escrevi sobre eles. Como nunca é tarde…

Ratatui (****), venceu o Óscar para Melhor Filme de Animação. É uma fábula incrível e bela que nos lembra como é bom estar vivo e que não há tempo para desistir de lutar por aquilo que mais desejamos. Relembro ainda de Ratatui a sua beleza plástica. Hoje o “grande cinema espectáculo” aproxima-se com uma velocidade impressionante da criação de “mundos virtuais e paralelos”. E a animação não foge a esta tendência.

Taxi To The Dark Side (*****), venceu o Óscar para Melhor Documentário. Foi num Domingo – ultimo dia do DocLisboa 2007, pelas onze (!) da manhã, que entrei no São Jorge para ver o pesadelo do pobre Dilaware, taxista afegão. Partindo da história simples deste homem simples, o filme demonstra de forma rigorosa (não panfletária) os exageros e atropelos cometidos pelo amigo americano na batalha contra o terrorismo. Num post já antigo, o suspeito Daniel Oliveira, escreve assim sobre o objecto deste filme: “Não são os campos de concentração nazis, mas ali está tudo a que se referem: a bestialidade, a desumanização do outro, o absoluto desrespeito pela vida humana, o fim de todas as fronteiras em nome de uma causa.”. Tem razão, o Daniel.
Este prémio trará o reconhecimento e exposição devida a este soberbo documentário. Em DVD ou em exibição comercial não pode deixar de ser visto por todos. A propósito, fiquem com o trailer, que não revela nem um pouco a dureza da obra.

Campo Contra Campo (CIV)

Este ano estive totalmente "fora" dos Óscares. Mas nem tudo é mau na grande festa Universal do cinema. Reparo agora que dois dos filmes mais fantásticos que vi o ano passado foram premiados. Curiosamente são duas obras de “famílias cinematográficas”, que raramente tocam o grande público (ou que são menorizadas por este). Para mim, existe ainda algo que aproxima estes dois filmes: não escrevi sobre eles. Como nunca é tarde…

Ratatui (****), venceu o Óscar para Melhor Filme de Animação. É uma fábula incrível e bela que nos lembra como é bom estar vivo e que não há tempo para desistir de lutar por aquilo que mais desejamos. Relembro ainda de Ratatui a sua beleza plástica. Hoje o “grande cinema espectáculo” aproxima-se com uma velocidade impressionante da criação de “mundos virtuais e paralelos”. E a animação não foge a esta tendência.

Taxi To The Dark Side (*****), venceu o Óscar para Melhor Documentário. Foi num Domingo – ultimo dia do DocLisboa 2007, pelas onze (!) da manhã, que entrei no São Jorge para ver o pesadelo do pobre Dilaware, taxista afegão. Partindo da história simples deste homem simples, o filme demonstra de forma rigorosa (não panfletária) os exageros e atropelos cometidos pelo amigo americano na batalha contra o terrorismo. Num post já antigo, o suspeito Daniel Oliveira, escreve assim sobre o objecto deste filme: “Não são os campos de concentração nazis, mas ali está tudo a que se referem: a bestialidade, a desumanização do outro, o absoluto desrespeito pela vida humana, o fim de todas as fronteiras em nome de uma causa.”. Tem razão, o Daniel.
Este prémio trará o reconhecimento e exposição devida a este soberbo documentário. Em DVD ou em exibição comercial não pode deixar de ser visto por todos. A propósito, fiquem com o trailer, que não revela nem um pouco a dureza da obra.

Povo de merda

O Insurgente (Okupado) não é uma vergonha como tenta explicar aqui JPP. É um caso de polícia, para os Tribunais julgarem.

Povo de merda

O Insurgente (Okupado) não é uma vergonha como tenta explicar aqui JPP. É um caso de polícia, para os Tribunais julgarem.

...

Partilho no substancial com a tua análise, João. Camacho não está cá e resta saber se é apenas por questões pessoais. Não sei se mais alguém reparou – ainda não li jornais – mas ontem entramos com uma novidade táctica: 4x1x4x1 com Binya entre linhas e Cardozo sozinho na frente. A brincadeira rapidamente deu frutos: um Benfica paralisado fruto de um meio campo hiper-povoado a consentir um golo infantil. Com o decorrer da partida Camacho nem se importou que o 4x1x4x1 resvalasse para o menos anormal 4x2x3x1 – com o recuo de Petit mas sem que os extremos esticassem o jogo - e os equívocos mantivera-se até dez minutos do final da partida. Nesses últimos minutos, ie a partir do momento em que Camacho apostou em dois avançados (mesmo sendo um Mantorras) jogou-se mais, rematou-se mais, criaram-se mais oportunidades de golo do que nos demais oitenta minutos. No fim, Camacho, ainda teve a lata de se aborrecer com os jornalistas por estes lhe mostrarem o obvio.
Não será de estranhar que o princípio do fim de Camacho comece já esta quarta feira. Pelo sim pelo não quero lá estar e já tenho bilhete para esse “terrível” embate com o…, Moreirense.

...

Partilho no substancial com a tua análise, João. Camacho não está cá e resta saber se é apenas por questões pessoais. Não sei se mais alguém reparou – ainda não li jornais – mas ontem entramos com uma novidade táctica: 4x1x4x1 com Binya entre linhas e Cardozo sozinho na frente. A brincadeira rapidamente deu frutos: um Benfica paralisado fruto de um meio campo hiper-povoado a consentir um golo infantil. Com o decorrer da partida Camacho nem se importou que o 4x1x4x1 resvalasse para o menos anormal 4x2x3x1 – com o recuo de Petit mas sem que os extremos esticassem o jogo - e os equívocos mantivera-se até dez minutos do final da partida. Nesses últimos minutos, ie a partir do momento em que Camacho apostou em dois avançados (mesmo sendo um Mantorras) jogou-se mais, rematou-se mais, criaram-se mais oportunidades de golo do que nos demais oitenta minutos. No fim, Camacho, ainda teve a lata de se aborrecer com os jornalistas por estes lhe mostrarem o obvio.
Não será de estranhar que o princípio do fim de Camacho comece já esta quarta feira. Pelo sim pelo não quero lá estar e já tenho bilhete para esse “terrível” embate com o…, Moreirense.

Os bodes expiatórios

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Será que a crónica de Rui Moreira de hoje no Público, em que ele diz que «a culpa morrerá solteira. Cada um garante que não sabia o que se passava, porque foi antes ou depois do seu tempo, ou porque foi feito por alguém do lado. Em caso de necessidade, descortinarão um humilde e triste director que se sacrificará à causa e à obra e confessará ter sido ele, e por sua alta recreação, o autor de tudo isto», tem alguma coisa a ver com a entrevista ao SOL de Joaquim Caldeira, antigo Inspector-Geral de Jogo?
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Os bodes expiatórios

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Será que a crónica de Rui Moreira de hoje no Público, em que ele diz que «a culpa morrerá solteira. Cada um garante que não sabia o que se passava, porque foi antes ou depois do seu tempo, ou porque foi feito por alguém do lado. Em caso de necessidade, descortinarão um humilde e triste director que se sacrificará à causa e à obra e confessará ter sido ele, e por sua alta recreação, o autor de tudo isto», tem alguma coisa a ver com a entrevista ao SOL de Joaquim Caldeira, antigo Inspector-Geral de Jogo?
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Vamos vender frigoríficos no Pólo Norte!!!

Vamos vender frigoríficos no Pólo Norte!!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

ArcádiaQuiz (XXII)

O chumbo do Tribunal de Contas ao pedido de empréstimo da Câmara Municipal de Lisboa, e a entrevista de ontem de Guilherme d'Oliveira Martins, em que este já definiu - na prática - a posição final do Tribunal demonstra que:
  1. Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer queimar António Costa, um possível opositor;
  2. Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer fazer o país esquecer que foi Ministro das Finanças de António Guterres; ou
  3. Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer demonstrar à Direita que é muito independente de quem sempre o nomeou para altos cargos públicos?

ArcádiaQuiz (XXII)

O chumbo do Tribunal de Contas ao pedido de empréstimo da Câmara Municipal de Lisboa, e a entrevista de ontem de Guilherme d'Oliveira Martins, em que este já definiu - na prática - a posição final do Tribunal demonstra que:
  1. Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer queimar António Costa, um possível opositor;
  2. Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer fazer o país esquecer que foi Ministro das Finanças de António Guterres; ou
  3. Guilherme d'Oliveira Martins está apostado em suceder a Cavaco e quer demonstrar à Direita que é muito independente de quem sempre o nomeou para altos cargos públicos?

Às vezes é porque chove, outras porque faz sol

Recomenda-se a leitura destes dois postais do A Causa foi Modificada (I e II). É que não querendo desculpar as responsabilidades de autarquias, governo e cidadãos em geral, o facto é que também há cheias na Primeira Divisão quando chove demasiado. Aí também morrem pessoas. É lixado. Podia ser evitado. Mas a incúria não é exclusivo nacional...

Às vezes é porque chove, outras porque faz sol

Recomenda-se a leitura destes dois postais do A Causa foi Modificada (I e II). É que não querendo desculpar as responsabilidades de autarquias, governo e cidadãos em geral, o facto é que também há cheias na Primeira Divisão quando chove demasiado. Aí também morrem pessoas. É lixado. Podia ser evitado. Mas a incúria não é exclusivo nacional...

Luís Filipe diz que não gosta de alguns comentários...

Vejam só o minuto 4 deste resumo...

Luís Filipe diz que não gosta de alguns comentários...

Vejam só o minuto 4 deste resumo...

Oportunidade de negócio

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Oportunidade de negócio

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Está de chuva.

Comecem a evacuar a cidade! Imagem do serviço de metereologia do Yahoo!

Está de chuva.

Comecem a evacuar a cidade! Imagem do serviço de metereologia do Yahoo!

Já para o quarto escuro!


Vitalino Canas, porta-voz do Partido Socialista diz que as conclusões do estudo da SEDES são «tremendistas».
Tremendistas?!! Isto existe?! Esta palavra dá erro ortográfico nos melhores e piores dicionários, mas ainda não vi na versão macaense. Talvez precise de ser mocho ou de um globo no olho e de um compasso e esquadro...

Já para o quarto escuro!


Vitalino Canas, porta-voz do Partido Socialista diz que as conclusões do estudo da SEDES são «tremendistas».
Tremendistas?!! Isto existe?! Esta palavra dá erro ortográfico nos melhores e piores dicionários, mas ainda não vi na versão macaense. Talvez precise de ser mocho ou de um globo no olho e de um compasso e esquadro...

Mal estar difuso mas muito sentido

O mal-estar e a degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento. E se essa espiral descendente continuar, emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever. A sociedade civil pode e deve participar no desbloqueamento da eficácia do regime – para o que será necessário que este se lhe abra mais do que tem feito até aqui –, mas ele só pode partir dos seus dois pólos de poder: os partidos, com a sua emanação fundamental que é o Parlamento, e o Presidente da República. A regeneração é necessária e tem de começar nos próprios partidos políticos, fulcro de um regime democrático representativo. Abrir-se à sociedade, promover princípios éticos de decência na vida política e na sociedade em geral, desenvolver processos de selecção que permitam atrair competências e afastar oportunismos, são parte essencial da necessária regeneração.
Em geral o Estado, a esfera formal onde se forma a decisão e se gerem os negócios do país, tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos em geral. Deve fazê-lo de forma clara, transparente e, sobretudo, escrutinável. Os portugueses têm de poder entender as razões que presidem à formação das políticas públicas que lhes dizem respeito.
texto integral da tomada de posição da Sedes, aqui

Mal estar difuso mas muito sentido

O mal-estar e a degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento. E se essa espiral descendente continuar, emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever. A sociedade civil pode e deve participar no desbloqueamento da eficácia do regime – para o que será necessário que este se lhe abra mais do que tem feito até aqui –, mas ele só pode partir dos seus dois pólos de poder: os partidos, com a sua emanação fundamental que é o Parlamento, e o Presidente da República. A regeneração é necessária e tem de começar nos próprios partidos políticos, fulcro de um regime democrático representativo. Abrir-se à sociedade, promover princípios éticos de decência na vida política e na sociedade em geral, desenvolver processos de selecção que permitam atrair competências e afastar oportunismos, são parte essencial da necessária regeneração.
Em geral o Estado, a esfera formal onde se forma a decisão e se gerem os negócios do país, tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos em geral. Deve fazê-lo de forma clara, transparente e, sobretudo, escrutinável. Os portugueses têm de poder entender as razões que presidem à formação das políticas públicas que lhes dizem respeito.
texto integral da tomada de posição da Sedes, aqui

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

En(m)terra de bicudos quem tem barbatanas é Rei (II)

Este é o blogue da Rita que viaja pelo paraíso. Às vezes, quando os passeios pelo mundo lhe deixam um pouco de tempo livre, desliza no mar, já ali, ao lado "da minha" praia.
Portugal, coitado, não sabe. Mas esta rapariga é só cinco vezes (cinco!) Campeã Europeia de bodyboard. Não pede centros de estagio ou melhores condições de treino. Sem o Estado (directa ou indirectamente - espero que me faça entender) lhe dar qualquer avença ou alvíssara, lá anda ela a lutar pela vida e pelas cores da Nação de que alguns tanto dizem gostar. Mas anda também a divertir-se. À grande. Suspeito até que se diverte muito mais do que alguns "Cristianos Ronaldos" de outros desportos. Agora a Rita está no Hawaii. Porque quer se uma das melhores do Mundo.
Entretanto, aproveito para actualizar o marcador com mais um resultado, desta feita em "femininos":

…um a zero para o BB…
…um a zero para o BB…
…um a zero para o BB…

Só mais uma pequena coisa. A Rita não leu, mas se tivesse lido tinha percebido na totalidade estas minhas palavras. E sei ser assim, porque também ela se emocionou com aquela capa do Público.

PS: este post já estava escrito há uns dias. Entretanto a prova feminina já decorreu com a Rita a sagrar-se vice-campeã do evento. Porra…, que grande resultado, Rita. Muito parabéns. A continuar assim ainda te arriscas a ser Campeã do Mundo. E já agora: por esta moçoila linda ninguém coloca a bandeirinha à janela?

En(m)terra de bicudos quem tem barbatanas é Rei (II)

Este é o blogue da Rita que viaja pelo paraíso. Às vezes, quando os passeios pelo mundo lhe deixam um pouco de tempo livre, desliza no mar, já ali, ao lado "da minha" praia.
Portugal, coitado, não sabe. Mas esta rapariga é só cinco vezes (cinco!) Campeã Europeia de bodyboard. Não pede centros de estagio ou melhores condições de treino. Sem o Estado (directa ou indirectamente - espero que me faça entender) lhe dar qualquer avença ou alvíssara, lá anda ela a lutar pela vida e pelas cores da Nação de que alguns tanto dizem gostar. Mas anda também a divertir-se. À grande. Suspeito até que se diverte muito mais do que alguns "Cristianos Ronaldos" de outros desportos. Agora a Rita está no Hawaii. Porque quer se uma das melhores do Mundo.
Entretanto, aproveito para actualizar o marcador com mais um resultado, desta feita em "femininos":

…um a zero para o BB…
…um a zero para o BB…
…um a zero para o BB…

Só mais uma pequena coisa. A Rita não leu, mas se tivesse lido tinha percebido na totalidade estas minhas palavras. E sei ser assim, porque também ela se emocionou com aquela capa do Público.

PS: este post já estava escrito há uns dias. Entretanto a prova feminina já decorreu com a Rita a sagrar-se vice-campeã do evento. Porra…, que grande resultado, Rita. Muito parabéns. A continuar assim ainda te arriscas a ser Campeã do Mundo. E já agora: por esta moçoila linda ninguém coloca a bandeirinha à janela?

Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (III)

Cajun Dance Party - Amylase

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E isto, não conta para Bolonha como habilitação superior?

«Discotecas querem passar a associações sem fins lucrativos para permitir o fumo.
Associação promete apoiar empresários que queiram transformar as respectivas casas de animação em associações sem fins lucrativos relativamente às quais a lei é omissa»

inPúblico

E isto, não conta para Bolonha como habilitação superior?

«Discotecas querem passar a associações sem fins lucrativos para permitir o fumo.
Associação promete apoiar empresários que queiram transformar as respectivas casas de animação em associações sem fins lucrativos relativamente às quais a lei é omissa»

inPúblico

O meu discurso é nórdico mas as minhas práticas são italianas. Quem sou eu?

O PSD!
(o título foi roubado editorial de Paulo Ferreira, no Público de hoje)

O meu discurso é nórdico mas as minhas práticas são italianas. Quem sou eu?

O PSD!
(o título foi roubado editorial de Paulo Ferreira, no Público de hoje)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Finalmente aconteceu!

--
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Finalmente aconteceu!

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O argumento definitivo contra a independência do Kosovo

Há quem não queira ver a óbvia diferença entre a saída de Estados-membros da federação a que pertenceram (por exemplo, as antigas repúblicas da Jugoslávia) e a secessão de partes do território de um Estado unitário (caso do Kosovo)...
(Vital Moreira)

Vital Moreira apresenta um argumento importante. Mas esqueceu-se do argumento decisivo. Este que está aqui acima: a bandeira do Kosovo...

O argumento definitivo contra a independência do Kosovo

Há quem não queira ver a óbvia diferença entre a saída de Estados-membros da federação a que pertenceram (por exemplo, as antigas repúblicas da Jugoslávia) e a secessão de partes do território de um Estado unitário (caso do Kosovo)...
(Vital Moreira)

Vital Moreira apresenta um argumento importante. Mas esqueceu-se do argumento decisivo. Este que está aqui acima: a bandeira do Kosovo...

O êxodo

Se não me falham as contas esta semana já é o terceiro. Depois do Zero de Conduta e do E Deus Criou a Mulher foi a vez do Corta-fitas fugir do blogger para o sapo.

O êxodo

Se não me falham as contas esta semana já é o terceiro. Depois do Zero de Conduta e do E Deus Criou a Mulher foi a vez do Corta-fitas fugir do blogger para o sapo.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A misteriosa estrada para um tal Abrantes

Já cá ando há uns anos mas não me lembro de episódio tão patético e rocambolesco como este do ser ou não ser do Abrantes. Eis a questão:
Comecei a prestar mais atenção ao Câmara Corporativa (CC) quando em conversa com um sagaz (mas actualmente algo desaparecido) blogger de esquerda, este me terá dito, que tinha cada vez menos tempo para a blogosfera mas esse tal CC não perdia por nada. É um blogue anónimo disse eu (coisa que não costumo frequentar). Mas "aquilo é tudo feito por gajos do Ministério Publico" disse o meu interlocutor, que tenho como rapaz bem informado. Achei estranho mas lá comecei a passar cartão ao CC.
Entretanto estalou a polemica, cuja genealogia me parece estar relativamente bem documentada neste post.
Com o devido respeito, penso que a coisa não teria qualquer valor caso a acusação fosse leviana. Mas não é. E acho ter ficado mais feia (a coisa) quando o tal Abrantes insultou aqui o Francisco Almeida Leite e o Paulo Pinto Mascarenhas.
Neste "caso", não devemos fugir do essencial. Há ou não assessores do governo, pagos com os nossos impostos, travestidos de bloggers?
Se é verdade que a prova de um facto recai sobre quem o invoca (mais do que um Principio Geral de Direito deve esta ser uma lei da vida), verdade é que sobre a criatura Abrantes impende um ónus de retirar a mascara, sob pena de da fama alcançada jamais se livrar.

A misteriosa estrada para um tal Abrantes

Já cá ando há uns anos mas não me lembro de episódio tão patético e rocambolesco como este do ser ou não ser do Abrantes. Eis a questão:
Comecei a prestar mais atenção ao Câmara Corporativa (CC) quando em conversa com um sagaz (mas actualmente algo desaparecido) blogger de esquerda, este me terá dito, que tinha cada vez menos tempo para a blogosfera mas esse tal CC não perdia por nada. É um blogue anónimo disse eu (coisa que não costumo frequentar). Mas "aquilo é tudo feito por gajos do Ministério Publico" disse o meu interlocutor, que tenho como rapaz bem informado. Achei estranho mas lá comecei a passar cartão ao CC.
Entretanto estalou a polemica, cuja genealogia me parece estar relativamente bem documentada neste post.
Com o devido respeito, penso que a coisa não teria qualquer valor caso a acusação fosse leviana. Mas não é. E acho ter ficado mais feia (a coisa) quando o tal Abrantes insultou aqui o Francisco Almeida Leite e o Paulo Pinto Mascarenhas.
Neste "caso", não devemos fugir do essencial. Há ou não assessores do governo, pagos com os nossos impostos, travestidos de bloggers?
Se é verdade que a prova de um facto recai sobre quem o invoca (mais do que um Principio Geral de Direito deve esta ser uma lei da vida), verdade é que sobre a criatura Abrantes impende um ónus de retirar a mascara, sob pena de da fama alcançada jamais se livrar.

Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (II)

The Ting Tings - "Great DJ"

Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (II)

The Ting Tings - "Great DJ"

"Lapsus linguae" ou "old habits die hard"?

Ontem à noite, nas reacções partidárias à entrevista de Sócrates, o "pivot" da SIC-Notícias, após a Raquel Alexandra ter recolhido o depimento de Zita Seabra, disse qualquer coisa como:
«E foi Raquel Alexandra, em directo da sede do PCP a recolher as reacções de Zita Seabra»

"Lapsus linguae" ou "old habits die hard"?

Ontem à noite, nas reacções partidárias à entrevista de Sócrates, o "pivot" da SIC-Notícias, após a Raquel Alexandra ter recolhido o depimento de Zita Seabra, disse qualquer coisa como:
«E foi Raquel Alexandra, em directo da sede do PCP a recolher as reacções de Zita Seabra»

Olá, bom dia

"Fidel Castro renunciou à presidência de Cuba", escreve a comunicação social esta manhã.

Olá, bom dia

"Fidel Castro renunciou à presidência de Cuba", escreve a comunicação social esta manhã.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Já há quem diga que o assunto é mesmo sério

Este post que aqui escrervi na passada terça feira não era inocente. O assunto está em cima da mesa há alguns dias e Scolari é mesmo forte possibilidade. Entretanto, na passada quarta feira surgia este post no Bola na Rede. Depois do choque veio o espanto de ver José Peseiro (mais do que) apontado como futuro treinador do Benfica. E depois do espanto veio a incredulidade. Caros benfiquistas leitores deste blogue: muito provavelmente os próximos dias serão clarificadores. Contudo sou da opinião que o Estádio da Luz é pequeno demais para o José Peseiro e para os sócios do Benfica. A questão não deve ser colocada de outra forma: ou ele ou nós!

Já há quem diga que o assunto é mesmo sério

Este post que aqui escrervi na passada terça feira não era inocente. O assunto está em cima da mesa há alguns dias e Scolari é mesmo forte possibilidade. Entretanto, na passada quarta feira surgia este post no Bola na Rede. Depois do choque veio o espanto de ver José Peseiro (mais do que) apontado como futuro treinador do Benfica. E depois do espanto veio a incredulidade. Caros benfiquistas leitores deste blogue: muito provavelmente os próximos dias serão clarificadores. Contudo sou da opinião que o Estádio da Luz é pequeno demais para o José Peseiro e para os sócios do Benfica. A questão não deve ser colocada de outra forma: ou ele ou nós!

Kosovo

Alguém sabe quando é que a Rússia vai invadir o Kosovo?

Kosovo

Alguém sabe quando é que a Rússia vai invadir o Kosovo?

Liberais salvos por socialistas, outra vez...

Governo britânico nacionaliza banco Northern Rock
A decisão do executivo surge depois das duas ofertas de compra do banco, especializado na concessão de crédito hipotecário, terem sido "chumbadas"
O Governo britânico de Gordon Brown anunciou o que já todos previam: a nacionalização "temporária" do Northern Rock, que tem estado sob protecção do Banco de Inglaterra. Esta medida, de natureza extrema, visa "travar" a sua falência (ou a venda ao desbarato), na medida em que a instituição enfrenta dificuldades financeiras graves, desencadeadas pela crise do subprime, e que levaram as autoridades a injectar mais de 35 milhões de euros.

Liberais salvos por socialistas, outra vez...

Governo britânico nacionaliza banco Northern Rock
A decisão do executivo surge depois das duas ofertas de compra do banco, especializado na concessão de crédito hipotecário, terem sido "chumbadas"
O Governo britânico de Gordon Brown anunciou o que já todos previam: a nacionalização "temporária" do Northern Rock, que tem estado sob protecção do Banco de Inglaterra. Esta medida, de natureza extrema, visa "travar" a sua falência (ou a venda ao desbarato), na medida em que a instituição enfrenta dificuldades financeiras graves, desencadeadas pela crise do subprime, e que levaram as autoridades a injectar mais de 35 milhões de euros.

A meter água

Em Portugal já deixou de chover há muito anos. Quando éramos miúdos o inverno era o outono da nossa alma. Chovia copiosamente durante dias seguidos. As rua ficavam mais silenciosas sem as nossas jogatanas de bola e demais algazarras. Trancados em casa, sem Playstations ou afins, lá inventávamos jogos e outras brincadeiras. Ao fim de algum tempo adaptávamo-nos e quando, enfim, o céu ficava menos cinzento era necessário reinventar as brincadeiras de rua. Hoje tudo mudou, a começar pelo tempo. Em Portugal deixou de chover para, muito a espaços, levarmos com estas cargas de água.
Mas estes novos dias aquáticos são bem divertidos. Por varias razões. Desde logo porque são dias fáceis de prever para quem acompanha com atenção a meteorologia (não a portuguesa do INMG). Depois ligamos a televisão e vemos alguém nos arredores de Lisboa a ser resgatado do seu BMW como se de um pedinte do Bangladesh ou um mutilado do Camboja se tratasse - há coisa mais divertida? Há. O supremo gozo, para mim, é chegar de mota, espantosamente seco e a horas a qualquer local que precise; enquanto os demais pategos esperam, a ferver em stress, enlatados no transito.

A meter água

Em Portugal já deixou de chover há muito anos. Quando éramos miúdos o inverno era o outono da nossa alma. Chovia copiosamente durante dias seguidos. As rua ficavam mais silenciosas sem as nossas jogatanas de bola e demais algazarras. Trancados em casa, sem Playstations ou afins, lá inventávamos jogos e outras brincadeiras. Ao fim de algum tempo adaptávamo-nos e quando, enfim, o céu ficava menos cinzento era necessário reinventar as brincadeiras de rua. Hoje tudo mudou, a começar pelo tempo. Em Portugal deixou de chover para, muito a espaços, levarmos com estas cargas de água.
Mas estes novos dias aquáticos são bem divertidos. Por varias razões. Desde logo porque são dias fáceis de prever para quem acompanha com atenção a meteorologia (não a portuguesa do INMG). Depois ligamos a televisão e vemos alguém nos arredores de Lisboa a ser resgatado do seu BMW como se de um pedinte do Bangladesh ou um mutilado do Camboja se tratasse - há coisa mais divertida? Há. O supremo gozo, para mim, é chegar de mota, espantosamente seco e a horas a qualquer local que precise; enquanto os demais pategos esperam, a ferver em stress, enlatados no transito.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

PALETA DE PALAVRAS LXVII

La Vanguardia
11-02-2008

"Cheguei a um ponto em que era mais feliz louco que são",
John Forbes Nash, prémio Nobel de Economia,
cientista esquizofrénico e que inspirou o filme "Uma Mente Brilhante"

«"É um génio": foram as três palavras com que o recomendaram a
Princeton. Sua irmã, ao saber, acrescentou: "É muito estranho". Aos 21
anos, enunciou a tese de equilíbrio que desbancou Adam Smith e fundou
a economia moderna. Participou como cientista militar até o delírio
-literal- na Guerra Fria que sua esquizofrenia paranóica simboliza à
perfeição: acabou acreditando ser perseguido por conspiradores
comunistas. Internado depois de uma crise psicótica, passou 30 anos
alheio, vagando pelo campus de Princeton, onde o apelidaram de o
fantasma. Conseguiu recuperar a sanidade de forma milagrosa e
suficiente para receber o prêmio Nobel em 1994.


Tenho 79 anos. Nasci na Virgínia Ocidental. Tenho dois filhos: estive
casado, deixei de estar e agora volto a estar. As estatísticas
demonstram que é melhor estar casado. Seria penoso explicar toda a
minha evolução religiosa. Votar é fácil e pouco. Colaboro com a
Universidade Pompeu Fabra (Barcelona). A entrevista:

La Vanguardia (LV) - Por que lhe deram o prêmio Nobel de Economia?
John Forbes Nash - Descobri uma forma de equilíbrio -hoje chamado de
Nash- na teoria dos jogos: um ponto em que nenhum dos jogadores pode
melhorar sua situação. Hoje esse conceito é aplicado de forma
interdisciplinar.

LV - Fez essa descoberta apesar de sua enfermidade mental?
Nash - Tenho um histórico, sim, de distúrbio mental temporário que se
manifestava de diversas formas. Hoje temos medicamentos que na época
não existiam, que tratam os sintomas e permitem continuar com o que se
considera uma vida normal, mas têm efeitos indesejáveis.

LV - Quais?
Nash - Para restituir sua normalidade, reduzem sua atividade
neurológica e suas funções cognitivas. O devolvem à normalidade, sim,
mas às custas de sua capacidade pessoal de raciocínio.

LV - E hoje o senhor o exerce integralmente?
Nash - Eu posso trabalhar, mas meu filho, que também sofre esse
distúrbio, toma esse medicamento que não lhe permite se dedicar a nada
concretamente; mas pode observar um comportamento normal.

LV - Como se manifestou esse transtorno?
Nash - Tive de ser internado em um hospital depois de vários episódios
de disfunção social, e afinal melhorei, mas não pude evitar um poço de
infelicidade em meu ânimo e em minha conduta.

LV - A que se refere?
Nash - Era infeliz ao me recuperar, porque a normalidade não me
deixava feliz. A loucura começa quando você descobre uma segunda
realidade em sua mente e às vezes a prefere, porque o faz mais feliz
que a normalidade. Assim, cheguei a um ponto em que eu era mais feliz
louco do que são.

LV - Mas era capaz de distinguir entre a realidade e sua ilusão?
Nash - Chega um momento em que fica difícil distingui-las e você vai
escolhendo cada vez mais a ilusória. Assim se transforma em
disfuncional.

LV - Disfuncional em que sentido?
Nash - É natural que um ser humano deva atuar com o resto do grupo:
trabalhar, observar as normas, comportar-se como todos...

LV - Há exceções.
Nash - Correto. Suponhamos que eu não trabalhe nem seja rico e diga
que ouço vozes, tenho visões e as desenho ou escrevo: o que você
pensaria?

LV - Talvez sugira que poderiam interná-lo.
Nash - Suponhamos que eu lhe diga que sou um monge enclausurado. Você
aceitaria que uma freira ou um monge em seu convento pode não
trabalhar, ter visões e explicá-las, no entanto esse monge não será
considerado anormal por isso.

LV - Certamente.
Nash - A sociedade os aceita porque, fora eles, há muitos e
suficientes outros homens e mulheres que se comportam de forma normal.

LV - A maioria tem senso comum.
Nash - Falso. O senso comum não é majoritário: por exemplo, na
Espanha e no Ocidente o cristianismo é a religião majoritária...

LV - Continua sendo, sim.
Nash - ... mas o cristianismo exige de seus fiéis fé cega em dogmas
que em caso algum poderiam ser considerados senso comum.

LV - A trindade ou a virgindade de Maria.
Nash - Hoje eu vi a obra de Gaudí: magnífica.

LV - Sem dúvida.
Nash - Apesar de não conhecer sua vida, tenho certeza de que foi
considerado um anormal, um louco.

LV - Creio lembrar-me que sim.
Nash - Van Gogh também tinha problemas para discernir a realidade de
suas visões. O que me pergunto é se a medicação que temos hoje teria
sido capaz de devolver a normalidade a Van Gogh sem privá-lo de seu
talento.

LV - ...
Nash - No entanto, o progresso teria sido difícil sem as visões de Van
Gogh ou o autismo de Newton. Newton também foi considerado um tipo
suspeito: não se casou, era estranho...

(continua aqui)
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

PALETA DE PALAVRAS LXVII

La Vanguardia
11-02-2008

"Cheguei a um ponto em que era mais feliz louco que são",
John Forbes Nash, prémio Nobel de Economia,
cientista esquizofrénico e que inspirou o filme "Uma Mente Brilhante"

«"É um génio": foram as três palavras com que o recomendaram a
Princeton. Sua irmã, ao saber, acrescentou: "É muito estranho". Aos 21
anos, enunciou a tese de equilíbrio que desbancou Adam Smith e fundou
a economia moderna. Participou como cientista militar até o delírio
-literal- na Guerra Fria que sua esquizofrenia paranóica simboliza à
perfeição: acabou acreditando ser perseguido por conspiradores
comunistas. Internado depois de uma crise psicótica, passou 30 anos
alheio, vagando pelo campus de Princeton, onde o apelidaram de o
fantasma. Conseguiu recuperar a sanidade de forma milagrosa e
suficiente para receber o prêmio Nobel em 1994.


Tenho 79 anos. Nasci na Virgínia Ocidental. Tenho dois filhos: estive
casado, deixei de estar e agora volto a estar. As estatísticas
demonstram que é melhor estar casado. Seria penoso explicar toda a
minha evolução religiosa. Votar é fácil e pouco. Colaboro com a
Universidade Pompeu Fabra (Barcelona). A entrevista:

La Vanguardia (LV) - Por que lhe deram o prêmio Nobel de Economia?
John Forbes Nash - Descobri uma forma de equilíbrio -hoje chamado de
Nash- na teoria dos jogos: um ponto em que nenhum dos jogadores pode
melhorar sua situação. Hoje esse conceito é aplicado de forma
interdisciplinar.

LV - Fez essa descoberta apesar de sua enfermidade mental?
Nash - Tenho um histórico, sim, de distúrbio mental temporário que se
manifestava de diversas formas. Hoje temos medicamentos que na época
não existiam, que tratam os sintomas e permitem continuar com o que se
considera uma vida normal, mas têm efeitos indesejáveis.

LV - Quais?
Nash - Para restituir sua normalidade, reduzem sua atividade
neurológica e suas funções cognitivas. O devolvem à normalidade, sim,
mas às custas de sua capacidade pessoal de raciocínio.

LV - E hoje o senhor o exerce integralmente?
Nash - Eu posso trabalhar, mas meu filho, que também sofre esse
distúrbio, toma esse medicamento que não lhe permite se dedicar a nada
concretamente; mas pode observar um comportamento normal.

LV - Como se manifestou esse transtorno?
Nash - Tive de ser internado em um hospital depois de vários episódios
de disfunção social, e afinal melhorei, mas não pude evitar um poço de
infelicidade em meu ânimo e em minha conduta.

LV - A que se refere?
Nash - Era infeliz ao me recuperar, porque a normalidade não me
deixava feliz. A loucura começa quando você descobre uma segunda
realidade em sua mente e às vezes a prefere, porque o faz mais feliz
que a normalidade. Assim, cheguei a um ponto em que eu era mais feliz
louco do que são.

LV - Mas era capaz de distinguir entre a realidade e sua ilusão?
Nash - Chega um momento em que fica difícil distingui-las e você vai
escolhendo cada vez mais a ilusória. Assim se transforma em
disfuncional.

LV - Disfuncional em que sentido?
Nash - É natural que um ser humano deva atuar com o resto do grupo:
trabalhar, observar as normas, comportar-se como todos...

LV - Há exceções.
Nash - Correto. Suponhamos que eu não trabalhe nem seja rico e diga
que ouço vozes, tenho visões e as desenho ou escrevo: o que você
pensaria?

LV - Talvez sugira que poderiam interná-lo.
Nash - Suponhamos que eu lhe diga que sou um monge enclausurado. Você
aceitaria que uma freira ou um monge em seu convento pode não
trabalhar, ter visões e explicá-las, no entanto esse monge não será
considerado anormal por isso.

LV - Certamente.
Nash - A sociedade os aceita porque, fora eles, há muitos e
suficientes outros homens e mulheres que se comportam de forma normal.

LV - A maioria tem senso comum.
Nash - Falso. O senso comum não é majoritário: por exemplo, na
Espanha e no Ocidente o cristianismo é a religião majoritária...

LV - Continua sendo, sim.
Nash - ... mas o cristianismo exige de seus fiéis fé cega em dogmas
que em caso algum poderiam ser considerados senso comum.

LV - A trindade ou a virgindade de Maria.
Nash - Hoje eu vi a obra de Gaudí: magnífica.

LV - Sem dúvida.
Nash - Apesar de não conhecer sua vida, tenho certeza de que foi
considerado um anormal, um louco.

LV - Creio lembrar-me que sim.
Nash - Van Gogh também tinha problemas para discernir a realidade de
suas visões. O que me pergunto é se a medicação que temos hoje teria
sido capaz de devolver a normalidade a Van Gogh sem privá-lo de seu
talento.

LV - ...
Nash - No entanto, o progresso teria sido difícil sem as visões de Van
Gogh ou o autismo de Newton. Newton também foi considerado um tipo
suspeito: não se casou, era estranho...

(continua aqui)
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (I)

FRIENDLY FIRES 'PARIS'

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Dizem que estes vão ser grandes em 2008 (I)

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En(m)terra de bicudos quem tem barbatanas é Rei

Não gostam do titulo do post? Não comam.
[E se me chateiam muito ainda passa a serie…]

Quando "a coisa" corre bem para a Rapaziada Sem Nome, eles acabam o jogo a gritar - como em Coimbra já lá vão uns meses: "Três a um…, para o SLB!!! Três a um…., para o SLB!!! (…)"…
É o que me apetece cantar ao ler esta noticia da Vert (link) que dá conta que sete jovens bodyboarders lusos, sete, já estão no Hawaii prontinhos para iniciar o ataque à coroa mundial da modalidade



E por esta rapaziada ninguém põem a bandeirinha à janela?

…sete a um para o BB…
…sete a um para o BB…
…sete a um para o BB…

PS: E quanto às meninas, perguntam vossemeçes? Já lá vamos, digo eu!

En(m)terra de bicudos quem tem barbatanas é Rei

Não gostam do titulo do post? Não comam.
[E se me chateiam muito ainda passa a serie…]

Quando "a coisa" corre bem para a Rapaziada Sem Nome, eles acabam o jogo a gritar - como em Coimbra já lá vão uns meses: "Três a um…, para o SLB!!! Três a um…., para o SLB!!! (…)"…
É o que me apetece cantar ao ler esta noticia da Vert (link) que dá conta que sete jovens bodyboarders lusos, sete, já estão no Hawaii prontinhos para iniciar o ataque à coroa mundial da modalidade



E por esta rapaziada ninguém põem a bandeirinha à janela?

…sete a um para o BB…
…sete a um para o BB…
…sete a um para o BB…

PS: E quanto às meninas, perguntam vossemeçes? Já lá vamos, digo eu!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Poderá uma fotografia mudar o fado de um desporto? (II)

Leiam - os que conseguirem - Eduardo Cintra Torres no suplemento P2 do Público de hoje.

Poderá uma fotografia mudar o fado de um desporto? (II)

Leiam - os que conseguirem - Eduardo Cintra Torres no suplemento P2 do Público de hoje.

Hoje de manhã, naquela direita sem fim...

Há dias, em que por breves momentos, tenho a certeza absoluta que Deus existe.

Hoje de manhã, naquela direita sem fim...

Há dias, em que por breves momentos, tenho a certeza absoluta que Deus existe.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

É por isso que são bombistas suicidas, não é?

«As espécies com comportamento poligâmico (aquelas em que várias fêmeas partilham um macho) ou poliândrico (onde se partilha uma fêmea) possuem, por regra, cérebros menos desenvolvidos».

É por isso que são bombistas suicidas, não é?

«As espécies com comportamento poligâmico (aquelas em que várias fêmeas partilham um macho) ou poliândrico (onde se partilha uma fêmea) possuem, por regra, cérebros menos desenvolvidos».

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Em 1962: Benfica 6 - 0 Nuremberga

Em 1962: Benfica 6 - 0 Nuremberga

O estranho caso de Santana Lopes

-
No mesmo dia em que o Diário de Notícias noticia que Santana Lopes quer "apertar" regras e mexer no regime de incompatibilidades dos deputados, como forma de "eliminar tanto quanto possível focos de suspeição", o Correio da Manhã dá conta que o mesmo Santana Lopes, enquanto primeiro-ministro assinou uma Resolução do Conselho de Ministros que “aprova a minuta do contrato de compra e venda de acções da sociedade Serviços Portugueses de Handling, SA”, na sequência de um processo de privatização iniciado no Governo de Durão Barroso, sendo que em Junho de 2007, o director da Globalia, Carlos García, revelava que a empresa espanhola ia “apoiar-se no doutor Santana Lopes como assessor neste processo legal” das negociações com a TAP.

O estranho caso de Santana Lopes

-
No mesmo dia em que o Diário de Notícias noticia que Santana Lopes quer "apertar" regras e mexer no regime de incompatibilidades dos deputados, como forma de "eliminar tanto quanto possível focos de suspeição", o Correio da Manhã dá conta que o mesmo Santana Lopes, enquanto primeiro-ministro assinou uma Resolução do Conselho de Ministros que “aprova a minuta do contrato de compra e venda de acções da sociedade Serviços Portugueses de Handling, SA”, na sequência de um processo de privatização iniciado no Governo de Durão Barroso, sendo que em Junho de 2007, o director da Globalia, Carlos García, revelava que a empresa espanhola ia “apoiar-se no doutor Santana Lopes como assessor neste processo legal” das negociações com a TAP.

os pontos nos ii

As nossas sociedades tornaram-se modernas derrotando o obscurantismo. Nem todas as culturas deram esse passo - é o caso da islâmica, entre outras.
O multiculturalismo (...) tem uma fronteira, que é o ponto em que as culturas com as quais partilhamos o dia-a-dia (quantas mais melhor) colidem com direitos que consideramos universais.
Miguel Gaspar, no Público

os pontos nos ii

As nossas sociedades tornaram-se modernas derrotando o obscurantismo. Nem todas as culturas deram esse passo - é o caso da islâmica, entre outras.
O multiculturalismo (...) tem uma fronteira, que é o ponto em que as culturas com as quais partilhamos o dia-a-dia (quantas mais melhor) colidem com direitos que consideramos universais.
Miguel Gaspar, no Público

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Campo Contra Campo (CIII)

Atonement - Expiação, *****

O que será preciso para que a critica especializada e os "intelectuais da moda" classifiquem uma fita como obra-prima?
Não sou leitor de Ian McEwan, nem tinha visto o anterior filme de Joe Wright ("Orgulho e Preconceito", 2005). Nem sequer sabia bem ao que ia. Talvez por tudo isto, mas seguramente não apenas por tudo isto, achei "Expiação" uma obra maior, fresca e surpreendente até ao seu suspiro final. Concordo que a mestria da primeira parte do filme, que nos chega a retirar o fôlego, surge apenas a espaços no restante da obra. No entanto, o espantoso e inesquecível plano-sequência do inferno em Dunquerque remete por si só (perdoem-me os puristas se estou a ser algo redutor) este filme para um patamar superior. Mas, "Expiação", é muito mais que isto. Eu é que não consigo traduzi-lo por palavras - e acho que não estou sozinho nesta ratoeira…

Campo Contra Campo (CIII)

Atonement - Expiação, *****

O que será preciso para que a critica especializada e os "intelectuais da moda" classifiquem uma fita como obra-prima?
Não sou leitor de Ian McEwan, nem tinha visto o anterior filme de Joe Wright ("Orgulho e Preconceito", 2005). Nem sequer sabia bem ao que ia. Talvez por tudo isto, mas seguramente não apenas por tudo isto, achei "Expiação" uma obra maior, fresca e surpreendente até ao seu suspiro final. Concordo que a mestria da primeira parte do filme, que nos chega a retirar o fôlego, surge apenas a espaços no restante da obra. No entanto, o espantoso e inesquecível plano-sequência do inferno em Dunquerque remete por si só (perdoem-me os puristas se estou a ser algo redutor) este filme para um patamar superior. Mas, "Expiação", é muito mais que isto. Eu é que não consigo traduzi-lo por palavras - e acho que não estou sozinho nesta ratoeira…

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Cinco anos de Scolari

O melhor treinador que algum dia a Selecção Nacional conheceu faz hoje cinco anos ao seu comando. O melhor elogio que lhe posso tecer é simples: ainda não perdi a esperança de o ver a treinar o meu querido clube. Parabéns “Sargentão”.

Cinco anos de Scolari

O melhor treinador que algum dia a Selecção Nacional conheceu faz hoje cinco anos ao seu comando. O melhor elogio que lhe posso tecer é simples: ainda não perdi a esperança de o ver a treinar o meu querido clube. Parabéns “Sargentão”.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Mamasé mamasa mama cusa

Toma lá esta, amigo Nuno; até porque nestas coisas não devemos deixar os nossos créditos por mãos alheias…
No mesmo dia em que andavas tu distraído com um tal obscuro e muito tecnológico Ulrich Scnhauss (lembras-te?) já este blogue dava hossanas nas alturas à bela Rihanna e ao seu fantástico guarda-chuva (vale a pena recordar esse clip aqui). Pois bem, agora deu-te para isto. E deu-te muito bem. Aliás estou contigo. De corpo inteiro. E para te provar – salvo seja – deixo-te este post em forma de clip que já há uns dias andava cá na cúca a roer-me o juízo. É o que dá quando a musica foge para o chinelo. E sabe mesmo bem...

Mamasé mamasa mama cusa

Toma lá esta, amigo Nuno; até porque nestas coisas não devemos deixar os nossos créditos por mãos alheias…
No mesmo dia em que andavas tu distraído com um tal obscuro e muito tecnológico Ulrich Scnhauss (lembras-te?) já este blogue dava hossanas nas alturas à bela Rihanna e ao seu fantástico guarda-chuva (vale a pena recordar esse clip aqui). Pois bem, agora deu-te para isto. E deu-te muito bem. Aliás estou contigo. De corpo inteiro. E para te provar – salvo seja – deixo-te este post em forma de clip que já há uns dias andava cá na cúca a roer-me o juízo. É o que dá quando a musica foge para o chinelo. E sabe mesmo bem...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Poderá uma fotografia mudar o fado de um desporto?

Hoje, neste post, apetece-me dizer uma verdades inconvenientes. Vamos por pontos, talvez seja mais agradável:

1. Quantas vezes na vida nos arrepiamos com a capa de um jornal?
2. Desde sempre, hoje, pela primeira vez, um jornal de referência ocupa quase toda a largura da sua primeira pagina com a foto de um desporto de ondas.
3. E surpreendentemente, ou nem tanto, o desporto em causa não é o surf - ao qual chamam o desporto Rei das ondas, mas sim o bodyboard.
4. Aqui há uns dias, Tiago Pires, surfista que pela primeira vez levará este ano as cores de Portugal ao Olimpo da modalidade, disputando durante um ano o titulo mundial, disse ao jornal a A Bola - cito de memória - que o bodyboard estava em queda e que os seus praticantes davam um ar de patinhos devido ao uso de barbatanas.
5. Na altura estas palavras patéticas não me caíram nem bem nem mal, caíram sim em saco roto. Mas, se ontem foi dia de dar os parabéns aos protagonistas da foto que irá correr mundo, hoje é dia de puxar pelos galões
6. De facto, o surf é o deporto Rei da ondas mas não em Portugal. Porquê? Desde logo porque ao nível competitivo nunca nenhum português venceu nada de verdadeiramente relevante nessa modalidade. Ao invés, o bodyboard carrega um passado e um presente de gloriosas conquistas europeias e mundiais por este pobre país ignoradas.
7. Poderia também argumentar com a subjectividade do arrojo e da audácia. Quem gosta de ondas sabe que têm sido os bodyboarders e não os surfistas a sulcar os mares nunca navegados dos desportos de ondas. Se me permitem, pouparei nois exemplos.


8. Em Portugal, do que os surfistas se podem verdadeiramente gabar é da cagança e da inveja. As duas combinadas levam até os mais avisados, como Tiago Pires, a não perderem uma oportunidade de tentar achincalhar os bodyboarders, seus companheiros de fortuna no deslize pela superfície da cor do céu (obrigado NCR).
9. Curiosamente, ou talvez não, o reconhecimento pela audácia de uma organização, pela coragem de um atleta e pela perspicácia de um fotografo vem de fora. Passe a redundância, é um habitual lugar comum.
10. De facto, foi preciso um prémio na área da comunicação social e da imagem com uma relevância mundial enorme - não se olvide, a foto em causa irá correr mundo e ser vista por milhões de pessoas - para que os desportos de ondas, no caso o bodyboard, rompessem em definitivo a barreira que existe entre país real e país publicado.
11. Como disse, é tempo pois de puxar pelos galões. É uma organização portuguesa, é um destemido jovem atleta português, é um fotografo português amante do mar e é, ele mesmo, o mar português, sem o qual nada disto existiria. Estas as quatro traves que emolduram a fotografia premiada.
12. Respeitinho é muito bonito e eu gosto, seus "bicudos". Da próxima vez que passe pela tola de um "sempre em pé" - seja ele "prózinho" ou paparuco - faltar ao respeito a um "sapo" era bom que o pequeno cérebro do artista soubesse sequer que existe mundo para além do seu "aquário".
13. Levará o seu tempo, como tudo na vida, mas saiba o bodyboard português apanhar o "swell" poderoso que se levantará com esta simples imagem descolorida.

Poderá uma fotografia mudar o fado de um desporto?

Hoje, neste post, apetece-me dizer uma verdades inconvenientes. Vamos por pontos, talvez seja mais agradável:

1. Quantas vezes na vida nos arrepiamos com a capa de um jornal?
2. Desde sempre, hoje, pela primeira vez, um jornal de referência ocupa quase toda a largura da sua primeira pagina com a foto de um desporto de ondas.
3. E surpreendentemente, ou nem tanto, o desporto em causa não é o surf - ao qual chamam o desporto Rei das ondas, mas sim o bodyboard.
4. Aqui há uns dias, Tiago Pires, surfista que pela primeira vez levará este ano as cores de Portugal ao Olimpo da modalidade, disputando durante um ano o titulo mundial, disse ao jornal a A Bola - cito de memória - que o bodyboard estava em queda e que os seus praticantes davam um ar de patinhos devido ao uso de barbatanas.
5. Na altura estas palavras patéticas não me caíram nem bem nem mal, caíram sim em saco roto. Mas, se ontem foi dia de dar os parabéns aos protagonistas da foto que irá correr mundo, hoje é dia de puxar pelos galões
6. De facto, o surf é o deporto Rei da ondas mas não em Portugal. Porquê? Desde logo porque ao nível competitivo nunca nenhum português venceu nada de verdadeiramente relevante nessa modalidade. Ao invés, o bodyboard carrega um passado e um presente de gloriosas conquistas europeias e mundiais por este pobre país ignoradas.
7. Poderia também argumentar com a subjectividade do arrojo e da audácia. Quem gosta de ondas sabe que têm sido os bodyboarders e não os surfistas a sulcar os mares nunca navegados dos desportos de ondas. Se me permitem, pouparei nois exemplos.


8. Em Portugal, do que os surfistas se podem verdadeiramente gabar é da cagança e da inveja. As duas combinadas levam até os mais avisados, como Tiago Pires, a não perderem uma oportunidade de tentar achincalhar os bodyboarders, seus companheiros de fortuna no deslize pela superfície da cor do céu (obrigado NCR).
9. Curiosamente, ou talvez não, o reconhecimento pela audácia de uma organização, pela coragem de um atleta e pela perspicácia de um fotografo vem de fora. Passe a redundância, é um habitual lugar comum.
10. De facto, foi preciso um prémio na área da comunicação social e da imagem com uma relevância mundial enorme - não se olvide, a foto em causa irá correr mundo e ser vista por milhões de pessoas - para que os desportos de ondas, no caso o bodyboard, rompessem em definitivo a barreira que existe entre país real e país publicado.
11. Como disse, é tempo pois de puxar pelos galões. É uma organização portuguesa, é um destemido jovem atleta português, é um fotografo português amante do mar e é, ele mesmo, o mar português, sem o qual nada disto existiria. Estas as quatro traves que emolduram a fotografia premiada.
12. Respeitinho é muito bonito e eu gosto, seus "bicudos". Da próxima vez que passe pela tola de um "sempre em pé" - seja ele "prózinho" ou paparuco - faltar ao respeito a um "sapo" era bom que o pequeno cérebro do artista soubesse sequer que existe mundo para além do seu "aquário".
13. Levará o seu tempo, como tudo na vida, mas saiba o bodyboard português apanhar o "swell" poderoso que se levantará com esta simples imagem descolorida.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

ArcádiaQuiz (XXI)

Em Portugal o Ministério Público promove a Acusação em processo penal:
  1. Por engano;
  2. Se um dos autores confessar a autoria moral; ou
  3. Se o Arguido for pobre?

ArcádiaQuiz (XXI)

Em Portugal o Ministério Público promove a Acusação em processo penal:
  1. Por engano;
  2. Se um dos autores confessar a autoria moral; ou
  3. Se o Arguido for pobre?

ArcádiaQuiz (XX)

O Governo pediu ao LNEC para estudar a localização:
  1. Da nova ponte em Lisboa;
  2. Do sentido de oportunidade de Alípio Ribeiro; ou
  3. Da taxa do IVA e do Imposto sobre os combustíveis?

ArcádiaQuiz (XX)

O Governo pediu ao LNEC para estudar a localização:
  1. Da nova ponte em Lisboa;
  2. Do sentido de oportunidade de Alípio Ribeiro; ou
  3. Da taxa do IVA e do Imposto sobre os combustíveis?

Momento em que não consigo escapar à inelutável ditadura hormonal


Maria Sharapova, Alisson Stokke e as manas Bia e Branca

Momento em que não consigo escapar à inelutável ditadura hormonal


Maria Sharapova, Alisson Stokke e as manas Bia e Branca